A Caçada escrita por Rubellu Sidus
Notas iniciais do capítulo
Após muitas horas de batalhas mortais, ambientes exóticos e inóspitos, o trio de caçadores chegou ao seu objetivo final. Um duro confronto contra o Conde das Trevas, Vlad Tepes foi decidido com a união de Teodor, Ecaterina e Petru.
Mas eles não conseguiram o triunfo sozinhos, foram ajudados por seres que pensavam que seriam seus inimigos, e contaram com a assistência de uma das maiores entidades do mundo: A Natureza.
Teodor, ao abrir o portão do outro lado da Sala, foi banhado por uma intensa luz solar. Ecaterina e Petru o seguiram. O trio, acostumado com o ambiente semi-escuro do Salão, abriu os olhos aos poucos e ficaram maravilhados com o que viram
O Sol nascia no horizonte, por entre as grandes montanhas. Avistaram tudo que tiveram que atravessar para chegar aonde eles estavam. A Torre do Castelo não era necessariamente uma torre, mas sim uma passagem aberta que levava até uma sacada
A altura que eles estavam era arrepiante, e se dirigiram até a sacada para contemplarem o raiar do Sol
—Ecaterina: Eu não acredito que finalmente vencemos! - dizia enquanto estava abraçada com Teodor.
—Petru: Nossa! Que visão linda!
—Teodor: Não imaginava que este castelo sombrio poderia ter uma vista tão magnífica... e tão pacífica!
Era belo, de fato. A maldição que Vlad trouxera para as regiões teria fim, mas era um processo lento e demorado. Teodor, Ecaterina e Petru se sentaram na sacada da “torre” do Castelo. Teodor no meio, abraçado com a esposa e filho, observavam toda aquela beleza natural
—Petru: Será que a Tia Andreea está bem?!
—Ecaterina: Tenho certeza que sim!
—Petru: Eba! Então acho que podemos ficar aqui um pouco mais, não é?!
—Teodor: Não vejo o porquê de voltarmos tão cedo... vamos ficar aqui um momento.
Eles estavam satisfeitos com seu trabalho, finalmente puseram fim em um reinado de terror e sangue de uma das mais sombrias criaturas que já pisara na face da Terra. Foi uma noite extremamente longa, mas a aventura chegara ao fim
Após algumas horas contemplando todo o horizonte, o trio resolveu voltar. Ecaterina efetuou suas preces como sempre, Petru carregava sua Besta com um enorme orgulho e Teodor brandia seu Escudo
Uma criatura parou na frente deles, era a Mãe Natureza
—Mãe Natureza: Todos já sabem do feito de vocês! E espero que tenham um retorno seguro até o lar de vocês!
—Ecaterina: Obrigada, Mãe Natureza!
A Mãe Natureza olhava o trio atravessar o Salão enquanto ela mesma se dirigia para a sacada
—Mãe Natureza: Incrível como a determinação humana é capaz de superar limites impostos até pelos próprios deuses, não acha?!
Então uma figura encapuzada se aproximava da Mãe Natureza, era a Morte, mas não era como o esperado. Era também uma mulher, bela, mas sombria
—Morte: Sim, minha irmã! Humanos sempre me impressionaram demais, mesmo com todos os seus defeitos e pecados, eles ainda são capazes de sentir o que os deuses abandonaram há muito tempo. Amor, Esperança...
A Morte pegou um livro e o abriu. Com uma caneta preta ela riscou um nome de uma lista
—Mãe Natureza: O que está fazendo?
—Morte: Acho que este nome já ficou por tempo demais... “Vlad Tepes”
—Mãe Natureza: E o que me diz dos caçadores?
A Morte analisou seu livro, os nomes constados indicavam o tempo de vida restante de cada ser. Os seres que ainda viriam a nascer não tinham nenhum número
—Morte: Aqui diz que eles ainda viverão muito!
—Mãe Natureza: Que bom...
—Morte: Venha, temos trabalho a fazer!
E então a Mãe Natureza, simbolizando a Vida, e a Morte partiram juntas e vagaram pelo mundo, esperando o tempo para cumprirem seu papel. Após algumas horas, o Trio retornou à Garganta das Almas
O ambiente não estava tão frio, estava com uma temperatura agradável até. Seguiram até a Caverna do Yeti e lá Ecaterina se conectou com a mente da criatura
—Ecaterina: Acredito que a Mãe Natureza já tenha lhe avisado...
—Yeti: “Muito obrigado, a todos vocês! Vocês me libertaram a vergonha e decepção que guardei comigo por muito tempo! Lembrarei do nome de vocês até depois de minha partida!”
—Ecaterina: Tenha uma ótima vida!
E horas se passaram quando o Trio retornou para o Vilarejo de Sighisoara. Ecaterina correu até a Taverna da Lua Crescente, e abriu a porta. Nicolae estava lá, Andreea também. Linda como sempre, viva como deveria estar
Ecaterina dá um salto e abraça a grande amiga, ela estava salva. A maldição de Vlad chegou ao fim no corpo de Andreea. Nicolae também ficou emocionado e todos caíram em lágrimas
—Ecaterina: Andreea! Minha amiga!
—Andreea: Papai me contou tudo! Quero agradecer-lhe do fundo do meu coração por tudo que fizeram por mim!
—Petru: Tia Andreea! - Petru correu na direção de Andreea.
—Andreea: Oi, meu beeem!!! - Andreea o abraçou com toda a força que pode - Depois conte pra tia tudo que aconteceu lá fora, ta?!
Petru acenou com a cabeça e Teodor foi cumprimentar Nicolae com um grande aperto de mão. Nicolae estava velho, mas tinha a força de um guerreiro
—Nicolae: Grande amigo! Muito obrigado por salvar minha filha!
—Teodor: Foi uma grande aventura, Nicolae, mas finalmente conseguimos cumprir com a nossa missão!
—Nicolae: Como agradecimento, quero que vocês sejam nossos convidados! Jantem conosco esta noite...ora, sempre que quiserem!
—Teodor: Certo... - Teodor deixou escapar um sorriso enquanto Ecaterina e Petru estavam com Andreea.
A noite chegou em Sighisoara, e na Taverna da Lua Crescente havia um banquete preparado por todos ali reunidos. Era uma comemoração especial e durante a janta todos brindaram alegremente, pela vida de Andreea
Do lado de fora, uma criatura misteriosa espreitava nas sombras, mas sem nenhuma intenção maliciosa nem ameaçadora
—Aztherot: Meus parabéns, Caçadores de Sighisoara... como respeito à determinação de vocês, hei de cessar minhas atividades. Mas saibam disso: O Mal, nunca descansa!
A criatura se desfez no ar enquanto o céu brilhava com as estrelas e a lua cheia que pairava distante. O dia terminou com todos em suas respectivas casas, e este foi o fim de uma longa jornada
FIM?
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Teodor, Ecaterina e Petru, mais fortes, mais experientes do que nunca, seguem para a sacada de uma das torres do Castelo, vislumbrando o alvorecer e o sol sobre o vale.
Foi uma noite sem igual que eles esperam não viver novamente, mas tenham certeza de que de agora em diante estarão sempre preparados, velozes e precisos.
O que aconteceu com Andreea? O dia amanheceu, ela despertou e seu dia foi normal como qualquer outro.
E quanto a mim? Bem, fiquei até comovido pois serviçais leais são difíceis de conseguir.
Eu continuo observando atento a todos os passos de Teodor e sua família.
Esperando o momento certo de confrontá-los. Para que tenham o prazer de verem a minha face!
E saibam que eu sou... o Verdadeiro Vlad Tepes!