Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 13
Mudança de carreira


Notas iniciais do capítulo

E nesse capitulo descobriremos o que aconteceu no aniversario de 17 anos de Alejandro...
Espero que gostem do capitulo.
Beijos e boa leitura.



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—Graças a Deus você chegou. Como o pai do Noah está?- meu pai questionou assim que entrei em casa.

—Está bem, foi só um susto. Mas que serviu para algo bom, pai.- disse e ele me olhou confuso.

—O Sr. Ellis, pediu desculpas ao filho por tudo que disse durante anos. E ele disse que estava muito orgulhoso do homem que Noah havia se tornado.- disse e meu pai sorriu.

—Que bom que Jacob reconheceu seu erro.

—É verdade papai. E o Vinicius?

—Está na cozinha ajudando a sua mãe e a Lizzie a arrumar a mesa para o jantar.- ele disse e agradeci antes de ir ver o meu filho.

—Mãe.- Vinicius disse feliz antes de vir correndo me abraçar.

—Como estava com saudades de você amor.- sussurrei com ele no meu colo enquanto o enchia de beijos.

—Também estava com saudades mamãe.- ele disse antes de beijar a minha bochecha.

—E o Jacob, como está?- mamãe questionou para mim.

—Está bem, foi apenas um susto. Mas o melhor, é que ele pediu perdão ao Noah.- disse e ela sorriu feliz.

—Não acredito nisso.- ela disse feliz pela noticia.

—É verdade, se não tivesse visto não iria acreditar.

—Que bom que os dois fizeram as pazes, Noah merece ser feliz, ele já sofreu tanto na vida.- ela disse e concordamos.

—Vou subir para tomar um banho antes de jantarmos.

—Claro querida, ainda temos alguns minutos.- mamãe disse e agradeci.

—Que tal, você me contar as novidades do seu dia enquanto me arrumo, filho.- pedi e ele concordou.

Subimos para o meu quarto e peguei uma roupa leve antes de tomar um banho rápido.

Assim que estava vestida, me sentei na cama ao lado de Vinicius, que logo começou a me contar sobre o que fez na escola, e fiquei feliz em saber que meu filho estava adorando Coleman.

Depois que terminamos de conversar descemos para jantar em família.

—Posso te ajudar com a louça se quiser.- Lizzie disse assim que comecei a lavar os pratos.

—Claro, adoraria a sua ajuda.- disse sorrindo e voltando a lavar as louças.

Meus pais odiavam  lava-louças, eles sempre diziam que a maquina não lavava direito, mas desconfiava que eles não tinham uma lava-louças, porque essa seria uma forma dos dois conversarem sobre o seu dia, por mais que ele fosse atarefado.

—Estou feliz que Noah e o pai tenham se entendido.- Lizzie disse enquanto enxugava um prato.

—Eu também, meu amigo merece toda felicidade do mundo.- disse e ela concordou.

—Estive pensando, sobre o que me disse.- ela disse meio insegura.

—E?- questionei olhando em seus olhos.

— Estou cansada de ter uma irmã mais velha que vive em minhas memórias de criança. E se você me perdoar pelas coisas que disse, adoraria recomeçar do zero com você.- ela disse e sorri suave.

—Perdoei você no momento em que disse tudo aquilo, sei que estava magoada e com razão. Fui uma péssima irmã, mas que tal se tentássemos de novo?- pedi e ela concordou suave.

—Senti saudade de você Liv.- ela sussurrou entre lagrimas e sorri antes de abraçá-la com carinho.

E naquele momento prometi a mim mesma que jamais abandonaria a minha família novamente.

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—Tudo pronto Vinicius?- questionei ao meu filho assim que terminamos de tomar café e peguei sua mochila.

—Sim mãe, só vou escovar os dentes.- ele disse e concordei antes de pegar nossos casacos.

—Lizzie?- chamei a minha irmã que havia subido para escovar os dentes.

