Lágrimas da Realeza escrita por ShinySaturn


Capítulo 14
Capitulo 9: Vamos Recomeçar... Tudo


Notas iniciais do capítulo

Sinopse: Pérola sente o som de algo se partindo.



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Capitulo 9

Vamos Recomeçar… Tudo

O regresso á superfície foi tão demorado e pesado quanto a descida até a maquina de controlo subterrânea. Pérola sempre sofrendo com as agressões de Hessonite já não se demonstravam nenhuma clara novidade.  Hessonite parecia receosa com os dados obtidos no seu computador. Ao chegarem finalmente á base, era notório o quanto de trabalho as restantes Jóias da base tinham concluído. Foi o suficiente para fazer a grande general sorrir, desta vez tudo iria correr certo! Os materiais no planeta colectados estavam dentro de grandes cápsulas, só a modos de serem entregues ás diamantes para um relatório mais profundo.

Hessonite mandou Pérola Rosa aperfeiçoar mais algumas Maquinas parasitas, muito maiores que as demais. Era uma tarefa que seria bastante demorada, mas Pérola não parecia se importar com isso. E, portanto, dirigiu-se até a sua sala do templo antigo para conseguir se concentrar na tarefa.

Jaspe, passado algum tempo, decidiu ir até lá para a ajudar, não trocaram muitas palavras complicadas, pois sua estadia não demorou muito, mais tarde, Hessonite requisitou a sua presença.

E mais uma vez, Pérola ficou perdidamente sozinha entre o trabalho e o pensamento. As horas foram passando, a base reforçada aos poucos parecia adotar uma nova forma por inteiro á medida que as engenheiras faziam as modificações necessárias para seguir o plano de Hessonite em relação aos chupa pedras, essas criaturas em breve chegariam. E tudo tinha que estar pronto a tempo. Algumas Jóias começaram a gritar ao longo dos corredores sobre o avistamento de um, sondando os arredores do antigo jardim de infância abandonado, em breve chamariam o bando inteiro, e por isso todos começaram a acelerar ainda mais seus passos.

Pérola deu os toques finais nas maquinas, e tentou testa-las com o Gota-de Ave de Hessonite, uma permissão que lhe tinha sido entregue. Pareciam estar a funcionar perfeitamente.

Feliz com o resultado, arrumou e organizou as máquinas em caixas, e saiu dali com elas em mãos, em direção á sala onde Hessonite se encontraria em seus serviços, com um grande sorriso gravado em sua face.

………………………………..

CRRRRAAACK’’   O som de algo se partindo ecoou ao longo do corredor.

………………..

Pérola ficou parada, mesmo á porta. Deixou a caixa que tinha em mãos cair no chão…. O pavor de seus olhos… Refletiam toda a cena… Erguida, em sua frente.

Mal se apercebeu da presença da assustada empregada, Hessonite encarou a porta, e ao ver a sua Pérola… Arregalou os olhos… A nobre Pérola, de tão emocionalmente instável que ficou, não conseguiu decifrar se tal olhar da General demonstrava um sorriso sádico, ou se a mesma também estava, igualmente assustada, por ter feito o que acabara de cometer.

Hessonite era inteligente, e depois de tantos dias, já sabia o quando Pérola acabou próxima aquela Jóia, o quanto aquela Jóia, apesar de todos os seus defeitos, tinha feito para que Pérola se sentisse bem, para que Pérola aprende-se, para Pérola se conseguir habituar ainda mais á ideia que, estar ao lado de Hessonite, era seu novo, eterno lar. Ao longo de todos aqueles dias, tal Jóia fora uma grande amiga para Pérola, e as vezes, mais que uma amiga… Uma fiel mentora, uma grande ajudante…

E Hessonite, como reacção á presença da sua Pérola pessoal, soltou o que tinha em mãos…

E então, caindo muito vagarosamente no chão, a pobre empregada contemplou com horror, fragmentos, grande parte deles, desfeitos em pó, tanto pó, demonstrando a ferocidade pela qual se traduzia uma raiva enorme… E lá estava ela… Algo laranjado, partido… A partida pedra…

Pérola não conseguia acreditar, não conseguia raciocinar, nem tolerar o que acabara de acontecer em frente aos seus olhos.  Reconheceu logo, mesmo ali, despedaçada, estava ela…

Estava Jaspe.

