Paixão Sob Comando escrita por Bruna Herrera


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, mores. COMENTEM PFVR LINDOS!



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O jantar transcorreu amigavelmente, porém Patterson tentou distanciar-se de Roman, propositalmente para provar o álibi de um desentendimento, e para tomar coragem. Precisava dela mais que tudo, mais que o ar que respirava. Bebera novamente e o faria até que ficasse conformada que naquela noite ela teria que se entregar ao desejo mais proibido dentro de si, a coisa mais selvagem que faria, e um tanto quanto insensata, que Deus a ajudasse, como queria abrir um buraco e cavar até a sua casa.

Ele parecia sorrir, conversar e contar histórias fantásticas, com a maior naturalidade do mundo. Era amável quando precisava e firme quando falava de negócios. Estava lindo naquela roupa tão formal para um jantar em casa. Porém ela mesma havia se produzido, para mostrar que ainda mantinha o controle daquela noite, da sua própria vida, ainda que o coração quase saísse pela boca. Tentava impedir, engolindo a comida deliciosa. Roman lhe sorria, tentando lhe chamar a atenção para a conversa, e tentava fazer tudo para se entrosar. Ele era um excelente parceiro.

No fim, Marisa acabou com Patterson, em seu local secreto, conversando sobre os negócios.

 

— Creio que seja uma forma e tanto de expandirmos o seu negócio sem sequer sermos notados. - Bebeu um pouco a mais da bebida amarga do copo, com um fingido prazer em fazê-lo, depois de contar um dos planos de distribuição que havia pensado. - Poderíamos começar a transição em breve, claro, com sua permissão.

— Há algo acontecendo, minha querida? - O olhar curioso de Marisa no escritório, dava a entender que ela realmente teria sabido de algo peculiar no quarto naquele dia. Sabia que em algum momento do jantar, algo seria notado. Deveria inventar uma desculpa rápida para acabar com as suspeitas, e deveria ser extremamente cuidadosa. — Esteve distante o jantar todo.

— Bom, já que comentou, talvez esteja mesmo. - Deu de ombros.— Eu e Max estamos passando um momento de crise no casamento. Ao mesmo tempo que estamos ascendendo nos negócios, estamos tendo mais divergências na vida pessoal. - Virou-se para Marisa com o copo de conhaque nas mãos e sorriu.— Mil perdões, Marisa, deveríamos estar aqui debatendo sobre negócios e eu falando do meu casamento. Foi uma noite tão divertida.

— Imagine, querida. - Marisa, parecia desarmada pela justificativa e isso aliviou um pouco a tensão que Patterson sentia. - Sei que o casamento passa por isso, quantas vezes já não fiquei sem querer ver a cara de Hector na minha frente. - Bebericou do copo e sorriu em sua direção. - Creio que o problema seja grande o suficiente, pois é notável que ele lhe ama e você deve sentir o mesmo, não? - Perguntou acusadoramente.

— Sim. - Apenas respondeu, engolindo em seco, só não sabia se falava de Emily ou dela mesma.

— Então não espere mais pra fazer dar certo, as vezes o que o homem precisa, é aprender quem comanda o jogo. - Sorriu. - Você tem tudo para estar no controle. - Patterson sabia que teria que pegar pelo menos mais uns dois copos de lá para a hora de sair, para criar coragem.

 

Roman entrou sozinho no quarto depois de uma animada conversa sobre negócios e carros, achou melhor se retirar, pois sabia que havia bebido demais. Ter vivido uma vida de mentiras, muitas vezes o fazia naturalizar suas ações calculadas, cada passo e movimento. Por mais que estivesse trabalhando, havia se cansado de ser esse homem. 

Faziam cinco anos que havia descoberto sobre sua vida, reencontrando sua família, seus verdadeiros irmãos. Moscou, realmente foi uma surpresa para ele, e mudou sua vida. Fora lá a última missão de Shepherd e descobriu sobre sua origem, raízes. Havia sido um reencontro. Jane havia pedido para que ele permanecesse com o FBI, para que pudesse lidar com seus fantasmas. Muitos duvidavam da sua capacidade de amar, mas a verdade é que sentia como todas as outras pessoas. Não sabia dizer o que havia acontecido, mas alguma chave virou dentro dele depois de saber a verdade. Ele se dispôs as condições da irmã do coração, para que pudesse de alguma forma provar para a família que ela tinha. Cinco anos, vivendo naquela cela, tentando recomeçar, porém sabendo que o estigma o precedia.

Lembrou-se de Patterson, sua chefe linda e extremamente sistemática. Sabia que apenas se defendia de qualquer tipo de decepção. De pano de fundo sabia que ela tivera vivido tantas, que muitas vezes se resguardava de ter experiências.

Ainda tinha suas dúvidas se ela conseguiria fazer o que disse que faria naquela noite. Jamais a forçaria a fazer algo, mas que estivesse certa, se ela quisesse ir a fundo com isso, ele estaria ali e estaria fazendo tudo para que ela aproveitasse e senti-se a mais desejada do universo, e ela era, mais do que ele estava confortável em admitir.

Arregaçou as mangas da leve camisa, a noite estava quente. 

Tirou os sapatos e continuou sentado na sentado na cama, na penumbra. Viu a porta se abrir e apenas a luz e a mulher que dela advinham. Patterson estava ali. Aja normalmente, pensou consigo mesmo. 

Ela nada disse, pegou algumas peças de roupas ainda no escuro e foi para o banheiro, provavelmente deveria estar cansada e enfada da noite, pois teve que dar atenção a Marisa. Ele olhava algumas anotações eletrônicas e reportava secretamente para o escritório. Foi quando ouviu o barulho da porta do banheiro se abrir. 

Os olhos de Roman quando se levantaram, não podiam acreditar no que estavam vendo a frente.

 

— Eu morri e estou no Paraíso? - Perguntou Roman com uma confusão quase que divertida. A lingerie, meias e penhoar, era sensualmente vermelhas. Tudo em sua direção, vestindo a mulher mais sensual da qual se lembrava e não somente pela sua beleza, mas porque ela estava pronta pra atacar, ganhar uma guerra da qual ele se renderia, na qual o único objetivo seria o de Patterson levar tudo o que quisesse.

— Isso é você quem decide. - Chegou a frente dele e colocou o dedo em seu queixo. - Eu tomei minha decisão ao sair por aquela porta.

— Seria salutar saber a sua decisão. - Disse ainda muito cauteloso, porém com a clara intenção de ir até as últimas intenções com aquela caixinha de mistérios na sua frente, devidamente vestida para seduzir.

— Essa noite você verá quem eu sou e com quem se meteu, querido. - Ela montou em seu colo e o beijou com tanta vontade e com tanta intensidade que por um segundo, Roman perdeu a conexão com a razão. Logo ele, tão calculado das emoções, estava a mercê de um delicioso perigo.


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Notas finais do capítulo

Comentem e me digam se gostam, por favor, amores mios.
Beijokas.



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