Enquanto voltava para casa pensei muito no que Anko falara. "DE certa forma posso dizer que nunca tirei você da cabeça", o que será que ela quis dizer com aquilo? Podia ter vários significados, mas eu lógicamente não queria pensar em todos.

O telefone toca e eu logo paro de pensar e vou atender.

-Alô.

-Oi, Kurenai é você?

-Quem fala?- perguntei pois não reconheci.

-Tsunade.

-OI. Sou eu mesma, fala Tsunade.- disse tentando lembrar se fiz algo de errado, mas a única coisa que pensei foi aquela aula em que deixei naruto passar a lição.

-Fiquei sabendo de uma coisa que achei muito interessante.- disse ela, e eu escutei uma risada no telefone.

-Boa notícia?- perguntei com medo de uma bronca.

-Acho que você pode considerar. Ouvi falar de sua aula hoje.- quando ouvi isso pensei: " a boa notícia deve ser que eu não precisarei mais acordar cedo".

-E...- eu disse em um ton que ela percebece que era para ela continuar.

-Achei interessante o jeito da aula, e queria saber se deu lucro.- já havia entendido o que ela acabara de falar.

-Me desculpe Tsunde. Apesar de ser um trabalho, como foi uma brincadeira, eu ainda não corrigi.

-Me entregaram uma coisa mas é obvio que você estava brincando, mas não é disso que eu estou falando.- ela disse com um ton entusiasmado.

-Não entendi.- disse pois já não entendia mais nada.

-Agora você vai me dizer que escreveu tudo daquele jeito sem querer.- ela disse sinicamente.

-Tsunade vou ser um pouco mal educada mas, primeiro, se eu sou professora de redação lógicamente eu sei escrever, segundo, eu realmente estou abismada com a sua cara de pau de dizer isso para mim, até mesmo porque a própria me contratou´e terceiro, você ligou na hora errada, pois eu estava muito ocupada e realmente não podia atender o seu telefonema,e ainda sim eu atendi. Agora você vem me dizer que eu não sei escrever? Me poupe, vai catar coquinho que você ganha mais do que ficar cuidando da vida dos outros.- eu disse muito nervosa com aquelas palavras que ela dissera, mas logo pensei no que havia dito e me arrependi. Depois de uma pequena pausa, bufei e disse.- Me desculpe, acho que me alterei.

-Que bom que a senhorita pediu desculpa, pois você ia ser demitida neste exato momento.- disse ela com um ton sério.

-O que a senhora queria saber mesmo?- perguntei pensando " ela é a melhor chefe que eu já tive".

-Teve algum lucro com seus alunos?- ela perguntou.

-Eu ainda não corrigi, mas quando isso for feito eu te aviso.- disse.

-ok.- ela disse e desligou o telefone.

Logo após ela desligar coloquei o telefone no gancho, e me joguei sentada no sofá. Quando me acalmei, comecei a escutar um choro de criança, dizendo algo que eu não entendia. "As crianças de hoje não choram, berram." Para mim escutar de dentro da minha casa. Peguei os papeis da lição dos alunos para corrigir, mas aquele choro estava me infernizando."V-você me assustou." não sei se posso dizer que me assustei, mas eu senti um frio terrivel na barriga ao escutar a criança falar e parar de chorar.

-Eu só posso estar ficando louca, estou escutando besteira.- disse comigo mesma.

"Você não é louca, eu gosto de você." a voz me assustou novamente. Não disse nada, apenas continuei corrigindo as tarefas e logo em seguida fui dormir, pois já havia anoitecido, e eu acho que não havia percebido por conta da tensão. Enfim, dormi péssimamente.