He Is My Captain escrita por Airi


Capítulo 12
Dentro da cabeça de um idiota


Notas iniciais do capítulo

Sim sim, é isso o que vocês estão vendo, eu terminei o capitulo que todos voces tanto esperavam! hahaha, mew, agradeçam a eu ter brigado com o meu irmão, porque quando eu fico com raiva, eu escrevo, e muito o-o'
hahaha, agora sem mais delongas ! Leiam o/
Ah, só um aviso: Quem está narrando é o Henry este capitulo, e o proximo será ele narrando tambem viu?
Só pra voces entenderam umas coisinhas e não ficarem tão irritados com o loirinho ;D
hahahaha
boa leitura!



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Fechei a porta e a deixei para trás assim como fiz com a maioria dos meus problemas, virei as costas para a pessoa que mais amo e ainda não sei porque. Meu coração esta acelerado e tenho vontade de dar meia volta e dizer que é tudo mentira, que eu a amo que não importa tudo o que aconteceu no passado, se eu soubesse que eles tinham uma filha tão linda, batalhadora e charmosa, jamais teria interferido na vida deles, porque foi exatamente isso o que o pai dela fez com a minha família e com a minha vida, ele a interrompeu, cortou todos os momentos de felicidade que eu ainda teria com eles ao entregar meu pai a marinha.

 Dei uma ultima olhada para trás antes de começar a caminhar até meus aposentos para encontrar Katherine que a essa hora já estaria na cama me esperando. Chegando lá não deu outra, ela estava deitada com aquele belo vestido de seda que usava para dormir que me consumia de desejo, mas não hoje. Sorri maliciosamente como de costume e me aproximei dela, tocando-lhe os lábios fervorosamente mas parei, o que Katherine estranhou.

- O que foi Henry querido? – ela disse com sua voz aveludada

 A olhei com um pouco de desconforto, já que Katherine era o ultimo ser humano que eu queria contar meus problemas. Assim os deixei de lado para que ela não desconfiasse que seu grande capitão Henry pudesse ficar triste, jamais me permitiria fraquejar diante dos outros, foi assim que escolhi.

- Não é nada minha querida... – respondi, voltando ao normal - ...você está completamente sedutora hoje, mas acho que ficaria muito mais sem isso...

- Sabe que eu concordo com você? – Katherine concordou puxando uma das alças para baixo

 O que posso fazer? Sou homem e não resisto a uma pele branquinha, lisinha e despida ao meu lado.

 Logo de manhã acordei atordoado, me lembrando de como tinha sido a noite. Olhei para o lado e vi Katherine dormindo profundamente com uma expressão angelical no rosto, o que me fez lembrar de Mary aquele dia, tão linda e despreocupada em seus sonhos que até as vezes sorria. Um sorriso quis se formar em meus lábios, mas a realidade o transformou em um suspiro preocupado e angustiante, enquanto me lembrava das crueldades que tive que dizer a ela. Me levantei, deixando Katherine com a cama toda para ela, enquanto me arrumava para mais um dia de trabalho. Olhei meu rosto perfeito no espelho rachado e conclui que agüentaria mais um dia.

 Era sempre assim, se não fizesse isso, talvez não teria chegado a onde estou. Botei o sorriso convencido e brilhante no rosto e sai pela porta com a postura de um rei, acordando todos os meus tripulantes que aos poucos iam saindo do quarto.

- Bom dia Capitão...

 Escutava-os me cumprimentado com respeito, enquanto respondia a altura de um verdadeiro rei.

- Bom dia...

 Tudo ia bem até eu sentir aquele perfume inconfundível de Mary, algo doce sempre vinha no ar quando ela estava por perto. Meus olhos foram de encontro a imagem dela, toda desconcertada por estar andando de pijama de um lado para o outro procurando por Mercedes. Seu pijama não é nada feminino e muito menos seu jeito de andar quando esta com sono, só que mesmo com os cabelos desajeitados ela consegue prender meu olhar e me deixar curioso a cada movimento que fazia.

 É claro que todos a minha volta perceberam que eu estava a olhando, principalmente Matt que já está ao lado dela, a puxando pelo braço e a tirando do meu campo de vista. Não o culpo e nem tenho raiva do meu tripulante, afinal ele está como eu, preso pelas belas garras dessa linda pirata.

- Henry... – escutei alguém me chamar - ... HENRY!

 Olhei assustado e vi que era Mercedes.

