Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 14
Uma campanha de ódio com resultados surpreendentes


Notas iniciais do capítulo

Se preparem porque o capitulo de hoje promete.
Espero que gostem beijos e boa leitura.



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Depois que terminei de dar a minha aula, ajudei meu filho com o casaco e a mochila antes de sairmos da sala. Questionei a Vinicius se ele estava achando estranho ter a mãe como professora, mas ele disse que estava adorando e fiquei feliz por isso.

—Mamãe, a Luna me convidou para brincar na casa dela, ela está ansiosa para que eu conheça a bisavó dela. Eu posso ir?

—Claro que pode amor, o pai da Luna já havia me pedido e deixei.

—Obrigado mãe.- ele disse agradecido e sorri antes de beijar a sua cabeça, mas assim que saímos vi uma confusão na porta da escola.

—Vejam senhoras, é ela.- Megan gritou em um mega fone para a multidão de mulheres que seguravam cartazes.- Não podemos permitir que uma ex-presidiaria ensine nossos filhos, ela será uma má influencia para as nossas crianças.

Enquanto Megan gritava palavras de ódio contra mim, as outras mães a apoiavam, e eu simplesmente não conseguia fazer nada, estava em choque.

—Megan, o que significa isso?- ouvi alguém questionar ao longe.

—Olívia?- Alejandro questionou na minha frente enquanto ainda continuava sem reação.

—Vem, vamos sair daqui.- Alejandro disse nos conduzindo para dentro da escola, me levando para longe de toda aquela confusão.

—Abuela, pode levar as crianças para casa?- Alejandro pediu assim que fomos para o refeitório, que estava vazio.

—Claro, não se preocupe querida, vou cuidar bem do seu filho.- Abuela prometeu antes de apertar a minha mão de forma gentil e agradeci.

—Mamãe, a senhora vai ficar bem?- Vinicius questionou preocupado.

—Vou meu amor, e se comporte com a Abuela.- pedi tentando controlar minhas lagrimas.

—Vou mamãe.-ele sussurrou antes de me abraçar com carinho.- Eu te amo mamãe. Não importa a distância, do céu até a lua.

—Dá terra até o mar, eu sempre vou te amar.- sussurrei com a voz embargada e beijei a testa do meu filho, enquanto era  interrogada com o olhar por Alejandro e por sua Abuela.

E eu sabia porque, afinal aquela declaração era algo pessoal demais para nós três.

O avô de Alejandro as inventou e começou a recitá-las para a sua avó Dolores, que ensinou ao filho Juan, que repetiu as mesmas palavras a Guadalupe, que ensinou a Alejandro, que me ensinou.

Aquele juramento,era a promessa de amor de um legado inteiro da família Castillo.

 E eu, havia ensinado-as ao meu filho, sem o conhecimento deles.

—Vamos niños, temos a tarde inteira para nos divertir.- Abuela disse animada e as crianças sorriram antes de pegar a sua mão e sair do refeitório, nos deixando a sós.

—Me desculpe, não devia ter ensinado o juramento da sua família para o meu filho, não era certo.- pedi entre lagrimas.

—Hei, não há o que desculpar Liv. Só não entendo, porque ensinou ao seu filho, algo que havia aprendido com seu namorado de adolescência.- ele sussurrou confuso.

—Porque senti falta de recitá-la e de ouvir alguém recitá-las para mim.- disse sincera e ele me olhou surpreso.

—Ouvir meu filho dizer essas palavras eram um conforto para a vida de esposa troféu que levava. Além de me fazer lembrar de você, era uma forma de manter todos os momentos que vivemos vivos na minha memória.  Mas na realidade, era a forma que possuía de me manter perto de você, de manter o que sentia vivo, mesmo sem saber. Porque a verdade é que nunca esqueci você, e estou tão cansada de tentar dizer para mim mesma que você não mexe mais comigo. Mas Alejandro, eu preciso dizer.- sussurrei enquanto olhava em seus olhos.-Eu te amo. Amo você desde a primeira vez que o vi e continuei amando-o durante esse tempo todo, e sinceramente não sei viver sem você. Você me faz alguém melhor, me faz lembrar da garota que eu era e amo isso em você. Amo você por estar ao meu lado sempre e por nunca deixar que eu fique triste. Eu te amo com tudo que sou e quero passar o resto da minha vida com você.

