Supernatural - After all escrita por BolinhoPotterhead


Capítulo 2
Piloto


Notas iniciais do capítulo

Gente, não se assustem com o tamanho do capítulo, por favor, continuem lendo. Mas meus capítulos são realmente grandinhos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756012/chapter/2

AGORA

PORTLAND, OREGON

Estávamos numa lanchonete qualquer de estrada “comemorando”, quando Sam, depois de seu telefone vibrar e da-lhe uma olhada, nos encara e diz:
— Uma garota foi encontrada morta, aqui perto— Patience arregala os olhos e a boca surpresa, ainda não se acostumou com isso— Seu corpo estava com varias, hum...”marcas estranhas”— diz lendo o celular, quando termina levanta os olhos e diz— Para mim parecem runas — passou o celular para mim, concordei, passei para Jody, que estava sentada ao meu lado, me levantei e comecei a vestir meu casaco
— Aonde está indo, Dean?— perguntou Cass erguendo uma sobrancelha
— Você ouviu o Sammy, uma bruxa saiu das linhas— respondi ajeitando o casaco, Patience ergueu a cabeça e disse
— Dean, não quero ser chata nem nada, mas achei que tinham deixado essa vida— no momento em que disse isso todos a encararam e logo em seguida, passaram seu olhar para mim. Passei meu olho por todos eles e por fim falei
— Eu não sei vocês, mas eu não vou ficar parado enquanto outra pessoa pode morrer, não enquanto eu posso salvá-la.— todos se entreolharam, alguns ainda pareciam convencidos de que o mundo sobrenatural havia ficado para trás e nisso incluía que não era mais nosso problema as outras pessoas, nem se elas morreriam, ou se sairiam feridas.— Quando entraram nisso, eu avisei que não teria volta. Não tem como simplesmente voltar atrás! E eu não vou deixar o negócio da família morrer!— dito isso sai da lanchonete e senti o olhar dos outros em minhas costas. Logo depois a porta se abriu novamente, revelando Jack, Sam, Claire e Cass
— Dean, você falou como um verdadeiro caçador! John teria orgulho... — disse Cass— E entendemos você, e sua necessidade de ajudar os outros, também a temos, por isso estamos aqui, para ajudar as pessoas!— todos concordaram
— Jody disse que até estaria aqui também, mas Alex e Patience não deixaram disseram que não querem vê-la ferida, nem morta— assenti e a garota entrou no carro, seguida por Jack e Cass
— A mãe disse que não quer, já está velha demais para isso— disse Sam rindo— Vem cara, temos que pegar uns monstros— e assim fomos para o Impala— Podemos passar a noite num motel e durante o dia investigamos?
— Claro, mas diz aí, quem foi que morreu?— ele pegou o celular e começou a procurar
— Hã...o nome dela era Beatriz Cruz, tinha 25 anos e era uma estudante de medicina da Portland State University.
— Bom já sabemos por onde começar, Castiel, você vai à polícia, enquanto Jack e eu vamos a universidade— disse prontamente Claire— E Sam e Dean, vocês podem interrogar a família, assim não perdemos tempo— Sam ergueu uma sobrancelha para ela e disse
— Então acho que nós teremos um pequeno problema, ela era órfã e se ainda tiver alguma família mora no Peru, o país de origem dela.
— Bom, mas ela devia viver com alguém não? Uma companheira de quarto, ou um namorado, ou um amigo...— disse Jack pensativo
— Desculpem-me por desaponta-los, mas acho que é melhor eu ir ao céu e ver como estão as coisas por lá, a morte dela foi por volta das...19 horas de ontem?— Sam olhou mais uma vez o celular e assentiu— Bem, a rádio dos anjos está calma demais, e um assassinato como esse, pediria um tumulto no céu, tudo bem por vocês? — perguntou meio desconfortável e colocou as mãos sobre o banco do carro— Vocês podem fazer como sempre fizeram! Veem a polícia e a família, enquanto isso Jack e Claire vão a faculdade, pode ser?— perguntou um pouco nervoso, assentimos e ele pareceu relaxar um pouco. Assim fomos para o motel, pegamos apenas um quarto com duas camas. Jack e Cass não dormiam então provavelmente passariam a noite conversando na mesa, Claire ficara em uma cama e Sam na outra, enquanto eu fiquei no sofá.


(...)