—Já estou indo.- ela disse do andar de cima.

Assim que os dois desceram peguei a chave do carro de mamãe, que havia me dado o mesmo essa manhã apesar dos meus protestos, e os levei para a escola.

A escola de Lizzie era três quadras antes da de Vinicius, por isso a deixei primeiro antes de levar meu filho.

Assim que chegamos a escola de Vinicius fiz questão de deixá-lo em sua sala, mas percebi que sua professora parecia desesperada.

—Está tudo bem, Srta. Price?- questionei a ela.

—Não. A professora de artes das crianças não pode vir, e não tenho a menor idéia de como fazer uma aquarela.- ela disse nervosa e sorri compreensiva.

—Se quiser posso ajudá-la, sou formada em artes plásticas.- disse e ela me olhou esperançosa.

—Eu adoraria, mas isso não iria lhe atrapalhar?

—Não, minha chefe não irá trabalhar pela manhã, então estou livre.- disse e ela sorriu agradecida antes de me perguntar quais matérias iria usar.

E ali, diante daquelas crianças de sete anos, ensinando-as sobre as cores e como poderíamos utilizá-las para fazer uma aquarela, me senti realizada e feliz por dividir com eles algo que tanto amava.

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—Nem sei como agradecer.- a Srta. Price disse agradecida assim que os alunos saíram para o recreio.

—Não precisa agradecer, eu adorei. Faz um bom tempo que não pinto, e foi divertido.- disse suave.

—Talvez, se eu conversasse com o diretor Desmond, você pudesse ficar como a nossa professora de artes substituta, apenas se aceitar.

—Eu adoraria.- disse antes de irmos em direção a sala do diretor.

O diretor Desmond me contratou para dar algumas aulas as crianças, enquanto a professora estivesse de licença, mas perguntei ao mesmo se poderia ter um tempo para pensar, afinal estava trabalhando na escola de Guadalupe e não poderia deixá-la na mão tão cedo e ele concordou em me conceder um dia.

—Está tudo bem Olívia, você parece preocupada?- Guadalupe questionou assim que se aproximou do balcão da recepção.

Assim que sai da escola do meu filho, após a reunião com o diretor, tentei imaginar maneiras para contar a Guadalupe o que havia acontecido, mas não tinha coragem. Afinal, ela foi a única que me deu uma chance nessa cidade.

—É que aconteceu algo e não sei como lhe contar.- disse sincera.

—Tudo bem, que tal se fossemos até a lanchonete? Podemos tomar um café enquanto você me conta.- ela sugeriu e concordei antes de irmos a lanchonete.

Depois que fizemos nossos pedidos, tomei coragem e contei a ela sobre a proposta de emprego para ser professora substituta da escola de Vinicius.

—E você disse que sim, não foi?- ela questionou suave e pisquei confusa.

—Claro que não, estou trabalhando para você e não poderia deixá-la assim.- disse e ela revirou os olhos.

—Não se preocupe comigo, posso arrumar outra recepcionista. Agora você, não deve deixar essa oportunidade passar. Olívia, você sempre amou  pintar, se essa oportunidade se apresentou a você, deve agarrá-la sem pensar duas vezes, você merece ser feliz depois de tudo que passou.

—Mas...- sussurrei e ela me interrompeu.

—Não vou ficar chateada querida, ao contrario. Vou ficar feliz em saber que voltou a fazer o que ama.- ela disse suave e sorri comovida a ela.

—Muito obrigada. Muito obrigada por tudo que fez por mim.- sussurrei chorando e Guadalupe sorriu antes de me abraçar.

—Não precisa agradecer, tenho você como uma filha. E não se preocupe com a escola, a Abuela de Alejandro está vindo da Espanha para morar conosco, e tenho certeza que ela irá adorar me ajudar na escola.- ela disse assim que nos separamos.

—A abuela está vindo para cá?- questionei surpresa, afinal não via a avó de Alejandro desde que era adolescente.

