Retratos de Arcadia escrita por KdSfield


Capítulo 4
A Canção da Garçonete


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem voltou!! Depois de mais de um mês sem conseguir terminar esse capítulo, estamos de volta. :D Peço desculpas por todo esse tempo, é que aconteceram muitas coisas esse mês que me deixaram sem condições de escrever. Mas agora tudo está certo e medicado entãããão espero que gostem desse capítulo e eu prometo que o próximo já vai sair logo. Obrigado mesmo a quem resistiu e não abandonou essa história :D



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— MAX! CHLOE!! - o homem correu em direção à caminhonete, quase sem acreditar no que estava vendo - Graças a Deus vocês estão bem!!!

— DAVID! - gritou Chloe enquanto saia do veículo, esquecendo-se de todos os apelidos que já tinha dado a ele - O que você "tá" fazendo aqui? - perguntou ela, chegando a indagação mais importante - Minha mãe você...

— Está tudo bem Chloe - começou David, colocando suas mãos nos ombros da garota, tentando decidir se devia abraçá-la ou não - Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Para Max, que acompanhava a conversa entre os dois ainda parada perto da porta da caminhonete, naquele momento era como se toda a animosidade e desconfiança que existia naquela relação fosse deixada de lado. Ambos entendiam a dor e apreensão do outro, bem como suas motivações e preocupações.

— Chloe eu...eu fiquei tão preocupado que você não tivesse conseguido - claramente, o homem estava lutando contra as lágrimas.

— Ei, David, eu estou bem, pode ficar tranquilo, ok? - sem jeito, a garota de cabelos azuis deu um leve tapa nas costas do homem, como se reforçasse que estava bem - E, olha, não me leve a mal, eu fico muito feliz de ver que você está bem, e tudo o mais, mas eu preciso saber da minha mãe. Ela estava no...

— No "Two Whales" - cortou ele, adiantando-se - É eu só vim para cá depois de ver a situação por lá - o tom de voz de David ficou ainda mais sério, mas deixava escapar uma pontada de alívio - Sua mãe vai sobreviver, garota.

Max, que continuava apenas observando o diálogo que se seguia, sentiu uma sensação de alívio que parecia não caber em seu corpo. Assim, ao ver Chloe cair de joelhos com a notícia, a moça correu em sua direção e a abraçou com toda a força que lhe restava.

As duas ficaram ali, abraçadas e chorando de alívio no chão, por alguns minutos até que Chloe se desvencilhou da amiga, mas não sem agarrar sua mão com todas as forças que possuía.

— Certo - retornou a punk, ainda com os olhos vermelhos - mas o que aconteceu lá? Elá esta sendo tratada ou não precisou de nada disso?

David então sentou-se no chão, de frente para as garotas e com as pernas cruzadas, e olhou para cima, como se não soubesse por onde começar, mas ainda mantendo a postura de soldado que sempre o caracterizava.

— Vamos ver - começou ele, voltando a olhar em direção as garotas - Logo quando o dia começou a amanhecer, e toda a destruição pode ser percebida, muitos sobreviventes começaram a se agrupar no que restou do centro da cidade. Eu estava averiguando...bem, averiguando a mensagem que vocês tinham me mandado sobre o canalha do Jefferson, então eu estava um pouco longe de tudo.

Sem perceber, Maxine apertou ainda mais forte a mão de Chloe, sentindo um calafrio subir por sua espinha. "O que aconteceu com o desgraçado?".

— Então quando eu cheguei no centro da cidade, e vi toda a destruição, acabei ficando sem chão por um segundo, até voltar a pensar na Joyce. Corri para o Two Whales e, chegando lá, encontrei alguns amigos já trabalhando nos destroços do restaurante.

— Destroços? - perguntou Chloe, voltando a ficar preocupada com o estado da mãe.

— É - confirmou o homem, apreensivo - Bem parece que alguma coisa causou uma explosão no restaurante. O que até que foi bom para sua mãe - acelerou David, antes que a moça de cabelos azuis pudesse se preocupar ainda mais.

— Como assim foi bom? - indagou Max, alguns segundos antes da amiga.

