Yoonay escrita por stanoflove


Capítulo 19
Craintes.


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi... bom, eu preciso lhes dizer algumas coisinhas, ok?

Primeiro: eu estou mega desanimada, não com Yoonay, mas com os "leitores". extremamente desanimada. sinceramente, a fanfic tem um número relativo de acompanhamentos e favoritos, no entanto, nem metade dessas pessoas comentam, e isso tá fazendo eu me sentir péssima, porque de fato não estou entendendo o que está acontecendo. pois assim, se estão acompanhando e favoritando a fanfic é porque gostam, sim? mas se gostam, por que não comentam? é meio contraditório, né? mas ok.

Segundo: não tem segundo, é só isso mesmo. espero que sei lá, esse recado venha a ter algum efeito, porque ao contrário disso, não conseguirei dar continuidade à fanfic. é isto!

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756436/chapter/19

Segunda-feira, 19 de junho de 2017.

Naquela manhã excêntrica, de céu anuviado e sol furtivo, os variados pássaros assoviavam uma bela melodia, confortando à maioria dos moradores de Melbourne.

Noah acordou com o barulho de seu despertador, e logo se sentou na cama, com as pernas para fora. Levantando um pouco a cabeça, ele olhou para a janela de seu quarto e observou o taciturno exterior.

─ Bom dia. ─ Lena falou, o assustando por aparecer do nada.

─ Bom dia. ─ ele a respondeu, e ajeitou-se na cama. ─ Já está acordada por que?

─ Ah, Leon estava resmungando um pouco. ─ ela bocejou, sentando-se ao lado do filho. ─ Era gases.

─ Ah. ─ ele resmungou, soltando um riso nasalado. ─ A senhora está bem?

─ Estou sim, com saudades do seu pai, mas bem. ─ Lena confessou, abaixando um pouco a cabeça. ─ Sábado eu tive muitas lembranças, acabei ficando sentimental.

─ Ah, sim. Foi um dia propício para lembranças. ─ ele complementou, mordiscando o canto de seu lábio inferior. ─ Ainda bem que temos um Deus grandão e que cuida de nós, certo? ─ ela assentiu, e quis perguntá-lo algo, mas optou por deixar passar quando o viu se levantar.

Noah era um rapaz esperto e inteligente, não muito ligado na mídia, mas tinha noção das coisas, e Lena amava isso no filho, pois ao mesmo tempo em que ele conseguia ser deveras parecido consigo, na mesma intensidade era semelhante ao falecido Abraham.

Maya era divertida como o pai, Malu curiosa como o mesmo, Nico igualmente apaixonado, não no sentido amoroso, claro, ele era somente uma criança, mas Noah... parece que Noah tinha toda a essência de Abraham cravada em sua mente e coração.

Seus mantras, a ousadia para viver em suas horas diárias. A fé em Deus, é claro que não frequentava um templo religioso ou coisa do tipo, mas ele cria muito no poder de Deus, e não deixava de agradecê-lo por todas as suas conquistas, e às vezes, suas derrotas.

Noah vivia a vida baseado nos fundamentos lhe passado pelos seus pais.

Leve: para que não tornasse o seu dia e o de outras pessoas, um fardo; positivo: para que não trouxesse para si as nuvens pesadas as quais tanto desejava manter afastadas; e agradecido: para que aprendesse a valorizar tudo, desde os pequenos até os maiores galardões.

Eram coisas simples, que poderiam até soar clichê, mas que para ele e sua família, eram fundamentos extremamente importantes, e que em tempos ruins, os faziam levantar a cabeça, sacudir a poeira, e seguir em frente.

─ Noah? ─ Lena, soando séria, o chamou, ainda sentada em sua cama.

─ Hum?

─ Posso te perguntar algo? ─ o loiro, que estava apoiado e inclinado na soleira da janela de seu quarto, virou um pouco seu corpo e a encarou, curioso.

─ Pode sim.

─ Promete que vai me responder com sinceridade?

─ Prometo, ué. Quando foi que escondi algo da senhora?

─ Hum, está bem então. ─ ela pigarreou, antes de continuar. ─ Eu não disse nada antes, mas sábado, no parque, quando o seu chefe chegou você ficou muito nervoso. ─ disse, ainda séria. ─ Por que? O que você sentiu?

