In Love With a Ghost escrita por Natur Elv


Capítulo 1
We’ve never met, but can we have a coffee?


Notas iniciais do capítulo

Essa fic foi inspirada na comic da lupinchopang27.tumblr.com e em algumas músicas do youtube.com/channel/UCSCIeZFgWF5ZNmvNVG16WHQ , que dá nome à fic e aos capítulos (modifiquei um pouco em alguns).

Eu amo escrever em universo fantástico de magia, é meu maior amor, eu acho. E há MUITO tempo eu tava louca p fazer alguma coisa assim envolvendo victuri, então essas duas coisas (artista digital e artista musical) me deram um empurrão. Espero que gostem. Vou pedir que, além de me deixarem saber o que acharam, me avisem sobre eventuais erros.

Boa leitura!



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Apaixonado por um Fantasma

Nós nunca nos encontramos, mas podemos tomar um café?

 

 

Estava tão frio. Não havia neve, mas o vento sussurrava em nossos ouvidos ao passar por nós. Esfreguei minhas mãos uma na outra, eu realmente devia ter pegado luvas ao sair de casa. Por sorte, havia um Café logo à frente e eu não quis esperar mais nem um segundo para ir até lá. 

Para infinita felicidade dos meus dedos, o lugar estava muito quente, com cheiro de chocolate quente no ar – esta parte deixava meu olfato muito contente. Sentei em um dos bancos ao balcão e pedi exatamente aquilo: chocolate quente. Mais ansioso em aquecer minhas mãos na xícara quente do que sentir o sabor da bebida. 

O lugar era bem espaçoso e de cores apagadas, como se as paredes e móveis tivessem perdido pigmento. Bem ao fundo, eu podia ouvir música muito baixa e um pouco de conversa. E no meio das poucas vozes, um estalar de língua chamou minha atenção, bem ao meu lado no balcão, duas cadeiras para a direita. 

 Era um homem de cabelo preto e óculos de grau, e pelo pouco que eu conseguia ver da expressão em seu rosto, acho que ele não estava tendo um momento agradável – ou um dia todo... Ele parecia bastante estressado com o pequeno caderno aberto à sua frente e algumas folhas ao lado. 

Seu celular tocou e ele se assustou um pouco e a moça do balcão descansou o chocolate quente à minha frente. O cheiro estava ótimo, mas a primeira coisa que fiz foi contornar a pequena peça de porcelana com as mãos, sentindo-as formigarem imediatamente numa sensação que era a melhor coisa do mundo para mim e meu corpo naquele instante. 

Mas não me concentrei por muito tempo naquele formigamento gostoso nas palmas das minhas mãos, mais uma vez curioso com o homem ao meu lado, que agora falava ao celular palavras cujos significados eu não fazia ideia de quais eram. Acho que ele falava em japonês. Bem, independente do idioma em que estava se comunicando, parecia bastante preocupado. 

Não havia copos à sua frente. Talvez eu pudesse pagar algo para ele beber, de repente café, se fosse o que ele preferisse. Qualquer coisa. 

Observei-o suspirar e arrumar o óculos no rosto, e então seus olhos encontraram os meus, castanhos profundos atrás das lentes, como o chocolate quente na xícara entre minhas mãos já aquecidas, e eu inalei o ar de uma só vez antes de voltar a atenção à bebida ainda intocada. 

Levei-a à boca, sentindo o líquido aquecer também meu peito, e só então percebendo que meu coração batia mais rápido. Talvez pelo constrangimento do momento, tentei raciocinar. Bem, não é muito educado ficar bisbilhotando os assuntos dos outros... Por mais que você não seja capaz de entender uma só palavra. 

Suspirei e tomei mais um pouco do chocolate quente. Quando olhei para o lado novamente, estava vazio. 

Olhei por todo o lugar: nada. Nem mesmo ao lado de fora, onde dava para ver pela grande janela ao lado da entrada. 

Virei para a moça do balcão, a fim de perguntar se ela havia visto para onde ele tinha ido, mas no momento em que abri a boca, ela foi chamada por uma mulher sentada longe de mim. E eu voltei a encarar o chocolate quente na pequena xícara, comprimindo meus lábios, incapaz de não reviver os breves dois segundos em que os olhos daquele desconhecido se fixaram nos meus para então ele sumir como um fantasma. 


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