Sweet Temptation escrita por Julie Kress


Capítulo 28
Conselhos


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Aqui está mais um capítulo de ST!!!

Boa leitura!!!



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Horas depois...

P.O.V Do Freddie

— Freddie? - Minha mãe me chamou dando três batidas na porta que estava trancada.

— Já vou, mãe! - Levantei e fui destrancar.

— O seu amigo está aqui, ele quer muito falar com você. - Ela avisou.

— Tá bom, vou ficar aqui esperando ele. - Decidi receber o Gibby.

Seria bom poder desabafar.

— Vou dizer a ele. - Mamãe abriu um pequeno sorriso.

Mas eu sabia que ela estava triste, mas eu não podia contar a ela o que a Sam tinha feito comigo.

Não demorou muito para o Gibby chegar no meu quarto, o mandei fechar a porta.

— Quarto maneiro! - Comentou olhando para os pôsteres colados na parede.

— Valeu! - Me ajeitei sentando direito na cama. - Senta aí. - Mandei.

— Como você tá? Eu soube pela Carly que você e a Sam terminaram. - Sentou na cama.

— Não foi um término já que nunca houve namoro. - Falei ressentido.

Eu estava muito magoado.

— Mas o que foi que aconteceu? - Quis saber.

— Tivemos um final de semana incrível, e foi tão especial para mim...

— Ah! Não! Não me diga que rolou. - Me interrompeu. - Não rolou, né? - Soou descrente.

— O quê? - Perguntei sem ter certeza se era aquilo que eu estava imaginando.

— Vocês transaram? - Perguntou na lata.

Assenti e abaixei o rosto, só de lembrar que eu me entreguei e gostei de cada minuto, me fazia lembrar ainda mais de cada momento que passamos juntos.

Se eu estava arrependido de ter perdido a minha virgindade? Não! Eu não estava... Simplesmente não estava. Apesar de tudo, foi um momento único e muito especial para mim.

Gibby franziu o cenho e parecia incrédulo. Ele levantou e botou a mão no queixo, pensativo...

— Caramba! Rolou mesmo! - Exclamou.

— Sim... - Murmurei.

— E como foi? Você usou camisinha? - Droga! Por quê ele queria saber?

— Eu não quero falar disso, tá legal? É muito pessoal! - Falei.

— Okay, que seja. Não pergunto mais sobre a sua intimidade. Só espero que tenha usado camisinha porque aquela garota...

— Eu sei o que você pensa dela e sei também o que todos pensam sobre ela! Mas não importa mais! - Acabei me alterando.

— Wow! A coisa foi séria mesmo! O que houve? Você sabe que pode me contar, eu não vou falar para ninguém! - Ele estava sendo sincero, eu sabia que podia confiar nele.

— Senta aí, eu vou te contar! - Respirei fundo.

Comecei a desabafar e ele me ouviu atentamente sem me interromper. Quando acabei de falar, senti um certo alívio.

— Fala alguma coisa! - Pedi olhando para ele que continuava em silêncio.

Gibby havia ficado bastante pensativo.

— Eu te avisei. - Disse por fim. 

— Verdade! Eu devia ter escutado você e a Mandy! - Suspirei.

Se eu não fosse tão tolo, não estaria naquela situação.

— Mas quer um conselho? - Perguntou, sério.

Eu nunca tinha visto o meu amigo daquele jeito.

— Que conselho? - Indaguei.

— De homem para homem. - Disse me encarando. - A Carly me contou que a Sam está arrependida, afirmou que a loira está sofrendo, eu acho que você deveria conversar com ela, sabe, só para ter certeza se a Puckett sente algo por você! - Me aconselhou.

— Não! Eu não tenho mais nada para conversar com ela. Se ela pelo menos gostasse de mim, não teria feito o que fez. Ela brincou com os meus sentimentos e isso não se faz! Ela é mesmo uma garota má, tem uma péssima reputação e eu agora só quero distância! - Afirmei convicto.

— Bom, faça o que quiser, então... Você já é bem grandinho e sabe o que é melhor pra si mesmo. Agora já estou indo, minha mãe me esgana se eu chegar atrasado para o jantar. Espero que fique bem, mano! Você vai amanhã para o colégio? - Levantou se preparando para ir embora.