Noah havia sido pego de surpresa nessa pergunta final, porque, por Deus!, ele não fazia ideia dos motivos de seu coração ter acelerado tanto com a presença de Seung.

─ Eu não sei. ─ respondeu sincero.

─ Você sempre reagiu à ele assim? Daquele jeito? ─ ele negou, com a cabeça.

─ Não exatamente... no início, lá na galeria eu me sentia normal perto dele, sabe? Não ficava nervoso, conseguia articular bem tudo o que queria falar e coisas assim, mas... depois de um tempo tudo começou a ficar estranho demais.

─ Estranho demais, como? ─ ela insistiu, curiosa.

─ Seung sempre foi um chefe extremamente incentivador, e isso causava, ainda causa, certa euforia em mim, porque pode parecer estranho, mas eu simplesmente me sinto extremamente bem quando recebo elogios da parte dele. ─ Noah pigarreou, para tentar se policiar nas falas. ─ Por exemplo, quando a senhora me elogia, é legal, da mesma forma quando o pai me elogiava, mas quando é o Seung... eu não sei explicar.

─ E você acha isso estranho por que? ─ ela indagou, com um sorriso bobo.

─ Porque eu não deveria me sentir assim mãe! ─ ele exclamou, como se fosse óbvio, e descolou-se da janela, caminhando até o seu guarda-roupa. ─ Ele é o meu chefe, e às vezes, o que eu sinto não é o que um funcionário deveria sentir por seu chefe. ─ Lena cerrou os cílios, deixando mais um sorriso constelar seus lábios.

─ Ele te olha diferente, você sabia? ─ ela perguntou. ─ Você deveria tentar parar de falar que não é certo sentir coisas por seu chefe, e conversar com ele.

─ Diferente como?

─ Eu não sei te explicar, Noah, mas havia um brilho diferente no olhar dele enquanto vocês conversavam. Ele se animava enquanto falava com você, mesmo que tenham conversado pouco. Eu só sei que é diferente. ─ ela pausou um pouquinho, mas logo continuou. ─ Ele tem um carinho grande por você, e arrisco dizer que não é somente um carinho de funcionário e patrão.

Noah suspirou, derrotado, e puxou de dentro do guarda-roupa um sobretudo preto, de tecido grosso e folgado.

─ A gente não deveria estar conversando sobre isso. ─ ele se pronunciou, enquanto vestia uma camisa marrom com escuras listras finas.

─ Que? Por que não? ─ ela franziu o cenho. ─ É uma conversa normal, ué.

─ Seung já foi casado, e como uma mulher, você sabia disso? Logo, ainda deve nutrir sentimentos por ela. Então não vamos ficar conversando sobre isso. ─ ele pediu novamente, e viu sua mãe ficar de pé.

─ Tudo bem. ─ ela concordou, caminhando até a porta, mas logo parou, e virou-se para ele por um último momento, naquela ocasião. ─ Seung ter sido um homem casado significa que ele não é mais, e o fato de que era uma mulher, isso não define a sexualidade de ninguém, meu anjo. ─ e não esperando Noah responder, ela retirou-se totalmente.

E tendo conhecimento de que isso aconteceria, Lena criou no interior de seu filho um grande dilema que ele viria a demorar muito para resolver.

Não era como se Noah nunca houvesse estado numa situação como esta antes, pelo contrário, já sim. No entanto, a pessoa pela qual no passado nutrira grande sentimento, era nada menos que um amigo, não havia hierarquia ali, então, com certeza aquele situação decorrida era um caso completamente à parte, para ele.

E depois de vestir uma calça de couro preta, e colocar o sobretudo, ele calçou seu par de coturnos perfeitamente engraxados, e arrumou o cabelo, repartindo-o ao meio dum jeito bem fofo.

Em seguida ele passou um balm nos lábios e borrifou um pouco de perfume na lateral de seu pescoço e na blusa. Por último pegou sua bolsa, colocou-a atravessada em seu peitoral, e seguiu até o banheiro, onde escovou os dentes.

─ Estou indo. ─ ele se pronunciou, chegando ao quarto de sua mãe.

─ Está bem. ─ ela respondeu, o olhando da cama, onde estava deitada. ─ Vai com Deus, e bom trabalho. ─ ele sussurrou um ‘amém’, mandou-lhe um beijinho no ar, e deixou o corredor.

