Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 5
Essa é a minha casa!


Notas iniciais do capítulo

My babys, I'am here again!!
Sou bilíngue, só que não kkkkk enfim, capítulo novo e sem atrasos, olha que milagre!!
Só queria dizer que a interação dessa família linda tá só começando, e nem sei quem vai ser mais cupido nessa história, a dona Vera, a Abby ou a Angie kkkkk #ElasMeRepresentam ♥♥
Espero que gostem do capítulo e BOA LEITURA!! :3



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  Izzie

  Eu ainda encarava as duas figuras a minha frente sem entender.

  - Eu te fiz uma pergunta! – exigi ainda segurando o escorredor e sem saber mais o que fazer.

  - Eu também fiz – ele devolveu. – O que está fazendo no meu apartamento?

  - Seu? Esse é o meu apartamento!

  - Acho que você dever ter se enganado – ele disse calmamente como se eu fosse idiota. – Tem certeza que não errou o número da porta?

  - Tenho – respirei fundo sentindo uma súbita vontade de chorar e balancei a cabeça para me livrar desses pensamentos e das possíveis lágrimas. – E você? Não se confundiu não?

  - Olha, eu não sei como você chegou aqui, mas esse é o meu apartamento.

  - Eu poderia dizer o mesmo a você, sinto muito lhe informar, mas você provavelmente se enganou.

  - Você não está entendendo...

  - Con – a garotinha com ele, sua filha talvez, o interrompeu. – Ela é sua namorada? Ela tem o cabelo azul!

  - O que!? – perguntamos os dois juntos e ela sorriu. Eu toquei meu rabo de cavalo e a única mecha de cabelo azul que eu tinha na nuca, Gwen tinha me convencido a pintar quando ela pintou metade do cabelo de roxo.

  - Não Angie, ela não é minha namorada. Por quê?

  - Por que ela está ai dentro e eu quero fazer xixi, posso? – ela se virou pra mim com seus lindos olhos azuis, como eu poderia dizer não a um anjinho como esse?

  - Claro, eu não tenho certeza, mas acho que o banheiro é pra lá – apontei o corredor e ela se virou para o pai.

  - Posso ir, Con?

  - Pode – ele sorriu entrando no apartamento e ela saiu saltitando atrás do banheiro.

  Eu e o loiro voltamos a nos encarar, se fosse em outra ocasião talvez eu pudesse reparar no quão lindo ele era, ou em como seus incríveis olhos azuis me tiravam o ar. Mas agora quando ele está claramente tentando me deixar sem teto outra vez? Acho que não é um bom momento, principalmente por que eu estou grávida de um idiota.

  - Olha – comecei respirando fundo e finalmente largando o escorredor em cima do balcão. – Eu não sei o que está acontecendo aqui, mas eu aluguei esse apartamento com a Sra. Miller, ele é meu.

  - Então estamos em um impasse – ele disse deixando as caixas no chão a sua frente e depois me encarando outra vez. – Por que eu aluguei esse mesmo apartamento com o Sr. Miller.

  - O que? Mas...

  - Desculpem – disse uma terceira voz me interrompendo e nós dois nos viramos para a porta para encarar Abigail e um senhor de sorriso gentil atrás de si, provavelmente seu marido. – Eu e Charlie fizemos uma enorme confusão. Quando eu vi Connor subindo sabia que tinha alguma coisa errada. Eu aluguei o apartamento para Isabelle ontem a noite e Charlie fez o mesmo com Connor por telefone. Nós só nos demos conto da confusão agora e eu sinto muitíssimo por isso.

  Eu e Connor nos entreolhamos, eu não sabia o que dizer.

  - Isso foi falta de comunicação – o Sr. Miller suspirou. – Nada justifica o que fizemos com vocês, mas gostaríamos de tentar pensar em alguma coisa para resolver o problema e a propósito Srta. Adams, eu sou Charles Miller, marido da Abby.

