Who Is In Control? - The Originals escrita por M I K A E L S O N, lleess


Capítulo 4
C h a p t e r - T h r e e




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  Quando as cortinas se fecharem
Vai ser pela última vez
Quando as luzes se apagarem
Todos os pecadores rastejarão
Então eles cavaram as suas sepulturas
os mascarados
Virão apontar
O estrago que você fez  
Demons  • Imagine Dragons.

Ela observava os dois de longe. O pai e o filho. Saphyra sabia que Klaus estava tramando algo, somente não sabia o que era, apenas sabia que se fizesse algum mal a Marcel, ele também iria se dar mal. Decisões geram consequências, só dependia se iria ser ruim ou péssimas. Niklaus mexeria com fogo? Porque neste jogo poderiam jogar dois. Se decidir entrar, não deverá ter medo de se queimar.

Enquanto ele sonhava em ser Rei, ela já era uma Imperatriz.

— O quanto a Cami viu? – Perguntou Marcel á Klaus.

— Ela só viu a discussão. – Klaus negou — Nada que não se ajeite. Você gosta dela?

— Gosto por ela não fazer parte de tudo isso. Ás vezes é bom, ver o mundo como os humanos veem.

— Não sabia que você tinha uma mãe, Marcel. – Klaus observou Saphyra que havia arrumado uma taça em algum lugar feita de ouro e bebericava um bom vinho enquanto olhava o local fingindo ignorar a conversa — Onde ela estava por todo esse tempo?

— Não sei. – Olhou na mesma direção — Mas ela irá me explicar tudo.

— Sinto muito pelo Thierry, sabia? – Klaus estava desconfiado mas decidiu deixar para lá, ainda iria fazer suas próprias investigações — Eu sei que era um bom amigo.

— Eu o transformei no que ele era. É obvio que eu errei em confiar nele. – Marcel o olhou como se transmitisse algo em seus olhos.

— Isso não muda nada.

A conversa percorria, mas Saphyra já estava ficando entediada com tal conversa. A loira suspirou antes de subir as escadas, precisava botar um ponto final naquela história com seu filho.

— Niklaus tentou o salvar esta noite, Pequeno príncipe. – Saphyra disse interrompendo aquela conversa e chamando a atenção dos dois para si, os fazendo virar e a encarar.

— Mas claro, eu fui mais rápida. Não iria deixar de me vingar daquela bruxa que tentou matar o meu Marcellus! – Sorriu de forma carinhosa para o filho.

Saphyra tinha certa possessão com o filho. Já que era seu primeiro filho e o mais velho.

— O que quer dizer com isso, mamãe? – Perguntou Marcel confuso. Niklaus encarava a loira e o moreno de forma estranha, talvez porque fosse estranho uma garota daquela aparência parecer mais uma irmã mais nova do que uma mãe.

— Apenas faça o que ele iria lhe pedir. Devolva o nobre Elijah para a família, querido. – Klaus estava surpreso com o pedido feito por ela.

— Acho que posso fazer isso. – Marcel afirma sorrindo vendo o mesmo sorriso nos lábios da mais velha. Saphyra sorria por ter percebido o ato de surpresa de Klaus, ele havia arregalados os olhos levemente.

— Acho que temos muito o que conversar, mãe. – Marcel queria saber os detalhes do motivo de seu desaparecimento.

— Temos sim, querido. – Respondeu-o com uma sorriso maternal. Aproximou-se do filho e encaixou seu braço no do mais novo que indicou o lugar que iriam ter aquela conversa.

〰 ⚜ 〰

Enquanto isso do outro lado da cidade, Nova Orleans.

Rebekah Mikaelson estava sentindo-se frustrada por não ter conseguido ajudar o irmão mais velho, pensava assim enquanto dedilhava algumas teclas aleatórias do piano.

— A noite foi um fracasso épico. – Assim disse Rebekah quando viu seu irmão, Niklaus, passar pela porta da sala onde estava.

— Pelo o contrário, irmã. – Klaus respondeu — A noite foi maravilhosa.

— Está maluco? Kate morreu antes de Sophie completar o feitiço. – Diz Rebekah incrédula.

— É, eu estou sabendo. Ela morreu na minha frente. – Klaus estava com seu típico sorriso de deboche.

— Você o quê? – A Mikaelson o encarava sem acreditar em suas palavras.

— Em momento algum disse que foi eu, irmã. De onde conhece a sua amiga, Saphyra?

— Em 1700, ela me salvou. Depois viramos amigas. Nos reencontramos em 1751, mas depois ela sumiu, pensei que estivesse morta, não tive tempo de procura-la, você enfiou uma adaga em meu peito, irmão. – Rebekah disse de forma irônica.

— Com certeza a bruxinha suicida iria tentava levar Marcel junto com ela. Eu tentei mata-la, mas sua amiga foi mais rápida. De qualquer forma Marcel está onde eu quero que esteja.

— Sophie confiou em você. Eu confiei em você. Contra todos os meus instintos. – Rebekah sentia-se arrependida por ter confiado mais uma vez em seu irmão e ele a decepcionou.

