My Medicine. escrita por DihDePaula


Capítulo 11
Capitulo 9 - Almoço de Domingo. Parte 1




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Era para ser uma manhã normal de domingo, curar ressaca, dormir até as 16:00. Mas como sempre Charlotte parecia querer estragar os planos de Rebecca. A loira estava exausta e dormindo tranquilamente, aproveitando seu momento de paz. Quando sentiu alguém a sacudindo e depois de alguns segundos reconheceu a voz fina e irritante de sua mãe, tentou ignora-la. Mas a mulher só parou de gritar e sacudir os ombros de Rebecca quando a jovem se sentou na cama irritada.

— Pronto, já acordei. Que merda que você quer? — Rebecca ergueu as mãos pelos cabelos loiros e os puxou para cima enquanto fazia um coque desengonçado e olhava para Charlotte visivelmente irritada.

— Vá se arrumar, hoje você vai conhecer o Christian e os filhos dele. Eu te avisei sobre isso na segunda! Liguei para você a manhã toda e seu telefone estava desligado, chego aqui e a empregada me diz que ainda está dormindo! Isso é um absurdo, porque faz isso comigo? Sempre tentando arruinar a minha vida? Eu tinha que ter largado você na Itália, menina ingrata! Quero você lá embaixo EM MEIA HORA! — Charlotte esbravejava e tudo que Rebecca fez foi bocejar de forma debochada. Ela não tinha a mínima pretensão de descer. — E nem pense em fazer gracinhas ou não aparecer. Até que complete 21 anos eu controlo todo o seu dinheiro e sem seus cartões como vai para a tal entrevista com a gravadora? Achou mesmo que ia conseguir esconder de mim ?

Ao ouvir Charlotte reclamar sobre o celular ela deu ombros, havia desligado porque não aguentava mais Dimitri ligando e mandando mensagens desde sexta de manhã. Além de babaca o cara era um maníaco pelo visto, o porteiro por várias vezes interfonou dizendo que o rapaz estava la embaixo e em nenhuma das vezes ela autorizou a subida dele. Mas ao ouvir as últimas palavras de Charlotte, Rebecca trincou os dentes e se levantou indo para o banheiro. Com força bateu a porta do mesmo conforme iniciava a sua higiene pessoal. Como Charlotte havia descoberto? Só ela e os meninos da banda estavam sabendo, pior de tudo era ser chantageada para conhecer o novo namorado e as patéticas crias dele. O pior era saber que era tudo perda de tempo,já que provavelmente daqui a uma semana a mãe estaria com outro cara e mais rico, para ela só importava o dinheiro e a fama.

Quando decidiu sair do banho e começar a se arrumar a garota colocou uma blusa preta de meia manga do AC/DC e um short jeans rasgado na parte da coxa, em seguida colocou seus coturnos pretos e decidiu focar na maquiagem. Fez a sombra preta extremamente pesada, a única cor que tinha ali era os azuis de seus olhos que se destacavam em meio ao preto. E em seus lábios passou a penas um gloss de morango dando um leve tom de rosa e um pouco de brilho aos lábios. Sem demorar mais ela se obrigou a sair do quarto e em poucos segundos estava descendo pela escada indo direto para a sala. Charlotte não a viu descendo, estava ocupada demais dando ordens aos empregados para notar a presença da jovem. Sem chance de Becca encarar aquele almoço sóbria, então com passos rápidos ela foi até a pequena mesa que ficava do lado da escada. Haviam duas garrafas de cristais com alguma bebida dentro, Becca tirou a tampa de uma e cheirou, licor. Depositou a mesma sobre a mesa e tomou a outra em suas mãos, ao retirar a tampa sentiu o familiar aroma do whisky e sorriu despejando o mesmo sobre um dos copos que tinha ali. Ao colocar a garrafa no lugar escutou a voz irritante de Charlotte.

— Porque você não consegue se vestir de maneira adequada? Céus, o que fiz para merecer isso. — A mulher esbravejava atrás de Rebecca, a loira somente respirou fundo e pegou o copo entre os dedos o erguendo até seus lábios dando um grande gole. — Vá mudar essa roupa!