— Vou sim, nos vemos amanhã. Valeu pela visita! Tchau! - O levei até a porta do quarto.

Fizemos o nosso toque, ele se despediu e eu fechei a porta. Voltei para a cama, eu estava sem fome. Eu teria que comer algo para não preocupar a minha mãe.

Era bom ter um amigo, me fez bem ter desabafado com o Gibby.

[...]

P.O.V Da Sam

— Estou sem fome, mãe! Tô com dor de cabeça, só quero me deitar agora! - Falei sentindo vontade de chorar.

— Sam, eu te conheço. Sei que aconteceu alguma coisa e você não quer me contar. - Pegou a bandeja com o meu jantar. - O Billy anda te ameaçando? - Ela parecia preocupada.

— Não, eu nem tenho contato com aquele traste. E também não tenho medo dele, agora ele anda na linha já que a senhora conversou com os pais dele e contou o que ele fez comigo. - Afirmei.

— Sei que ele vai cumprir o que o pai dele decretou, eles tiraram a mesada dele e o Billy vai trabalhar como entregador de Pizza, foi o único serviço que ele conseguiu arranjar por enquanto. - Disse parecendo um pouco satisfeita.

Conversamos bastante e resolvemos não processar o Boots, aquilo só iria causar escândalos e não queríamos que o meu pai soubesse, ele poderia até se estressar e não seria nada bom para a sua saúde.

— A Bethanny não fala mais comigo e isso é sua culpa, por quê foi contar para a Valerie que ela é adotada? Não devia ter feito isso, Samantha! Os pais dela vão tirar ela do colégio, ela agora está sendo vítima de piadinhas, sabia disso? - Indagou me encarando, séria.

— Um dia ela ia saber a verdade de qualquer jeito. - Dei de ombros.

— Mas o que você fez não foi certo. Não tinha o direito de expôr aquilo para todos verem. Você ridicularizou a garota e você não sente nenhum pingo de remorso? Como se sentiria no lugar dela? - Pam estava mesmo irritada.

— Eu não sei, mãe! Mas agora já era! Se bem que ela mereceu! - Sorri satisfeita.

— Você não toma jeito mesmo! Quando vai colocar juízo nessa sua cabeça? Você passou o final de semana com um garoto que nem eu e nem seu pai conhecemos, e nem pediu a minha permissão! - Ah, não! Lá vinha ela com sermão para cima de mim.

— Como se a senhora se importasse! - Levantei. - Eu pedi permissão para o papai e ele deixou! - Falei não querendo me estressar.

As nossas conversas sempre terminavam em discussão.

— Mas eu sou sua mãe, você me deve satisfação. Tem que pedir a minha permissão também! - Retrucou.

— Pra quê? Se a senhora não ia deixar? - Rebati começando a me irritar.

— Quêm é esse rapaz? Vocês estão namorando? Eu exijo que traga ele aqui em casa! - Aquilo era uma ordem.

Abaixei o rosto, sentindo meus olhos marejarem.

— Vocês terminaram? - Deixou a bandeja em cima da cama e sentou ao meu lado.

Comecei a chorar, eu não parava de pensar no Freddie.

— Eu nunca te vi chorar por outro rapaz depois de ter rompido com o seu primeiro namorado, mas pelo visto esse rapaz é muito especial para você, não é? - Passou a mão pelo meu cabelo.

Levantei o rosto sem me importar com as lágrimas que banhavam o meu rosto e falei.

— Eu o amo, mãe! Eu o amo com todas as minhas força! - Solucei.

— Ele não sente o mesmo? - Me puxou para os seus braços e eu deitei a cabeça no peito dela.

— Eu o magoei, e ele me deixou... Estou tão arrependida, ele não merecia... A senhora tem razão, eu só faço burradas, mãe. - Fechei os olhos sentindo suas mãos acariciarem as minhas costas.

— Se você o ama e ele sente o mesmo, você deve correr atrás. Mostre a ele que você merece ser perdoada. Todos erram, minha filha. Quando o amor é verdadeiro e recíproco, vale a pena a lutar por ele! - Me aconselhou.

— É por isso que você me perdoa sempre quando eu cometo erros e te deixo chateada? É por quê a senhora me ama? - Me afastei para poder olhá-la nos olhos.

