So far away from where you are escrita por Brave


Capítulo 12
Tudo por você




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Escuto diariamente pessoas dizendo “Eu faço tudo por você”. As vezes dizem “Eu não acredito! Larguei tudo por você” e o fim da frase ecoa na minha mente “tudo por você, tudo por você, tudo por você...” E qual a importância disso? O que significa e qual o valor merece?

Arizona: - Eu não mereço isso! Você sabe bem
Callie: - Eu sei meu amor, calma. Ele vai esfriar a cabeça e voltar
Arizona: - Mandei uma mensagem e ele mandou eu tomar naquele lugar
Callie: - O Karev é durão, mas por um paciente ele fica todo derretido. Espere um pouco
Arizona: - O paciente não tem tempo para esperar a birra do Alex passar
Torres massageia os ombros de sua amada e lhe beija o rosto.
Callie: - Então confie no que sabe e tente sozinha. Agora vamos que temos um dia longo pela frente

No hospital Yang estuda o caso do paciente da dra. Robbins.
Alex: - Me dá isso aqui
Ele toma o prontuário da médica.
Yang: - Que droga você está usando? Todos nesse hospital estão levemente agressivos
Alex: - O problema é você dra. Yang e acho que sabe bem disso
Yang: - Não vem querer ser bom moço agora ok?! Eu conheço bem o seu passado
Alex: - E eu o seu, e sinceramente preferia a antiga Cristina
Yang: - Todos mudamos
Grey entra na sala. Ela estava com um sorriso no rosto, porém sua feição mudou ao ver a cardiologista.
Meredith: - Alex eu posso falar contigo aqui fora
Alex: - Claro, eu já estou sufocado nessa sala
Cristina faz careta e dá o dedo para os médicos quando viram de costas.
Yang: - Dois idiotas, eca!
Alex: - No que posso te ajudar
Meredith: - Quero que fique próximo da Cristina e não tire os olhos dela
Alex: - Nem vem, estou fora dessa
Meredith: - Ela precisa de alguém que segure a loucura dela. Ela não sabe, mas eu sei que ela vai se arrepender depois
Alex: - Fica você perto dela
Meredith: - Não dá! Estamos brigadas e estou com raiva dela
Alex: - E deixa eu adivinhar, você não deixa de ama-la
Meredith: - Você sabe bem das coisas
A médica bate no peito do amigo.
Meredith: - Faz isso por mim, por favor
Alex: - Nem por um milhão de dólares. Agora eu preciso ir, eu sou médico e salvo vidas
Meredith: - Você não me ama! Que droga

Eu estou tão feliz... Fazia algum tempo que eu tinha esquecido de ser assim. Pensei que tinha perdido tudo, todavia a vida me trouxe coisas boas, novas e que tornaram meus dias completos. Eu estou tão confuso... Fazia algum tempo que eu tinha esquecido de ser assim. Pensei que tinha superado tudo, todavia a vida me trouxe a Cristina de volta e junto com ela coisas que tornaram meus dias perturbadores.

