Just like fire escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Preconceito




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P.O.V. Rose.

Eles me odeiam. Sei que me odeiam. Me olham atravessado.

Agora que sabem que sou meio Strigoi eles ficam de cochicho. 

Estou sentada numa pedra na floresta, balançando uma estaca de prata. Fico pensando em quantas vidas eu poderia ter salvo se soubesse que eles estavam doentes. Nós matamos pessoas doentes e nos vangloriamos disso? Meu Deus!

P.O.V. Demitre.

Imagino que seja difícil. Ser parte Strigoi numa escola que os teme e os despreza. Fui andar pela floresta para pensar. Já que nunca nem nos meus sonhos mais mirabolantes pensei que alguém assim pudesse existir e menos ainda que eu ainda a amaria.

—Was only just the other day, it all just felt so real, like nothing could go wrong. Was like a neverending dream nothing ever changed for so long.

Era Rose ela estava cantando. Nunca tinha ouvido ela cantar, mas era lindo.

—And now you've gonna away, and I've tried turning the page. And It's just not the same. But I'm breathing in and I'm breathing out I'm wide awake but I can't hear a sound.

Então, um Strigoi a atacou. Mas, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ela o dominou.

—Fica calmo. Fica calmo, vai ficar tudo bem.

P.O.V. Rose.

E agora? O que eu faço? Não posso levá-lo para a São Vladmir, assim que o virem todos os guardas serão mobilizados e vão matar esse coitado que está doente e não sabe o que está fazendo. Mas, não posso simplesmente deixá-lo aqui.

—Ai que enrascada.

Ele ficava se debatendo, gritando, berrando.

—Calma. Fica calmo. Você vai curar, vai ficar bem.

Tive que sentar, enrolar minhas pernas nas dele, meus braços no tronco dele. Teria conseguido conter ele. Se o Dimitre não tivesse se metido. Agora aquele pobre inocente doente está morto e pior... ele me mordeu.

—O que você fez?!

—Rose... Strigoi são...

—Ele tava doente! Estava com hepatite! Se eu tivesse contido ele mais um pouco, ele teria curado. Mas, agora ele tá morto e ele me mordeu! Vou ficar doente também. Vou ficar igual a ele... por um tempo. Eu vou morrer.

Fiquei em pânico. Vou morrer.

P.O.V. Demitre.

Hepatite?

—Vou morrer. Eu vou morrer. Você assinou minha sentença de morte! Os guardas não sabem que Strigoi assim são... estão... doentes. 

A fala dela começou a enrolar. A pele ficou muito pálida, ela começou a ficar violenta. Louca, a avançar encima de mim.

—Rosa. Rosa!

Hepatite. Ela está doente. Todos aqueles Strigoi estavam doentes. A pele estava ficando fria, cada vez mais fria.

P.O.V. Lissa.

Encontrei o Dimitre na Floresta, segurando uma Rose alucinada.

—Meu Deus! Ela virou completamente Strigoi.

—Não. Ela está doente. Está com hepatite. Vá chamar o pai dela.

O pai de Rose veio e eu perguntei:

—O que fazemos agora?

—Acorrentamos ela para impedi-la de fazer o mal aos outros e a si mesma. Vai piorar antes de melhorar. Vamos deitá-la, fazer compressas de água quente para impedir que sua temperatura baixe demais. Temos que mantê-la contida e estável já que ela é apenas metade Strigoi, não sabemos como vai reagir ou se vai resistir.

P.O.V. Rose.

Minha mente é um borrão enevoado, meu corpo está frio, estou com tanto frio. Meus ossos e até o meu sangue está gelado.

Eu posso ouvir a voz da minha mãe. Está cantando. Nem sei se isso é real. Estou morrendo? Estou morta?

P.O.V. Janine.

Nunca pensei que pudesse sentir tanta dor. Minha filha está deitada numa cama acorrentada morrendo. Alucinada. Será que está sentindo dor?

—Acha que ela está com dor Victor?

—Não sei.

Demorou um bom tempo, mas ela finalmente parou de se debater. Ficou imóvel. Tão imóvel.

—Ah, ela está tão gelada. Rose. Rosemary!

Estava chorando tanto que minhas lágrimas podiam encher um estádio de futebol. Coloquei a minha cabeça no peito dela para ouvir seu coração batendo, mas eu não ouvi nada. Então, minha tristeza virou desespero. 

Então, eu senti dentes no meu pescoço.

—Rose! Rose para!

Senti quando ela me largou.

—Mãe? Mãe? Eu sinto muito mãe. Eu sinto muito. Eu não queria...

—Eu sei.

—Você vai ficar doente também.

—Não, Rose. Sua mãe vai ficar bem. Hepatite não afeta os Moroi.

Meu pescoço estava doendo, mas pelo menos minha filha estava viva. 

—Está tudo bem querida. Nada que um pouco de sangue não resolva.

Depois de me alimentar e curar, acho que estava na hora de conversar.

—Porque nunca me contou? Você tinha vergonha de mim. Não tinha?

—Não. Não.

—Então porque?

—Para te proteger.

—Me proteger? Eu sempre recebi frieza da sua parte. Sempre. Sempre me esforcei para ser... a melhor e mesmo assim... nem um sorriso. Agora sei porque. Você não me queria. Você não queria uma filha parte Strigoi, eu só... vim. Como uma cruz pra você carregar. Uma coisa pra você esconder. Devia ter deixado eu morrer de hepatite, devia ter me enfiado uma estaca pra poupar todo o seu... arrependimento.

Bem, isso foi um choque.

—Eu sempre fiz o melhor que pude.

—Como? Você nunca esteve lá. Quando eu já era capaz de pensar você simplesmente me mandou pra cá! Eu tinha cinco! E você me jogou para os leões sem pensar duas vezes. Eles vem primeiro. Eu te amo, mas eu não sei como é... ter uma mãe. Você me abandonou. E se eu for capaz de ter filhos... não vou fazer isso com os meus filhos. Eles merecem, algo melhor do que isso. Você me largou, virou as costas pra mim e olhe para mim agora mãe?!

Perguntou olhando para mim com os olhos azuis e cheios de lágrimas.

—Você não consegue não é? Só mais uma pergunta. Você sabia que eles estavam doentes?

P.O.V. Rose.

Ela sabia.

—Você sabia. Sabia que aqueles Strigoi estavam doentes, que não tinham controle sob suas ações, que sua mente estava enevoada e que se recuperariam se você os conte-se. Sabia que era errado e ainda assim, fizeram de qualquer jeito.


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