Paixão Sob Comando escrita por Bruna Herrera


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá amadooooooos! Voltei com capítulo novo. Espero que gostem!



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Roman saiu como em comitiva para os montes e vales verde-dourados pelo sol do fim da tarde, talvez ele tivesse que calcular o momento exato que os homens apareceriam, confiava que Reade o faria. Havia explicado que o grau da situação pedia algo desesperado. Não havia trazido Patterson, pois não a queria em risco num meio de um possível tiroteio. Sabia o que ia acontecer ali, e a única coisa que sabia era que ele e Hector teriam que sair vivos. Estava certo de que o momento iria chegar e teria que estar por perto dele, segurou firme os estribos. Estavam em pelo menos 6 homens, incluindo ele, Hector, e quatro associados. Os cavalos dos quatro rapazes eram mansos, duvidava que conseguiriam fugir para muito longe dos sicários. Ele insistiu para que Hector pegasse com ele um puro sangue, para que eventualmente pudessem disputar uma galopada até o pico das montanhas. Por sorte, Hector sempre prevenido, levava duas armas, assim como ele. Tudo iria acontecer sem levantar suspeita.

 

— É um belo lugar, Hector. - Disse ele vislumbrando a imensidão daquele lugar.

— Realmente, eu não troco esse lugar por nada. - Disse orgulhoso.

— Penso em comprar algo por aqui e tentar recomeçar o casamento com Emily. - Eles deu meia volta com o cavalo para olhar a outra extremidade da imensidão da paisagem. - Quem sabe, não consigamos assim engravidar.

— Estão tentando? - O homem teve curiosidade.

— Dois anos, mas o casamento nem sempre é fácil, e o estresse que nos colocamos tendo que sempre discutir sobre trabalho, talvez não ajude muito.

— Eu realmente consegui ser um pai presente, depois que Marisa tomou a frente, foi natural que ela o fizesse. Ela cuidava de todos os filhos, e sempre com uma organização assustadora. Talvez esse seja o problema com a sua Emily, ela precisa estar no seu espaço dentro do trabalho, trabalhar em equipe, garoto. Foi o que aprendi com os anos com a minha esposa.

— Certamente é um bom conselho. Espero que possamos estar em paz de uma vez, tanto quanto temos no trabalho. Sinto falta dessa cumplicidade.

— Aproveitem o paraíso para isso, afinal não se sabem quanto tempo vocês terão. - Ele olhou para o horizonte. Tudo na vida é imprevisível.

— Realmente. - Disse Roman.

 

Andaram por mais algumas horas enquanto conversavam sobre histórias de um passado de sangue e demarcações de território. Se vangloriavam de estarem vivos, pisando sobre as cabeças de grandes barões que hoje viraram somente lendas no imaginário. Hector falava dos homens da gangue rival que morreram sob seu comando, e mais ainda aos comandos da esposa. Gostava de ser um campeão no mundo do crime, se orgulhava disso. As pessoas os temiam, ele teria que sobreviver para que nada além de seu plano acontecesse, afinal não queria uma guerra civil com uma mulher que perdera o marido, seria um suicídio para missão. Teria que mandar Patterson, embora para casa e tentar resolver só. Pensava nela, sabia que ela tinha ficado muito preocupada, só esperava que ela pudesse manter tudo naturalmente com Marisa na casa. Sabia que ela estaria tendo problemas e distrações maiores com Rich dentro do plano, mas eram amigos, se sairiam bem.

De repente um dos homens que os acompanhavam, viu um debando de dez homens fortemente armado, vindo em ritmo lento sobre seus cavalos gigantes, havia chegado a hora de agir.

 

— Sabe quem são? - Perguntou Roman fingindo estranheza.

— Sicários dos Chapos e Hernando Ramirez, nosso concorrente. - Ele cavalgou de peito aberto em direção aos homens. Roman controlou o impulso de impedir o homem de seguir adiante. Não queria dar na cara que estava preocupado, por enquanto entraria no jogo dele, afinal se ele mostrava que estava tudo bem, fingiria isso, só não poderia levá-lo morto para a esposa, tinha que focar no plano. - Hernando. - Disse Hector. - Faz um bom dia para uma caminhada, amigo.

— Hector, Hector. Querido amigo. Porque tem que ser tão teimoso? - Disse com um sorriso frio.

— Existe algo que queira me dizer? - Hector disse mais sério.

— Meus homens foram barrados na fronteira. Minha fonte disse que um dos meus homens em Tijuana nos denunciaram, gostaria de saber o que tem a dizer sobre isso. - Hector soube que aquele encontro não era por acaso.

— Temos um tratado, e sabe disso. - Hector contava quantos homens tinham na comitiva. Nada bom. Não tinha homens preparados. Seus sicários estavam distantes e eram poucos, impotentes a distância.

 

No instante que os homens se olharam em silêncio, Hernando não esperou demais explicações, sacou a arma e disparou em Hector, porém Roman atirou na cabeça do inimigo.

Naquele momento que Hernando cai morto, a troca de tiros é intensa, Roman toma um tiro no braço em meio a confusão. Ele pediu para que Hector fosse com ele, enquanto disparava contra os homens. Não demorou para que a galopes, tentassem voltar para o caminho da mansão, enquanto atiravam nos homens Chapos que investiam muito bem armados, Roman matou dois rapidamente, haviam mais. Os quatro homens que estavam com eles, foram rapidamente abatidos. Ele desmontou e Hector o seguiu assim que chegaram até as rochas, ele sangrava muito, porém tinha que manter o foco, eles se encontraram e se espreitaram entre as pedras, Roman conseguiu contar seis homens. Ele subiu em uma pedra de sobressalto e atirou na cabeça de dois. Correram mais, e Hector pegou mais um que estava perto da fenda do rochedo na qual se escondiam, porém tiveram que correr depressa. 

Ainda haviam três homens e Roman levou as mãos ao ombro.

 

— Consegue andar? - Roman acenou com a cabeça. -  Dê a volta e pegue um deles, eu cuido dos outros dois.

— Não, ficaremos juntos, temos que voltar pra casa. Somos os únicos que restaram aqui. - Hector assentiu.

 

Eles saíram para juntos pelo lado oposto do qual chegaram e ouviram passos do outro lado. Hector acenou e Roman assentiu. Foram na direção e deram de cara com os três. Hector pulou sobre um deles e entrou em luta, Roman atirou em um e foi pego pelo outro pelas costas. Levou um mata leão e teve a arma apontada para sua cabeça.

Com um golpe, derrubou o homem e desferiu dois tiros, e um na cabeça do terceiro, que iria atirar em Hector naquele instante. O homem ao chão lhe olhou e viu a mão estendida que o queria ajudar, porém Roman caiu de joelhos. Estava perdendo sangue. Não sentiu muita coisa depois disso, apenas sentiu o corpo esvair-se e pensou nela, Patterson.


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Notas finais do capítulo

E aí? Comeeeeeeeeeeeentem, quero opiniões. beijokas! ♥



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