— Acorda, Rebekah. As bruxas não estão do lado de ninguém, além delas mesmas. Essa garota, Davina, é só o que elas querem. E quando tiverem, quando conseguirem o que vai acontecer? Uma trégua? É claro que não. Elas vão usar o poder da Davina contra todos nós. – Sua voz soou mais alto e grossa, tentando colocar juízo na irmã.

— Mesmo que usem, o plano era achar o Elijah e você falhou.

— Você sempre teve pouca fé. – Klaus a encarava sem surpresa alguma — Por tentar o proteger, eu consegui a confiança de Marcel, tanto é, que sua amiga o convenceu a devolver o Elijah para nós. E na hora certa quando ele me contar tudo o que eu quero saber sobre Davina, eu vou conseguir pegar ela para mim.

— Eu tenho fé de que vai conseguir o que quer, sempre consegue, não importe o que custe ao resto de nós. Você me dá nojo. – Rebekah deu um último gole na bebida enquanto encarava o irmão, antes de sair o deixando sozinho naquela sala.

〰 ⚜ 〰

— Pergunte o que deseja saber, Marcellus. – Saphyra pronunciou-se assim que chegaram em uma sacada.

— Onde esteve por todo esse tempo? Me deixando para trás? – Marcel observava a rua que mesmo por estar de madrugada, ainda havia algumas pessoas passando por ali.

— Aconteceu alguns problemas em meu reino. Precisavam de mim. – Saphyra olhou em um ponto fixo como se lembrasse de algo, mas logo voltou a olhar para o filho — Coloquei os Mikaelson em seu caminho e principalmente Niklaus, porque sabia que ele se identificaria com você. Eu sabia que ele cuidaria de você, ou pelo menos foi o que ele fez no começo.

— Você poderia ter me levado, sabe o quanto eu sofri? Não, você não sabe e não faz ideia, e sabe o por quê? Porque você não estava lá. – Marcel estava triste e respondia de forma rude, não era sua intenção e arrependeu-se quando viu os olhos marejados da mãe.

— Eu não o levei porque você não estava preparado, meu amor. E sim, eu sei. Acha que eu não estava vendo seu sofrimento? Acha que eu não sofri? Eu tentava lhe ajudar de todas as formas possíveis, mas eu não podia o levar. Você tinha apenas uma pequena noção do sobrenatural, não podia o transformar, você era apenas uma criança. Certos humanos não podem passar. Se eu quebrasse esta lei, estaria quebrando um acordo com o meu próprio povo, você entende isto? Se eu realmente pudesse você estaria lá a décadas. – Em meio as lágrimas, Saphyra sorriu levemente imaginando brincar com seu filhos no jardim do castelo.

— Eu só... – Fechou os olhos suspirando enquanto as lágrimas corriam em seu rosto — Eu senti muita sua falta, mamãe.

Marcel a puxou para um abraço, um abraço apertado que exalava sentimentos, mas o principal, era a saudade que sentiam um do outro.

— Eu também senti muito sua falta, meu pequeno grande Príncipe. – Sussurrou em seu ouvido enquanto o abraçava.

Demoraram alguns minutos naquele abraço antes de finalmente soltarem-se.

— Quando vai me levar para conhecer a Bruxinha? Davina é seu nome, certo? – Saphyra perguntou após alguns minutos.

— Como sabe? – Marcel perguntou confuso, esquecendo-se de um pequeno detalhe.

— Eu tenho olhos e ouvidos em todos os lugares, lembre-se disso, querido. – Sorriu e piscou um olho ganhando um sorriso do mais novo.

〰 ⚜ 〰

— Você está bem? Eu fique tão preocupada. – Davina perguntou assim que viu Marcel adentrar em seu quarto secreto. Correu na direção do mesmo e o abraçou, comprovando que ele estava bem.

— Obrigado. Eu senti o que você fez, me ajudou. – Marcel agradeceu.

— Foram os antigos, não foram? – Perguntou Davina.

Saphyra sentia-se invisível, Davina não havia a visto e muito menos percebido o seu poder. Percebeu logo, que a mesma não fazia ideia do poder que tinha.

— Na verdade, Klaus tentou me salvar hoje. Eu vou concertar tudo, começando pelo seu irmão. – Marcel andou em direção ao caixão de Elijah Mikaelson que estava destampado, mostrando sua pele cinza como se estivesse morto.

A Lancaster havia percebido também, assim que olhou para o corpo do Mikaelson. Seu processo de cura estava ativado e seu corpo estava curando-se aos poucos. Provavelmente por Davina ter enfiado a adaga de forma errada.

— Não. – Saphyra desviou o olhar rapidamente para a bruxinha.

— O quê? Davina...

— Não. Você disse que ele são perigosos. Não vou devolvê-lo sem saber como mata-los. – A bruxa estava segura que conseguiria.

— Ainda não sabem como mata-los? Isso é patético até pra você, Marcellus. – Saphyra pronunciou-se chamando a atenção dos dois, já estava entediada por não terem a percebido ali.