E naquele momento percebi que jamais havia deixado de amá-lo.

Nosso amor era tão grande que foi capaz de suportar doze anos de distancia esperando pacientemente para que nos reencontrássemos, e fossemos felizes dessa vez.

—Amor, diz alguma coisa.- implorei angustiada diante do seu silencio.

—Tudo bem, acho que entendi.- sussurrei tentando controlar as minhas lagrimas, afinal, havia aberto meu coração a ele e o que tive em resposta foi a sua rejeição.

—Eu mereço a sua rejeição, afinal o que fiz não foi certo. Só me desculpe por tudo.- sussurrei antes de me levantar da cadeira.

—Olívia, espera. – Alejandro disse segurando a minha mão, me impedindo de sair.- Apenas, sente-se não terminamos de conversar.

—Mas eu abri meu coração para você e a sua resposta foi não.- disse magoada enquanto voltava a me sentar.

—Eu não disse que não Olívia, eu nem disse nada. Você que tirou conclusões precipitada como sempre.

—Agora a culpa é mim?- questionei seria.

—Em parte sim. Como queria que reagisse depois de tudo que disse? Eu fiquei em choque, ou melhor, ainda estou.- ele disse meio perdido.

—Quer saber, esquece o que eu disse. Vamos continuar amigos como antes.- disse e ele revirou os olhos.

—Não quero ser o seu amigo. Quero ser o homem da sua vida.- ele disse e pisquei sem saber o que dizer.

—Você foi à única mulher que amei de verdade Liv, e mesmo distante ainda continuei te amando da mesma forma.- ele sussurrou entre lagrimas e sorri em meio as minhas próprias lagrimas.

—Tem certeza disso?- questionei entre lagrimas.

—Mi amor, jamais iria brincar com algo tão serio.- Alejandro disse acariciando meu rosto de leve enquanto olhava em meus olhos.- Eu te amo Liv. Não importa a distância, do céu até a lua.

— Dá terra até o mar, eu sempre vou te amar.- sussurrei emocionada e antes que pudéssemos nos beijar fomos interrompidos.

—Srta. Collins, o diretor Desmond a aguarda na sala dele.- a secretaria do diretor disse sem graça assim que nos interrompeu.

—Tudo bem Sofia, já estou indo.- disse e ela concordou antes de sair.

—Podemos continuar nossa conversa depois?- pedi e ele revirou os olhos.

—Não vou deixar você sozinha nunca mais a partir de agora. Vou com você e a espero do lado de fora.- ele disse e sorri agradecida antes de irmos em direção a sala do diretor.

E para minha surpresa na sala do diretor estavam Megan e Douglas, que não parecia nada feliz em estar ali por causa da esposa.

—Olívia, eu sinto muito.- ele disse envergonhado assim que entrei na sala.

—Está tudo bem, talvez eu devesse agradecer a Megan pela campanha de ódio contra mim.- disse e todos me olharam confusos.

—Sr. Marine, pode esperar lá fora, por favor.- o diretor pediu se recuperando do que havia tido.

—Claro.- ele disse confuso antes de sair.

Mas sabia que assim que ele encontrasse Alejandro do lado de fora, ele iria lhe contra tudo que houve no refeitório.

—Bom senhoras, odeio ter que repreender mulheres adultas, mas isso será necessário. Sra. Marine, a senhora é a primeira dama dessa cidade, deveria se envergonhar em ficar agredido a imagem da Srta. Collins.Que tipo de exemplo gostaria de dar a sua filha, ou aos amiguinhos dela?

—Só estou defendendo a moral dessa cidade diretor Desmond.- Megan se defendeu e ele riu.

—Por favor, conheço as duas desde que estudaram aqui. Não entendo porque se odeiam agora, afinal eram tão amigas quando estudaram aqui.- ele disse se lembrando do passado.