— É que, por ser muito antigo, o local provavelmente já estava para cair sobre a cabeça dos que estavam lá dentro. Mas, com a explosão, sua mãe e alguns dos abrigados lá foram jogados para fora, o que fez eles escaparem do desabamento - terminou David, quase não acreditando no quão surreal era o que estava dizendo.

"Uou"

— Uoou - disse Chloe, externalizando o pensamento da amiga - E como ela "tá", afinal?

— Alguns ossos quebrados e varias queimaduras, mas nada muito grave - o homem, apesar de claramente estar se esforçando para disfarçar, parecia extremamente feliz em dar a notícia - levaram ela para o hospital, porque o prédio permaneceu de pé, e também porque os geradores estão ajudando no tratamento dos feridos.

Enquanto as lágrimas voltavam a correr pelo rosto da amiga, Max novamente sentiu a urgência de abraçar Chloe, de protegê-la perante qualquer ameaça.

"Eu não sei o que..."

— Max, minha mãe "tá" bem - disse a garota de cabelos azuis, sorrindo após as lágrimas e surpreendendo Maxine com seu próprio abraço, apertadíssimo - Ah eu não consigo acreditar, depois de tudo o que aconteceu essa semana.

"Uoooooou" pensava a hipster, sentindo novamente uma eletricidade percorrendo o seu corpo, arrepiando todos os seus cabelos e emanando diretamente do toque da amiga.

"Mas o que..."



(...)


— Ih mãe, ela tá dormindo. Na verdade, estávamos decidindo agora se íamos acordar ela para escovar os dentes ou não.

Chloe estava andando em círculos pelo corredor, com o celular e um sorriso em seu rosto. 

— Deixem ela dormir em paz então, uma noite não faz mal a ninguém - exclamou Joyce, através do telefone.

— Espera,o que aconteceu? Quem é você? O que você fez com a minha mãe?

— Sua mãe virou uma avó, minha querida,  isso que aconteceu.

— Tá bom. E o David, como está?

Max observava o diálogo da esposa com a mãe, ainda encostada na porta do quarto de Sophia. Com os braços cruzados, a moça dividia seu pensamento entre a conversa familiar que acontecia a sua frente e o passado.

"Acho que eu não teria aguentado se algo tivesse acontecido com a Joyce" refletia ela, sempre se preocupando com o bem-estar da esposa.


— Eu...eu sei mãe,  pode deixar que chegando ai vou te ensinar a usar o Skype - Chloe lançou um olhar divertido em direção a esposa, ainda sem desligar o celular - "Já já vou ser toda sua" complementou ela em direção a Max, mexendo os lábios sem fazer barulho.


— "Eu te amo" - respondeu a outra, da mesma maneira, antes de tomar a sua direita e andar em direção ao quarto do casal. 


— Não mãe, eu ainda não vi o vídeo que o David mandou. Ninguém mais vê vídeos hoje em dia, sabe?


(...)


As garotas andavam, de mãos dadas, em direção ao hospital de Arcadia Bay, desviando de alguns destroços e das diversas pessoas que se esforçavam para ajudar, buscando sobreviventes e oferecendo suprimentos e orientações para os moradores.


— Esse pessoal não é daqui né? - perguntou a punk, fingindo um tom despreocupado

.
— Acho que devem ser das cidades vizinhas - Max havia notado o tom forçado da amiga, mas decidiu não comentar - Depois que vermos a Joyce acho que devíamos ajudar também né? - complementou a hipster, sentindo-se cada vez mais culpada pela situação da cidade e de todos os moradores enquanto um calafrio subia por sua espinha.


"Isso é tudo culpa minha"


— Pode deixar, Maximo - sem movimentar a cabeça, Chloe voltou sua atenção para a amiga, sabendo o que se passava dentro de sua cabeça. Naquela momento, ambas lutavam contra a culpa, e contavam apenas com a outra para ajudar e entender tudo o que havia se passado - Não se preocupa, viu Max? Vai ficar tudo bem.

A punk então sentiu a mão da amiga escorregar por sobre a sua, soltando-se de maneira abrupta. Assustada, ela então percebeu que Max havia caído de joelhos no chão, curvando o seu corpo para frente e batendo com as mãos no asfalto.

