Desafio escrita por SnitchChaser141


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Eu simplesmente não pensei em dividir em capitulos, espero que gostem da leitura.



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Já haviam se passado cinco anos após a queda definitiva de Lorde Voldemort e Minerva nunca jamais se imaginou na Toca, jogando o ridículo jogo de verdade ou desafio, primeiro de tudo ela não tinha ideia do que deu nela de fazer tal coisa, mas lá estava ela agora a mercê de Arthur Weasley de todas as pessoas, era a primeira vez que foi pega no jogo:

— Então? – perguntou o patriarca da família Weasley sorrindo.

— Desafio. – disse ela para decepção dos mais jovens na sala.

— Desafio você, a sair do bar do Tom, em Londres trouxa e no modo trouxa ir ao Largo Grinwald, bater na porta de Harry e dizer que ele é seu favorito.

Ela olhou para as pessoas na sala, todos sabiam que Harry não estava ali, porque tinha vários treinamentos aurores e ele essa semana estava passando por um, assim como Ronald Weasley que estava dormindo aquela hora:

— Agora? – perguntou ela surpresa.

— Eu ainda deixei ir ao bar do Tom do modo bruxo. – disse ele sorrindo. – mas pode sempre poupar a viajem e falar a verdade.

— Eu vou. – ela se levantou.

— Ótimo. – disse Arthur se levantando. – vou acompanha-la até o bar e pegar sua varinha, ida e volta sem reclamar.

Eles aparataram até o bar e ali entregou a varinha a Arthur após transfigurar suas vestes em algo mais trouxa, um social feminino trouxa, ela agora parecia uma senhora respeitável trouxa que trabalhava em algum escritório:

— Até a volta. – disse Arthur se sentando.

Saindo do bar, Minerva sabia que o melhor lugar de Londres para cortar grandes distancias um pouco rápido era indo de metro, portanto entrou na primeira estação que viu, ela notou que os trouxas passavam em catracas, ela vira algumas na vida e então foi passar, mas a catraca travava, ela viu que eles passavam a mão em cima da parte preta, então fez o mesmo mas nada de liberar, tentou nas outras e nada. David estava com um pouco de pressa deveria ir para casa, estava cansado e nem um pouco disposto a jovens chatos em metros, ele notou uma senhora tentando passar na catraca, mas não conseguindo e ninguém se apiedava, ele passou e decidiu seguir em frente, mas cada passo que dava era sua consciência que pesava ainda mais, ele voltou e passou o cartão para ela:

— Passe. – disse ele.

Ela passou um pouco surpresa, ele sorriu:

— Quando implementaram os cartões eu também fiquei confuso. – disse ele calmamente. – tudo bem?

— Sim, obrigada. – disse ela.

— A senhora pelo visto não é daqui. – disse ele delicadamente colocando a mão no cotovelo da senhora e levando no caminho longe das catracas.

— Não, eu sou da Escócia. – respondeu ela, pensando que ele quem sabe a ajudaria na sua busca pelo caminho correto.

— Entendo e pelo visto, também não faz ideia de como andar pelo metrô não é?

— Infelizmente não. – disse ela.

Ele pegou um mapa do metrô e calmamente mostrou a ela onde eles estavam:

— Bom eu tenho que chegar no Largo Grinwald. – disse ela.

— Terá que descer nessa estação. – disse ele mostrando a ela. – eu estou indo pelo mesmo caminho basicamente, vou descer na mesma estação, morei no Largo Grinwald quando era garoto.

— Isso é de grande ajuda senhor?

— Jones, David Jones. – disse ele estendendo a mão. – senhora?

— McGonagall, Minerva McGonagall. – ela apertou a mão do homem cordial.

— Bom vamos indo? Isso aqui vai virar uma loucura se não nos apressarmos. – disse ele oferecendo o braço.

