Espion Noir escrita por carlotakuy


Capítulo 21
XXI. +18




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Arabella riu envolta nos braços de Alex, num abraço emaranhado. O queixo do jovem acariciava suavemente o topo da cabeça da mesma enquanto ela lhe apertava cada vez mais contra si. A cama os envolvia macia e acolhedora.

Se aquilo fosse um sonho ela desejava não mais acordar.

— Arabella?

Os olhos esverdeados foram de encontro aos do garoto.

— O que foi?

— Isso tudo é real? Digo – riu sem graça – eu e você, e...

Arabella sorriu.

— Vou ter que te beijar mais uma vez pra você confirmar isso?

Alex riu.

— Fique a vontade.

Ela se acomodou em seu colo, de frente ao mesmo na cama, e com as mãos enlaçadas nos fios rebeldes de seu cabelo, o puxou para mais um beijo. 

As línguas​ se misturaram novamente e tomando a prática do ato Alex, espalmando a mão nas costas da garota, a colou contra si, guiando seus lábios.

As mãos finas de Arabella se apoiaram no peito do garoto e lhe apertaram sutilmente ao sentir seu corpo reagir ao beijo.

Arabella queimou por dentro, com fogo, desejo, excitação. Todos os seus sentidos piscaram, em alerta, e ela sentiu o calor de Alex como uma súplica.

Por tanto tempo ela teve que se controlar perto dele. Para não beijá-lo quando ele lhe fitava no fundo dos olhos e sorria com lábios tão convidativos, ou quando estavam tão próximos e ela sentia o calor dele num convite.

Mas ali, colada a ele, todos os seus sentidos pareciam mais sensíveis e Arabella sentia que iria enlouquecer só de tocá-lo, ou de senti-lo tocá-la.   

E ela adorava essa sensação.

Lentamente Arabella cessou o beijou, com o corpo inteiro formigando e queixando-se da distância. Ela se afastou e preencheu seus lábios com um sorriso divertido.

— Acredita agora?

— Mais ou menos, vou precisa de muitas outras confirmações.

Arabella riu, acompanhada do mesma, e dando uma leve tapa nele teve a mão interceptada. Alex a puxou de encontro a si e eles ficaram novamente a centímetros um do outro. 

Os olhos da garota examinaram cada traço de Alex e um sorriso tímido cruzou seu rosto.

Agora Arabella tinha certeza de que as expressões que adorava nele eram apenas um quinto do que ela se permitia admitir.

Naquela distância ela conseguia ver cada linha de expressão do rosto de Alex, cada sardinha quase imperceptível, a boca fina e os olhos amendoados numa mistura de castanho e mel.

Um sorriso se alojou nos lábios da mesma.

— Você pode ter quantas você quiser – ela sussurrou tão próxima que ele pôde sentir seu hálito quente e febril – elas sempre vão dizer a mesma coisa.

Arabella sabia desde o momento em que se permitiu envolver com Alex que aquilo aconteceria. Percebeu quando a falta dele começou a se fazer presente e quando estar junto dele a fazia se sentir tão bem.

— Dizer o que?

Mesmo sem admitir, Arabella sempre soube.

— Que estou apaixonada por você.

As palavras da jovem saíram num sussurro e pegaram Alex de surpresa. Ele a observou em silêncio por longos segundos, fixo nos olhos esverdeados, sentindo o coração dançar dentro de si, inquieto, querendo gritar sua resposta. 

Gritar que também se encontrava do mesmo jeito. Que estava afundando ainda mais no oceano que era Arabella.

Ela sorriu e o acordou de seus pensamentos. Antes que qualquer outra palavra se fizesse presente Alex a beijou. 

E foi tão intenso que nenhum dos dois conseguiu controlar e o toque de seus lábios seguiu um ritmo único. Uma sintonia só deles.

As mãos do mesmo desceram pelas costas de Arabella até o final de sua blusa, a trazendo para si, e as delas se engancharam entre os fios rígidos do cabelo do garoto, o puxando ainda mais.

— Eu também estou apaixonado por você – sussurrou o mesmo entre o beijo.

O sorriso de Arabella preencheu o espaço entre seus lábios e Alex a retribuiu. Ela o puxou e juntos caíram sobre a colcha macia da cama, desta vez com o jovem sobre Arabella.

Eles se entreolharam rapidamente antes de iniciarem mais uma série de beijos, estes, mais ardentes, começaram a fazer o corpo da dupla ferver, deixando a febre da jovem parecer um grão de areia em uma praia.