  - É um prazer Sr. Miller, mas sem querer parecer indelicada, o que fazemos agora? Essa é a minha casa, Abigail me disse isso ontem. Eu não... Não posso sair – sussurrei mordendo o lábio inferir numa tentativa de não chorar, era uma mistura dos hormônios de grávida e toda a situação. Com toda a minha sorte nos últimos tempos, eu acabaria sem teto, outra vez.

  - Também quero saber a resposta, Charles. O que acontece agora? Você disse que eu poderia vir, essa também é a minha casa – essa última parte Connor disse olhando diretamente pra mim.

  - Eu não sei como fazer isso, mas um dos dois terá que sair – Charles disse olhando de mim para Connor e vice versa. – Nós...

  - Concon – o anjinho loiro nos interrompeu reaparecendo e olhando pra todo mundo curiosa. Ela foi até Connor e continuou num sussurro – Quem são essas pessoas?

  O loiro sorriu e se abaixou para ficar da altura dela. Achei aquilo lindo, seria meu sonho meu bebê ter um pai assim. Mas esperar que Brian ao menos o reconhecesse já seria de mais.

  - Aquela moça ali é a Abigail, dona do prédio que a gente vai morar, e gente viu ela lá em baixo, se lembra? – perguntou apontando para Abby e a loirinha assentiu. – O senhor como ela é o Charles, o marido dela.

  - E a moça bonita que não é sua namorada? – ela perguntou olhando pra mim me fazendo rir e Connor corar.

  - Eu não sei o nome dela ainda – o moreno disse olhando diretamente pra mim fazendo meu coração acelerar de um jeito inesperado.

  - Meu nome é Isabelle – disse desviando os olhos dos azuis de Connor e olhando para os da mesma cor da garotinha ao lado dele. – Mas pode me chamar de Izzie.

  - Iz! – ela sorriu animada. – É bonito, parece com você. Eu sou a Angelina, mas o Con me chama de Angie.

  - Seu nome é lindo como você, Angie – sorrio para ela também. – Você é mesmo um anjinho.

  - Viu, Con? A Iz disse que sou bonita.

  - Vi, vi sim – ele sorri para ela e depois olha pra mim. – É Connor.

  - O que?

  - Meu nome, antes que pense que me chamo Con ou Concon – ele diz o último apelido fazendo careta e eu rio.

  - Nós temos duas opções – Abby diz interrompendo nosso pequeno momento e talvez eu possa ter me esquecido dela e de Charles parados a porta por um momento. – A primeira é alguém ceder e ir embora, Izzie? Connor? – ela olha primeiro pra mim e depois pra ele.

  - Eu não posso sair, Abby. Eu preciso desse apartamento, por favor – eu estou praticamente implorando e não me importo.

  - Eu não posso voltar para onde estava, e tenho Angie. Também preciso ficar aqui – Connor pode ser gentil como há alguns minutos atrás, mas também pode ser determinado como agora e isso é encantador. Só que eu não posso ficar para trás, tenho que ficar, por mim, pelo meu bebê. Não é questão de orgulho é necessidade apenas.

  - Você não está entendo, Connor. Comigo é diferente – digo olhando diretamente pra ele. – Eu não tenho pra onde voltar! Não tenho mais nenhum lugar me esperando!

  - Iz? – Angie foi a primeira a falar, todos os outros me olhavam de olhos arregalados, a pequena veio até mim e sorriu segurando minha mão. – Não chora. Eu também tava sozinha antes do Con aparecer, agora ele cuida de mim e não fico mais só, aposto que ele pode cuidar de você também.

  As palavras inocentes da garotinha diante de mim só fizeram minhas lágrimas caírem com mais vontade, eu não podia e não queria, mas simplesmente não conseguia parar de chorar.

  - Izzie, você está bem? – Abby foi a primeira a vir até mim, Angie ainda segurava minha mão e tentei sorrir para elas.

  - Desculpa por isso, eu não sei o que deu em mim, só... – não estou aguentando mais, é o que quero completar. Respirei fundo, limpei minhas lágrimas e depois me abaixei para encarar Angie e beijei sua testa. – Não precisa se preocupar, eu posso cuidar de mim mesma. Mas mesmo assim obrigada, meu anjo.

