Utópico. escrita por DihDePaula


Capítulo 20
Capítulo 19 - Depoimentos.




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Nikollay ainda não havia entendido o que realmente tinha acontecido em Borthen. Ethan e Pablo não tinham informações e Luna se recusou a falar, naquela manhã só havia mandado um bilhete dizendo que tudo estava bem e que não pretendia voltar até terminar o que havia começado. Ele enviou uma longa carta pedindo para que ela se esquecesse de tudo aquilo e voltasse, mas como sempre Luna o ignorou.

Havia dado a ordem para Pablo retira-la de lá, só que ele conhecia sua filha bem o suficiente para saber que aquilo não daria certo e não acabaria bem, pelo menos não para Pablo, se ele tentasse trazê-la a força e tudo que restava aquele homem era esperar um milagre acontecer.

Ainda não estavam prontos para a invasão, ainda não tinha os aliados e os armamentos necessários para um confronto direto com a guarda de Borthen. Nik soltou um pequeno suspiro e deslizou as mãos pelos fios negros de forma impaciente, Cameron, Mark e Bruce o encaravam. Ele ainda observava a curta carta de Luna e não demorou para estender aos outros.

— Ela só pode ser louca! — Exclamou Bruce irritado.

— Você a conhece melhor que todos, achou mesmo que ela ia simplesmente acatar a ordem e vir embora? — Perguntou Mark soltando uma pequena risada seca.

— Não... — Resmungo Bruce frustrado.

— Nem eu esperava isso, olha que sou o mais otimista entre todos. A única opção que temos é seguir o plano e ela sabe disso. Porque se não seguirmos ela morre. — Disse Cameron soltando um pesado suspiro.

— Acho que não adianta ter votação, Pablo nunca conseguiria trazer ela de volta. Odeio admitir, mas ela já é mais forte do que eu a bastante tempo. — Disse Nikollay.

— Se ele a atrapalhar ela o mata sem pestanejar. — Disse Bruce.

Nikollay soltou um longo suspiro, quando Cameron lhe devolveu a carta de Luna ele simplesmente a jogou na direção da fogueira. Ficaram todos em silêncio observando aquele papel queimar, não tinha o porque de guardá-lo, já que não tinha nada ali além de uma pequena frase.

" Estou bem. Não irei voltar agora, prossigam com o plano."

— A última coisa que precisamos é de uma situação desagradável com os Clãs da America do Sul. — Disse Mark.

Seu filho mais velho seria o conselheiro de Luna quando Nikollay se fosse e aquilo seria extremamente vantajoso. Ele era sábio e sempre optava pela diplomacia em primeiro lugar, mas se um dos nossos matasse um dos deles sem um motivo plausível, seria guerra. Os inimigos que eles tinham em Borthen já eram o suficiente para eles se preocuparem e em tamanho o Clã do Brasil os superava de forma bem considerável, eles não teriam chance. Mesmo com a Luna.

— Não temos outra opção, não é? — Questionou Bruce encarando as chamas.

— Não, seguimos com os planos. Isso inclui o de amanhã. — Disse Nikollay.

Ao pensar sobre o dia de amanhã ele simplesmente não pode deixar de dar um pequeno sorriso. Pensar que reencontraria sua irmã depois de tantos anos, lhe trazia um pouco de alegria e conforto ao seu coração. Alguns momentos ele achava que não tinha mais um coração, mas ao olhar seus filhos o mesmo parecia pulsar dentro de seu corpo, isso deveria ser bom.

— Sim, depois de tantos anos vamos finalmente vê-la novamente! — Disse Cameron sorrindo.

— Eles já não deveriam estar aqui? — Questionou Mark com o cenho franzido enquanto olhava para trás.

— Sim, pelo tempo que foram avistados nas fronteiras. Devem chegar a qualquer instante, cadê Elena? — Questionou Nikollay.

Mark começou a rir baixinho e todos o olharam confusos. Não demorou muito para Elena surgir, enquanto ela caminhava na direção deles todos a olharam com o cenho franzido, exceto Mark que estava rindo ainda mais. Os cabelos negros caiam por suas costas de forma lisa com bastante brilho, uma leve maquiagem estava por sua face destacando os lábios com um batom vinho e os olhos com um belo delineado.

Já em seu corpo um vestido do mesmo tom do batom moldava suas curvas, era de um tecido fino e com uma fenda do lado direito, também contendo um generoso decote que mostrava o vale entre seus seios de uma forma sensual, mas sem ser vulgar.

— Uau, para que isso tudo? — Questionou Bruce.

— Para receber nossos convidados, o que mais? — Disse Elena jogando uma parte dos cabelos para trás.