— Max, o que... - começou a moça, até ser interrompida pelo choro da amiga. Para qualquer um que ouvisse, aquilo claramente representava uma mistura de inúmeros sentimentos, todos eles ruins. Dor, tristeza, indignação e, principalmente, culpa passavam pela cabeça de Maxine, impedindo-a de fazer qualquer coisa senão chorar.

Penalizada com a situação de Max, Chloe foi ao seu encontro no chão, abraçando-a e retribuindo o favor que a amiga lhe prestara momentos atrás. 

— É tudo. Culpa. Minha - lamentava ela, repetidamente, grunhindo as palavras entre as lágrimas e os soluços que lutavam para sair de seu corpo.

— Não Max, por favor fica calma... - a punk então, ainda abraçando a amiga, levou os seus lábios até perto do ouvido da moça e começou a sussurrar tudo aquilo que tentava guardar dentro de si - Maxine, você me salvou e agora eu estou aqui por você, ouviu? Nós vamos passar por isso juntas, e juntas vamos ficar para sempre.

Conforme as palavras iam saindo, Chloe ia criando mais coragem, pois ela sabia que Maxine iria precisar de toda a ajuda possível.

— Max...olha para mim.

A hipster então, utilizando de toda a sua força de vontade, levantou a cabeça e percebeu que a mulher de cabelos azuis estava agora na sua frente, também de joelhos no chão.

— Maxine - com uma das mãos a punk secava as lágrimas da moça enquanto que, com a outra, fazia carinho em seus cabelos - depois de tudo o que você fez por mim, agora é a minha vez. Me deixa ser a sua força, por favor.

— Chlo...

— Psiu - Chloe colocou um dedo nos lábios da amiga e percebeu, naquele momento, que ela nunca mais seria apenas isso. Enquanto contemplava os olhos agora marejados e vermelhos de Max, a punk sentia todo o seu corpo estremecer, como se uma onda passasse por ela, a cada vez que Maxine respirava.

"Eu preciso dela".

Instintivamente, a garota de cabelos azuis e braço tatuado fechou os olhos curvou sua cabeça em direção a outra, esperando sentir aquela respiração de uma maneira ainda mais íntima e pessoal. 

— Ei, vocês estão bem?

De sobressalto, ambas as moças foram tiradas do transe em que estavam. Chloe abriu os olhos e logo viu que Max também havia fechado os dela, e agora os abria encarando o chão com as bochechas vermelhas como um pimentão.

"Eu vou explodir de tanta fofura" pensou a punk, sem perceber que também corava.

— Oláá? Está tudo bem ai? - repetiu o homem, dessa vez chegando perto das garotas e revelando-se com uma farda do corpo de bombeiros.

—"Tá". "Tá" tudo bem nós só paramos para descansar um pouco - respondeu Chloe, improvisando. 

— É - confirmou Max, com a voz fraca enquanto secava seu rosto - está tudo ótimo - terminou, colocando novamente sua mão em cima da de sua amiga. 


(...)
Deitada em sua cama, Max aguardava pacientemente a companhia de sua esposa quando ouviu a mesma gritar de dentro do banheiro.

— HÁ. Você sabia que nossas mães tem conversado todos os dias?

— Ahn? Como assim?

Chloe saiu então do banheiro, com o rosto ainda molhado, e deitou-se na cama, ao lado de sua companheira.

— Parece que a dona Joyce finalmente começou a descobrir as maravilhas do Skype - disse ela, mexendo as mãos como se simulasse um truque de mágica - e, aparentemente, eu já estou intimada a ensinar tudo para ela quando chegarmos em Arcadia.

— Hmmm - Max então arrastou-se em direção a esposa e a envolveu em um abraço apertado - E você sabia que eu adoro o seu cheiro? - arrematou, levando o nariz até o pescoço da punk. 

— Ei, isso não é justo - respondeu Chloe, divertindo-se - Eu tava aqui, toda inocente, e você vem me atacar com toda essa fofura? Isso é golpe baixo. 

As mulheres então se beijaram com todo o amor e intensidade que possuíam, ainda abraçadas.