Arabella sentiu novamente a ereção do garoto lhe tocar o meio das pernas e roçar a intimidade já quente. Os beijos continuaram, suplicantes, e a jovem gemeu baixo quando ele deslizou sua elevação de encontro as suas terminações nervosas na virilha.

Alex sorriu satisfeito e repetiu o movimento, fazendo a garota novamente se contorcer. E de novo, de novo e de novo. 

Quando finalmente seus olhos se encontraram eles nada precisaram falar.

Arabella rolou, sentando no colo do garoto, e o puxou tirando a camisa cinza e larga da sua farda. A pele branca saltou aos olhos da jovem e ligeiramente constrangido Alex lançou para longe a peça de roupa.

Com mãos ágeis ele tentou desabotoar a camisa social da garota que rindo pela falta de jeito do mesmo em tirá-la o ajudou no processo. 

Frente a frente Alex observou o corpo da jovem, deixando os olhos passearem pela curvas citadas por seu amigo, e que agora o deixavam tão duro quanto pedra. 

O sutiã escuro escondia os seios já rijos de Arabella que corou ao notar estar sendo observada.

E Alex sorriu, satisfeito com o feito, ao vê-la tão deliciosamente indefesa em seus braços, num claro contraste a sua postura usual.

Ele lhe beijou a boca, o queixo e por cima do fino sutiã de renda lhe beijou os seios, fazendo-a sorrir ao sentir o calor morno de sua boca.

As mãos da jovem enroscaram-se nos cabelos de Alex e puxando-os para trás num movimento sutil Arabella iniciou uma trilha de beijos molhados pelo pescoço do mesmo.

Ele arrepiou-se sentindo o membro pulsar enquanto a jovem remexia seu quadril sobre ele, num roçar rítmico.

Ela não precisava de muito para deixá-lo alerta e parecia saber bem disso. 

Com um sorriso de lado ele a puxou mais uma vez de encontro a ereção e ao som de um riso rouco da mesma suas mãos começaram a desabotoar a calça jeans dela.

Arabella, sem qualquer esforço, tirou a peça de roupa, e tão logo havia se livrado da mesma também o fez com a de Alex. Seminu ele notou o olhar da garota em cima de si e imediatamente corou. Ela riu, melódica, o puxando.

Alex estava de pé e ela sentada na beirada da cama, e tamanha foi a surpresa do mesmo quando a jovem o abraçou pelo abdômen e encaixou ali seu rosto.

Alex afagou seus cabelos e ela o beijou próximo ao umbigo. Depois desceu os beijos milímetros mais para baixo. Depois mais. E mais. E foi quando sentiu os lábios úmidos envolverem seu pênis que Alex teve que se controlar apertando as mãos contra os cabelos negros.

Era macio e molhado. Parecia envolvê-lo em lufadas de ar quente enquanto a língua passeava por entre os relevos ali presentes. 

O garoto gemeu alto e Arabella sorriu consigo, afundando ainda mais o membro dentro de sua boca. 

E ela continuou chupando, sugando e lambendo, e quando sentiu o tremor característico do orgasmo, parou. Alex gemeu, desta vez em decepção, e Arabella riu quase num sussurro.

Arabella lançou o garoto sobre a cama e engatinhando subiu sobre ele. Alex, vendo-a lamber os lábios de uma forma tão sexy, sentiu sua excitação mais vívida do que nunca.

Sem tirar os olhos dos dele Arabella desceu lentamente sua calcinha.

Em seguida tirou seu sutiã.

O Alex a admirou silencioso, com os olhos fixados sobre a pele alva da garota, vendo as nuances levemente bronzeadas que ela escondia de baixo do tecido que lhe tapava os seios.

Arabella sorriu, aproximou seus lábios dos do garoto e os roçou. Ela queria provoca-lo e estava avidamente conseguindo.

— Eu não sei, eu nunca... – ele parou fitando-a sem saber como se expressar – nunca fiz um...

Alex só queria conseguir dizer que nunca havia feito um oral na vida.

Arabella sorriu, parcialmente entendendo sua tentativa falha, e espalmou as mãos em ambos os lados do rosto do garoto com um olhar compreensivo.

— Um passo de cada vez, tudo bem?

Alex sorriu tímido. Arabella o beijou com afinco e ele lhe retribuiu, sentando-se a cama e a apoiando entre as pernas. A garota cravou suas unhas nas costas do jovem e ele a segurou contra si pela cintura.

