A Cafeteria. escrita por Smitchkoff


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem eu amo esse casal e adoro magia, então por que não tentar escrever algo sobre? hahahaha

Espero que gostem! Desculpem qualquer erro.

Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756025/chapter/1

A cafeteria.

CAPÍTULO
      一

                                                 .                                                    

Chovia naquela tarde, mas ela não se importava. Não teria quem estivesse a aguardando ao chegar em casa, afinal. Os passos estalavam sobre o asfalto molhado, poucas pessoas passavam por ali, tanto por estar chovendo tanto por ser uma parte mais afastada da cidade.

A mata parecia se abrir para ela conforme começava a adentra-la, isso já não a assustava como antigamente. Ela sabia que estavam ali. Que a esperavam para ataca-la e provoca-la conseguia sentir, entretanto, por algum motivo isso não acontecia, não ali. Conseguia notar que aquele lugar era diferente, assim como ela, o por do sol estava para chegar e aquele lugar era mais claro do que deveria ser e ela sabia.

Essas coisas não a assustavam mais e por essa razão ela encontrava-se ali, a alguns bons quilômetros da estrada e da civilização. Em determinado ponto o mato já não era alto e um caminho podia ser visto em um lugar aberto, grama baixa e em madeira polida uma construção estava de pé no centro daquele lugar iluminado por algo que não era só luz solar e ela também sabia disso.  

A madeira era brilhante, tinha janelas dispostas por boa parte da casa de dois andares e uma torre que conseguia ver em meio às arvores e uma placa erguia-se sobre a porta. Café expresso.

Os olhos vasculharam o ambiente ao redor. Era esquisito. Um café no meio do nada. Além da aura diferente que aquele lugar trazia ela queria ver e confirmar o que vira outro dia, e melhor, saber o porquê de ser a única até aquele momento em ter visto aquele lugar.

Deu alguns passos até chegar as grandes portas de vidro que estavam abertas e pôs o pescoço pra dentro. Ninguém. Não havia ninguém naquele belo café. Até que seus olhos enxergaram alguém. Uma pessoa. Era um homem. Um lindo homem. Ele estava sentado em um canto de leitura, cheio de almofadas e livros nas estantes que ornavam a janela, era bem aconchegante. Os olhos cor de chocolate puseram-se a analisa-lo. Cabelos brancos como a lua presos em um rabo de cavalo alto, olhos cor âmbar envoltos em uma fina armação cor prateada sua atenção era direcionada ao jornal em suas mãos, trajava-se formalmente; blusa branca, colete preto, calças e sapatos sociais .

Então ele a olhou. E ela soube que ele já sabia que ela estava ali. A um bom tempo.

— Oh, seja bem vinda. – A garota sobressaltou-se ainda de pé na porta. – Entre. – A moça, que parecia ser uma garçonete a convidou. Os cabelos presos escondidos pelo pano que usava na cabeça deixando amostra apenas a franja, olhos grandes cor de carmim, era uma linda moça.

E uma pergunta veio a sua mente: desde quando ela estava ali?!

O lugar por dentro era maior, aparentemente. Viu uma escada no canto esquerdo que levava ao segundo andar, uma boa quantidade de mesas arrumadas com arranjos de flores amarelas e azuis. O ambiente se encontrava iluminado, mas parecia que havia algo a mais ali. Aquele brilho estranho e acolhedor que não se lembrava de sentir em nenhum outro lugar.

— Aqui. – A moça falou novamente e agora depositava uma xicara de café em uma das mesas com toalha amarela tom pastel.

— Mas eu não pedi nada. – A menina falou pela primeira vez depois de muito tempo, estranhando a própria voz.

— Cortesia da casa. – A garçonete sorriu, saindo dali e sumindo por uma porta atrás do que deveria ser a bancada do caixa.

Engolindo em seco, fechou o guarda chuva e o depositou no cesto ao lado da porta e caminhou lentamente até a mesa onde a xicara de café a esperava, o vapor subia delicadamente informando que o liquido estava quente e parecia saboroso de mais e ela estranhou. Os olhos vacilaram até o homem que estava sentado nas almofadas da janela perto dali e por algum motivo sentiu-se envergonhada com todo aquele silencio.

Puxou a cadeira tentando ser o mais discreta possível, pondo a mochila que carregava na cadeira da frente, parecia que a sua respiração estava mais alta que o normal e isso a irritava. Suspirou olhando para a xicara de porcelana desenhada, pegou-a pela alça trazendo-a até a boca. Era um aroma gostoso de cappuccino. Soprou e bebericou tomando cuidado para não queimar a língua.

— Que gostoso. – O pensamento saindo pela boca como um sussurro sem que ela percebesse.

— Gostaria de alguns biscoitos? – A voz dessa vez era do homem na janela ela levantou os olhos até ele e este estava a sua frente com o prato nas mãos. E por algum motivo ela prendeu a respiração.

— O-obrigada, mas-

— Tudo bem. Cortesia da casa. – Terminou dizendo.

Como?

Ela não ouvira nenhum barulho, e só havia parado pra beber o café por alguns segundos...

Observou o homem colocar o jornal que lia no organizador e passar pela mesma porta que a garçonete, voltando pouco tempo depois, servido de sua própria xicara de café.

— O lugar é seu? – Novamente a boca mexendo-se contra a sua vontade.

Ele apenas assentiu. Ela voltou seu olhar para sua bebida e tomou outro gole deliciando-se mais uma vez. Seria uma boa experiência trazer suas amigas ali.

Se elas conseguissem ver este lugar... Pensou, enquanto contornava os desenhos sobressalentes da xicara.

Terminando seu cappuccino mordeu um dos biscoitos que lhe foram servidos e como esperava, eram maravilhosos. Baunilha com gotas de chocolate era uma combinação perfeita. Havia uma boa porção de biscoitos, para aproveitar o tempo até que terminasse e a chuva amenizasse ela pegou o celular para se distrair.

O tempo passou sem que ela percebesse.

— A chuva já passou. – A voz da garçonete chamou sua atenção. – Não deveria ir pra casa?

— Oh, sim. – Ela levantou-se. – Obrigada pelo café, estava tudo ótimo. – Fez uma pequena mesura.

— Nos que agradecemos a visita. – Sorriu. – Volte sempre.

A menina fez que sim com a cabeça, já na porta. Virou-se para seguir seu caminho espantando-se por ver apenas escuridão a sua frente. E antes que pudesse dar o primeiro passo, pequenas e flamejantes chamas acenderam-se ao seu lado formando um corredor para fora dali.

E sem dizer mais nada ela apenas apressou-se a sair dali. Sabendo que voltaria ansiosa para aquele belo café.

— Soube ao menos o nome dela? – A garçonete perguntou, presumindo que eles nem teriam conversado. E pelo silencio ela teve certeza. Suspirou. – Sesshoumaru, sabe que-

— Não se intrometa, Kagura. – O homem se colocou de pé.

— Você quem sabe. – A mulher deu de ombros.

Fogo. Havia um caminho de fogo e não havia tochas...

Ela agora corria com um sorriso no rosto, mas encontrava-se nervosa. Em certo ponto olhou para trás, e a pequena torre que conseguia ver na distancia, não estava mais ali.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem nos comentários o que vocês acharam!!! Que ai eu realmente vou ter a certeza se continuo ou não a postar :3

Kissu



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Cafeteria." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.