— EYY! PÉRÓLA! ESPERA! VOLTA AQUI! – Hessonite gritou, fora da porta, ao observar a empregada desaparecer no fundo do corredor. Passos pesados numa corrida louca encoberta por um desespero sufocante.

A voz de Hessonite, para ela, era tudo, menos conforto.

Correu, em pânico, sem rumo, seu corpo lhe percorria um profundo pesar… Não esperava ver aquilo, ver alguém matar uma Jóia que ela tanto gostava, mesmo em frente a seus olhos.  Pérola estava ofegante, mas continuou, e continuou, continuou a correr sem rumo certo, num desespero lavado em lágrimas frias e pesadas… Era a primeira vez que via uma Joia realmente morrer.

Sua mente era invadida por memorias, pequenas recordações felizes da companhia de Jaspe, suas frases motivacionais, gestos carinhosos, ajudas e ensinamentos. Ainda momentos antes ela estava a ajudando a construir as maquinas parasita, e agora, desaparecera para sempre!

Até que, por correr ás cegas, por medo, instinto, bateu em alguém, e então caiu no chão.

A soldado ajudou a empregada a se erguer, de imediato, puxando só com um dos seus braços fortes, o inteiro corpo franzinho característico de Pérola.  Ela mal conseguia de aguentar em pé, por tanto. Pérola ofegava, sentiu uma grande dor na sua barriga, acabou se encolhendo, sua pedra estava rachada. Talvez devido ao impacto.

E aquela soldada em sua frente, uma Ametista, apenas riu devido ao súbito encontro.

— HEY! És tu, Rosinha! Nós nunca nos chegamos a encontrar – Disse ela, com um ar de surpresa, como se á muito tempo não a visse – Entretanto a Hessonite chegou naquele dia da missão e ambas nos esquecemos da nossa hora de encontro combinado, não foi?

…..

— Perai… O que aconteceu? Parece que viu alguém sendo despedaçado!

A Ametista riu, com um senso de humor…. Um pouco… Bem… Impactante naquele preciso momento.

Depois, ao se aperceber que era algo bem sério, começou tentando acalmar a Pérola de alguma forma.

Foi quando a General apareceu do nada, atrás de ambas… Ainda com suas mãos sujas de fragmentos do cortante pó.

Pérola, soltou, ainda mais as suas lágrimas, tudo em si estremecia, imóvel, em choque.

Aquela imagem nunca mais lhe sairia de sua cabeça…

 Tudo ao seu redor tremia. Pérola fechou os olhos, envolta em uma inúmera dor…

E de seguida, não sentiu mais nada entre um estrondo de nuvem e poeira que brutamente explodiu no local.

……………

Um passo atrás

Pode ser um caminho em frente

Basta dar meia volta,

Seguir jornada diferente

O que seria isto? O que seria estas palavras, estava adormecida, mas, ao mesmo tempo, ouvia uma melodia longínqua, que aos poucos parecia cada ver mais intensa.

Uma escolha é perdão

Olhar o horizonte rente

Ao teu lado minha mente

Feroz que nem explosão

e a assim

Nesta terra de duvidas

e assim

Na tua mente de fúrias

E cada, vez, cada vez, mais intensa e intensa cada vez mais… Vários barulhos secundários podiam ser distintos, mas a melodia, palavras estranhas e doces, era mais forte, mais forte entre rugidos, mais forte entre gritos, mais forte entre espadas embatendo, entre latas e placas de metal caindo, rasgando, se quebrando… Pedras rachando e embatendo o chão, sendo desfeitas em diferentes direcções entre gritos silenciosos pedindo piedade… Uma música de embalar adormecia-a e a aconchegava, distraindo-a de toda uma guerra que parecia cada vez menor.