—Sim e tenho certeza que Dolores irá ficar feliz em vê-la.

—Eu também.

—Acho que só uma pessoa não irá gostar da sua mudança repentina de carreira.- ela disse e pisquei confusa.

—Quem?

—Alejandro.- ela disse e suspirei, sem saber o que dizer pois não queria ofendê-la.

—Guadalupe, sei que no fundo você deseja que fiquemos juntos, mas a nossa historia acabou há doze anos atrás. E além do mais, não estou  pronta para me envolver com alguém. Só quero cuidar de mim e do meu filho. Consegui me entender?- questionei e ela concordou.

—Entendo, só não esqueça que antes de ser mãe, você é uma mulher. E como tal merece ser feliz. Apenas, prometa pensar em dar uma chance ao seu coração quando chegar a hora.

—Prometo.

—Ótimo, agora pode ir até a escola dizer que aceita o emprego.

—Obrigada.- disse lhe dando um ultimo abraço antes de pegar minhas coisas e ir até a escola.

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Já estava sendo professora substituta a uma semana e estava amando meu novo trabalho, era como se tivesse nascido para isso.

Sei que não era o que sempre desejei quando decide fazer artes plásticas, afinal queria ser pintora, mas agradecia pelo destino ter me mostrando outra alternativa. Uma que estava amando mais a cada dia.

—Toc, toc.- ouvi alguém dizer e desviei minha atenção dos livros que estava separando para a aula de hoje.- Será que eu poderia entrar professora Collins?

—Claro Sr. Castillo.- disse sorrindo da brincadeira de Alejandro.- Ao que devo a honra da sua visita a minha sala?

—Trouxe um presente atrasado para a sua retomada de carreira.- ele disse me entregando uma sacola de presente. – E também vim lhe perguntar se o Vinicius pode ir lá em casa brincar com a Luna? Ela quer apresentar a Abuela a ele.

— Claro que pode, e não precisava se incomodar comprando um presente para mim.- disse e ele revirou os olhos.

— Não foi incomodo nenhum, eu preferia você trabalhando com a minha mãe. Mas estou feliz que esteja fazendo o que ama depois de tudo.- ele disse e sorri antes de abrir a caixa que estava dentro da sacola.

—Há meu Deus, isso deve ter custado uma fortuna.- sussurrei surpresa por ver um conjunto completo de pintura, de uma marca conceituada.- Não posso aceitar.

—Há você pode sim. É falta de educação renegar um presente e ainda supor que ele foi uma fortuna.- ele disse ofendido.

—Não é suposição, quando sei que foi. E não posso aceitar, seria demais.- disse e ele revirou os olhos antes de se aproximar de mim, como se fosse contar um segredo.

—É apenas um presente sem segundas intenções Liv.- ele prometeu me olhando com seus olhos castanhos escuros.

—Com você tudo tem segundas intenções.- disse e ele riu.

—Olha quem fala, por acaso se esqueceu do meu aniversario de dezessete anos?- ele questionou e corei como um tomate fazendo-o rir.

—Sabia que não iria esquecer, e aproveite o presente.- ele sussurrou antes de sair da minha sala, me deixando com as memórias daquele dia.

“-E então, como estou?- questionei insegura para Noah enquanto andávamos em direção a casa de Alejandro.

A casa de Alejandro era uma das mais bonitas de Coleman, certa vez sua mãe me contou que ela e o falecido marido compraram a casa bem barata e a reformaram, deixando do agrado de ambos, mas antes dos dois se mudarem para começar uma vida nova seu marido faleceu, deixando-a grávida do único filho dos dois.

—Pela décima quinta vez, você está linda.- ele disse sorrindo.- Por acaso vocês irão aprontar algo depois da festa?

—Não sei, talvez.- disse nervosa e ele me olhou chocado.

—Não me diga que ele sugeriu que vocês...- ele sussurrou incrédulo.