Nesse momento Mark não se conteve e explodiu em gargalhadas, fazendo que todos o olhassem sem entender. Elena se aproximou e desferiu alguns tapas pelo braço dele, resmungando e tentando conter o seu riso Mark se afastou dela.

— Deixa de ser louca garota! Para de me bater, o que seus futuros sogros vão pensar se verem você agredindo seu próprio irmão? — Perguntou Mark com um sorriso travesso nos lábios.

Nikollay ficou de pé e cruzou seus braços na frente do corpo enquanto se virava para encarar Elena com uma expressão séria. A jovem colocou seus braços para trás e o encarou de volta fazendo sua melhor cara de inocente.

— Algo que eu deveria saber Elena Marie Deverpolt?? — Perguntou Nikollay,

— Nada papaizinho! — Disse ela se aproximando.

Elena se aproximou e pousou suas mãos sobre os ombros de Nikollay e logo deixou sua cabeça repousar sobre as mesmas, ela piscou os cílios e lhe lançou um sorriso doce. Nesse momento ele teve certeza de que ela escondia algo, Elena podia ser tudo menos doce e uma menininha. As menininhas da família eram Brooke e as gêmeas caçulas, Luna e Elena estavam bem longe disso.

— Desembucha. — Disse ele tentando conter o riso.

— Que horror! Está desconfiando de mim? Papai. — Disse Elena em um falso tom de indignação.

Mark explodiu em gargalhadas e não demorou para Cameron e Bruce o acompanharem. Nikollay tentava se manter sério, mas até ele estava prestes a sucumbir ao riso por conta daquela patética encenação de Elena. Mas as risadas cessaram assim que um assobio foi ouvido pelos cinco.

Todos se viraram na direção da entrada da clareira e não demorou para verem alguns de seus guardas escoltando um grupo de pessoas pela clareira. Naquele momento eles caminharam lentamente até seus visitantes. Nikollay ao meio, Cameron ao seu lado esquerdo e Mark ao lado direito, Elena ao lado de Cameron e Bruce ao lado de Mark.

— Nikollay, Cameron meus velhos amigos, que bom revê-los. — Disse um homem alto de cabelos negros que se aproximava.

— Brian, sejam todos Bem vindos! — Disse Nikollay lhe dando seu melhor sorriso.

— O'Connor que surpresa agradável, vejo que Jasmine não pode vir. É uma pena, Agatha estava louca para conversar com ela. — Disse Cam sorrindo

Primeiro Nikollay se aproximou e Brian também, todos os outros se mantiveram nas mesmas posições. Em sinal de respeito Nikollay e Brian fizeram uma curta reverência, para logo em seguida apertarem as mãos, Brian não demorou para puxar Nikollay para uma abraço o fazendo rir baixo.

Logo em seguida Cameron se aproximou e eles fizeram o mesmo, Nikollay observou que havia um jovem rapaz ao lado direito de Brian e uma jovem ao lado esquerdo e sorriu, a semelhança deles com o casal que eles conheciam a bastante tempo era inegável, não foi difícil deduzir que eram os dois filhos de Brian e Jasmine.

— Presume que esses sejam os seus filhos? — Perguntou Nikollay com o cenho franzido.

— Sim, Gustav meu primogênito e Beatrice minha caçula. Trouxe eles pois já estou treinando ambos para assumirem seus papeis no clã. Gustav será seu líder e ele já declarou Bea como conselheira, o que me deixou bastante orgulhoso. — Disse o homem sorrindo. — E esses sãos os seus! Elena eu já tive o prazer de conhecer.

— Sim, alguns deles pelo menos. — Disse Nik rindo. — Mark, Elena e Bruce. Os gêmeos mais novos estão dormindo ainda.

— E a tão famosa Luna? — Disse Beatrice. — Ouvi tanto sobre seus talentos de combate que fiquei curiosa, será que ela me concederia a honra de um duelo?

Nikollay observou a jovem se aproximar e sorriu. Ela tinha os cabelos castanhos um pouco mais claros e os olhos azuis assim como os de sua mãe. Percebeu que Mark ficou tenso ao seu lado e Bruce o encarou, mas Nikollay manteve a expressão tranquila. Claro, que para Brian aquilo não iria passar despercebido e ele sabia disso.

— Do jeito que minha filha é tenho certeza que ela teria um prazer em duelar com você, minha jovem. Mas infelizmente ela não está no acampamento, está em uma missão. — Disse Nikollay.

— Pode duelar com Elena, ela também é uma excelente guerreira. — Disse Cameron rindo e olhando para Elena.

Elena e Beatrice soltaram uma risada que acabou deixando os demais Deverpolt confusos, ele encarou sua filha com o cenho franzido e ela simplesmente deu ombros.

