À Prova de Balas escrita por Meraki


Capítulo 1
Prólogo




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— Olá, Scott. - No ar parado do breu da noite soou uma voz grossa, cuja sua silhueta era bem recortada sob a sombra da viela escura e vazia.
— E..eu estou aqui... - Gaguejou ele, olhando freneticamente para a forma bem recortada sob a fraca luz do local, tentando, desesperadamente, reconhecer a figura empoderada com quem falava.
— Trouxe o que eu pedi?
Scott esperou alguns minutos para responder-lhe, a figura na qual se reportava era alta, mantia uma postura invejável e só tirara as mãos do bolso para ergue-las, na certeza de que Scott depositaria algo sobre elas.
— S..sim.. eu os trouxe. - Falou ele, colocando um envelope marrom sobre as mãos grossas do homem, sempre mantendo os olhos semicerrados, fixos no rosto do mesmo, tentando que, por um milagre, reconhecê-lo. Como se atendesse a um pedido silencioso do jovem, uma das luzes defeituosas da viela piscaram por algumas vezes, revelando seu rosto e as profundezas azuis de seu olhar gélido. o homem o fitou por alguns minutos sem nada dizer, então, abrindo um sorriso lento, falou calmamente.
— Você não deveria ter visto isso...
— N...não se preocupe.. e..eu não vou contar a ninguém. - Gaguejou o rapaz, recuando um ou dois passos para trás. Ele solta uma pequena risada em deboche. - Tenho certeza que não. - Com passadas lentas, o homem se aproximou dele e, tirando uma faca da manga da blusa, o matou. Com passadas largas o homem chegou até um ponto de táxi bem perto da viela onde cometera o crime, foram precisos apenas alguns minutos para que limpasse as provas do crime que ligassem a vítima à ele, e, agora, ele esperava um táxi que o levasse em bora, com o envelope à salvo. Não foi preciso esperar muito, com a touca da blusa e um óculos escuro seria difícil ver seu rosto nitidamente. Ele estendeu uma das mãos, chamando um táxi que passava, atendendo-o na hora.
— Boa noite - Falou, ajeitando-se no banco de trás.
— Boa noite senhor, para onde gostaria de ir? - Perguntou educadamente o motorista, olhando-o pelo retrovisor.
— Segue reto, eu irei te guiando. - Respondeu o homem, fazendo um aceno para o motorista, que logo começou a dirigir, passando reto pela viela, que começava a encher de gente que, em pânico, olhavam desesperada para o corpo inerte.
— Essa cidade anda cada vez mais perigosa, não?! - Falou o homem ao perceber que o motorista também havia reparado.
— E não é... está cada vez mais difícil morar por aqui. - Disse o motorista, mantendo o olhar no percurso seguido. Quase uma hora depois o homem já chegara em casa, finalmente, em casa. Na extremidade da sala pequena estendia-se uma mesa, na qual encontrava-se cheia de papeis. Com passos silenciosos ele caminhou até ela, sentando-se depois de um longo suspiro.
— E aqui vamos nós. - Disse baixinho, a si mesmo. Seu olhar azul trabalhava no silêncio quando ele abriu o envelope apanhado mais cedo, nele, havia fotos, várias fotos de vários ângulos de câmeras e suas localizações. Estudando cada ponto do local, logo ele estaria pronto... pronto para efeituar o maior roubo já visto a joalherias.


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