Apesar da oferta do braço ser algo muito intimo pelo raciocínio dela, ela ainda sim aceitou, pois não queria perde-lo de vista e ele parecia o único trouxa descente da região, então eles começaram a caminhar e ele deu o mapa do metro:

— Depois que consegue pegar o jeito. – começou ele. – fica fácil.

— Se você diz. – respondeu ela.

— Tenho certeza que em menos de dois dias andando no metro, saberia mais dele do que eu. – ele sorriu gentilmente. – além disso estamos num horário mais calmo.

— Se esse movimento é calmo, não quero nem saber quando está realmente movimentado.

— Não queira mesmo, hoje consegui sair mais cedo do trabalho, preciso de um descanso. – ele ajudou ela na escada rolante, mesmo notando que ela parecia excitar um pouco. – realmente não tenho paciência com o público.

— Eu sou professora. – mentiu Minerva, mesmo que fosse diretora a anos. – dou aulas de gaélico.

— Bom ramo, um aluno por dia provavelmente. – ele parou de andar. – infelizmente esse não é meu humilde caso, mas o que fez se aventurar no metrô de Londres?

— Visitar um parente, meu sobrinho. – disse ela.

— Entendo. – ele olhou o trem vindo. – bom ai vem nossa carona.

Entrando sem que Minerva notasse David afastou tudo e todos que ousavam tentar empurrá-la por trás ansiosos para entrarem, então se acomodaram em um canto e finalmente estavam em movimento, realmente Minerva nunca mais pisaria no metrô Londrino, era um horror todas aquelas pessoas, felizmente não demorou para descerem e saírem na estação e mais um pouco de caminhada silenciosa:

— Bom aqui. – disse ele sorrindo. – para lá é o Largo. – ele apontou. – depois dessa praça na verdade.

— Obrigada senhor....

— Pelo amor de Deus, me chame de David. – ele deu uma risadinha. – minha professora me chamava de senhor quando eu era jovem.

— Claro... Obrigada David.

— Espero que tenha gostado da pequena aventura pelo metro Minerva, mas acho que vai querer se trancar na Escócia depois dessa. – ele assentiu rápido e ofereceu seu adeus antes de virar e sair para o sentido oposto, Minerva foi em direção a praça e entrou, mas então olhou para trás e pode ver David voltando ao metro.

Ela achou estranho o homem mentir para onde iria, então percebeu que ele na verdade descera junto com ela para ter certeza de que não se perderia e depois voltou as linhas subterrâneas para pegar o caminho de casa, o que era realmente algo muito cordial, ela finalmente chegou ao Largo Grinwald e bateu na porta de Harry. David tomou o sentido oposto do que fez com Minerva e acabou pegando um mar de gente no caminho, mas o que ele poderia fazer a não ser ajudar a mulher perdida? Então ele pode chegar em casa e descansar o que merecia por sua aventura no metrô de Londres. Todos da Toca estavam pasmos que ela na primeira vez achou o caminho de ida e volta pelo metro ao modo trouxa e sem ajuda, dizendo que tudo o que necessitou foi um simples mapa que era cedido na estação, uma semana depois do incidente ocorrido Minerva precisou ir a biblioteca mágica, que ficava na biblioteca de Londres, o prédio era o mesmo com a parte trouxa, mas os bruxos tinham acesso a níveis que os trouxas nem desconfiavam, após algumas horas de pesquisas e também de selecionar livros para a biblioteca de Hogwarts, resolveu olhar pelos livros trouxas, quem sabe algo chamava a sua atenção? David estava absorto no que fazia faltavam colocar nos lugares corretos três livros, ele suspirou fora importunado o dia todo por todo o tipo de gente perguntando coisas absurdas para ele, finalmente ele achou o lugar do livro e o colocou ali, agora faltavam apenas dois, sendo assim seu trabalho acabaria e ele poderia ir almoçar em paz, erguendo a cabeça para aliviar um pouco a tensão do pescoço ele viu algo que o fez dar uma pequena risada:

— Será que Londres está encolhendo? – perguntou ele.