— Já o fizemos e eu ganhei. Foi uma ótima luta, me deu bastante trabalho o que tornou tudo ainda mais divertido e ela me disse que se eu queria um verdadeiro desafio deveria procurar pela Luna. — Disse a jovem sorrindo.

— Uau, isso é bem impressionante. Já que Luna, Mark e Elena são nossos prodígios. — Disse Cameron visivelmente impressionado.

Eles encararam Elena e a morena simplesmente deu ombros. Nikollay não pode deixar de perceber a troca de sorriso e olhares entre Elena e Gustav, o mais velho de Brian. Aquilo fez com que ele encarasse o rapaz de forma séria com o cenho franzido, quando o mesmo percebeu o olhar do homem, ele abaixou a face sem graça por ter sido flagrado.

— Pelo visto não foi só Beatrice que você conheceu, não é Elena? — Perguntou ele.

— Não mesmo meu pai, tive o enorme prazer de conhecer o Gustav também. Em uma das missões em Mormont. — Disse ela sorrindo

Mark soltou uma pequena risada e Bruce acabou acompanhando o irmão, Nikollay repreendeu os dois com um olhar. Mas tinha que admitir que até ele estava com vontade de rir do comportamento dos dois, estavam visivelmente interessados um ao outro.

— Jovens Nikollay, jovens. — Disse Brian com um sorriso divertido em seus lábios.

— Pois é! Mas vamos entrar, agora está na hora de tratarmos de negócios meu velho amigo. — Disse Nikollay dando um passo para o lado e indicando a casa principal,

— Concordo plenamente, meu amigo! — Disse o homem.

Logos todos começaram a caminhar na direção da casa principal. Nikollay, Cameron e Brian na frente. Bruce disfarçadamente se afastou do grupo, sabia que não tinha motivos reais para que ele participasse da reunião, já todos os outros quatro seguiram os três homens em silêncio.

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Nikollay ainda não havia entendido o que realmente tinha acontecido em Borthen. Ethan e Pablo não tinham informações e Luna se recusou a falar, naquela manhã só havia mandado um bilhete dizendo que tudo estava bem e que não pretendia voltar até terminar o que havia começado. Ele enviou uma longa carta pedindo para que ela se esquecesse de tudo aquilo e voltasse, mas como sempre Luna o ignorou.

Havia dado a ordem para Pablo retira-la de lá, só que ele conhecia sua filha bem o suficiente para saber que aquilo não daria certo e não acabaria bem, pelo menos não para Pablo, se ele tentasse trazê-la a força e tudo que restava aquele homem era esperar um milagre acontecer.

Ainda não estavam prontos para a invasão, ainda não tinha os aliados e os armamentos necessários para um confronto direto com a guarda de Borthen. Nik soltou um pequeno suspiro e deslizou as mãos pelos fios negros de forma impaciente, Cameron, Mark e Bruce o encaravam. Ele ainda observava a curta carta de Luna e não demorou para estender aos outros.

— Ela só pode ser louca! — Exclamou Bruce irritado.

— Você a conhece melhor que todos, achou mesmo que ela ia simplesmente acatar a ordem e vir embora? — Perguntou Mark soltando uma pequena risada seca.

— Não... — Resmungo Bruce frustrado.

— Nem eu esperava isso, olha que sou o mais otimista entre todos. A única opção que temos é seguir o plano e ela sabe disso. Porque se não seguirmos ela morre. — Disse Cameron soltando um pesado suspiro.

— Acho que não adianta ter votação, Pablo nunca conseguiria trazer ela de volta. Odeio admitir, mas ela já é mais forte do que eu a bastante tempo. — Disse Nikollay.

— Se ele a atrapalhar ela o mata sem pestanejar. — Disse Bruce.

Nikollay soltou um longo suspiro, quando Cameron lhe devolveu a carta de Luna ele simplesmente a jogou na direção da fogueira. Ficaram todos em silêncio observando aquele papel queimar, não tinha o porquê de guardá-lo, já que não tinha nada ali além de uma pequena frase.

" Estou bem. Não irei voltar agora, prossigam com o plano."

— A última coisa que precisamos é de uma situação desagradável com os Clãs da América do Sul. — Disse Mark.

Seu filho mais velho seria o conselheiro de Luna quando Nikollay se fosse e aquilo seria extremamente vantajoso. Ele era sábio e sempre optava pela diplomacia em primeiro lugar, mas se um dos nossos matasse um dos deles sem um motivo plausível, seria guerra. Os inimigos que eles tinham em Borthen já eram o suficiente para eles se preocuparem e em tamanho o Clã do Brasil os superava de forma bem considerável, eles não teriam chance. Mesmo com Luna ao nosso lado.

— Não temos outra opção, não é? — Questionou Bruce encarando as chamas.

— Não, seguimos com os planos. Isso inclui o de amanhã. — Disse Nikollay.