Versos simples de grande coração distraíram os sons da guerra que aconteciam do lado de fora da sua consciência, para algo de grande valor, um pensamento aconchegante a embalava. Sentia algo quente, e persentia mãos cor alaranjadas a segurando, e a protegendo contra o peito do seu corpo.

serei eu alguém?

serei eu o tal quem?

Mas porque será que o digo?

Se nada sai claro

E tudo, será um eu minto?

E porque então

Que neste caminho em frente

E porque então

Ofereces tu a mim exclusão?

Mas afinal, eu

Pretendo então

Seguir Jornada diferente

Seguir

E ir

A novo horizonte rente

Seguir

Novo, caminho em, frente

Reencontrar

Meu amor imprudente

…………….

Abriu os olhos, seu corpo se tinha reformado. Quanto tempo será que estava adormecida, somente com sua mente retraída no interior da sua pedra? Só sabia que estava sentada numa poltrona, mas… A poltrona da sua Hessonite? E onde ela estaria? Onde a poltrona estava? Que sitio completamente novo era aquele?

Olhou ao redor, e só se apercebeu da presença de uma pequena criatura curiosa que, ali mesmo ao lado, tentava sair do seu ovo. Reconheceu sendo o ovo que Hessonite mantinha, dos tais chamados Chupa Cabras. Não parecia uma ameaça de tão pequeno que era.

Pérola aos poucos recuperava sua memória, piscou os seus olhos mais algumas vezes, encarou mais e mais vezes o redor. A sala estava vazia e ali não existia mais ninguém além da poltrona voadora e do ovo nascendo. A sala era quadrada e espaçosa, Não parecia estar na base reforçada no tal planeta.

Já não era visível paredes cheias de marcas, todas amolgadas, resíduos perigosos que degradavam tudo aos poucos e requeriam completa atenção, e todo o ambiente parecia mais leve. Pérola levou sua mão até a jóia, e reparou que o dispositivo pequeno que todas as jóias do local utilizavam para se protegerem da atmosfera corrosiva do planeta não estava mais lá. As paredes ali eram totalmente lisas e limpas, de uma beleza estranha e indecifrável.

Pérola saiu da poltrona quando se apercebeu que ainda estava sentada sobre ela, como ela pode se sentar na cadeira de sua grande senhora? Correu e afastou-se de imediato dali. E começou a caminhar ao redor. Em frente á poltrona existia um painel com inúmeras funções, Pérola não sabia o que eram, nem se devia tocar nelas. A curiosidade era alta, mas preferiu evitar e se afastou.

Aos poucos explorava a sala só com seu observante típico olhar, sentia-se solitária.

Entre o silêncio, o animal do ovo, fez um barulho estranho, era claro que ele não conseguia sair das cascas do ovo que ainda restavam e se apegavam a seu corpo escamosos. Pérola estava tanto confusa e assustada com o que acontecia devido ao território que não conhecia, que acabou por voltar ao sitio onde  se encontrou ao abrir os olhos depois de reformar seu corpo. Talvez não passasse tudo de um sonho e em breve acordaria.

A criatura sacudiu-se toda. Pérola, com certo medo, decidiu ajudar a coisa a sair do ovo, afinal de contas, ela ali não fazia mais nada. Posicionou com cautela o ovo no assento da poltrona e tentou descasca-lho.

Não tardou, entre os braços e mãos dela, de libertar o estranho lagartinho alado, de grande bocarra e narinas, que logo começou por esticar suas enormes asas e tentar esvoaçar tudo ao seu redor. Os olhos alaranjados do pequeno ser do tamanho daquilo que os humanos chamavam de gato lembraram de imediato a Pérola uma das mais tremendas coisas que lhe tinham acontecido. Finalmente cairá de completo na realidade, o que fez esta sentar-se sobre o chão atrás da poltrona, com as costas encostadas a esta, toda encolhida.