Minerva tirou os olhos dos títulos de livros e se virou para ver David quase atrás dela com um pequeno sorriso divertido segurando dois livros, aquilo era impossível:

— Provavelmente. – disse ela. – se distraindo?

— Trabalhando. – disse ele enrugando a testa. – eu organizo os livros, respondo perguntas frequentes.

— Entendo. – disse ela sorrindo. – bibliotecário.

— Sim e com um chefe mais jovem e chato. – ironizou ele. – juro que poderia bater na cabeça dele com algum tipo de almanaque.

Minerva não soube porque, mas riu e David fez sinal de silencio, seu chefe infelizmente escutou o riso e foi ver o que se tratava:

— Senhora isso não é uma praça para rir. – disse ele.

— Jonathan, seja mais educado. – respondeu David irritado. – eu já disse a ela que aqui é um lugar de silencio, então se retire do meu corredor.

— Senhor Jones, esqueceu quem é o patrão?

— Esqueceu quem é maior? – perguntou David farto de seu patrão. – eu juro que se não sair por bem da minha vista, vai sair por mal.

— Vou apresentar uma queixa formal ao diretor da biblioteca.

— Aproveite e encaminhe a queixa para rainha e para o papa, seu merdinha, agora some. – retrucou David dando um passo para frente. – e diga também que fui almoçar.

— Não terminou de realocar os livros. – disse Jonathan ficando vermelho.

— Até o fim do meu almoço tem mais cinquenta para realocar, não ficarei preso com você seu inútil, apenas por dois livros fora do lugar.

Minerva fez sua saída em silencio sem o chefe de David notar, então o achou na frente da biblioteca, ele parecia a ponto de surtar e encher o chefe dele de socos, se fosse um bruxo provavelmente Jonathan teria voado longe:

— Pago almoço para meu herói do metro e da biblioteca.

— Aquele merda, eu não sei como não o matei ainda. – murmurou David. – seria capaz de fazer um favor a humanidade por mata-lo.

— Belo vocabulário. – respondeu ela.

Ele parou por um segundo e ficou vermelho:

— Desculpe, mas perdi a cabeça. – disse ele. – enfim, eu ganho o almoço, mas juro que se nos encontrarmos novamente em Londres, pago um jantar.

— Isso é um pedido para sair? – perguntou Minerva.

— Sim, a menos que seja casada, mas como falta um anel. – disse ele calmamente.

— Duvido que haverá uma terceira vez. – respondeu Minerva.

— Os peixes morrem pela boca. – retrucou David calmamente.

Minerva agora estava em uma difícil situação, se encontrava em seu escritório em Hogwarts e a única coisa que ocupava sua pobre mente era David Jones, o homem que a ajudou no metrô de Londres, que trabalhava na biblioteca e que a defendeu no mesmo local de trabalho, ele era gentil, educado e um pouco, apenas um pouco galanteador, após o almoço ela sabia mais coisas dele do que poderia contar, ele fora casado, mas a esposa o traiu e se divorciou, após isso ele decidiu que não se casaria novamente tão cedo, agora ele estava com quarenta e sete anos, completamente solteiro e parecia que com um grande interesse nela, mas ela não podia negar que ele a interessava. Hermione bateu na porta de Minerva, realmente era a quinta vez então abriu, deveria convidar ela para o jantar de noivado, quando entrou de uma vez a viu com um olhar contemplativo e esse tipo de olhar só queria dizer uma coisa amor:

— Alguém parece estar amando. – declarou Hermione sorrindo.

— Granger! – Minerva tomou um susto e tanto. – como entrou assim na minha sala.

— Estou batendo na porta a dois minutos. – respondeu Hermione indo em frente e se sentando na cadeira. – quem é ele?

— Ele quem? – perguntou Minerva.

— Sério? – jogou Hermione. – vai se fazer de desentendida?

— Por que afinal de contas, eu resolvi formar uma amizade com minha ex-aluna? – se perguntou Minerva em voz alta.