Ao pensar sobre o dia de amanhã ele simplesmente não pode deixar de dar um pequeno sorriso. Pensar que reencontraria sua irmã depois de tantos anos, lhe trazia um pouco de alegria e conforto ao seu coração. Alguns momentos ele achava que não tinha mais um coração, mas ao olhar seus filhos o mesmo parecia pulsar dentro de seu corpo, isso deveria ser bom.

— Sim, depois de tantos anos, nós vamos finalmente vê-la novamente! — Disse Cameron sorrindo.

— Eles já não deveriam estar aqui? — Questionou Mark com o cenho franzido enquanto olhava para trás.

— Sim, pelo tempo que foram avistados nas fronteiras. Devem chegar a qualquer instante, cadê Elena? — Questionou Nikollay.

Mark começou a rir baixinho e todos o olharam confusos. Não demorou muito para Elena surgir, enquanto ela caminhava na direção deles todos a olharam com o cenho franzido, exceto Mark que estava rindo ainda mais. Os cabelos negros caiam por suas costas de forma lisa com bastante brilho, uma leve maquiagem estava por sua face destacando os lábios com um batom vinho e os olhos com um belo delineado.

Já em seu corpo um vestido do mesmo tom do batom moldava suas curvas, era de um tecido fino e com uma fenda do lado direito, também contendo um generoso decote que mostrava o vale entre seus seios de uma forma sensual, mas sem ser vulgar.

— Uau, para que isso tudo? — Questionou Bruce.

— Para receber nossos convidados, o que mais? — Disse Elena jogando uma parte dos cabelos para trás.

Nesse momento Mark não se conteve e explodiu em gargalhadas, fazendo que todos o olhassem sem entender. Elena se aproximou e desferiu alguns tapas pelo braço dele, resmungando e tentando conter o seu riso Mark se afastou dela.

— Deixa de ser louca garota! Para de me bater, o que seus futuros sogros vão pensar se verem você agredindo seu próprio irmão? — Perguntou Mark com um sorriso travesso nos lábios.

Nikollay ficou de pé e cruzou seus braços na frente do corpo enquanto se virava para encarar Elena com uma expressão séria. A jovem colocou seus braços para trás e o encarou de volta fazendo sua melhor cara de inocente.

— Algo que eu deveria saber Elena Marie Deverpolt?? — Perguntou Nikollay,

— Nada papaizinho! — Disse ela se aproximando.

Elena se aproximou e pousou suas mãos sobre os ombros de Nikollay e logo deixou sua cabeça repousar sobre as mesmas, ela piscou os cílios e lhe lançou um sorriso doce. Nesse momento ele teve certeza de que ela escondia algo, Elena podia ser tudo menos doce e uma menininha. As menininhas da família eram Brooke e as gêmeas caçulas, Luna e Elena estavam bem longe disso.

— Desembucha. — Disse ele tentando conter o riso.

— Que horror! Está desconfiando de mim? Papai. — Disse Elena em um falso tom de indignação.

Mark explodiu em gargalhadas e não demorou para Cameron e Bruce o acompanharem. Nikollay tentava se manter sério, mas até ele estava prestes a sucumbir ao riso por conta daquela patética encenação de Elena. Mas as risadas cessaram assim que um assobio foi ouvido pelos cinco.

Todos se viraram na direção da entrada da clareira e não demorou para verem alguns de seus guardas escoltando um grupo de pessoas pela clareira. Naquele momento eles caminharam lentamente até seus visitantes. Nikollay ao meio, Cameron ao seu lado esquerdo e Mark ao lado direito, Elena ao lado de Cameron e Bruce ao lado de Mark.

— Nikollay, Cameron meus velhos amigos, que bom revê-los. — Disse um homem alto de cabelos negros que se aproximava.

— Brian, sejam todos Bem vindos! — Disse Nikollay lhe dando seu melhor sorriso.

— O'Connor que surpresa agradável, vejo que Jasmine não pode vir. É uma pena, Agatha estava louca para conversar com ela. — Disse Cam sorrindo

Primeiro Nikollay se aproximou e Brian também, todos os outros se mantiveram nas mesmas posições. Em sinal de respeito Nikollay e Brian fizeram uma curta reverência, para logo em seguida apertarem as mãos, Brian não demorou para puxar Nikollay para um abraço o fazendo rir baixo.

Logo em seguida Cameron se aproximou e eles fizeram o mesmo, Nikollay observou que havia um jovem rapaz ao lado direito de Brian e uma jovem ao lado esquerdo e sorriu, a semelhança deles com o casal que eles conheciam a bastante tempo era inegável, não foi difícil deduzir que eram os dois filhos de Brian e Jasmine.

— Presume que esses sejam os seus filhos? — Perguntou Nikollay com o cenho franzido.