  - Temos outra opção – Abigail continua depois que eu fico de pé outra vez. – Por que não dividem o apartamento? – ela pergunta simplesmente e eu e Connor a olhamos sem acreditar.

  - Como? – ele é o primeiro a perguntar.

  - Desculpe, Sra. Miller, mas eu não posso dividir a casa com alguém que não conheço – digo ainda sem acreditar.

  - Não me entendam mal, não é a ideia mais sensata que tive. Mas será por pouco tempo, só até um de vocês resolver se mudar. E você já disse que não tem pra onde voltar e o Connor também não quer sair. Não vejo outra alternativa. Não quero ser eu a mandar que um dos dois saia, embora seja culpa minha e de Charlie estarem nessa situação essa é a melhor escolha.

  Eu e Connor nos entreolhamos, eu não o conheço, ele não me conhece, somos completos estranhos e essa situação não poderia ser mais desastrosa. Mas ele tem Angie, um cara acompanhado de uma garotinha tão encantadora não pode ser um psicopata. E é a esse pensamento que me agarro quando respiro fundo e sorrio pra ele.

  - Se você não se importar, eu não me importo – digo por fim e vejo seu olhar de surpresa se sobrepor a sua luta interna. – Não me entenda mal, Connor. Não sou nenhuma louca. Mas não tenho pra onde voltar, meu antigo apartamento a essa altura já deve ter virado pó. Literalmente. O antigo dono vendeu e vão demolir, já devem ter demolido na verdade – rio sozinha da minha própria desgraça e o loiro dos olhos azuis pisca ainda me encarando. Parecendo confuso e divertido agora. Eu tenho que parar com o péssimo hábito de falar sozinha, alguém ainda me interna num manicômio por causa disso.

  - Algumas semanas apenas? – ele pergunta depois de parecer ter tomado uma decisão.

  - Claro, só até algum de nós achar outro lugar.

  - Só tenho uma pergunta para te fazer, você gosta de festas?

  - Festas? – rio com amargura. – Acredite, elas não são o meu forte.

  - Então vai ser um prazer dividir o apartamento com você – ele sorriu e eu reprimi um suspiro. Eu tinha que parar com isso, a última vez que me rendi a lindos olhos azuis terminei grávida.

  - Con, a gente vai morar com a Iz? – Angie perguntou sorrindo e ele sorriu de volta pra ela. Eu não sei bem qual a relação dos dois, mas a verdade inegável é que se amam muito.

  - Vamos, vamos sim, pelo menos por enquanto. Por quê? Não gostou da ideia?

  - Gostei! – ela sorri olhando diretamente pra mim. – A Iz é bonita e sorri um monte mesmo que pareça triste.

  - Se está tudo resolvido, vamos deixá-los terminar de se acomodarem – Abby sorri. – Desculpem mais uma vez a confusão. Vou dar o meu melhor para ajudá-los a encontrar outro lugar logo.

  - Obrigado, Abby – Connor sorri também e ela e o marido acenaram para Angie antes de nos deixarem sozinhos.

  Era estranho pensar que eu moraria com dois desconhecidos por causa de um erro de comunicação. Mas ao mesmo tempo me acalmava um pouco pensar que eu não estaria sozinha. Ter companhia me ajudaria a não pensar em como minha vida tinha ido por água a baixo nas duas últimas semanas. Estava tão concentrada filosofando sobre a vida que me assustei quando meu celular começou a tocar em meu bolso.

  - Estou viva, Gwen – garanti a ela assim que atendi e ouvi sua risada do outro lado da linha.

  - Que bom, como vai a mudança?

  - Bem. Meus novos colegas de apartamento parecem bem interessantes.