— Porque lutamos uma guerra juntas. – respondeu Hermione arrumando uma mecha de cabelo solta. – e claro sempre fui sua favorita, agora fala quem é?

— Um bibliotecário. – respondeu ela.

— Bom, pelo menos ele gosta de livros. – ponderou Hermione.

— Ele também me ajudou a ir ao Largo Grinwald. – respondeu ela calmamente. – ele me ensinou a andar no metro.

— Que romântico. – Hermione estava praticamente dando o mesmo olhar que Dumbledore dava de seu retrato.

— Só que ele é trouxa. – cortou Minerva.

— E? – perguntaram Alvo e Hermione.

— E eu sou a diretora de Hogwarts, eu não posso ter um caso com um trouxa.

— Pode sim. – responderam Hermione e Alvo juntos.

— Como? – desafiou Minerva.

— Se tiverem um caso e tudo correr bem, conte a ele que é uma bruxa e se casem. – sugeriu Alvo.

— Para que eu viva como os meus pais? – ironizou Minerva olhando para trás. – não obrigada.

— Vai cometer o mesmo erro? – retrucou Alvo.

— Minerva. – chamou Hermione. – como ele é?

— Da minha altura, cabelos e olhos castanhos, gentil, educado e muito lógico, quando não fica furioso com a falta de delicadeza do chefe mais jovem. – respondeu Minerva se virando para encarar Hermione.

— O nome? – perguntou Hermione curiosa.

— David Jones. – respondeu ela calmamente.

— Poderia tentar, não arrancaria pedaço sabe. – disse Hermione sorrindo.

— Não.

Hermione não insistiu sabia que deveria tomar outro plano de ação e um plano piscou em sua mente, como se fossem milhares de luzes de neon, além disso pelo olhar no retrato de Severo Snape, ele parecia estar com a mesma face de que ele deduziria pontos da Grifinória se pudesse apenas pelo olhar impertinente da sabe-tudo. Hermione logo conheceu David e realmente o homem era um amor de pessoa, praticamente um cavalheiro, muito gentil e atencioso, ele conhecia bem os livros e estava feliz em seu emprego quando não via a cara do chefe dele, mas ele também tinha um defeito ou não dependendo do ponto de vista, por ser um homem sozinho e já com quarenta e sete anos, David já era um homem metódico em suas ações, por isso ele saia para almoçar no mesmo horário todos os dias, iria sempre ao mesmo lugar e para sua incrível felicidade ele passava na entrada de visitantes do ministério que funcionava como saída, portanto assim que fez os cálculos, colocou seu plano em ação imediata. Minerva duas semanas depois se encontrava no Ministério, ela estava um tanto confusa com o que Hermione queria falar com ela, mas ficou satisfeita, parecia que o jantar na Toca fora remarcado e por isso ela queria avisar pessoalmente, mas estava sem tempo até para escrever uma coruja, então solicitou sua vinda também para tentar implementar a ideia de que ela deveria ver David novamente, mas ela negou fora artimanha demais para um dia só. Harry correu no horário combinado e encontrou com Minerva no átrio foi fácil demais, assim ambos riram do desafio proposto pelo senhor Weasley, ele disse como estava indo no programa auror, agora que finalmente o treinamento de cinco anos terminara:

— Ótimo que esteja gostando Potter. – disse ela satisfeita.

— Sim estou, que tal almoçarmos, assim falo mais, quero saber de Hogwarts também e de Neville que se juntou esse ano. – disse Harry sorrindo.

— Sim, tenho tempo.

— Tudo bem, se não se importa podemos sair pela saída de visitantes? Quando saio pela normal é meio complicado conseguir se esquivar se me entende.

— Claro que sim.

Eles saíram e tudo estava indo conforme Hermione dissera, Harry teria que aplaudir a amiga depois, então quando estavam na esquina ele se fez de esquecido:

— Desculpe, eu esqueci uma coisa só vou ligar da cabine para o departamento, não demoro. – disse ele praticamente correndo para a cabine.