— Sim, Gustav meu primogênito e Beatrice minha caçula. Trouxe eles, pois já estou treinando ambos para assumirem seus papeis no clã. Gustav será seu líder e ele já declarou Bea como conselheira, o que me deixou bastante orgulhoso. — Disse o homem sorrindo. — E esses são os seus! Elena eu já tive o prazer de conhecer.

— Sim, alguns deles pelo menos. — Disse Nik rindo. — Mark, Elena e Bruce. Os gêmeos mais novos estão dormindo ainda.

— E a tão famosa Luna? — Disse Beatrice. — Ouvi tanto sobre seus talentos de combate que fiquei curiosa, será que ela me concederia a honra de um duelo?

Nikollay observou a jovem se aproximar e sorriu. Ela tinha os cabelos castanhos um pouco mais claros e os olhos azuis assim como os de sua mãe. Percebeu que Mark ficou tenso ao seu lado e Bruce o encarou, mas Nikollay manteve a expressão tranquila. Claro, que para Brian aquilo não iria passar despercebido e ele sabia disso.

— Do jeito que minha filha é tenho certeza que ela teria um prazer em duelar com você, minha jovem. Mas infelizmente ela não está no acampamento, está em uma missão. — Disse Nikollay.

— Pode duelar com Elena, ela também é uma excelente guerreira. — Disse Cameron rindo e olhando para Elena.

Elena e Beatrice soltaram uma risada que acabou deixando os demais Deverpolt confusos, ele encarou sua filha com o cenho franzido e ela simplesmente deu ombros.

— Já o fizemos e eu ganhei. Foi uma ótima luta, me deu bastante trabalho o que tornou tudo ainda mais divertido e ela me disse que se eu queria um verdadeiro desafio deveria procurar pela Luna. — Disse a jovem sorrindo.

— Uau, isso é bem impressionante. Já que Luna, Mark e Elena são nossos prodígios. — Disse Cameron visivelmente impressionado.

Eles encararam Elena e a morena simplesmente deu ombros. Nikollay não pode deixar de perceber a troca de sorriso e olhares entre Elena e Gustav, o mais velho de Brian. Aquilo fez com que ele encarasse o rapaz de forma séria com o cenho franzido, quando o mesmo percebeu o olhar do homem, ele abaixou a face sem graça por ter sido flagrado.

— Pelo visto não foi só Beatrice que você conheceu, não é Elena? — Perguntou ele.

— Não mesmo meu pai, tive o enorme prazer de conhecer o Gustav também. Em uma das missões em Mormont. — Disse ela sorrindo

Mark soltou uma pequena risada e Bruce acabou acompanhando o irmão, Nikollay repreendeu os dois com um olhar. Mas tinha que admitir que até ele estava com vontade de rir do comportamento dos dois, estavam visivelmente interessados um ao outro.

— Jovens Nikollay, jovens. — Disse Brian com um sorriso divertido em seus lábios.

— Pois, é! Mas vamos entrar, agora está na hora de tratarmos de negócios meu velho amigo. — Disse Nikollay dando um passo para o lado e indicando a casa principal,

— Concordo plenamente, meu amigo! — Disse o homem.

Logos todos começaram a caminhar na direção da casa principal. Nikollay, Cameron e Brian na frente. Bruce disfarçadamente se afastou do grupo, sabia que não tinha motivos reais para que ele participasse da reunião, já todos os outros quatro seguiram os três homens em silêncio.

 

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Luna estava com a respiração descompassada, Abi havia ajudado ela a conter a história da tentativa de estupro por pelo menos um dia. Pablo e Ethan provavelmente não sabia exatamente o que havia acontecido e com isso seu pai também não, quando Pablo tentou entrar em contato dizendo que o pai dela estava preocupado e mandando abandonar o plano ela teve que mandar uma mensagem curta e clara. Ela não ia desistir, ainda mais agora que Bernard estava prestes a cair e com isso a reputação de Travis seria igualmente abalada.

Quando a carruagem parou ela sabia que já haviam chegado no departamento de polícia. Ela e Abi estavam sentadas lado a lado uma segurando a mão da outra, transmitindo conforto e coragem. Elas precisavam fazer aquilo, mas era bastante difícil encarar uma situação como aquela. Ainda mais sabendo que Travis tentaria fazer de tudo para invalidar o depoimento de todos.

— Vocês não estão sozinhas. — Disse Sebastian.

Ele se inclinou e posou sua mão sobre a de Luna, Luce fez o mesmo com Abi. Luna ergueu seu olhar e não pode evitar dar um pequeno sorriso ao encarar aqueles dois pequenos pedaços de céu, onde ela adorava se perder. O toque dele sobre sua pele parecia incendiar a mesma e, ao mesmo tempo desferia uma pequena descarga elétrica, o que não era de fato ruim.