  - É o que? Como assim “colegas de apartamento”? Você não ia morar sozinha? Quem tá aí, Izzie? — acho que por ajudar a cuidar das irmãs, minha melhor amiga desenvolveu um instinto maternal meio louco, e não importa com quem seja, ela sempre vai usar o tom de mãe preocupada quando quiser saber de alguma coisa. Acabei rindo, minha mãe podia não estar por perto, mas tinha Gwen que era quase a mesma coisa.

  - Calma, Gwen. Vai estourar uma veia assim. Foi só uma confusão entre os donos do prédio, tinha um cara que tinha alugado o apartamento também e acabamos os dois aqui.

  - Você vai morar com um desconhecido, Isabelle Clarisse Adams!? — minha amiga berrou e eu afastei o celular da orelha na tentativa de não ficar surda e pelo canto do olho vi Connor trocar um sorriso com Angie, eles estavam claramente se divertindo as minhas custas.

  - Se você me deixar falar, eu explico.

  - Pois explique.

  - Então, eu aluguei o apartamento da dona do prédio, mas o Connor, o cara que agora mora comigo, Ok isso ficou estranho, só ignora. Enfim, ele alugou o apartamento do marido dela, cada um deles alugou para um de nós e terminamos os três aqui.

  - Três?

  - Ele tem uma filha linda, ela deve ter uns cinco anos. Angie é uma gracinha.

  - Irmã – ouvi Connor dizer e me virei para encará-lo.

  - O que?

  - Angie é minha irmã – ele me corrigiu e eu sorri.

  - Ok, é irmã dele, Gwen – me voltei para minha amiga no celular e a ouvi rir.

  - Eu não tô entendendo mais nada, manda o endereço que vou aí mais tarde com o Duncan. Quero ver em que tipo de roubada você se meteu dessa vez. E se eu ver que a coisa tá feia te levo comigo para casa dele.

  - Mas...

  - Não quero saber Izzie, você não pode morar com um maluco qualquer. Tem que pensar no seu bebê.

  - Ele é tudo que tenho pensado desde ontem, foi por ele que aceitei. Pode vir, mas não vou com você.

  - Vamos ver se não vai mesmo. Te amo. Tenho que desligar, meu Baby chegou.

  - Também te amo, vai lá. E esse apelido é ridículo – digo e antes de desligar ouço Gwen rir do outro lado da linha.

  - Sua mãe não gostou de saber que vai morar com um desconhecido, é? – Connor perguntou divertido e senti minhas bochechas corarem, ele devia estar imaginando que eu era uma filhinha da mamãe. Obrigada mesmo, Gwen!

  - Minha amiga, não era minha mãe. Ela é louca e vem aqui mais tarde. É só ignorar que logo vai embora – disse tudo de uma vez e ele gargalhou.

  - Você é bem diferente do que imaginei.

  - Você pensou sobre mim? – pergunto surpresa e foi a vez dele ficar constrangido. Um cara de 1m80cm corado é realmente uma coisa linda de se ver.

  - Bem, não é como se fosse algo surpreendente. Só achei que talvez você fosse essas patricinhas fúteis.

  - Com que base chegou a essa conclusão? – pergunto e realmente quero saber.

  - Você é bonita, então acho que não precisava de muito mais – ele dá de ombros e eu abro um sorriso mesmo sem querer. Se ele continuar me elogiando, corando e sendo fofo assim, eu não sei se sobrevivo nesse apartamento por muito mais tempo.

  - Con, Iz, quando é que a gente vai comer? – Angie pergunta aparecendo do nada e acabando como nosso clima. Tenho que me lembrar de agradecê-la mais tarde. Connor sorri divertido para a irmã.

  - Agora que começou a falar não para mais é?

  - Não paro mais não – ela garante animada e ele suspira e depois me encara.

  - O que acha de almoçar com a gente?

  Eu devia dizer não e me manter afastada, me envolver com esses dois não vai terminar bem, disso eu tenho certeza. Mas como eu nunca fui muito boa em seguir conselhos de ninguém, nem mesmo os meus, sorrio.

  - Vai ser um prazer.


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Notas finais do capítulo

Então? Quero opiniões, please!!
Beijocas e até!! ♥