—Não, na verdade sou eu que gostaria que acontecesse.- disse insegura, afinal meu namorado jamais indicou que quisesse dar o passo seguinte no nosso namoro.

 -E se ele me rejeitar Noah, o que vou fazer?- questionei com a voz chorosa.

—Você vai engolir suas lagrimas e sair de cabeça erguida, para chorar no ombro do seu amigo.- ele disse e concordei.- Sei que é difícil, mas você conversou com a sua mãe sobre suas intenções?

—Sim, e ela ficou surpresa de ainda não termos feito sexo. Afinal, ela diz que parecemos um só. E esse tipo de característica só acontece quando já temos alguma intimidade.-esclareci e ele concordou.

—Tudo bem, chegamos.- ele disse e comecei a ofegar.- Liv, se não se sentir segura tudo bem. Afinal, você só tem dezessete anos e o Alejandro está completando dezessete agora, vocês tem todo tempo do mundo. Agora respira.

Fiquei algum tempo respirando fundo para me aclamar antes de olhar para o meu amigo.

—Tudo bem. Podemos entrar.- disse e ele concordou  antes de entramos na casa.

Cumprimentamos a todos assim que entramos, tentei ao máximo evitar de pensar no que estava querendo fazer, afinal éramos jovens demais. E além do mais Alejandro jamais sugeriu esse tipo de intimidade. Será que ele nunca havia sugerido porque não gostava realmente de mim?

—Porque está se escondendo de mim?-ouvi Alejandro questionar atrás de mim e acabei derrubando meu refrigerante no vestido que estava usando.

—Deus, você me assustou.- questionei nervosa assim que virei para vê-lo.

—Desculpe, não quis te assustar.- ele disse envergonhado enquanto pegava um pano para enxugar meu vestido.

—Mi amor, você está tremendo. Aconteceu alguma coisa?-Alejandro questionou preocupado assim que peguei o pano de suas mãos.

—Não aconteceu nada.- disse desistindo de limpar meu vestido, afinal o estrago já estava feito.

—Tudo bem.- ele disse fingindo acreditar e sorri nervosa.

—Seu vestido não vai limpar desse jeito,vamos subir e te empresto uma camisa minha enquanto coloco seu vestido na maquina.- ele sugeriu e parei de respirar antes de ser arrastada para o seu quarto.

—Você está esquisita hoje, Liv.- Alejandro disse assim que entrou no seu quarto após deixar meu vestido na maquina.

—É que estou nervosa.- disse me sentando na cama e ele se sentou ao meu lado.

—Nervosa pelo que? Não é a primeira vez que entramos em meu quarto.

—Eu sei, mas é que... - sussurrei e respirei fundo antes de beijá-lo.

Alejandro me correspondeu como sempre, de forma apaixonada e delicada, como se tivesse medo de me machucar, em seguida comecei a abrir os primeiros botões da camisa que ele usava, mas ele se separou de mim.

—Olívia.- ele sussurrou serio e naquele momento sabia  que ele iria me rejeitar, afinal ele jamais me chamava de Olívia.

—Me desculpe, só pensei...- sussurrei entre lagrimas, envergonhada por minha atitude.

—Que eu quisesse fazer amor com você?- ele questionou enxugado as minhas lagrimas antes de levantar meu queixo para que visse seus olhos castanhos.

—Sim.

—E eu quero Liv, mas podemos esperar mais.- ele sugeriu suave.

—Eu não quero esperar mais. Podemos estar juntos hoje, mas e se nos separarmos amanhã? Quero que esse momento aconteça com você, porque será a melhor lembrança da minha vida. E além do mais, já vim preparada.- disse pegando a minha bolsa e tirando de lá as camisinhas que minha mãe havia me dado, e pude ver nos seus olhos que havia ganhado a conversa.

—Você é realmente doida.

—Eu diria determinada.- esclareci e Alejandro sorriu amoroso antes de me beijar com carinho.”


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