Phase1 a Torre de Sol Ciel: Ar Tonelico escrita por Soumanomiya


Capítulo 4
Capitulo 2: Musica Encaixotada




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Um garoto de 18 anos com uma armadura prateada gravada com letras estranhas, provavelmente do alfabeto Hymmnos, com cabelos castanhos claros, olhos castanhos, uma espada nas costas e uma mochila com itens que poucos da vila conheciam acompanhado de uma garota de 15 anos com olhos e cabelos azuis usando uma espécie de maio branco e azul adornado com pequenos detalhes dourados que lembravam partes de instrumentos músicais. Está era a visão daqueles que olhavam para os portões da Vila de Karulu quando Sonwe e Rhaplanca entraram na vila.

Essas foram as palavras de Rhaplanca ao cruzar os portões:

-Que vila mais aconchegante e agradável... Um pouco rústica também.

-Sim, desde que a conexão entre o Mundo Inferior e Superior foi aberta, está vila se tronou muito pacifica. Agora que Tenba e a Igreja estão trabalhando juntas para criar um mundo pacifico esta sensação começou a ser algo comum nas cidades.

-Entendo - disse Rhaplanca, apesar de não ser verdade.

-Então, alguma memória? Alguem familiar?

-Não, nada...

-Você deve estar cansada... eu sei que eu estou. Vamos parar em uma pousada para descansar.

Rhaplanca não se sentia cansada, mas pensou que parar um pouco seria agradável. Talvez ela pudesse conhecer melhor a vila.

Enquanto ela seguia para um hotel, alguém passou correndo por ela se chocando com Sonwe... era um homem loiro com um penteado estranho usando uma armadura. Rrhaplanca achou aquilo engraçado, sem saber que aquele era um homem muito importante apesar de sua pouca idade. O homem disse:

-Desculpe! Eu estou com um pouco de pressa e não vi por onde andava. Me desculpe!

Sonwe respondeu envergonhado:

-Esta tudo bem... a culpa foi minha senhor Barsett. Eu devia ter mais cuidado. Não é muito respeitoso trombar com um Apostolo... principalmente se esse Apostolo for você.

-Não precisa se preocupar. E não me chame de senhor Barsett, meu nome é Lyner. Agora me de licença... – ele saiu gritando- AURICA!! SHURELIA NOS CHAMA!!

-Quem era aquela figura engraçada... meio desajeitado.- perguntou Rhaplanca rindo

-Você só pode estar brincando... ah é, sua memória. Mas você não devia rir dele se você não quiser morrer, na verdade você não devia rir de ninguém que você não conhece. Mas aquele é o grande Apostolo de Elemia Lyner Barsett que salvou Sol Ciel dos vírus três anos atrás. Ele é muito respeitado e mora aqui em Karulu com sua esposa e parceira Aurica Nestmile, uma das Reyvateils que o ajudou o combater os vírus.

-Parceira?

-Parceiros são Cantoras e Vanguardas que lutam juntos. A Cantora seria a Reyvateil que tem o trabalho de cantar para atacar os inimigos e curar os aliados. O Vanguarda tem o trabalho de proteger a Reyvateil enquanto ela canta, já que ela está totalmente desprotegida.

-Você é meu parceiro Sonwe?

Sonwe ficou desconcertado. Para se parceiro de alguém, você ter uma forte ligação emocional com a pessoa. Ele mal conhecia Rhaplanca.

-Acho que não posso ser considerado seu parceiro.

-Oh... Sonwe? O que é esposa?

Sonwe ficou surpreso. Como uma garota não sabe o que é isso. Quando se perde a memória você ainda se lembra das palavras.

-Hmm... ehh... ahh... bem, isso não é importante. Vamos logo. A pousada é logo ali.

Ao chegarem na pousada se depararam com um imprevisto. Não havia vagas. Sonwe perguntou ao atendente como todos os quartos podiam estar vagos.

-Parece que houve muitos ataques de monstros e os viajantes pararam aqui para descansar.

-Então vamos ter que achar outro lugar para ficar. Obrigado. Vamos Rhaplanca.

Rhaplanca, que brincava com uma borboleta, ficou triste. Ela estava curiosa para saber como era um hotel.

Naquele momento, uma jovem que a pouco havia entrado disse:

-Se você quiser você pode passar a noite na minha casa. Temos um quarto vago e talvez você resolva comprar uma caixinha de música.

Sonwe reconheceu aquela voz. E  menção da caixinha de música só aumentava sua certeza. Ele hesitava em se virar e se deparar com a pessoa que se encontrava atrás dele e acabar fazendo algo vergonhoso, mas Rhaplanca fez isso para ele.

-Oi moça, o que é uma caixinha de música? Por que você que ajudar a gente? Quem é você?

A garota riu. Era estranho alguém não saber o que era uma caixinha de música. Mais estranho era as roupas que ela usava, e sua aparência. Trazia memórias de uma velha amiga.

A garota respondeu com um sorriso

-Meu nome é Aurica, prazer em conhecê-la. É mais fácil mostrar o que é uma caixinha de música do que explicar.