Depois de pegar seu celular na mesinha de centro, ele tomou o molho de chaves em mão e finalmente saiu de casa, recebendo uma forte rajada de vento bem no rosto, o que bagunçou todo o seu cabelo.

Ele seguiu com o semblante sério até a galeria, sentindo-se totalmente estranho, e quando chegou, não foi diferente.

─ Uau, como você está bonito. ─ Yuna comentou, girando em sua cadeira de rodinhas. ─ A propósito, muito bom dia!

─ Bom dia. ─ ele respondeu, sorrindo bobo. ─ Você também está, muito linda!

─ Ah, talvez seja o efeito frio. ─ ela brincou, o acariciando na bochecha. ─ Você parece estar bem melhor do que nos outros dias, está?

─ De fato. ─ ele respondeu, a oferecendo um sorriso logo após. ─ Vou subindo, está bem? E, ah! O que acha de almoçarmos juntos hoje? Depois do expediente. ─ ela arqueou as sobrancelhas, deixando crescer um alegre sorriso.

─ Sim! Sim! Vamos, com certeza. ─ Noah assentiu, e se despediu, caminhando pelo corredor.

Ele subiu as escadas e com cuidado abriu a porta de sua sala, no entanto, para a sua total surpresa, não havia ninguém do lado de dentro, e achando que a pessoa que o interessava havia saído simplesmente para comprar suas matinais besteirinhas alimentícias, Noah deu de ombros e entrou para a sala, repousando sua bolsa sobre a mesa e indo para a frente da janela.

Ele esperou, sem perceber, longos trinta minutos por seu chefe, e quando achou que já estava de pé há tempo demais, e que Seung muito provavelmente não havia ido comprar um café, ele caminhou de volta a sua mesa e de lá, com o telefone, fez uma ligação para Yuna. Perguntou à moça sobre o seu chefe e soube que ele estava no terceiro andar, produzindo algumas obras.

Noah agradeceu e logo finalizou a ligação, suspirando ao perceber que havia sido inserido num outro dilema, que o sondaria pelas horas seguintes, pois recebendo esta informação, deduziu que com isso não veria Seung, muito provavelmente, e assim sabendo, não conseguiu distinguir se devia ficar aliviado com a notícia, ou chateado.

Então, deixando escapar um suspiro derrotado, ele assentiu para o nada, e pegou sua agenda em mãos, dando iniciando sua jornada diária.

E naquela manhã ele fez três importantes ligações, de âmbitos diferentes: a primeira fora para algumas pessoas importantes, solicitando a resposta de comparecimento à exposição; a segunda era o fechamento com a empresa que cuidaria da parte da segurança; e por último ele fez uma ligação para o senhor Pilsen, que viria à galeria para dar uma olhada nas obras que estariam sendo expostas.

Noah, por consequência disso, lembrou-se que a partir do dia seguinte a galeria passaria por uma breve, e importante, reforma. Havia conversado com Seung na semana passada e o moreno acabara por dar essa ideia, que foi super apoiada pelo loiro.

A Univers era sim muito bonita com suas paredes em carpete vermelho, e seu piso negro no chão, no entanto, todas aquelas cores pesadas acabavam por tornar o ambiente um tanto quanto maçante.

Seung não chegou a explicar bem, mas a questão das cores fazia referência a uma época ruim de sua vida, bem antes da Univers e do Noah. Agora, porém, ele tinha o total entendimento de que o momento em que vivia, a ascensão da Univers e seus importantes compromissos, tinha de ser celebrado de todas as formas.

Então ele foi rápido em conversar com Sunhee, sua mãe, e solicitar sua ajuda nos procedimentos da reforma.

Seung estava feliz em sua totalidade. Ver a galeria crescer era sem dúvidas um dos acontecimentos mais especiais em sua vida, e vê-la crescer com pessoas extremamente importantes, e que ansiavam e viviam o mesmo propósito era incrível.

Ele tinha conhecimento de que faltava sim pequenas coisas para tudo ficar do jeitinho que desejava, e pequenas coisas não fazia alusão somente à galeria, mas sim a tudo, e com jeito e sabedoria, ele ia trabalhando direitinho sobre essa questão.

Seung queria que seus anseios fossem explanados com perfeição!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Yoonay" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.