— Senhora, eles já estão no elevador! — Uma jovem que Rebecca nunca tinha visto entrou correndo na sala com o rosto um pouco avermelhado. Rebecca se virou e encostou na mesinha com as bebidas e encarou Charlotte conforme dava mais um pequeno gole. A mulher a encarou com raiva e deu alguns passos para frente do elevador, deslizou os dedos pelo vestido dourado que estava vestido e respirou fundo. A mãe de Rebecca era uma típica perua. Os cabelos estavam perfeitamente alinhados em um coque, as unhas estavam impecáveis com um esmalte rose e os saltos eram brancos com a sola vermelha. A mulher ficou encarando as portas do elevador de forma impaciente, quando o pequeno barulho que o elevador fazia anunciando que estava parando foi escutado a mulher abriu um sorriso.

Rebecca revirou os olhos e levou o copo aos lábios dando um gole e outro logo em seguida. Quando as portas do elevador se abriram todo o liquido que estava na boca de Rebecca foi cuspido e a garota começou a tossir engasgada. Charlotte a olhou com reprovação e depois se aproximou dos três que estavam no elevador com um sorriso nos lábios. Os três saíram do elevador um homem alto com seus cabelos grisalhos foi na direção de Charlotte, já os outros dois estavam parados encarando Rebecca com o mesmo choque que elas os encarava.

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Eric e Arthur estavam sentados na limusine visivelmente sonolentos, estavam indo para casa de seu pai naquele domingo. O pai deles parecia ter um comunicado importante a fazer, provavelmente só importava para ele. Arthur acabou apagando encostado no banco e não demorou muito para Eric acabar fazendo o esmo. Não soube exatamente quanto tempo tinha passado desde que eles pegaram no sono, mas sentiu alguém o sacudindo. Pode ver os olhos verdes de seu pai o encarando, soltando um bocejo Eric saiu do carro logo depois de Arthur. Ao encarar seu pai viu que estava com terno Armani cinza perfeitamente alinhado, já Eric estava com uma calça preta e uma camisa social branca, junto de sapatos sociais. Não sabia o porque seu pai havia pedido para eles se vestirem daquela forma, esperava que fosse uma reunião de negócios importante, só isso realmente prenderia a atenção de Eric. Arthur também estava com um Armani perfeitamente alinhado, mas o de seu irmão era azul marinho. Arthur tinha a mesma expressão confusa que Eric e logo resolveu questionar, enquanto arrumava os óculos sobre o rosto.

— Onde estamos pai? — O pai deles o encarou suspirando conforme pegavam um elevador que já estava alia espera deles.

— Quero que vocês conheçam algumas pessoas, é só isso. — Eric bufou e enfiou suas mãos dentro do bolso da calça, com seu pai era sempre assim. Sempre tratando eles dessa forma, sem falar nada. "Só façam o que eu mando garotos". Eric já estava cansado desse tipo de atitude, quando o elevador chegou no andar que seu pai havia apertado não demorou para as portas se abrirem. Eric encarava o chão e deu dois passos saindo do elevador, ao erguer os olhos não pode acreditar no que estava vendo.

Tinha uma mulher loira e elegante cumprimentando seu pai, provavelmente a nova namorada. Mas quando Eric correu seus olhos para a outra pessoa que estava no local ele simplesmente não sabia se ria de Rebecca se engasgando com a bebida ou se ficava em choque. Acabou ficando com a última opção, Rebecca, Eric e Arthur ficaram se encarando por um bom tempo. Então Christian como sempre tomou a frente da situação resolvendo apresentar eles.

— Charlotte, esses são meus filhos Eric e Arthur. Meninos ela é Charlotte e aquela deve ser a sua filha... — Quando ele encarou Rebecca um sorriso se formou nos lábios de Christian e antes que ele terminasse de falar Arthur o interrompeu.

— Rebecca! Meu deus ! Você está namorando a mãe da Rebecca? Era só o que me faltava! — Arthur estava indignado com a situação, não era para menos. Ele esperava que Christian finalmente começasse a repara-los para assumir a empresa da família e não que era uma almoço para conhecer a nova namorada e a filha que já era amiga deles.

— Vocês se conhecem ? — Perguntou Charlotte olhando de Rebecca para os gêmeos. A loira já havia se recuperado do choque e estava bebendo novamente, Becca desferiu um sorriso para Eric e se virou virando mais dois copos. Ela despejou o liquido de uma garrafa em um e completou o próprio copo, em seguida pegou a outra garrafa e despejou o liquido no copo que ainda estava vazio.