“Eu vou me matar. Pelo amor de deus Rhaplanca. Você não podia me envergonhar ainda mais.” Pensou Sonwe.

-Meu nome é Rhaplanca e eu adoraria ver uma caixinha de música. E saber o que é ser uma esposa.

Aurica riu. “Aquela é uma garota estranha. Mas ela tem um nome tão bonito.”

-Desculpe senhorita Nestmile, Rhaplanca está com alguns problemas de memória.

-Mais um motivo para você ir até minha casa descansar.

Al chegaram na loja que Sonwe achou que devia ser renomeada.

“Música Encaixotada. Parece se verdade os boatos sobre habilidade de nomear as coisas da senhorita Nestmile.”

Ao entrarem na casa localizada ao lado da loja, se depararam com Lyner. Ele olhou para os dois e perguntou:

-Que bom que você voltou querida, tenho uma mensagem da... quem são esses? Seu conheço vocês de algum lugar?

Sonwe pensou:

“E os boatos sobre a memória do senhor Barsett também aparentam ser verdadeiros.”

-Ah sim, agora eu me lembro. Você é o garoto com quem eu trombei agora a pouco.

-Lyner! Você devia prestar mais atenção por onde anda. Desse jeito você vai acabar se perdendo, que nem a Shurelia. Mas eu os trouxe aqui porque eles não tem lugar para passar a noite.

-Oh... ótima forma de eu me desculpar. Podem ficar a vontade.

Sonwe não esperava toda esta hospitalidade de Lyner. Ele sempre imaginou o grande Apostolo que derrotou os vírus, uniu os mundos e completou a Cosmosphere de três Reyvateils diferentes seria alguém mais forte e rude com muito orgulho e dinheiro. Mas para uma pessoa desistir da fama como o maior Apostolo de Elemia que já existiu e passar a fazer caixinhas de músicas com a amada ela não pode ser como Sonwe pensava.

Aurica pegou uma caixinha de música e mostrou para Rhaplanca. Ela ficou maravilhada com o objeto tocava uma melodia deliciosa ao ser aberto

-Ela canta. Mas não tem palavras. Parece até uma Reyvateil.

Lyner riu e disse:

-Você não pode pensar que é uma Reyvateil é como uma caixinha de musica que canta toda vez que você quiser. Eu conheci um homem que pensava deste jeito e isso só trouxe desgraça para ele. Agora, me conte a sua história. Como vocês vieram parar aqui?

Sonwe explicou tudo, desde os monstros estranhos até o encontro de Rhaplanca, deixando de lado apenas o fato de como ele destruiu o monstro. Ele não gostava da sua habilidade secreta, e gostava menos ainda que os outros soubessem.

-Senho... digo Lyner. Algo de estranho aconteceu aqui nos últimos dias?

-Eu não sei dizer. Além dos monstros aparecendo, eu não sei de mais nada. Eu passei os últimos dias em Platina. Aurica?

-Na verdade, além dos monstros estranhos, não houve nada de estranho. Espere um pouco... Há dois dias um objeto riscou o céu e caiu na floresta Viola. Isso me lembrou de quando eu conheci você, Lyner. Mas não houve explosão ou impacto. Então eu pensei que talvez o objeto tivesse passado da borda e caído no Mar.

Ao ouvir aquilo Rhaplanca se levantou assustada e disse:

-Sim, é isso. Temos que ir para lá. Eu não sei por que. Mas é lá que devo estar.

Lyner concordou:

-Seria bom se alguém fosse investigar. Eu vou estar muito ocupado com os meus afazeres e não poderei ver. Se aquilo tiver alguma relação com sua amiga ou for uma ameaça a vila, deve ser investigado imediatamente. Sonwe, você parece ser forte e hábil com armas. Poderia investigar para mim?

-Claro senhor.

No dia seguinte, eles se prepararam para partir. Rhaplanca estava relutante, pois queria brincar mais com as caixinhas de musica e ouvir todas as melodias. Aurica disse que ela podia voltar quando quisesse e deu a Rhaplanca uma pequena caixinha que tocava uma melodia doce.

Ao saírem da casa Sonwe pode ouvir Lyner falando com Aurica:

-Tenho uma missão de Shurelia. Quando falei com ela, ela parecia preocupada. É sobre os monstros, temos que ir a Sin...

E Sonwe não pode ouvir mais nada. Mas aquela noticia o deixou preocupado.

Algum tempo depois eles se aventuraram na floresta. Mas havia algo muito errado. Não havia sinal de nenhuma criatura.

-Isso me preocupa... Algo de ruim deve ter assustado os animais.

-Pelo menos não seremos atacados. – O sorriso no rosto de Rhaplanca ao dizer aquelas palavras deixou Sonwe ainda mais preocupado. Talvez não houvesse monstros fracos. Mas e quanto ao que assustou esses monstros.

-Chegamos... Logo ali estaremos no fim da floresta. Se o objeto não estiver lá. Não estará em lugar algum.

Eles entraram em uma clareira e se depararam com o parecia ser uma nave.

-Deve ser isso. Rhaplanca? Isso te trás memórias? Pode ser a nave que você usou para chegar aqui. Quando ela caiu você deve ter batido a cabeça.