- O que foi? – perguntei normalmente

- Precisamos mesmo conversar... sobre ontem...

Essa pausa só pode significar uma coisa... ai vem noticia ruim. Não tendo outra escolha segui Mercedes até meu escritório e me sentei, vendo que a expressão de irritação dela ainda não tinha mudado.

- Então, o que tem a dizer?

- Ontem... o que aconteceu com você Henry? Mary está chocada até agora... – Mercedes disse com decepção

- E? – perguntei da forma mais seca que consegui

- E? É assim que se comporta quando os sentimentos de Mary estão em jogo?

- O que está feito está feito Mercedes, não é problema meu...e se é esse o assunto eu prefiro nem continuar... – continuei serio

 E eles realmente acreditam em mim não é mesmo? Eu jamais quis o mal de Mary, mas seria muito ruim ela estar perto de um assassino como eu, que viveu esses anos todos por vingança e agora me escondo atrás de um “eu” burro e sem escrúpulos, mas não vou voltar atrás, já escolhi esquecê-la, ou pelo menos fazê-la me esquecer. Mercedes continuou a me olhar com irritação e desprezo, é a que mais me conhece e parece que não vai desistir tão facilmente de me desmascarar.

- Isso é ridículo Henry... não jogue sua vida fora por causa de uma fatalidade! Não estava escrito que vocês se apaixonariam, apenas aconteceu! Quem poderia prever?

- E quem disse que eu gosto daquela menina? Prefiro mulheres Mercedes, assim como Katherine, aquelas que tem algo a oferecer... me apaixonar pela criadagem e amadores não faz meu tipo...você me conhece...

Mercedes me encarou friamente e se aproximou da porta, me olhando ainda mais chateada.

- Aquele menino engraçado, sincero e cheio de determinação não existe mais Henry?

- Não Mercedes...esse garotinho cresceu e se tornou um capitão...agora por favor, volte ao trabalho... – disse calmamente, não olhando para ele

- Sim senhor Capitão...

Nem mesmo Mercedes pode perceber meu disfarce, ninguém pode me desmascarar, eu terei que ser invencível e calculista. Me levantei, indo até a porta e antes de fechá-la por completo vi uma mão entrando, me impedindo.

- Sim? – abri a porta, confuso e encarando Carly

- Podemos conversar Capitão? É um assunto um pouco serio... – Carly comentou animada

- Se é serio então porque está sorrindo? – perguntei calmamente

- É sobre você pedir a mão da Senhorita Katherine! Está tudo pronto para a surpresa... – Carly disse animada, entrando e fechando a porta atrás de si

- Como? Carly, eu não pretendo me casar com Katherine...

- Com quem então? Com a cachorra? Não se faça de sonso, eu conheço muito bem os seus joguinhos Henry, você está fingindo para protegê-la...

 A expressão de Carly mudou severamente, ela estava mais carrancuda, tentando demonstrar confiança. Já suspeitava que essa menina era assim, mesmo parecendo inocente é totalmente controladora.

- Sinto muito Carly, minha querida, não sei do que está falando, mas se puder explicar, ficarei muito grato... – falei formalmente, enquanto me sentava

- Henry, para com isso, na minha frente você não precisa fingir, a menos que queira jogar mais sujo ainda

Como uma criança conseguiu fazer minha mascara cair tão facilmente? Não tendo opção tornei minha expressão um pouco mais seria e comecei a pensar exatamente no que vou falar, qualquer passo em falso e ela cria o caos.

- O que quer Carly, criar uma discórdia neste navio? Já viu com o que estou tendo que lidar? Essa menina completamente apaixonada e louca por mim, Mercedes chateada comigo... sou um capitão, não um homem comum, isso são problemas comuns garota, pensei que você apenas quisesse um lugar para ficar, por isso te aceitei aqui, mas se continuar assim infelizmente terei que deixá-la na cidade mais próxima... Fui claro?

- Foi, claríssimo! – Carly disse toda entusiasmada – Agora minha vez de ser clara... sei exatamente que você e aquela cachorra que fez o favor de me salvar estão com certos problemas amorosos, então vou logo avisando, se não casar com a Senhorita Katherine, querido Capitão, eu mesma mato a Mary e faço a morte dela parecer acidental...

Suas palavras saíram tão afiadas que mal percebi que ao termino se sua frase eu já estava de pé, com as mãos estendidas em minha mesa e a angustia tomando conta de mim. Só de pensar na morte de Mary eu...