Apenas o lado vampiresco de Saphyra não estava oculto, ela havia criado um feitiço para isso, já que usava sua velocidade sempre que possível.

— Quem é você? E como conseguiu me achar? – Davina perguntou a encarando confusa, e tentando perceber se era uma ameaça.

— Estou cheia dessa pergunta. – Saphyra depositou um de seus pés na porta de entrada e o outro assim adentrando no local, olhou por toda a porta e sorriu. Não precisava de permissão alguma. — Quem é você, o que faz aqui, como me achou. Estou fartas dessas perguntas. – Disse lentamente cada pergunta e no final revirou os olhos.

— Quem é você? – Davina repetiu e sussurrou algumas palavras em latim, lançando um feitiço de dor para a loira que apenas anulou o feitiço com um aceno de mão, suspirando entediada.

— Sou mais poderosa, bruxinha. Você deve ser a bruxinha que as ancestrais enchem minha cabeça de reclamações. Você deveria estar morta, garota.

— Ancestrais? Como sabe? – Davina estava visivelmente confusa e sentia medo do a desconhecida poderia fazer consigo.

— Eu sei de tudo. – Revirou os olhos — Saphyra Lancaster, prazer.

— Lancaster? Conheço esse sobrenome de algum lugar. – Davina estava pensativa, tentando lembrar-se de onde conhecia aquele nome.

— Sim, querida. A criatura mais poderosa, a Imperatriz do mundo sobrenatural e blá, blá, blá.

— Nossa. – Davina disse impressionada e surpresa.

Apesar de todos os seres, as bruxas eram os que mais acreditavam na existência da Imperatriz do Mundo Sobrenatural. Apenas os ancestrais sabiam a verdade já que estavam mortos, mas não podiam comunicar a ninguém.

— Eu a salvei da colheita e agora sou seu tutor. – Marcel explicou depois de apenas observar a conversa das duas.

— Tanto lugar para escondê-la e você a coloca em uma porão de uma igreja, Marcel? Quem mora aqui? O Conde Drácula? – Saphyra observava todo o local detalhadamente — Com que aprendeu isso? Comigo com certeza não foi! Então... Eu sou avó? – Perguntou como se não quisesse saber nada — Sou muita nova pra esse papel, Marcellus.

— Nova? – Marcel perguntou de forma irônica — Você é mais velha que os Originais. Pior que um dinossauro. – Debochou mas parou assim que sentiu uma leve dor de cabeça. E sabia que não havia sido Davina.

— Avó? – Davina perguntou sem entender nada — Você conhece os Originais? Sabe como mata-los?

— Sou mãe adotiva de Marcellus, bruxinha. – Davina havia ficado surpresa com tal informação, a Lancaster sorriu, era a mesma reação que todos — Quem não conhece, não é mesmo? Eu mesma criei o feitiço para Esther Mikaelson. Depois claro, de ter feito a mesma pedir de joelhos e humilhar-se em meus pés para salvar seus filhos dos ataques dos lobos naquela época. Não era um dos meus melhores dias. – Deu de ombros, vendo a confusa e a surpresa no semblante dos dois.

—Então existe uma forma? Como os matamos? – Davina perguntou ansiosa.

— Matamos? Por que eu os mataria? – Saphyra perguntou fingindo estar confusa — Uma das minhas melhores criações. Um dos meus melhores feitiços. Acha mesmo que eu entregaria a destruição assim tão facilmente?

A Imperatriz havia levantado e caminhava em direção a ruiva, apenas o barulho do seu salto era escutado por todo o quarto. Aproximou-se da pequena bruxa e a olhou de forma irônica e sorrio do mesmo jeito quando Marcel se pôs de frente para ela, para a defende-la caso a mãe tentasse fazer algo.

— Por que eu iria contar para você? Logo, a você? Não sou estúpida, criança. – As palavras soavam superior de certa formal, não era apenas para os dois em sua frente, mas também para o Original nobre que mesmo desmaiado, tinha consciência e escutava toda a conversa.

— Vocês realmente não sabem? – Saphyra perguntou observando a face dos dois.

— O que não sabemos? – Marcel perguntou.

— A bruxinha tem capacidade de encontrar a resposta que deseja, quebre um pouquinho sua cabeça, criança. – Saphyra fez um gesto com os dedos, demonstrando o tamanho falado — Apenas um conselho... – Davina a olhou prestando atenção em suas palavras — Você está com poderes acumulados, que não são totalmente seus. Nenhum bruxo consegue carregar tanto poder sem o liberar de maneira drástica no final. Tenha cuidado com seus poderes, seria uma pena para mim, perder um prodígio e para Marcel, uma filha.

Saphyra logo saiu, o barulho de seu salto ecoou por todos os lados, quando finalmente parou. Ela havia ido embora, deixando-os para trás.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? A algum momento que você gostou mais?
Comentem, quero saber a opinião de vocês. Devo continuar?

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=iqvndFuyS2A
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