— Sim, somos amigos e estudamos na mesma sala. Fora que ainda tem a parte de que meu irmão ta caidinho por ela..... Ai!! O que? — Arthur começou a falar empolgado com um sorriso em seus lábios, mas quando ele completou a frase Eric rapidamente deu um beliscão em seu braço e o encarou sério.

— Oi. — Rebecca caminhou na direção dos gêmeos com os três copos. Cumprimentou Christian sem muita empolgação, mas ao ouvir as palavras de Arthur uma gargalhada escapou de seus lábios conforme ela se aproximava fitando os dois. Entregou um copo para Arthur e o outro para Eric que aceitou com um sorriso nos lábios. — Vamos beber, porque vocês eu não sei. Mas não vou aguentar participar desse circo sóbria.

Isso fez com que Arthur e Eric rissem e que a mãe dela ficasse bem irritada, mas ela parecia não se importar com isso. Logo ela aproximou seu copo dos deles e os três deixaram os cristais se chocarem, para segundos depois darem um grande gole nos líquidos que estavam em seus copos. E em seguida Eric e Arthur responderam juntos. — Nem eu.

— Que bom que já se conhecem, crianças. Assim será tudo mais divertido. Venha vamos nos sentar! — Charlotte falou empolgada enquanto envolveu seu braço no de Christian e se sentavam em um sofá. Rebecca respirou fundo e caminhou para o outro sofá e sentou bem no meio, ficando de frente para os pais deles. Não demorou muito para Eric e Arthur fazerem exatamente a mesma coisa, cada um sentou de uma lado de Rebecca. A loira parecia beber o liquido em grandes goles e Arthur também, parece que dos três ele era o que estava mais calmo, mas tinha um porque disso.

— Seu pai me falou que vocês pretendem cursar direito, assim como ele! Será ótimo, ai logo vocês vão poder estar trabalhando na empresa da família. — A mulher loira fez uma sinal para uma empregada que estava no canto enquanto falava e essa mulher trouxe duas taças e uma garrafa de champanhe, assim que serviu os dois se retirou da sala. Charlotte começou a bebericar a bebida antes de voltar a falar. — Eu já tentei convencer Rebecca de fazer alguma coisa que vá ajudar para quando ela quiser assumir a empresa da família. Você deveria seguir o exemplo deles! E não ficar com esse sonhos infantil de bandinha.

Eric estava começando a entender o porque Rebecca quando citava algo sobre a mãe não era nada de bom. Ela estava falando com a própria filha com desdém sobre ela e sobre os sonhos da jovem e isso não agradou a Eric nem um pouco. Rebecca somente revirou os olhos e ignorou as palavras daquela mulher enquanto dava mais um gole em sua bebida.

 Na verdade, não é como se ele tivesse me dado escolha. Arthur realmente quer isso, mas eu não. E sobre os sonhos da sua filha você deveria apoia-la, porque ela é muito boa no que faz e tentar desincentivar em vez de apoiar, não é bom. Só vai afastar ela de você. — Ao terminar de falar Eric levou o copo aos lábios dando um grande gole. Rebecca o fitou com um sorriso nos lábios e colocou sua mão sobre a dele, só o olhar e o sorriso dela já havia feito aquela manhã valer a pena.

— Eric! Olha como você fala, moleque! — Reconheceu a voz de Christian, ele estava irritado e Eric não se importava. Deu ombros e continuou a beber apenas ignorando. Charlotte o encarou com a cabeça erguida e o nariz empinado, aquilo só fez com que Eric tivesse vontade de rir. Ela então se colocou de pé e puxou Christian pela mão.

— Vamos querido, quero te mostrar a vista. Deixa essas crianças ingratas ai. — Exclamou ela enquanto caminhava para a direção de uma porta dubla de vidro, que visivelmente da para a sacada. Ela fez sinal para a empregada e a mesma se aproximou pegando o champanhe e levando para onde o casal havia ido.

— Pelo visto seu pai é tão insuportável quanto ela, acho que vou me jogar da sacada para não ter que aturar esses dois. — Rebecca levantou indo em direção a mesinha e pegando as duas garrafas, não demorou para coloca-la sobre a mesa e encher os copos dos três que estavam ali antes de sentar ao lado de Eric novamente. Ela o encarou com um sorriso em seus lábios e disse. — Obrigada pelo apoio, Eric.