— Uma mãe sempre perdoa o filho, não só porque o ama incondicionalmente. Nós mães perdoamos porque também já cometemos muitos erros, eu não era uma filha perfeita. A Melanie também não é, e eu não te amo menos, eu amo vocês duas com a mesma intensidade. Se eu te dou sermões e cobro muito de você, é porque eu te amo mais que tudo. Eu só quero o seu bem, filha! - Disse enxugando minhas lágrimas.

— Eu também te amo, mãe. - A abracei com força.

Ficamos em silêncio, aquele momento entre mãe e filha era uma raridade entre nós. E eu queria que se repetisse mais vezes.

[...]

P.O.V Da Mandy

— Ah, qual é,  maninha, vai mesmo passar o dia todo fingindo que não estou aqui? A gente podia estar se divertindo agora! - Sua voz saiu abafada por trás da porta.

Revirei os olhos, eu não queria papo com ele. Meu celular apitou. O peguei e vi que era uma mensagem do Gibby.

"Oi, Mandy! Dá algum sinal de vida, baixinha!"

Sorri com a mensagem e logo respondi.

"Hey, grandão! Tudo beleza?"

Mais uma mensagem recebida. Ele era rápido.

"Mais ou menos. Preciso falar com você. Que tal uma chamada de vídeo?"

Logo respondi.

"Pode ser!"

Eu havia ficado curiosa.

Gibby me chamou numa chamada de vídeo e eu atendi.

— Fala logo! - O encarei pela tela do meu iPhone 6.

— Nossa! Eu também estava com saudades! - Ironizou e fez uma cara engraçada.

— Disso eu sei, você me ama. - Sorri e pisquei.

— É claro que amo, você é como uma irmã mais nova. - Sorriu.

Fitei seus olhos verdes. Um dia fui encantada por eles, Gibby tinha sido a minha primeira paixãozinha. 

Nunca revelei aquilo para ele. Só a Nora sabia.

— Então, o que quer me contar? - Perguntei.

— Carly e eu nos desentendemos, estou me sentindo péssimo... - Suspirou triste.

Eu podia ver a tristeza estampada em seu olhar. Ele realmente estava caidinho por aquela garota. Eu não tinha nada contra ela, apesar de detestar a melhor amiga de Carlotta Shay.

Quase o colégio inteiro detestava a Samantha Puckett.

— Lamento, Gibby. - Fui sincera.

— E tem mais, acho que vai gostar de ouvir essa... - Fez um certo suspense. - Sam e Freddie não estão mais juntos. - Contou.

Não pude deixar de sorrir, eu amei ouvir aquela notícia.

— É sério? - Eu queria ter mesmo certeza.

— Sim. Coitado do Freddie, ele está arrasado. - Falou triste pelo nosso amigo.

— A gente sabia que isso ia acontecer, aquela garota não passa de uma vadia. Ela não merece ele! - Eu disse convicta.

— É, pois é... Agora preciso desligar. Não falte amanhã, ok? Eu passo aí na sua casa, beleza? Tchau, nanica! - Se despediu.

— Tchau, grandão! Espero que faça as pazes com a sua garota. Até amanhã! - Sorri.

Chamada de vídeo encerrada.

— Mandy? - James voltou a bater na porta. - Eu pedi pizza, sai logo daí, eu juro que não vou encher o seu saco, poxa, você me ignorou o dia todo. - Senti que ele estava chateado.

— Tá bom, eu já vou! - Me dei por vencida e fui abrir a porta.

— A gente pode jantar enquanto assiste algum filme, ok? - Sugeriu.

Por mais que ele fosse chato e inconveniente, ele ainda continuava sendo o meu meio-irmão.

— Jura que não vai tentar nada? - Eu ainda estava com receio.

— Juro! - Prometeu. - Relaxa, eu não vou fazer nada que você não queira, maninha. - Deu aquela piscadela.

Eu sabia que não podia confiar 100% em suas palavras, mas resolvi arriscar, eu estava com fome e entediada de tanto ficar trancada no quarto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do Gibby indo visitar o Benson? O que acharam da conversa deles???

E rolou mais uma conversa bem franca entre mãe e filha. Curtiram???

A Mandy ficou super feliz ao saber que o Freddie não está mais ficando com a Sam... Será que ela vai se declarar?

Todos aqui não gostam do James? Vocês acham que ele ainda vai aprontar?

Até o próximo. Bjs



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