Inclinados a Amar escrita por Lauriana


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas. Espero que gostem.
Esse e o comecinho.
Prometo tentar postar semanalmente, e vamos lá.
Espero vocês lá em baixo.



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Eu nunca deveria estar pensando sobre esse assunto, e muito menos estar apaixonada. Onde já se viu um anjo apaixonado? Somos os últimos da hierarquia, não temos livre arbítrio. Quando cheguei aqui demorei a me acostumar com os costumes e aprender toda a história, fomos criados para glorificar e amar somente a Deus, e ser também mensageiros divinos, o contato continuo com os humanos me fez entender e aflorar ainda esse sentimento. Logico que para perceber o que estava acontecendo demorou muito tempo, afinal os anjos não são os mais espertos em questão de sentimentos.

Agora como conversar ou demonstrar algo assim para um arcanjo, meu melhor amigo e ainda por cima de um escalão superior? O problema não e ser rejeitada ou algo fútil nesse sentido, mas sim trazer não só problemas para mim como também para ele, com punições que nem imagino quais. E pensando assim, depois de muito tentar me livrar desse sentimento, sem obter resultados, tomei uma decisão: irei confessar-me e sugerir um meio de pagar os meus pecados a Deus, com isso fui em direção ao Trono, onde é a sala particular de Deus, guardada pelos Querubins, que são do segundo escalão, não muito amigáveis e extremamente fortes.

— Olá Frank, Ramon, gostaria de dar uma palavrinha com Deus. – Falei cumprimentando-os, Frank era metade humano e rosto de leão, já Ramon era metade águia e metade homem.

Depois de um breve olhar entre os dois, deixaram-me entrar. A sala de tons de pastel, com pinturas antigas pelas paredes marcando os grandes feitos (bons e ruins) que já ocorreram, Deus se encontra ao centro sentando em seu enorme trono reluzente, a suas costas há uma porta que dá para a sala do conselho, do qual os Tronos, pertencentes ao terceiro escalão se encarregam das decisões. Ajoelhei-me prestando o devido respeito e pus-me a falar:

— Senhor venho aqui hoje para confessar-me diretamente a ti, e gostaria que tomasse uma decisão para comigo, mesmo não sendo digna de tal atenção.

— Levante-se filha. – Falou ele majestoso como sempre. – Pode começar.

— Eu pequei. Talvez por inveja dos humanos ou por já ter sido uma deles e ao vê-los despertou esse sentimento que não sabia identificar, mas descobri amar um de meus irmãos de forma além do que nós e permitido, não consegui me livrar desse sentimento e não quero causar problemas as pessoas, além de mim. Por isso vim diante de vos confessar e esperar minha punição.

— Fico feliz que tenha vindo direto a mim, esse e um assunto que gostaria realmente de tratar pessoalmente, e ver o fim que nos levará. – Disse ele mais para si, do que para mim. – Um pecado você diz? Gostaria de então recomeçar na terra, ter uma experiência diferente e ao final dessa vida tiramos novas conclusões, o que acha?

Fiquei surpresa, não só por ser uma pena leve, mas como também uma suposta segunda chance, e conviver com os humanos, era mais do que mereço, além de nunca ter ouvido sobre caso algum como esse no céu.

— Se e o que deseja, fico mais que honrada em cumprir meu Senhor.

— Então está decidido. Hoje mesmo providenciarei tudo. – Disse ele animado. Prestei minha reverencia em respeito e ia saindo. – Antes, diga-me, o irmão ao qual está apaixonada e Ezequiel?

— Sim senhor. – E com isso me retirei. Não era difícil descobri que estava apaixonada por Ezequiel, além de sermos muito ligados eu já não estava conseguindo esconder, por isso me confessei antes que fosse tarde.

Eu amava minha casa e ainda mais meus irmãos e se isso era o melhor a fazer eu estava feliz. Aqui era como um amontoado de casas, todas ao seu modo, mas que conservavam a beleza natural de tudo, era como dormitórios, onde se separava os homens das mulheres, havia o refeitório, o centro de treinamento, um lugar onde ficava só as crianças e alguns animais, sala de estudos, os portais que davam a terra (sendo três) a biblioteca e a campina, que eram meus lugares preferidos.

Deixei toda as minhas coisas em ordem e já no final da tarde fui para campina ver o pôr do sol, era uma das poucas coisas que tínhamos em comum com os humanos, embora o sol fosse bem mais perto do céu, era simplesmente lindo e trazia uma calma avassaladora.

— Sempre amou esse lugar, sabia que te encontraria aqui. – Falou Ângela se sentando ao meu lado. Ela era minha melhor amiga, uma Potestade do sexto escalão, a mais gentil que conhecia. Me deitei em seu ombro e continuei contemplando a linda paisagem.

— Sabe que você complica muitos as coisas ne? – Disse ela, eu sabia que mesmo não contando ela sabia o que se passava comigo, ela me conhecia como ninguém e sempre via a vida e tudo de um jeito tão simples e fácil.

— Não, você que faz tudo parecer fácil, vou sentir tanta sua falta. – Falei deixando as lagrimas descerem sem medo.

— Não sei exatamente o que planeja. – Disse ela me olhando e dando um sorriso carinhoso. – Mas sabe que não importa como, eu sempre estarei com você, minha irmãzinha problemática.

— Eu sei e isso que me conforta, mande lembranças a Ezequiel e Thomas por mim. – Nos quatro éramos inseparáveis, eu e Ezequiel, e ela e Thomas, um Principado do sétimo escalão, o mais bem-humorado e inteligente que já vi.

— Sophia, Deus a aguarda. – Disse Frank logo atrás. Dei um beijo em Ângela e segui para uma nova vida.


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Notas finais do capítulo

Bom como esse e o prologo, estarei postando hoje ou amanhã o capitulo 1 ok?
O que acharam? Espero dicas, sugestões e critica.
Obrigado e até mais.



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