— Obrigada, aos dois. Ou melhor, aos três! Sem vocês eu não conseguiria fazer isso. — Disse Luna com a voz um pouco fraca.

— Vamos. — Disse Abi em um tom firme.

Luna soltou um suspiro e assentiu, Luce e Sebastian desceram primeiro. Abi a olhou por um segundo e sorriu indo logo em seguida, quando Luna começou a sair não demorou para uma mão entrar em seu campo de visão para ajudá-la a descer e ela aceitou. Ao sentir a pequena descarga elétrica não precisou erguer seus olhos para saber de quem se tratava.

Depois de alguns segundos Sebastian soltou sua mão e com isso ela soltou um suspiro que não sabia a quanto tempo estava prendendo. Em silêncio eles começaram a caminhar na direção da entrada do distrito policial, em um curto espaço de tempo eles já estavam lá dentro. Ao olhar ao redor viu Travis e Amélia sentados em um canto, o olhar de Travis sobre ela era de puro ódio, mas ela não se importava com aquilo. Luna ergueu a sua cabeça e caminhou na direção do balcão da recepção.

— Bom dia, viemos prestar depoimento. — Disse Sebastian.

— Já estávamos esperando por vocês, por favor venham por aqui! — Disse a mulher ficando de pé.

Quando eles estavam caminhando na direção que a mulher indicava Luna se assustou quando uma mão envolveu seu braço com força e a puxou. Ao se virar não se admirou ao ver Travis, ela manteve seu queixo erguido e o encarou como igual, não demonstrando medo.

— Não se atreva a estragar a vida do meu filho. — Rosnou o homem.

— Eu? Quem estragou a própria vida foi ele, ou pior, ele estragou de várias mulheres antes de mim. Drogando e estuprando, não fui mais uma por pura sorte. Por pura sorte ele não completou o que pretendia e a última coisa que pretendo é deixar um crápula como ele a solta, eu seria tão culpada quanto ele assim que ele estuprasse a próxima jovem. — Disse Luna em um tom firme.

— Prefeito Campbell, o que será que seus eleitores vão pensar ao saber que tentou acobertar uma tentativa de estupro e tentou intimidar a vítima? As eleições estão tão próximas, imagina o choque que a cidade vai ter ao saber que o prefeito acoberta esse tipo de violência. — Disse uma voz que Luna não reconheceu.

Ao olhar na direção que vinha a voz viu um homem alto com a pele negra, encostado na parede com os braços cruzados na frente do corpo. Ele tinha um sorriso em seus lábios encarando a cena e ao seu lado um jovem franzino com uma câmera já havia tirado algumas fotos da cena de Travis a segurando pelo braço.

— Edmund Vonde, por que não estou surpreso de vê-lo aqui? — Questionou Travis soltando Luna

— Ao ouvir que o filho do prefeito foi preso por tentar estuprar a própria prima. Não podia deixar de cobrir essa matéria para o The Borthen, afinal o povo merece a verdade. Não acha? — O homem tinha uma fileira de dentes brancos e impecáveis direcionados para Travis em um largo sorriso.

— Claro, o nosso povo merece sempre a verdade. Por isso que eu disse que ela não deveria tentar destruir a vida do meu filho com mentiras, claramente ele a rejeito e essa jovem está fazendo isso para se vingar. — Disse Travis.

Naquele momento, Luna não se conteve e soltou uma gargalhada, atraindo algumas atenções e um olhar furioso de Travis. Ela maneou a cabeça negativamente ainda rindo e aos poucos foi parando de rir.

— Sue filho corria atrás de mim igual a um cachorrinho, todos no palácio podem confirmar. E quando foi rejeitado resolveu fazer as coisas de uma forma monstruosa, não estou preocupada com suas mentiras. Tenho os depoimentos de Luce e Sebastian, os de outros funcionários que viram tudo o que aconteceu depois. Não vamos esquecer do teste toxicológico, não é querido tio? — Disse ela de forma debochada.

— Teste toxicológico? — Questionou Travis, sua face agora estava pálida. Ele ficou em silêncio por um tempo e depois fez uma cara de triste, que não enganava ninguém. — Desculpe querida Luna, para um pai é bem difícil acreditar que seu filho seja capaz de cometer um ato tão desprezível. Se Bernard o fez ele irá pagar, a justiça de Borthen é para todos, não temos favoritos.

Sebastian soltou uma pequena risada atrás de Luna, quando ela olhou por cima de seus ombros, percebeu que a expressão de Luce era de quem não acreditava no que estava ouvindo. A expressão do jornalista não era muito diferente, agora ele estava tentando tirar o próprio rabo da reta, mesmo que isso significasse deixar que Bernard fosse preso. Pelo visto tudo o que importava era as eleições.