Amelia: - Dr. Hunt, posso trocar algumas palavrinhas com você
Hunt: - Pra que tanta formalidade? Todos sabem que somos um casal
Amelia: - É que você me parece tão estranho que esqueci que éramos íntimos
Hunt:- Não vamos começar com isso de novo, eu te peço. Estou cheio de trabalho
Amelia: - Sem dramas dr. Hunt. Eu apenas estou brincando com você, mas como sempre você pega pilha e estraga a brincadeira
Hunt: - Essa brincadeira não tem graça
Amelia: - Puf! Falou o chato, você vai me fazer dormir em pé
Ele pega a esposa pelo braço e lhe encara bravo.
Hunt: - Eu não gosto de ser feito de palhaço
Amelia: - Primeiro você me solta e segundo eu também não gosto de ser o motivo de piada do hospital, então você decide logo sua vida e me comunica. Eu não nasci pra ser o tapa buraco de ninguém, eu sou mulher suficiente para seguir minha vida com o meu filho, eu não preciso de você
Hunt: - Nosso filho e eu já disse que escolho nossa família
Amelia: - Treine mais na frente do espelho, pois ainda não vejo certeza no seu olhar. Tenha um bom dia
Ele larga o braço da neurologista. Ele encosta na parede e balança a cabeça negativamente. Owen vai atrás de Cristina, ele quer esclarecer a situação.
Hunt: - Dra. Robbins bom dia. Posso roubar a dra. Yang por alguns minutos
Arizona: - O tempo que precisar. Eu espero, vai lá Cristina, tudo bem. Eu nem ligo na verdade, você não é obrigada a ficar aqui comigo. Qualquer coisa eu chamo a Pierce, você está livre, vai!
Cristina franzi a testa e ergue a sobrancelha.
Yang: - Arizona calma. Até parece que sou sua escrava asiática e você acabou de me libertar por não precisar mais dos meus serviços
Arizona: - É que eu fico um pouco desconfortável de ficar com vocês dois, pode parecer que eu estou apoiando alguma coisa sabe?! Isso me deixa tensa
Yang: - Estamos transando na sua frente? Ou fazendo algo errado?
Arizona: - Não... Claro que não, jamais
Hunt: - Cristina não precisa tratar a dra. Robbins assim
Yang: - É que eu estou cansada de ser julgada e perseguida dentro desse hospital. Aqui todos são santos?
Arizona: - Eu não queria te ofender, nem o Owen
Hunt: - Te entendo perfeitamente e acredite que admiro sua sinceridade
Yang: - Vamos logo ou ela pode surtar
Arizona: - Hey! Nada disso. Eu sou super controlada
Yang: - Peço licença minha senhora
Arizona: - Já pode parar ok?!
Hunt: - Cristina... Vamos logo
A cardiologista se retira com o médico. Eles vão para seu antigo esconderijo.
Yang: - O que estamos fazendo aqui
Hunt: - Esclarecendo as coisas
Yang: - E o que isso significa?
Hunt: - Que preciso muito me manter longe de você
Yang: - Pode me dar motivos?
Hunt: - Tenho vários, você está deixando minha vida de pernas para o ar! Estou quase perdendo minha família
Yang: - Eu não falei nada contigo, nem tentei nada
Hunt: - Sua presença me incomoda
Yang: - E o que posso fazer sobre isso?
Hunt: - Ir embora, seguir sua vida
Yang: - Eu quero você e acho que você me quer também
Hunt: - Não. Eu quero minha mulher e meu filho
Yang: - Vejo o medo nos seus olhos. Eu posso te dar tudo e vamos ser felizes de novo
Hunt: - Não minta, você sabe que não vamos dar certo. O que eu sinto por você é intenso, mas não passa de lembranças
Yang: - Você que está mentindo. Vem comigo
Hunt: - Não posso deixar tudo por você
Yang: - Que tudo? Que droga te prende aqui! Eu não sou o suficiente?
Hunt: - Pode ser droga para você, mas para mim é essencial
Ele acaricia o rosto de Cristina, que encosta sua cabeça no ombro dele.
Yang: - Quero você, não estou disposta a desistir
Hunt: - Você vai me magoar se tentar algo
Yang: - Estou esperando que você mude de ideia e me beije
Hunt: - Eu não posso
Yang: - Mas quer?
Eles se encaram. Encostam testa com testa.
Hunt: - Eu vejo nos seus olhos coisas que me fazem pensar que amar não é apenas prazer, que o amor não machuca
Yang: - Como posso te provar que eu te amo?
Hunt: - Você estaria disposta a me dar tudo o que quero?
Yang: - O que seria?
Hunt: - Um filho ou talvez dois
Ela se afasta dele.
Yang: - O seu tudo é muito caro
Hunt: - Por isso que necessito que vá embora, sua presença só magoa mais e mais as minhas feridas
Yang: - Acho que se enganar é aceitável, mas pare de enganar a dra. Perfeição. Você não sente amor por ela, sente amor por tudo que ela aceitou te dar
Hunt: - Cristina não diga isso
Yang: - Preciso voltar para o caso da Arizona, até depois Owen
Ele chuta a parede. Enfia as mãos no cabelo e os puxa.
Hunt: - Que porcaria!

Eu sempre me fascino pelo sorriso dela, pelo seu jeito e suas manias. Não existem palavras que expliquem o que sinto quando estamos juntas, descrever seria uma tarefa impossível. Um dia, quem sabe, eu consiga dizer algo que dê uma ligeira noção dessa sensação. Tivemos problemas, todavia o nosso amor superou tudo e fico extremamente feliz com isso.
Não quero perder essa mulher, não quero passar um dia sequer longe do amor que ela sente por mim, ele me faz mais forte. Só quem amou de verdade na vida sabe do que estou falando. Ela é como uma boa bebida, que só com um gole já consegue te embriagar e quando você recupera os sentidos sente uma ressaca tão grande que precisa de outra dose para voltar ao estado de êxtase que ela te levou. Quem prova desse tipo de amor nunca mais segue sem querer mais.

