Deitada no ombro dele, ela podia ouvir o ressonar baixinho que Roman fazia, sorria como uma apaixonada e fechou os olhos, aproveitando todos os sentimentos. Abraçava-o e se cobria para proteger do frio. Ele não deveria estar ali, queria levá-lo pra casa logo, viver uma vida linda e feliz ao seu lado.

No dia seguinte, foi para a casa e arrumou algumas coisas que não via fazia muito tempo, o caso estava sendo fechado pelo FBI, tudo havia corrido bem e estavam com uma alta moral dentro do departamento. Se sentia satisfeita com o trabalho e com as coisas que ele provia para ela e para ele. Lembrou de todos os momentos com ele, da paixão excitante e fugaz, sentiu-se viva novamente, tendo a oportunidade de viver uma vida nova com aventuras excitantes com o homem que amava e ela sabia que ele a amava também, que conseguira de alguma forma demonstrar seus sentimentos de um jeito especial. Queria estar ao seu lado todo o tempo do mundo. O telefone tocou e era ele, seu coração disparou.

— Doçura, eu estou aqui embaixo, pode abrir o portão pra mim? - Disse no telefone.

— Você já está aqui? - Abriu a porta e deu de cara com ele, com o telefone na orelha. Lhe olhava com visível adoração.

— Olá! - Ele deixou cair a bolsa de colo no chão e a pegou nos braços. Patterson rodeou-o pela cintura e o beijou. Ele a encostou na parede e as bocas se encontravam em profundamente, com saudades, nem parecida que haviam se visto fazia tão pouco tempo. Eles se abraçavam tão fortemente que pareciam que iriam se fundir um ao outro. - Senti sua falta, doçura. - Ela sorriu.

— Pode não acreditar, mas amo quando me chama assim. - Ele cheirou seu pescoço. - Veio pra ficar?

— Creio que já esteja me convidando para, porém claro, só ficarei se você quiser. - Ela assentiu afirmativamente. - Sim?

— Sim, - Ela afirmou de novo. - Não há nada que eu queira mais agora. - Beijou-o.

— Ótimo, porque eu pensei em usar sua cozinha para fazer nosso jantar essa noite.

— Uau! Vai fazer o nosso jantar? - Ele sorriu. - Acho que deveria ter te convidado para morar aqui antes. - Eles riram.

— Estou feliz que não esteja me batendo nesse momento, isso pra mim é o suficiente. - Ela deu um tapinha no braço dele. - Ei!

— Ora, você acha que não vou continuar te contrariando, mesmo sendo sua namorada?

— Ei, eu ainda não pedi em namoro. - Ele disse.

— Pois peça, Roman, vamos logo. - Ela o apressou.

— William Patterson, amor da minha vida, futura mãe dos meus filhos, aceita namorar comigo e me bater, dominar, pelo resto de nossas vidas? - Ele gargalhou.

— É claro que eu aceito. - Se beijaram longamente. - Especialmente a parte de dominar e bater.

— Sabia que diria isso, sua diabinha. - Apertou-a mais em seu colo quando ouviu o celular tocar.

— Reade, oi. - Atendeu ela. - Claro, eu posso te passar mais detalhes. Podemos nos ver amanhã? Hoje tenho um compromisso. - Olhou para o loiro sensual ao seu lado. - O que? - Reade relatou sobre a estranha movimentação da noite e Roman a viu corar. - Bom o que posso te dizer, a culpa foi sua de nos colocar juntos em missão, não podemos fazer nada se houver advertência. - Reade apesar de bravo, foi objetivo em dizer que não seriam notificados dessa vez, pois ainda eram permitidas visitas íntimas naquela parte das celas. - Tudo bem então, amanhã nos vemos e tentem não se meter em problemas, hoje eu e Roman queremos aproveitar nossa folga. Ok, até amanhã.

— Ele ficou bravo? - Disse Roman com uma das sobrancelhas arqueadas.

— E quem se importa agora com o que Reade acha, meu amor? - Ela beijou o nariz dele. - Ele que cuide de tudo o que fizemos por ele, hoje é o nosso dia, finalmente. - O beijou.

— Aproveite que tive um tempo muito longo na Itália, para que possamos ter um maravilhoso jantar hoje.

— Huuuum! O que teremos hoje? - Perguntou-o.

— Espaguete ao molho pesto. O que acha? - Ele perguntou com uma carinha em expectativa.

— Eu vou comprar o vinho maravilhoso. - Disse ela.

Tomaram banho juntos e se amaram a tarde inteira. Quando conseguiram levantar para realizar o jantar, compraram o vinho e foram para a cozinha. Patterson vestiu a camisa dele, enquanto o via fazer tudo na cozinha, apenas de cuecas. Um paraíso.

— Quero ajudar, não é justo que faça tudo sozinho. - Fez um beicinho enquanto o via com uma panela vindo em sua direção. Ele lhe deu um beijo.

— Bom, o que acha de deixarmos a decoração a seu critério? - Tentou conciliar. - Afinal, hoje é uma surpresa que eu gostaria de lhe fazer então, está livre desse trabalho.

— Tudo bem. Sua sorte então que teremos um jantar a luz de velas.

— Uh, isso é muito romântico, Certamente vai ser a decoração mais encantadora do mundo.

— Bem que poderia usar os seus discos essa noite, tudo ficaria melhor ainda. - Ele colocou o espaguete na água fervente e ela o abraçou por trás, beijando-lhe as costas.

— Vou selecionar os melhores, certamente. - Esfregou o nariz ali e sentiu o cheiro tão amado da pele do homem que amava.

— Sei que vai fazer da forma mais incrível possível. Ele olhou-a por sobre o ombro e ela se colocou na ponta dos pés, o beijando.

— Ótimo, porque esse molho pesto está com um cheiro maravilhoso. Estou com fome. - Ele riu e virou-se rapidamente para abraçá-la e tirá-la do chão, fazendo soltar um gritinho. 

— Gostaria de saber qual a sobremesa. - Ele sorriu descaradamente. Os olhos eram tão quentes como lava, faiscavam de prazer com a simples menção.

— Essa você pode deixar comigo, claramente. Vai gostar dela essa noite.

— Como se não tivesse gostado em todas as outras, doçura. - Disse em seu ouvido e sentiu-a arrepiar em seus braços.

— Pare agora, Roman, ou não terá jantar. - Ela se desvencilhou de seus braços com muito sofrimento. ele fingiu chorar com a ausência do abraço, porém sorriu e voltou para as panelas. Ele mexia e as administrava com maestria e elegância. Não poderia acreditar em como ele poderia dispor tanta atenção para várias coisas e detalhes ao mesmo tempo, porém era maravilhoso ver o homem que amava, fazendo de tudo para que ela recebesse o que merecia.