— Então, irão ficar aqui trancadas até se entenderem.- ele disse serio enquanto se levantava de sua cadeira.

—O senhor não pode fazer isso, é cárcere privado.- Megan disse seria e concordei, afinal tinha uma conversa urgente para terminar.

—Posso, quando as duas se comportam como alunas de primário ao em vez de mães. Agora conversem e tentem não se matar.- o diretor disse saindo e trancando a porta em seguida.

—Tá vendo o que você fez?- questionei seria enquanto me levantava.

—Não fiz nada, só estava protegendo a minha cidade.- Megan disse se levantando e tentando abrir a porta, sem obter sucesso.

—Só porque você é primeira dama, não quer dizer que é dona da cidade.- disse seria. – E o diretor está certo, você não pode jogar a cidade toda contra mim, ou acha que não sei que você pediu para todos não me darem um emprego.

—Tá legal, eu fiz isso.- ela disse e pisquei chocada.

—Não acredito que você foi capaz disso. Que tipo de pessoa cruel é você? Eu nunca te fiz nada, para que me odiasse tanto.

—Eu tenho inveja de você.- ela gritou e pisquei confusa.

—Você tem inveja de mim? Qual é? – questionei rindo.

—Acredite Olívia, não tenho inveja da sua atual situação, mas tenho de tudo que você teve quando éramos mais novas.- ela sussurrou cansada enquanto sentávamos.

—Você sempre teve tudo Olívia. Tinha uma vida perfeita, tinha pais que te amavam e não que te tratavam com um transtorno. Eu vivia em um inferno, porque meus pais preferiam ficar discutindo sem parar há se divorciarem, por isso vivia mais na casa do Douglas do que na minha própria casa. E não vamos esquecer que você ganhou a minha tiara da miss Coleman. A única coisa que você não ganhou de mim, foi em quesito namorado. Porque o Douglas era melhor do que o Alejandro- ela brincou e sorrimos.

—Eu não sabia disso Megan. E sinto muito que a sua vida não tenha sido fácil, mas olhe para o que você tem agora. Megan, você tem uma família maravilhosa. Seu marido é louco por você, e a sua filha é uma criança encantadora. Vamos esquecer essa rixa e começar de novo. Se quiser, uma oferta de paz,  te dou a tiara velha de miss Coleman?- ofereci e ela sorriu.

—Não preciso disso. O que é uma tiara velha de miss Coleman quando se é primeira dama?- ela questionou sorrindo.

—Esse é o espírito Megan.- disse sorrindo.

—Me desculpe, não deveria ter feito aquele circo todo, ainda mais na frente do seu filho.- ela pediu sincera.

—Eu perdôo você. Mas quero que sejamos amigas a partir de hoje. Afinal, Alejandro e Douglas são melhores amigos.- disse e ela me olhou surpresa.

—Espera, você e o Alejandro voltaram?

—Não sei. Mas eu disse que o amava e ele também disse que me amava. Mas não sei o que somos agora.- sussurrei apreensiva.

E agora eu estava aqui, abrindo o meu coração para um das minhas amigas de infância que havia se tornado minha rival no ensino médio. O mundo realmente dá voltas.

—Olha, só me prometa que não vai fazê-lo sofrer.- ela pediu e fiquei surpresa, afinal achava que os dois se odiavam.

—Eu sei, Alejandro e eu podemos brigar feito cão e gato, mas somos família. Ele é o melhor amigo do meu marido, além de ser padrinho da minha filha.  E eu e Douglas somos padrinhos da Luna. Então, me vejo como uma irmã ou prima dele.- ela disse e rimos.- Ele sofreu muito quando você o deixou, então me  prometa que irá fazê-lo feliz demais para compensar toda a dor.

—Eu prometo.- jurei e ela sorriu.

—Ótimo. E não se preocupe, porque vou fazer uma campanha do bem para você. Sou a rainha do marketing. – ela disse e a olhei desconfiada.- Fiz faculdade de publicidade Olívia. Como acha que meu marido ganhou a eleição? Eu jogo para ganhar.

—É bom saber.- disse e sorrimos antes de começarmos a conversar sobre as crianças.


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