Callie: - Tudo bem por aqui? Estava passando por aqui e resolvi saber como você está
Arizona: - Cheia de problemas, porém tentando me virar
Callie: - Eu queria te ajudar
Arizona: - Só de passar aqui já é o suficiente
Callie: - Estava te observando trabalhar e acho que tenho problemas
Arizona: - Que tipo de problemas?
Callie: - Estava te imaginando nua
Arizona: - Calliope!!
A pediatra fica corada.
Callie: - Apenas disse o que pensei, acho que preciso de ajuda
Arizona: - Você sabe como chegar na ala da psiquiatria
Callie: - A minha única loucura é você
Elas dão selinhos. Robbins sorri torto.
Arizona: - Que coisa mais linda e psicopata
Callie: - Vou deixar de me declarar
Arizona: - Não! Eu adoro suas cantadas e declarações
Callie: - Eu vou trabalhar, mais tarde nos resolvemos. Vou te provar como posso ser uma psicopata
Arizona: - Eu deveria ficar preocupada, mas na realidade fiquei bastante excitada
Callie: - Até a noite dra. Robbins
Arizona: - Sua maldade me maltrata
Torres joga seu charme para sua amada e se despede.
Arizona: - Eu pensei que seria convidada para a sala de repouso, que ilusão. O que me resta é trabalhar
Na sala da chefe Bailey uma conversa tensa acontece.
Bailey: - Eu não posso fazer isso
Amelia: - Mas preciso que faça
Bailey: - Eu não me meto nos problemas pessoais dos meus médicos
Amelia: - Você vai apenas assinar um documento! Isso não é pessoal
Bailey: - Vou perder uma das minhas melhores médicas
Amelia: - Me ajuda, eu necessito
Bailey: - Não vou escrever uma carta te elogiando e te entregar de bandeja para outro hospital. Antes resolva o que tem de resolver com seu marido e ai penso no seu caso
Amelia: - Bailey eu quero continuar o trabalho do meu irmão. Eu só quero que você diga a verdade! Que eu sou capacitada
Bailey: - Você não pensava nisso antes da Yang aparecer e tentar levar seu marido com ela
Grey aparece e interrompe a conversa.
Meredith: - Você não vai embora!
Amelia: - Isso só pode ser uma pegadinha
Meredith: - Você não tem esse direito e sabe disso
Amelia: - Eu só quero dar um novo passo na mina carreira
Meredith: - E como pensa em fazer isso?
Amelia: - Quero terminar os estudos do Derek
A médica cruza os braços e fuzila a cunhada com o olhar.
Meredith: - Eu não autorizo
Amelia: - Como é?
Meredith: - Eu não vou permitir que você mexa nas pesquisas do meu marido
Amelia: - Ele era meu irmão, tenho direito
Meredith: - Tenho mais direitos que você, não libero e pronto!
Bailey: - Mais um motivo para você repensar dra. Shepherd
Amelia: - Eu não vou desistir
Meredith: - Não deixe que um homem faça seu destino, ele não é o centro da sua vida
Amelia: - Eu quero que ele exploda! E vocês também
A neurologista sai furiosa. Grey senta de frente para a chefe.
Meredith: - Ela diz não ligar, mas eu sei a verdade
Bailey: - Estou com vontade de colocar uma bomba dentro das calças do dr. Hunt
Meredith: - Estou de total acordo. Nunca vi um homem tão indeciso
Bailey: - Você sabe que ela não vai desistir, não sabe?
Meredith: - Conheço o gênio dessa família
Bailey: - O dr. Hunt saiu da guerra, porém os bombardeios nunca acabam na vida dele
Meredith: - E ele sempre machuca os inocentes, mesmo se dizendo herói
Robbins chega tarde em casa. Ela estranha o fato da casa estar com as luzes apagadas.
Arizona: - Ué. Será que houve algum problema com a energia? Era só o que faltava
Ela testa a luz da sala e acende. Ela fica mais intrigada.
Arizona: - Callie nunca apaga todas as luzes, o que será que aconteceu hoje
Ela vai até o quarto e vê um bilhete na porta.

Só entre se estiver preparada para suportar


Ela vê uma luz vermelha saindo por baixo da porta. Sua curiosidade é maior que qualquer outra coisa. Ela abre a porta e se depara com Callie. A ortopedista veste uma roupa de couro preta, usa um salto fino e em suas mãos estão algemas e um chicote.
Callie: - Que os jogos comecem...


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