A criatura energética, tentava explorar todo o local, cheirando tudo ao redor ao longo das paredes vazias. Pérola não parecia ter medo dela, pelo menos, até se dirigir em direção ao painel. O monstrinho, saltou sobre ele, e as patas foram pressionando opções aleatórias que ali na maquina existiam. Pérola encolheu seu corpo, ao ouvir o som de alerta, e inúmeros painéis holográficos piscarem em cores aleatórias, acompanhados de mensagens de aviso robóticas ‘’Alerta, alerta, alerta, tripulante não identificado, favor inserir correctamente a palavra passe’’’ ‘’Alerta de perigo, invasor não identificado’’ e semelhantes.

Foi quando uma porta se abriu passado alguns segundos.

Pérola não conseguiu ver quem entrou ali, imaginava logo quem seria e portanto continuou encolhida em medo, profundo medo. A Jóia dirigiu-se até o grande painel quadrado, e desligou-o introduzindo uma palavra passe num holograma especifico em poucos cliques. As luzes vermelhas logo deixaram de faiscar, e a voz feminina de alerta finalmente se calou.

Ela também embolou o monstrinho, que ficou correndo dentro da bolha espaçosa que se fichou no teto da sala, e finalmente, se dirigiu até Pérola Rosa.

Pérola esperava pelo pior, encolheu-se ainda mais, mas,…Por sua surpresa, não sentiu nada além de um vulto ali, parado, a observando silenciosamente alguns instantes. Instantes tais que aos poucos foram se afastando em passos elegantes. Hessonite sentou-se na sua poltrona e ativou um ecrã especial, onde ficou algum tempo jogando aquilo que parecia ser um puzzle.

Passou algum tempo, Pérola não sabia se foi minutos ou horas, mas foi tanto tempo, que foi o necessário para no jogo, Hessonite passar até os mais complicados níveis. Porém, tudo foi comprometido por um aviso em formato de losango amarelo aparecer na parede em frente. Hessonite desligou o jogo e logo atender.

Pérola espreitou curiosa, e viu Hessonite realizar tal tarefa.

— Hessonite XLN… - Disse a pessoa de carácter imponente que apareceu no holograma - Os Peridotos já terminaram a análise dos registos da Grande Maquina. Em breve começarão os fragmentos de solo colectados.

— Sim, Minha Diamante – Comentou Hessonite, ao fazer uma referência, a sua referencia com os braços cruzados entre si em forma de losango.

‘’’Minha Diamante’’’… Pérola ficou com os olhos brilhando, numa tinha visto uma Diamante, uma das grandes líderes do mundo dos cristais, e no preciso momento, observava a figura dela, grande, imponente, sua aura imanava uma energia descomunal que deixava de espírito firme qualquer um, apenas á distância de um pequeno holograma. Hessonite parecia séria e ao mesmo tempo, ansiosa.

Pérola acabou por noticiar naquele momento peculiar algum estranho ar, ar estranho que já não demonstrava o olhar sádico e de terror de antes no observar de Hessonite, mas sim, um de estranho conforto e de preocupação, no olhar da General.

— Alguma novidade sobre eles? Minha diamante? – Questionou.

— Os resultados foram bem positivos… - Ela comentava, Pérola se encantava cada vez mais.

Hessonite era da Elite, era uma honra pertencer e poder ter uma conversa direta com as Diamantes directamente, uma das muitas regalias que muitas pouquíssimas entre milhões de jóias conseguiam conquistar. Pérola ainda sentia medo, mas ao mesmo tempo, muita honra disso.