Ao mesmo tempo David que estava rumando para seu almoço viu Minerva em seu caminho e sorriu:

— Está me devendo um jantar agora minha senhora. – disse ele.

Minerva ficou mortificada e olhou para trás, Harry apenas deu um sorriso e ficou prestando atenção, no que aconteceria. David olhou na mesma direção que Minerva e achou o jovem meio estranho, ela parecia nervosa com algo:

— Minerva está bem? – perguntou ele preocupado.

— Sim. – respondeu ela se voltando para ele. – estou apenas surpresa.

— Bom estou no horário de almoço, vamos? – perguntou ele oferecendo o braço.

Minerva automaticamente aceitou e Harry resolveu seguir. David notou que estavam sendo seguidos e fez um caminho comprido e confuso que acabou resultando no completo disfarce deles assim que entraram no restaurante e o jovem os perdeu de vista, sentaram à mesa disponível e ele viu que era italiano:

— Menu. – disse o Garçom calmamente.

Eles pegaram e David deu uma olhada no dele, mas não enxergou nada, esquecera os óculos no trabalho, por cima de seu menu ele olhou para Minerva, se fosse possível a cada dia ela ficava mais e mais bonita:

— Já escolheu? – perguntou ele curioso.

— Ainda não, mas eles parecem ter uma lasanha boa e serve dois. – disse ela.

— Eu gosto de lasanha. – disse ele abaixando o cardápio dele. – que tal?

— Ótimo.

Ele fez o pediu e sorriu um pouco envergonhado para Minerva:

— Desculpe, eu estou sem óculos, se quiser podemos trocar o pedido. – disse ele.

— Não, eu notei que estava sem e a tempos não como lasanha. – respondeu ela calmamente. – mas eu pensei que seria um jantar e não o almoço.

— O almoço é um bônus e um dê estresse por ter sua companhia, agora o nosso encontro é reservado ao jantar. – respondeu ele, olhando para fora, nada do jovem. – Minerva desculpe, mas quando nos encontramos agora a pouco, tinha um jovem estranho, todo de preto olhando para você, além disso você parecia nervosa...

— Ah... Era meu sobrinho. – desconversou Minerva. – ele é.... Gótico.

— Minha nossa, eu o fiz nos perder de vista. – disse ele.

— Não tem problema, eu sou bem adulta para andar por ai e ele estava indo trabalhar.

— Entendo. – ele sorriu um pouco. – eu espero também que não esteja forçando demais, qualquer coisa diga apenas que quer minha amizade.

Ela o olhou por um momento, novamente ele estava sendo gentil, dava para perceber nitidamente que cada poro dele dizia ao contrário, que ele queria um namoro ou algo mais sério com ela, mas ele se reservava para apenas e apenas a decisão dela e era isso que a deixava mais encantada, no entanto o que fazer quando você é a diretora de Hogwarts? Ela suspirou:

— David, não vou mentir eu sinto algo por você, mas é complicado. – explicou ela. – é complicado porque tem coisas sobre mim que você não sabe e uma delas a mais importante, aquela que faz todo o sentido da minha vida desde o meu nascimento é uma que eu não posso contar.

Ele a olhou um pouco, ela era fascinante e ele percebia que ela era inteligente, mas também notava que ela transpirava uma certa diferença de todas as pessoas que ele conhecia, uma diferença até dele mesmo, como se ela fosse especial de alguma forma, para ele, ela já era especial, mas tinha algo nesse especial que fazia ainda mais especial:

— Minerva, eu não me importo com nada disso. – disse ele calmamente. – para mim você é especial, eu tenho sentimentos por você, eu posso dizer que provavelmente estou muito abaixo do que você é, mas mesmo assim eu realmente não me importo com nada que esconda de mim, nenhum segredo vai me fazer mudar de mente, nem se você declarasse agora que veio de Marte.