— Senhoritas e Senhor, vamos. Não podem ficar aqui para não correr o risco de alguém tentar coagi-los ou suborná-los. — Disse a policial em um tom alto e firme.

Logo eles se viraram e voltaram a caminhar atrás da mesma em silêncio. Ao chegarem em um corredor ela pediu para que eles se sentasse que o chefe iria chamar um por um para depor. Depois de algum tempo a amiga de Abi saiu de lá e piscou para às duas, Luna deu um pequeno sorriso para ela.

Primeiro Luce foi chamada ficou um tempo considerável lá e depois saiu, em seguida Sebastian. Quando ele saiu foi a vez de Abi, ela foi a que mais demorou dos três. Luna balançava sua perna de forma frenética sem prestar muita atenção, a ponta de seus dedos apertavam o tecido do vestido longo que ela estava usando.

— Calma, vai dar tudo certo. — Disse Sebastian se sentando ao lado de Luna.

Ela assentiu ainda encarando o chão e soltou um pequeno suspiro. Sebastian então pegou a mão dela e entrelaçou os dedos aos seus, logo em seguida ele se inclinou e deu um pequeno beijo no topo da cabeça dela. Luna fechou os olhos e soltou um longo suspiro, ela então pousou sua cabeça sobre o ombro de Sebastian.

A mão que estava livre o loiro ergueu e começou a acariciar os fios negros de Luna. Ela se permitiu ficar daquela forma com Sebastian, aqueles gestos dele a acalmavam. Faziam com que ela se sentisse segura e naquele momento ela realmente estava precisando daquilo. Ainda estava assustada pelo que havia acontecido na noite anterior, tentava ser forte, mas depois de tudo era difícil.

— Srta D'Liancourt, entre por favor. — Disse o chefe da guarda assim que Abi saiu.

Sentiu Sebastian apertar sua mão levemente e o encarou com um pequeno sorriso. Ela se levantou e entrou na sala em silêncio, o homem indicou uma cadeira para que ela se sentasse. Tinha uma mulher sentada bem na frente de uma maquina de escrever e uma outra sentada do lado oposto com caderno e caneta em suas mãos.

— Poderia contar o que aconteceu, Srta? — Perguntou o homem.

Luna fechou os olhos e assentiu. Primeiro respirou fundo, sabia que seria difícil, mas era necessário. Ela abriu seus olhos e encarou o homem a sua frente.

— Desde que cheguei Bernard vinha me cercando. Até aceitei a companhia dele para conhecer a cidade, mas quando ele começou a dar indícios que queria algo além de ser meu guia turístico, comecei a evitá-lo. Continuou me cercando e insistindo, no baile depois que dancei com Sebastian ele me chamou para dançar. Para não ficar uma situação chata aceitei, afinal, que mal tem uma dança, não é mesmo? — Ela desferiu um sorriso triste para o homem a sua frente. — Quando terminamos ele quis me apresentar aos Brandley e eu permiti, se ofereceu para pegar uma bebida para mim e eu aceitei. Quando voltávamos para a nossa mesa eu comecei a me sentir muito mal, comecei a ficar tonta, com muita sede e com fraqueza. Ele disse que me levaria para casa, eu achei que deveria ser a pressão e concordei, ele pretendia me levar ao meu quarto. Mas como encontramos Abi no meio do caminho pedi para que ela subisse comigo.

— Aqui tem um pouco de água, se quiser. — Disse a moça sorrindo de forma gentil e estendendo uma garrafa fechada.

Luna respirou fundo e aceitou, retirou o lacre da tampa e não demorou para dar um grande gole na mesma, em seguida fechou a garrafa e manteve a mesma em suas mãos. Ela respirou fundo tentando se conter, mas suas mãos tremiam levemente.

— Se sente bem para continuar? — Perguntou o homem em um tom gentil.

— Sim. Abi me ajudou a tirar o vestido e colocar meu pijama, eu queria tomar um banho. Mas eu não conseguia me manter de pé, ela basicamente me deitou na cama, tirou uma roupa e colocou a outra. Lembro que ela me fez deitar direito me cobriu e saiu, acabei dormindo antes mesmo que ela terminasse de recolher as coisas e sair do quarto. — Pequenas lágrimas escorriam da face dela, Luna encarava a madeira da mesa com um olhar perdido em seu pesadelo. — A próxima coisa que eu me lembro e de sentir alguém me beijando, beijando meu corpo. A pessoa falava algo, mas eu não conseguia ouvir e quase não tinha forças para abrir os olhos ou reagir. Mas quando eu senti alguém tirar a parte de baixo do meu short eu me desesperei e me obriguei a abrir os olhos. E quando o fiz vi Bernard em cima de mim, falando que ele sabia que eu o queria, que era tudo doce e que depois eu o agradeceria por isso.