Alex a beijou lenta e gradualmente, e este beijo se ramificou da boca para o pescoço, do pescoço para a orelha, da orelha para o colo, do colo para o seios e após longos segundos brincando com os mamilos, roubando risos abafados e gemidos sem-vergonha, voltaram aos lábios úmidos.

— Não sabia que tinha tantas habilidades – ela sussurrou entre suas bocas.

— Nem eu.

Ambos riram, baixo e melodicamente, engatando mais um beijo. Quando guiado pela jovem até sua intimidade, Alex inclinou-se no ouvido da mesma. Sua voz saindo mais afetada do que pretendia.

— Eu também nunca...

Os dedos de Arabella se alojaram sobre a boca do garoto e ela lhe sorriu, tão coberta pelo tesão, que sequer notou o quão sexy pareceu, mas para Alex, isso não passou despercebido.

E os únicos pensamentos do jovem foram sobre como, naquela posição e com aquele olhar, Arabella era tão sedutoramente dominadora.

— Usemos os seus instintos – ela lhe sussurrou ao pé do ouvido.

Arabella sentou com tudo e Alex sentiu o prazer preencher cada poro do seu corpo. Ela gemeu baixo, sentindo a ereção invadi-la numa onda intensa, e agarrou as costas nuas do garoto, com suas unhas cravando finas linhas na pele já suada do mesmo.

Novamente ela se movimentou.

Arabella continuou subindo e descendo, friccionando com ainda mais força suas partes uma na outra num rebolado rítmico. Alex gemia, quase gritando, e a puxava cada vez mais para si, afundando os dedos na bunda da jovem.

Foram uma, duas, três, quatro vezes. Com cada vez mais intensidade e mais prazer. A pele deles formigava e o calor subia, preenchendo seus corpos de suor. Arabella gemeu e Alex a pressionou mais contra si puxando-a pela cintura.

Alex grunhiu e trocou de posição, ficando por cima da mesma. Ele a penetrou tentando controlar as investidas intensas que seu próprio corpo pedia. Mas com a jovem se contorcendo de prazer e puxando-o pelos cabelos, para aumentar a velocidade, ele não conseguia se conter.

O aroma de ameixa misturado ao suor que grudava na pele macia dela lhe era afrodisíaco e com a mente nublada pelo desejo e o prazer, ele não soube dizer quando Arabella não o excitava. 

Ela sempre o fazia sentir-se a ponto de explodir, assim como ali, naquela cama, com seu corpo quente o envolvendo por inteiro.

Arabella tremeu, da cabeça aos pés, com as ondas de prazer lhe tomando o corpo. Alex sentiu as unhas adentrarem em sua pele e urrou, numa mistura de dor e prazer. 

Os movimentos do garoto se tornaram mais fortes e rápidos e tão logo Arabella sentiu seu corpo relaxar o gozo de Alex misturou-se ao dela.

Ele deitou lentamente sobre o corpo macio da jovem e ela o acolheu envolvendo-o com seus braços. Podiam sentir suas temperaturas, quentes como o inferno, e as batidas aceleradas de seus corações. O suor deslizando pela pele de ambos enquanto lentamente eles se recuperavam.

Se sexo fosse remédio Arabella poderia dizer com toda certeza que já estava definitivamente curada da febre.

Eles se entreolharam, silenciosos,  e sorriram um para o outro. Alex se levantou lentamente, apoiado com os braços na cama, ainda inclinado sobre a jovem, e a observou recuperando o fôlego. 

Ele quase ainda podia ouvir os gemidos da mesma, suplicando e chamando seu nome, os olhos semicerrados e os lábios vermelhos pelos beijos vorazes durante o sexo.

Arabella sorriu e ele prontamente a correspondeu. 

Os olhos mesclaram-se um ao outro, num onda intensa. Tudo o que eles precisavam estava bem ali.

Seus sentimentos.

Eles levantaram pesarosos e se sentaram na cama, lado a lado. 

— Um banho? – sugeriu a mesma.

— Um banho – Arabella riu pelo tom e ele a acompanhou.

Juntos rumaram ao banheiro. Alex hesitou em entrarem juntos, pela vergonha de seu corpo nu, mas incentivado por Arabella, que deslizou a esponja com sabão por todo seu corpo, o garoto não teve como negar.

O banho foi gelado e entre brincadeiras com espuma e sabonetes, os ânimos anteriormente apaziguados elevaram-se novamente.

Digamos que foi um longo banho.


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Notas finais do capítulo

Postei e sai correndo.



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