-Não é uma nave... é... é onde eu devo estar.

Rhaplanca se aproximou da estrutura e tocou com suas mão e murmurou umas palavras.

 

Was quel ga exec tek cyurio yor

Neste desespero irei executar a inicialização de seu sistema

Was yant ga exec bansh dand siance

Assustada, irei executar a abertura da porta para o santuário

 

E com essas palavras a nave ligou e começou a se mexer. Em poucos segundos ela começou a se transformar e revelou não ser uma nave, mas um robô. Sons saíram dele e uma voz disse:

Acesso negado. Emoção não aceita. Palavra bansh não foi verificada pelo sistema como confiável. Tentativa forçada de execução do programa. Eliminar intruso.

Com isso a  maquina avançou contra eles. Sonwe foi rápido os suficente para tirar ele e Rhaplanca do alcance da maquina.

- Você tinha que usa bansh ao invés de aulla? Bansh é usado para indicar abertura forçada. Aulla é uma abertura suave.

-Não é minha culpa. Eu nem sabia o que estava fazendo. Eu só senti que devia fazer. Mas a maquina disse que o sentimento era invalido.

A máquina disparou um laser contra eles e Sonwe quase foi atingido. Ele desembainhou a espada e partiu para o ataque.

Mas o robô era muito resistente e seu ataques nem arranhavam a estrutura. O robô girou os braços e derrubou Sonwe.

-Rhaplanca. Cante alguma coisa. Ajude-me. Eu não vou conseguir derrotar está coisa sozinho.

-Esta bem.

Rhaplanca se preparou para cantar mas sua palavras saíram fracas e ela gaguejava e se enrolava toda. Era como se a musica estava encaixotada, presa dentro de seu corpo. A única coisa que pode dizer foi:

 

Nm i ga nha sosar forgandal tarfe denera

Impaciente, convocarei minha magia para parar a criatura má.

 

Mas então uma forte dor apareceu em sua cabeça e tudo ficou preto e quando a magia se formou, ela explodiu, acertando Rhaplanca. Ela não conseguiu se mexer, e sua dor física era alta, mas a dor mental era ainda maior. Perdera a vontade de viver, não conseguia sentir nada, nem medo, raiva, ou tristeza por ter falhado. Era como se suas emoções tivessem se esvaído e junto com a sua percepção do mundo.

Sonwe vendo a cena correu para ajudar Rhaplanca. Mas o robô foi mais rápido e o atacou. Sonwe lutou com todas as forças, mas percebeu que sem sua musica, não derrotaria o robô. Mas ele tinha medo. Medo de machucar Rhaplanca. Será que algum dia ele iria esquecer o dia em que sua bela musica se tornou uma arma mortal.

O robô preparou para lançar mísseis contra Sonwe, mas no momento em que foi dispará-los uma forte energia correu pelo ar e acertou o robô em cheio, causando uma explosão.

Um homem com uma foice pulou sobre Sonwe e acertou o robô no mesmo lugar que Rhaplanca pos a mão para ativá-lo. O robô caiu para trás e mais uma vez foi acertado pela energia. Sonwe percebeu que essa energia vinha da foice do homem, devia ser uma foice feita por um hábil melder, pois poucas armas funcionam daquele jeito. Acertando mais uma vez o circuito do robô com a foice que ficou fincada no local. O robô chiou e caiu para trás. Eletricidade passava por seu corpo.

O homem estendeu as mãos e as apontou em direção ao robô. Sonwe pensou que seus olhos haviam o enganado, pois as mãos do homem brilharam e ondas de energia se formaram em volta da mão de homem e uma bola de energia foi disparada e acertou o robô explodindo. O robô caiu e  num barulho ensurdecedor parou de funcionar.

O homem retirou sua foice e foi embora, sem nem ao menos notar a presença de Sonwe e Rhaplanca.

Sonwe correu até Rhaplanca

-Rhaplanca! Rhaplanca! Você esta bem?!

Ela abriu os olhos. Estava lentamente voltando ao mundo que pensou ter abandonado.

-Sonwe?! Sonwe? Sonwe! Foi tão estranho... era como se eu não tivesse emoções. O mundo lentamente me deixou. Eu estava sozinha no escuro, mas sua voz me trouxe de volta. Desculpe por não conseguir cantar. Eu sinto muito! Por minha culpa nós dois quase morremos! Eu sou uma inútil!

-Não fale assim. Tenho certeza que não foi sua culpa. Você está fraca. Talvez sua habilidade de cantar tenha ido embora com suas lembranças.  Só precisa descansar e logo elas voltarão.

Nesse  momento, um som de energia passou pelos ouvidos de Sonwe e a  maquina que estava trás deles mudou de forma novamente, se tornando uma espécie de disco. Raios passavam pela estrutura e uma luz brilhou em seu centro oco. Uma bola de energia se formou no centro do disco. Sonwe olhou admiriado

-Um portal? Como pode? Onde será que vai dar?

-Só há um jeito de saber...

Rhaplanca se levantou e correu para o portal, sem dar ouvidos aos avisos de Sonwe. Não havia nada que ele podia fazer senão segui-la.

 


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