— Espere mais alguns dias, em breve irei envia-lha a sua nova missão – Diamante Amarelo pronunciava com firmeza – Espero que desta vez não tenhamos tantas perdas materiais como aconteceu. Sabes perfeitamente que estamos dentro de uma grande crise de recursos, eu só quero analisar o potencial do planeta, e não irei disponibilizar muitas mais tropas para recursos que no final de contas podem ser inúteis.

— Por isso mesmo, minha Diamante… - Hessonite engoliu em seco enquanto prosseguia – Eu sugiro que desista daquele planeta.

As palavras caíram como um raio, Diamante arregalou os olhos das maiores formas ameaçadoras o possível, a empregada estremeceu com aquilo. Sentiu um grande medo poderoso percorrer seu corpo de diversas formas, Hessonite não devia ter dito nada daquilo.

— Outra vez essa conversa, Hessonite? – A grande autoridade elevou a sua voz de forma assustadora, Pérola contraiu-se ao ver o medo de sua general, ao recuar seus passos – O que aconteceu naquela General que dizia que não importava as perdas se ganharmos o material suficiente para criar um exercito maior e mais poderoso?

A diamante esperou alguns momentos, Hessonite se preparou para falar, á medida que baixou a cabeça, de olhos fechados.

— Parece que eu estava enganada… - A Hessonite murmurou serrando os punhos – É demasiado perigoso para mim! E para todas as Jóias que se envolverem! É uma maquina destruidora, a Erosão é muito pior que a Corrupção, minha Diamante! Eu já vivi uma guerra ali, eu não quero passar por mais nada igual!

—  Hmmm. Já entendi. Ficas sempre assim, como um ser orgânico e seu coração mole, sempre que o assunto envolvente é aquele maldito planeta. Então, fique sabendo que eu vou levar os meus planos até o fim da linha. Se não queres ser enviada para mais missões lá, podes ter a certeza que serás despedaçada pelas minhas próprias mãos. Uma pena, és uma jóia tão talentosa… Sabes tanto sobre aquele planeta quase como a palma das tuas mãos…

Mais silencio. Hessonite engoliu em seco, e acabou por prosseguir o dialogo calmamente. A diamante parecia adotar um ar cansado.

— Não… Eu não sei grande coisa, além de ser abraçada por pura sorte nas minhas pesquisar  - Hessonite comentou friamente - Eu sou apenas uma Hessonite qualquer, muitas outras podem surgir de terra menos fértil que o jardim onde eu nasci mais talentosas do que eu, então minha Diamante, se quiser pode me despedaçar agora mesmo, eu sei de todos os meus erros e que grande parte de todas as nossas e todas as minhas perdas foram minha própria culpa.

A Diamante encarou Hessonite com um estranho olhar, Pérola por algum motivo sentiu que aquilo parecia alguma compaixão, como se a própria Diamante estivesse a ser obrigada a ser aquilo que ela própria era como lidere. Mas tal pensamento passageiro não tardou muito tempo em desaparecer, só podia ser uma grande barbaridade ridícula.

— Eu fui demasiado cega para reparar na traição daquela Jaspe – Pérola arregalou os olhos ao ouvir aquilo, simplesmente, encolheu-se mais ainda, não queria continuar a ouvir tal. Apercebeu-se que Hessonite sabia que Pérola ouvia  e observava toda a situação, quando esta lhe dirigiu um olhar discreto, mais uma vez, a Pérola Rosa não sentia maldade nem a mais tremenda crueldade vindo dela e de suas palavras.

— Sinceridade…. Assim é que eu gosto. – A diamante deu um sorriso estranho, parecia fora da personalidade que demonstrou antes, estranhamente, ela deve ter renunciado alguns dos seus pensamentos - Bom. Paramos a discussão por hoje, tudo isto já me deu uma grande dor de cabeça… Fique atenta a meu próximo sinal, com sorte, sua próxima missão não será em Orbmev 51, devido a todo esse ridículo trauma que tens em relação a esse planeta. Porém, não vou desistir da possibilidade da sua recolonização.