- Carly...você deve sua vida a garota que está chamando de “cachorra”... – disse um pouco mais calmo

- Eu até gostava dela no inicio, admito... mas depois que vi vocês se beijando aquele dia, vi que ela iria nos expulsar daqui e que eu e a Senhorita Katherine teríamos que nos sujeitar aquela vidinha medíocre novamente...quero ficar aqui, quero a felicidade dela, ela te ama Henry... – Carly disse um pouco alterada - ...então tentei pressionar a Mary, mas não deu muito certo, de inicio eu vi que tinha dado, mas depois, o jeito que vocês se olham, tudo ! Está na cara Henry! A Senhorita Katherine percebe! Mas não fala nada...

 Continuei quieto, esperando que Carly terminasse seu chilique. Mas uma vez eu tenho que salvar a Mary, droga.

- Para não mata-la, você quer que eu me case com a Katherine, é isso? – disse por fim, derrotado

- Entendeu meu recado não é? – ela disse doce, sorrindo como um anjo – Muito bom! Estão todos esperando e eu já avisei a senhorita Katherine que você quer falar com ela, vamos ser uma família para sempre!

Não a respondi. Apenas me levantei e abri a porta para que Carly saísse, no caso toda animada. Passou por mim cantarolando uma canção de casamento e pulando. Uma garota tão bonita, parecendo tão inofensiva, na verdade uma cobra. O que mais me deixa intrigado é que eu nunca percebi isso antes...

Mas devo honrar minha palavra. E mais uma vez, tudo por aquela...menina irritante.

Voltei a sorrir e sai do escritório esbarrando em alguns dos meus tripulantes que perguntavam curiosos sobre o que eu queria tanto falar que Carly estava tão animada. No meio da algazarra toda me deparei com os olhos curiosos e orgulhosos de Mary, que ao mesmo tempo que me olhavam me evitavam. Ela esta tão pálida, tão mal... tão...doente. Depois desse casamento, vou fazê-la ir embora, sair desse navio juntamente com Matt. Eles ainda tem tempo para se apaixonar.

- Meus querido tripulantes... amorosos e fieis ao seu lindo rei! – comecei meu discurso, tentando esquecer que Mary estava entre os olhos que me viam, curiosos – Onde estará minha bela dama?

Alguns dos tripulantes abriram caminho e assim apareceu Carly trazendo Katherine toda arrumada. Linda. Apenas penso o quanto esta mulher é bela fisicamente, mas me atrai apenas por isso. Quando chegaram mais perto de mim, reparei que Carly habilmente colocou algo em meu bolso, que no caso deve ser o anel, e peguei a mão aveludada de Katherine, me abaixando e dando um leve beijo. Quando fiquei apoiado em apenas um joelho todos, principalmente Katherine, já sabiam o que ia acontecer.

Olhei para a platéia que me cercava e para Katherine com seu lindo vestido de seda, bem curto, fiquei algum tempo me perdendo naquele vestido com alguns pensamentos pervertidos e vendo o quando ele mostrava e definia o belo e avantajado corpo da mulher que não seria mais considerada uma prostituta e sim, minha mulher. De qualquer maneira, essa idéia não me anime nem um pouco.

Coloquei uma das mãos no bolso e peguei o pequeno anel que Carly tinha colocado lá. Desde quando aquela menina tinha conseguido um anel tão bonito e provavelmente caro daqueles? Os olhos de Katherine estavam cheios de lagrimas e o resto da tripulação pasmos.

- Minha doce e linda Katherine... gostaria de... – após um suspense, terminei - ...ser minha esposa?

- Sim! Mas é claro Henry! – ele me respondeu subitamente e me puxou para cima, me abraçando

Enquanto nos abraçávamos, a grande platéia batia palmas, e procurei, pela ultima vez naquele dia, Mary. Seus olhos estavam tão cheios de lagrimas quanto as de Katherine, o brilho triste só fez meu coração apertar ainda mais. Me sinto como se estivesse traindo ela, como se tivesse roubado seu coração e não ter dado o meu em troca. Mas Mary... tudo isso é por amor, é para salvar a sua vida.

Sinto muito por você ter se apaixonado por alguém que nem ao menos sabe o que é.

Em menos de minuto Matt e Mercedes já tinham entrado, levando a menina orgulhosa que se recusava a chorar perto de mim. E lá estava Carly, ao meu lado, segurando minha mão como se eu fosse um pai para ela. Ridiculo.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então? Valeu a espera? O_O