As lágrimas começaram a descer com mais frequência e pequenos soluços vieram logo em seguida. Aquilo não era mais um fingimento de Luna, aquilo realmente havia sido assustador e traumatizante, afinal, ela não era de ferro para conseguir suportar tudo como se nada tivesse acontecido.

— Se não conseguir nós podemos… — Começou a falar o senhor a sua frente, mas ela o cortou.

— Não! Quero resolver isso hoje. — Respirou fundo e deu um grande gole na água. — Eu sentia ele passar a mão em mim, morder e beijar meu corpo e falar coisas nojentas. Eu tentei empurrá-lo, mas meu corpo estava fraco e não respondia Ele começou a apertar meu corpo contra o dele e ficar roçando em mim, ria e dizia que sabia que eu estava gostando. Quando comecei a chorar de desespero eu lembro que ele disse que eu estava chorando de felicidade, porque eu queria aquilo assim como ele. Eu fiquei desesperada, achei que eu não… que eu não ia conseguir e que ele ia me estuprar. Eu tentava falar, mas quase não tinha forças nem para isso. No momento que ele começou a abrir as próprias calças eu me desesperei e consegui dar um grito.

Luna agachou o rosto entre as mãos e começou a chorar, sentia seu corpo tremer em meio aos soluços. Ela tentou se controlar, mas era a primeira vez que falava sobre aquilo, era a primeira vez que permitia o medo se aproximar dela de novo. Sentiu um par de mãos afagando suas costas e aos poucos foi acalmando o choro o suficiente para continuar o depoimento. Virou a garrafa de água nos lábios novamente dando um grande gole e respirou fundo.

— Depois disso tudo foi rápido demais, Bernard voou para longe e logo senti alguém tentar me abraçar. Me afastei assustada, quando olhei para cima vi Luce e vi que ela também estava chorando. Então eu deixei ela me abraçar e ficamos chorando juntas, só desviei o olhar para o chão quando escutei ela gritar com Sebastian. Foi aí que vi que ele que tinha tirado Bernard em cima de mim e que estava batendo nele. Depois o senhor chegou e o resto, acho que você já sabe.

O homem voltou a sentar na cadeira atrás da grande mesa de mogno e assentiu para Luna. Ele puxou alguns papeis e estendeu para Luna, ela os analisou por um tempo em silêncio, eram os exames que haviam feito logo depois.

— A senhorita Perrone que é uma das nossas médicas forenses trouxe esses exames que ela disse que foram colhidos por ela mesmo. Como nesse caso esse tipo de procedimento é normal, é totalmente valido. Trouxe também os exames da senhorita Abigail, nos dois exames contem a mesma substância. Essa substancia faz a vítima se sentir mal na primeira hora e depois ela apaga parcialmente, impedindo a mesma de reagir. — O homem soltou um pesado suspiro e disse. — Como o seu não chegou a ter a parte final não precisou fazer coleta, já o da senhorita Abi foi colhido. Já foi pedido um exame para ver se o DNA é compatível com o seu agressor. Sendo comprovado ele vai ser indiciado pelo estupro de uma e pela tentativa de estupro da outra.

— Não se preocupe senhorita, com as provas que temos é o suficiente para que ele seja condenado e preso. Nem a influência do pai dele pode fazer algo, ainda mais que alguém acabou informando a imprensa sobre o ocorrido e de alguma forma eles conseguiram entrar no hall do distrito. — Disse a mulher que estava com o bloquinho, ela estava com um sorriso nos lábios.

— Travis tentou me intimidar, mas quando o senhor Edmund se mostrou presente ele recuou imediatamente e tentou disfarçar. Eu realmente espero que ele pague pelo que ele fez comigo e com a Abi. — Disse Luna soltando um longo suspiro.

— Ano de eleição, se sair no jornal da cidade que ele acobertou o filho e que tentou intimidar a vítima, adeus reeleição. — Disse o chefe sorrindo.

— Tenho certeza que o senhor não vai ceder as vontades dele, por isso confio essa investigação ao senhor. — Disse Luna ficando de pé. — Precisam de mais alguma coisa?

— Não minha jovem, pode ir e tente não deixar isso afetar a sua vida. Sei que é difícil, mas é o melhor para você. — Disse o homem lhe dando um sorriso gentil.

Luna assentiu e caminhou em direção a porta. Mal sabiam eles que a primeira coisa que ela faria assim que o clã invadisse a cidade seria ir até onde Bernard estava preso e estripá-lo, ela com toda certeza iria garantir que ele nunca mais fizesse mal a mulher nem uma e ia garantir isso da forma mais dolorosa que ela pudesse.


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