— E você - recomeçou a mulher de madeixas azuis, após alguns minutos - Você sabia que você é linda?

— Sabia sim - respondeu Max, sorrindo de orelha a orelha.

— Eiiiiii você não pode simplesmente concordar.

(...)

O hospital de Arcadia Bay não era dos maiores, mas sempre fora mais do que suficiente para atender as necessidades dos moradores. Até agora.

Assim que passaram pela porta do prédio, Max e Chloe conseguiram ter uma dimensão ainda maior do que a tempestade havia causado, não apenas na cidade, mas também aos moradores. Esse pensamento fez com que a punk, instintivamente, segurasse ainda mais forte a mão da amiga. Tal gesto foi respondido por um sorriso fraco da hipster, como se concordasse "Estamos juntas nessa".

A mesa das funcionárias estava vazia, mas toda a recepção havia sido tomada por macas e camas improvisadas, algumas já sendo utilizadas, mas a maioria ainda vazias, esperando quem eventualmente pudesse ter se ferido nos eventos da noite anterior, bem como os sobreviventes dos desabamentos e afins.

Chloe então adiantou-se, seguida da amiga, procurando por alguém que pudesse ajudá-la a encontrar sua mãe. As moças foram em direção ao primeiro corredor, logo após a recepção, e foram surpreendidas por uma enfermeira de longos cabelos castanhos e meia idade, saindo de uma das portas a direita.

— Se estão feridas, a triagem é logo ali na frente, alguém vai atender vocês na próxima sala - disse a profissional, em um tom claramente apressado, como se não tivesse tempo a perder com aquela conversa, e já virando as costas em direção ao trabalho.

— Oi - disse Chloe sem jeito, seguindo a mulher - não, nós estamos procurando minha mãe ela... - a punk olhou para o chão, como se ainda tivesse dificuldade em imaginar sua progenitora em uma cama de hospital - ela foi trazida para cá depois do...

— Olha mocinha, me desculpe mas não estamos recebendo visitas agora - rebateu a enfermeira, interrompendo - isso aqui está um caos, como você pode perceber, e nós não temos tempo e nem pessoal para ficar atendendo visitantes. Eu mesma tive que ser deslocada da minha cidade para vir ajudar aqui. Um furacão? Aqui? Aonde já se viu. Eu só queria ter um dia de folga, mas parece que não vai ser possível, não é mesmo? - terminou, falando mais para si do que para as moças, e virando novamente as costas.

Max olhou para Chloe e foi surpreendida por um sorriso e uma piscadela da punk, que se adiantou e tomou a dianteira da mulher, parando-a novamente.

— Eu já disse que... - retomou a enfermeira, sendo interrompida por Chloe, aos prantos.

— Por favor moça - começou a garota de cabelos azuis, agora quase soluçando - eu só...só quero ver a minha mãe. Eu não sei o que aconteceu com ela. Sabe - continuava ela, secando as lágrimas com a parte de trás das mãos - nós estávamos juntas ontem a noite, mas ela...ela me mandou ir para casa porque queria ajudar os outros - finalizou, voltando a chorar copiosamente.

"Uaaau" pensou Max, logo antes de entrar no jogo da amiga.

— Calma Chlo, vai ficar tudo bem - interveio a hipster, colocando as mãos nos ombros da amiga - ela deve estar bem. Eu...eu espero - finalizou.

 Incrédula, a mulher olhou para as jovens e permaneceu sem ação por um tempo, até que finalmente desistiu.

— Ok - disse a enfermeira - me passa o nome da sua mãe que vou ver com os colegas do turno se alguém sabe onde ela está.

— É Joyce - respondeu prontamente Max - Joyce Price.

— "Purfavor" moça - acrescentou Chloe, assoando o nariz de maneira propositalmente escandalosa - eu não sei ficar sem ela - terminou, no mesmo momento em que a mulher saía pelo corredor.

— Uaaaaaau - sussurrou a hipster, sorrindo - desde quando você é uma atriz tão boa assim?

— Ahh - respondeu Chloe, enxugando as lágrimas enquanto tentava segurar uma risada - um dia eu te conto uma história.


(...)