— Sua mãe pode ter bom gosto para roupas e decoração, mas para homem já vi que é uma negação.— Era a primeira vez que Arthur se pronunciava depois de um bom tempo e Eric quase havia esquecido de que ele também estava ali. Quando Becca encheu o copo dele o loiro deu dois grandes goles na bebida e suspirou pousando o copo sobre a mesa. Aquilo fez Eric soltar uma pequena risada e se inclinou por trás de Rebecca dando pequenas batidinhas nas costas de Arthur para consolar seu irmão.

Eric não percebeu o quão próximo havia ficado de Rebecca com aquele movimento, até ela virar a cabeça para encara-lo e ele sentir a respiração quente dela batendo em seu pescoço. Fechou os olhos por alguns segundos e respirou fundo enquanto se afastava, teve que usar todo o seu auto controle para não fazer algo, que provavelmente ele acabaria ganhando um belo tapa e a fúria da loira com aquilo. Naquele momento eles escutaram o elevador apitar e em seguida as portas se abrirem No estante que Rebecca se virou para encarar quem saia do elevador o corpo dela ficou tenso, então Eric ergueu os olhos e não acreditou no que estava vendo. Como se almoçar com os pais deles não fosse o suficiente Dimitri havia acabado de passar pelas portas do elevador e ao ver Eric e Rebecca sentados perto um do outro, a expressão de fúria tomou conta do rosto do moreno.

⊱───────⊰✯⊱───────⊰

Rebecca não conseguiu conter o quanto achou irônico e engraçado os filhos do novo namorado de Charlotte serem Arthur e Eric. Ela resolveu ficar próximo dos meninos, porque ai aquele dia seria um pouco menos infernal com aquilo. Quando ouviu as palavras de Eric a defendendo para Charlotte, Becca não conseguiu conter um sorriso se formou e seus lábios. Ela pousou lentamente sua mão sobre a dele e agradeceu mentalmente por aquele apoio, mas Eric sabia disso na maior parte do tempo eles não precisavam falar para saber o que o outro queria dizer. Conforme o tempo foi passando eles foram deixados sozinhos e a tensão diminuiu, começaram a rir e brincar entre si. E mal sabiam que a paz estava perto de acabar, ao ouvir o barulho do elevador Rebecca franziu o cenho. Até onde sabiam não estavam esperando mais ninguém, seu olhar segui para as portas e ao ver Dimitri passando por elas, uma raiva a consumiu.

— O que diabos você está fazendo aqui? — Perguntou a loira enquanto ficava de pé o encarando com a expressão séria, percebeu que Eric e Arthur também estavam de pé. Arthur permaneceu parado um pouco a frente dela e Eric estava atrás. Podia escutar a respiração pesada dele. — Vá embora, Dimitri.

— Vim até aqui para conversamos e você vai me ouvir. — As palavras dele era altas e autoritárias, aquilo só serviu para Rebecca ficar com mais raiva. Percebendo a expressão de todos ali ele substituiu a raiva por um sorriso sínico.— E eu fui convidado para o almoço

— Dimitri querido! Que bom que chegou! — Ao ouvir a voz de Charlotte a loira se irritou ainda mais com aquilo. — Christian, esse é Dimitri o namorado de Rebecca!

 Meu o que? Você esta usando drogas, Charlotte? — Perguntou Rebecca incrédula enquanto dava dois passos para frente. Charlotte e Christian pararam no meio do caminho confusos e encararam os três. Foi então que perceberam que algo estava errado, todos estavam sérios e Eric estava com os punhos cerrados. O loiro havia dado dois passos para frente e se colocou entre Dimitri e Rebecca.

— Você não vai chegar perto dela, vá embora daqui. Você não é bem vindo. — Vociferou Eric entre os dentes. Ao olhar para Eric, Becca percebeu leves espasmos no corpo do jovem. Sabia que ele estava se controlando para não arrebentar Dimitri.

— Quem vocês pensam que são para falar assim com meu convidado na minha casa? E eu achei que você estavam namorando, foi o que ele me disse e como você estava saindo com ele.... — A loira respondeu irritada e depois se aproximou de Dimitri sorrindo e deu dois pequenos beijos no rosto do rapaz. Ele retribuiu e encarou os três ali com um sorriso de vitoria nos lábios.