Hermione olhava para o nada pensando em como foi o almoço de Minerva, segundo Harry disse, ele perdeu ambos de vista, mas eles estavam juntos até onde seguiu portanto seu plano para fazer com que Minerva e David se encontrassem novamente dera certo e o resto dependia única e exclusivamente de Minerva, o que realmente ela não esperava era ver a mulher entrar na sua sala àquela hora:

— Minerva. – reconheceu ela tensa.

— Hermione Jean Granger. – disse Minerva pausadamente, espalmando as mãos na mesa da moça em questão.

— Eu posso explicar... – começou Hermione.

— Obrigada.

O silencio foi infernal na sala, Hermione pensou que não tinha escutado direito, então viu os olhos de Minerva, eles praticamente brilhavam de felicidade e aquilo só podia ser uma coisa:

— Não! – gritou Hermione pasma. – vocês.... Vocês?

— Ele disse que não importa o segredo que eu guarde dele, ele disse que se eu declarasse que eu vim de marte, mesmo assim ele teria sentimentos por mim.

— Ai meu Merlin. – Hermione colocou as mãos na boca para abafar o gritinho de menininha de escola. – sério?

— Sim, então almoçamos e eu me despedi dele na frente da biblioteca...

— Hermione, você não vai acreditar, eu vi a velha McG beijando um...! – Ron parou de falar assim que viu a mulher em questão e ficou lívido.

— Ela não é velha! – gritou Hermione. – vocês se beijaram! – gritou ela se levantando feliz e praticamente pulando por cima da mesa para abraçar Minerva.

— E vamos jantar ainda hoje. – disse ela.

— Ron saia! – rugiu Hermione. – assunto de mulher.

Até as pontas das orelhas de Ronald Weasley ficaram vermelhas quando ele pensou que assunto de mulher seria, então ele fez a saída rápida. David estava confortável com Minerva novamente no restaurante italiano, dessa vez ele veio munido de óculos, a conversa vinha fácil e ela tinha umas expressões esquisitas de fala como “Merlin, como isso é bom”, mas fora isso nada fora do comum sobre a mulher ou tudo era tão fora do comum para ele que ele decidiu não ligar para absolutamente nada disso, ela disse a ele que era diretora de uma escola e não professora, ele não se abalou com essa verdade, ficou até mais leve com ela, ela contou de sua infância, de seus irmãos e que o rapaz que vira cedo não era sobrinho dela e sim um ex-aluno, na época em que ela era professora, também disse que pensou em evitar encontra-lo, mas que sua ex-aluna armou para ela com seu ex-aluno e por isso ela parecia tão nervosa quando se encontraram, ela disse que sua ex-aluna o adorou:

— Mas quem é essa moça? – perguntou ele.

— Hermione Granger. – disse ela.

— A menina que adora livros. – ele sorriu. – a moça realmente deve ser a pessoa mais inteligente que passou na biblioteca... Depois de você. – ele piscou.

— Sempre galanteando por ai. – disse Minerva em troca do elogio.

— De nada. – respondeu ele pegando a mão dela.

No começo tudo era mais tranquilo, ela disse até mesmo que era mais velha que ele, ele perguntou quanto ela disse que se respondesse ele se assustaria, então ele respondeu que poderia ir junto com o mega segredo dela, em Hogwarts os professores foram notando as sutis mudanças de Minerva, ela parecia mais feliz, não se irritava tão facilmente e acima de tudo a coisa mais estranha aconteceu depois de inúmeras vezes que Filius ficou com o cargo de diretor para um jantar importantíssimo que Minerva deveria ir, ela não voltara como das outras vezes, isso o impressionou. Minerva acordou de manhã com o sol em seu rosto, ela achou nada estranho até notar que tinha um braço em cima dela e que esse braço tinha um dono e que esse dono a abraçava deitado e ela sentia a respiração dele em sua nuca, os eventos da noite anterior foram se formando em sua mente, ele jantaram como sempre, tiveram conversas com diversos temas e assuntos, eles tomaram mais vinho no entanto, além disso se beijaram no restaurante com frequência, depois  eles dançaram uma musica lenta, então ele pagou a conta, pois era a vez dele e saíram, andando pela rua, ele a olhou um pouco e disse que queria beijá-la, ela sorriu e o beijou antes, as coisas chegaram a um ponto em que um guarda disse para eles se acalmarem por estarem na rua, vermelhos eles decidiram seguir caminho, mas ela não aguentou e o puxou para um beco e os beijos voltaram a ocorrer, ele disse que poderiam ir para casa dele, mas que estava longe, ela o olhou nos olhos e não se conteve, precisava dele, queria ele, desejava ele intimamente então o mandou pensar em sua casa, pensar em um cômodo em especifico, ele brincou com ela dizendo que estava pensando no quarto, então ela o beijou novamente e forçou a aparição, logo estavam no quarto dele, David não disse uma palavra, talvez estivesse bêbado demais para perceber o que aconteceu ou pensou que estava alucinando e continuou a beija-la acabaram na cama afinal estavam é pé em cima dela e então tudo ficou claro ao mesmo tempo em que o desejo de ambos fora saciado:

— Bom dia. – disse ele sonolento a abraçando mais apertado.

— Bom dia. – respondeu ela.

— Eu poderia me acostumar com isso. – disse ele começando a beijar os cabelos dela.

— Eu também. – ela se virou e o olhou nos olhos.

— Minerva, ontem depois do beco nós aparecemos aqui, eu me lembro disso, então não vou forçar a você dizer algo, mas entre nossas conversas, você disse que poderia dizer o seu segredo caso se casasse comigo, então eu estou te pedindo em casamento, antes que quebre a lei. – disse ele sério.

— David, eu poderia fazer você esquecer isso. – disse ela.

— Eu não quero esquecer, Minerva eu te amo. – disse ele em resposta a beijando profundamente.

— Tem certeza disso? – perguntou ela. – eu não posso guardar segredo até o dia do casamento.

— Nós poderíamos nos casar agora. – disse ele sorrindo.

— É isso. – disse Minerva abrindo um sorriso.

Ele estava um tanto curioso, mas logo a beijou novamente. Filius estava ficando maluco, já era hora do almoço e Minerva não apareceu, os outros também estavam se preocupando rapidamente, até que finalmente a pessoa em questão apareceu:

— Minerva, pelo amor de Merlin, onde raios se meteu até agora? – perguntou Filius.

— Bom ontem eu me meti na cama do meu namorado, hoje de manhã nós nos metemos em um matrimonio.

— O que?! – gritaram todos os professores.

— Isso mesmo, eu me casei. – respondeu ela. – mas mantive meu nome de solteira.

— Só pode ser brincadeira. – disse Pamona surpresa.

— Não. – respondeu Minerva calma. – vim aqui para avisar que logo ele poderá entrar no castelo, parece que ele é um tipo de aborto de gerações.

— Espera. – Filius respirou fundo. – você se casou com um aborto...Um trouxa?

— Que isso mal me conhece, já vai me xingando. – perguntou o homem na frente da mesa dos professores.

Os professores estavam paralisados, eles tinham um aborto, que viveu como um trouxa na frente deles e provavelmente esse era o primeiro dia dele em contato total com magia, era realmente incrível que ele não mostrava um pingo de medo:

— Você é bem corajoso. – disse Filius.

— Se me xingar de novo, eu coloco um pouco de bom senso nessa cabeça. – disse ele mostrando o punho fechado. – a única maneira que eu sei.

— Pelo amor de Merlin quem presidiu o casamento? – perguntou Neville.

— Meu irmão Malcolm. – respondeu Minerva rápido. – Robert foi meu padrinho e como David não tem família... Não tinha Hermione foi madrinha dele.

—  Mas eu não entendo... – disse Filius. – como raios foi namorar um trouxa.

— Ei! – David olhou ofendido.

— Um ser não magico. – ofereceu Filius preocupado que realmente tomasse um soco.

— Bom... – Minerva ficou com os olhos vagos e sorriu. – tudo começou com um desafio...


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