 Em meio a madrugada, Max não conseguia deixar de pensar no passado, e por tudo que ela e a esposa haviam passado.

"Acho que deve ser a mudança chegando" justificava ela, para si mesma.

— Nããão, eu não quero batata frita - resmungou Chloe ao seu lado, em meio ao sono.

Abafando uma risada, Maxine virou em direção a sua companheira, fazendo carinho em seu cabelo.

"Chlo..."

— Obrigado - sussurrou Max, antes de ser jogada novamente em suas lembranças.

(...)

— MÃE - gritou Chloe, esquecendo-se de onde estava e correndo em direção a cama em que a mulher se encontrava.

— Querida... - respondeu Joyce, com uma voz cambaleante e levemente dopada - Ah meu Deus, você está bem. Vocês estão bem.

As garotas estavam no que outrora fora o refeitório do hospital e que, naquele momento, servia como uma grande enfermaria improvisada, lotada de camas, pacientes, enfermeiras e médicos, todos trabalhando e buscando o mesmo fim.

— Olá Joyce - disse Max, timidamente aparecendo por detrás da amiga - É tão bom ver você.

A mulher, percebeu Maxine, estava muito fragilizada, apesar de estar consciente. A metade direita de seu rosto estava coberto por um grande curativo de pano, que se estendia por parte do torso. Além disso, varias ataduras e bandagens se espalhavam pelo resto do corpo, principalmente pela perna direita que se encontrava suspensa por sobre a cama.

— Ainda não tiveram tempo de engessar - informou Joyce, percebendo o olhar de Max em direção a sua perna - Ah, é muito bom ver você também, criança - respondeu por fim, abrindo um sorriso estremecido. 

— Joyce - Chloe, que estava do lado esquerdo da cama, curvou-se para chegar mais perto da mulher - Mãe. Você vai ficar boa logo tá? Ai quando menos esperar já vai estar puxando a minha orelha por ai.

Percebendo que elas ainda tinham muito o que conversar, Max resolveu dar um pouco de espaço a amiga. Enquanto se afastava, entretanto, ela pode perceber que mãe e filha haviam começado a chorar.

"Eu imagino como a Chloe deve ter ficado preocupada", pensava a hipster. "Ah, Chlo, eu prometo que vou aguentar. Por você".

Perdida em seus pensamentos, Maxine andava pelo antigo refeitório, procurando algum rosto conhecido por entre os feridos. Naquela altura, alguns nomes e preocupações começaram a passar por sua cabeça. Onde estariam Kate, Warren, Dana ou, até mesmo, Victoria. Teriam sobrevivido?

"Oh Deus, por favor".

— Max - a hipster sentiu o toque de Chloe em seu ombro, estremecendo levemente - não podemos ficar muito tempo. A enfermeira do mal já "tá" de olho - o contraste entre o sorriso e os olhos vermelhos da punk chamou a atenção de Maxine, que passava a perceber, cada vez mais, os pequenos detalhes da amiga - E minha mãe também "tá" quase dormindo por causa dos remédios, então vamos dar tchau.

— Ok - respondeu Max.

Ambas voltaram para a cama de Joyce, apenas para descobrir que ela já havia caído no sono, tomada por uma tranquilidade que contrastava com toda a situação da cidade.

— Eu não sei o que teria sido de mim minha mãe do meu lado, sabe Max? - a garota de cabelos azuis colocou levemente a mão na testa de sua progenitora, afastando parte dos seus cabelos para trás - É tudo tão diferente agora eu...eu era um pé no saco com ela.

— Fica tranquila, vocês ainda vão ter muito tempo juntas -  acrescentou Maxine, olhando diretamente para o rosto da garota e esboçando um sorriso.

— Graças a você, Max.


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Notas finais do capítulo

É isso!! Espero que tenham gostado do capítulo. Ele foi bem mais voltado para o passado, mas senti a necessidade de dar um foco no começo dos sentimentos entre as duas e, principalmente, na Joyce neste capítulo. Eu sempre fico com receio de a história estar ficando muito "melosa" mas, fazer o que, eu sou muito fã das fics mais melosas hahahaha. Obrigado a quem leu e, qualquer crítica, sugestão ou conversa, é só comentar. :)



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