— Ótimo, quer almoçar com ele. Tudo bem. — Disse Rebecca com um sorriso nos lábios, Eric e Arthur a encararam confusos e certamente com raiva. A loira se virou na direção das escadas e subiu as mesmas indo em direção ao quarto. Quando começou a descer as escadas novamente todos pareciam imóveis desde que ela havia saído. E sua bolsa estava pendurada em seu ombro. — Vamos meninos.

Rebecca envolveu seus braços com os braços de Arthur e Eric, um de cada lado e começou a arrasta-los até a porta do elevador. Sim, tinha usado eles como escudo para Dimitri não conseguir toca-la e funcionou. Quando ele se esticou chamando o nome dela Arthur afastou a mão dele e negou a cabeça.

— Onde você pensa que vai, garota? — Vociferou Charlotte irritada. Rebecca apertou o botão do elevador mais algumas vezes e respirou fundo enquanto se virava assim que escutou Charlotte gritando seu nome novamente. — REBECCA.

— Esse cara tentou me controlar e me dizer com quem eu devo falar ou não. Esse cara tentou me bater e só não fez isso porque o Eric estava lá e não deixou. Eu não vou sentar na mesma mesa que ele e almoçar. Por mim eu não respiraria nem o mesmo ar que ele! Fiquem ai e se divirtam, vocês se merecem mesmo. — Ao terminar de falar as portas do elevador se abriram e rapidamente os três entraram em silêncio. Rebecca podia ver Charlotte encarando Dimitri confusa e desviando o olhar entre ele e Rebecca, as portas se fecharam e ela suspirou aliviada.

— Vamos para onde? — Perguntou Arthur quebrando o silencio enquanto eles se dirigiam até o carro de Rebecca. Assim que Becca pegou a chave dentro da bolsa e apertou o botão do controle destravando o carro Arthur se jogou no banco de trás e Eric sentou no do carona.  Rebecca entrou no carro e ficou encarando a parede por alguns segundos, enquanto respirava fundo. Sentiu a mão de Eric pousar sobre a sua e nesse momento o fitou, ele estava sorrindo.

— Está tudo bem, não fique assim. Ele não vai mais chegar perto de você. — Eric falava de uma forma calma e aquilo realmente acalmou o coração de Rebecca. Na quinta-feira ela tentou parecer calma, mas ela ficou em pânico quando Dimitri a ameaçou daquela forma. Se não fosse por Eric, ela nem saberia o que ele poderia ter feito.

— Michael foi viajar com Dianna, Jonathan e Ash iam para sabe Deus lá onde. E eu to morrendo de fome, mas não quero ficar em um restaurante. Não to bem o suficiente para isso. — A última frase saiu como um sussurro, Eric assentiu e então começou a mexer em seu celular. Assim que o colocou sobre seu ouvido não demorou muito para alguém atender e ele começar a falar.

— Oie minha linda, tem lugar ai para mais três..... Foi uma merda como sempre, não a terceira pessoa não é ele. Eu não faria isso com você, tudo bem então. Tá, vou falar com Arthur. Chegamos em uns 10 minutos. Beijos. — Ao ouvir ele chamar alguém de minha linda e ouvir a forma gentil e carinhosa que ele estava falando, algo dentro de Rebecca se remexeu e se enfureceu. Mas ela não disse nada só ligou o carro e saiu da garagem do prédio. — Arthur, liga para o Peter. Vê se ele já comeu e fala para ele ir lá para casa, ela fez lasanha hoje.

— Estava falando com quem? — Rebecca tentou parecer casual, fingir que não se importava muito. Mas sua voz saiu um pouco rouca e pode ver pelo canto do olho um sorriso se formar nos lábios de Eric. E logo em seguida viu Arthur pegar o celular animado e começar a discar para alguém. Becca encarou Eric confuso esperando uma resposta e isso fez o loiro soltar uma risada. Ele começou a indicar o caminho e ela foi seguindo as instruções do GPS humano.

— Com minha mãe, marrenta. Ela sempre faz comida pra um batalhão e como você não quer ir para um restaurante. Achei melhor irmos para lá. — O loiro deu ombros como se não fosse anda demais e Rebecca sentiu seu estomago revirar. Ela iria conhecer a mãe de Eric e nem estava com uma roupa decente para tal coisa.


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