— Hummm… Muito Obrigado, minha diamante – E com aquelas palavras, o painel se desligou, a sala inteira voltou a reinar em profundo silêncio.

A mente de Pérola borbulhava em perguntas, como assim Jaspe era traidora? E tudo era culpa de Jaspe? Afinal, a culpa para a nave destruída e parte da base não tinha sido, aparentemente, da própria Pérola? Pérola elevou seu corpo, e encarou Hessonite, uma lágrima escorreu-lhe do rosto. Hessonite virou-se para ela e a encarava igualmente, assustada, como se também, assombrada em duvidas. Duvidas nunca parariam de chegar aqui a quem quer que fosse.

— Eu… - Hessonite baixou um pouco a cabeça. Algum silêncio passou-se, mas seus passos foram avançado em direção á empregada.

Pérola recuou.

Mas Hessonite, insistiu, aproximando-se mais e mais, enquanto Pérola recuava mais e mais, e ainda mais. Continuaram assim, ambas, até Pérola acabar encurralada, encostada á parede, em pânico, com suspiroso acelerados e profundos. Estremeceu ainda mais, quando reparou na aproximação da mão da General em direção a sua face.

Sentiu seus dedos tocarem o lado da sua cara, onde Hessonite lhe tinha dado uma primeira chapada, pela primeira vez… Pérola, permaneceu imóvel.

Imóvel pois…. Era… Era, a primeira vez, que, vindo de Hessonite, Pérola sentia, um toque, tão carinhoso assim.

Esfregou a sua mão na face de pérola, no lugar onde lhe dera a primeira chapada, com mais carinho.  Pérola parecia mais relaxada, e num triste olhar distante, evitava encarar Hessonite directamente. Mas claramente acabou por ceder.

— Não precisas de me perdoar – Ela, começou – Eu sei da gravidade do meu erro, e irei lidar com isso… Não é o primeiro, nem nunca será o meu ultimo. Mas por favor, tenta compreender. Aquela Jaspe foi a causa de tudo, e eu odeio atacar Jóias inocentes…

O nome de Jaspe ao ser pronunciado de tal forma meia fria, com mistura de raiva e ódio, fez a pobre empregada derramar ainda mais lágrimas ao ver em sua mente o filme que anteriormente vira e todos os bons momentos que passou com ela  Estava, mais uma vez, totalmente confusa em pensamentos, e necessitaria de muito tempo para recuperar. Realmente muito.  Hessonite parecia também mudada drasticamente em pensamento e gestos.

— Pérola… Minha Pérola… - Começou Hessonite - Está na altura de fecharmos finalmente um capitulo da nossa história e inicial outro completamente novo. Vamos recomeçar… Tudo.

E depois daquelas palavras, Hessonite tomou um afastamento,  em direção ao painel. Ligou várias opções, e em instantes, as paredes transformaram-se em ecrãs que mostravam um céu de um universo em movimento. Pérola imediatamente calculou que estava no interior de uma grande nave, aquelas imagens eram reais. Já não estava no planeta, nem na base reforçada. Realmente, ela havia adormecido tantos dias, meses de acordo com as palavras de Diamante Amarelo.

— Olá Pérola Rosa – Comentou Hessonite – Estava á tua espera, bem vinda a minha principal nave, espero que tenhas uma boa estadia e consigas realizar por aqui bons serviços…


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Notas finais do capítulo

Olá pessoal. Parece que Lágrimas da Realeza voltou com mais um capitulo depois de um longo hiatu! Já não me lembro de vários plot points nem de muita coisa dos capítulos anteriores, por isso pode conter algum erro de enredo, mas o capitulo é pequeno e essencial para a nova fase da fanfic. Sinto que podia ter feito mais antes, mas espero que a partir de agora tudo corra igualmente bem. Obrigado pela paciência de todos ♥



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