O dia estava claro, sem nenhuma nuvem no céu, simplesmente o dia perfeito. Fomos até a delegacia e nos apresentamos como agentes Denvers e Smith
—Por favor, agentes! Queiram me acompanhar!— disse o xerife se levantado de sua mesa. Era um carinha bem engraçado na verdade, era calvo, gordo e usava óculos, aquele típico cara que não pega ninguém.— Imaginei que iria aparecer alguém “grande”, não é todo dia que alguém em nossa pequena cidade morre tão tragicamente. Ah, por aqui por favor!— disse quando em fim chegamos a sala do necrotério—Agente Smith, não?— perguntou a Sam, que assentiu e se aproximou— Sabe nosso especialistas acharam muito estranhas as marcas encontradas no corpo, mas você parece ser um cara inteligente, já viu algo assim antes?— assim que terminou a frase puxou a gaveta e revelou o corpo inerte e nu da garota.— Sabe, para mim parecem queimaduras, mas não sou perito, nem nada disso, é que não consigo acreditar no laudo, então...
— O que tinha de errado com o laudo?— perguntou Sam, erguendo uma sobrancelha
— Ah, o legista disse que foi insuficiência cardíaca, mas acho muito mais provável que tenha sido por causa desses “negócios”— disse apontando para o corpo— ela deve ter sofrido tanto...
— É, bem...Sabe se a garota morava com alguém? Uma amiga, namorado...— perguntei dando de ombros
— Hã...na verdade sim! Ela tinha uma grande amiga! Moravam juntas e tudo! Elas moravam aqui por Willamette mesmo, uma boa casa se quer saber, a amiga de Beatriz também tem 25 anos e estavam na mesma classe. Hum...um momento— disse procurando um papel dentro de uma grande pasta marrom— Ah, aqui está:”Aiken, April. 25 anos. Estudante. Parentesco: Aiken, Ella(mãe). 45 anos. Ex-curandeira do exército e ex-secretária sênior do governador. Formada em direito e em medicina. Estado: morta...”— levantou os olhos para nós um pouco desconcertado
— E essa tal de...April?— perguntou Sam para o xerife Jordan, que concordou— bom, ela não tem ninguém vivo? É órfã?— Jordan assentiu novamente
—Conheci sua mãe, uma mulher brilhante se quer saber. Bom, talvez precisem, então aqui estão as fichas de Beatriz e April, desculpem-me mas terei de tratar de outros assuntos agora— e assim saiu do lugar
— Duas órfãs no mesmo lugar. Coincidência?— perguntei, calcei as luvas e comecei a analisar o corpo, Sam logou seguiu meu exemplo— Sabe, realmente não faz sentido à insuficiência cardíaca...essas marcas, para serem cravadas desse jeito na pele, teriam a matado muito antes— Sam concordou e pegou o bisturi
— Bom, então por que não começamos vendo seu coração?— concordei e ele começou a corta-la— o que acha, Dean?— dei de ombros e ele revirou os olhos— Não acho que sejam bruxas...está vendo essas marcas?—perguntou deixando o bisturi de lado e tocando no braço da garota
— Impossível não ver— ele revirou os olhos mais uma vez, o que me fez dar um sorrisinho de lado.
— Dean, é sério!—falou irritado— essa marcas não parecem ter sido feitas por uma faca... nem por queimaduras como disse o Jordan, quer dizer não queimaduras com fogo— ergui uma sobrancelha, da para se queimar sem fogo?— Ah, deixa para lá, Dean!— e assim voltou a analisar o corpo— não tem nenhuma perfuração...é como se essas marcas tivessem sido...pressionadas contra a pele dela, é a única explicação plausível— ergui uma sobrancelha, novamente sem entender, pressionadas?— Dean— disse pausadamente, como se tentando se controlar—Sabe quando você dorme muito tempo em cima do seu braço e ele fica marcado por causa da blusa e seu rosto também?— assenti
— Então está me dizendo que ela ficou assim dando uma soneca?
— Dean! Não! Alguém...O que a matou forcou algo contra a pele dela, entende?— disse apontando, assenti lentamente, ainda tentando entender.— Ótimo! Agora vamos ver o coração dela, pode me dar a serra?— passei para ele e o mesmo assim que a recebeu começou a serrar os ossos da costela— Hã...Dean...?— colocou a serra de lado e me olhou fixamente, estiquei um pouco a cabeça e pude ver o coração de Beatriz, ele estava repleto de marcas também, mas essas eram claramente feitas por queimaduras.

(...)

Estamos em frente a uma grande casa, a casa onde viviam Beatriz e a amiga. “Toc toc”, alguns minutos depois de batermos a porta se abre, revelando uma garota de cabelos muito ruivos e olhos verdes...azuis? Um belo verde-água! Ela usava uma blusa branca com mangas pretas, um shorts preto, um casaco rendado branco e sapatilha preta.
— Pois não?— perguntou, sua voz era doce e delicada
— Boa tarde, senhora Aiken?— perguntou Sam, a garota abriu um pequeno sorriso ao ouvir “senhora”— Eu sou o agente Smith e esse é meu parceiro, agente Denvers— disse apontando para mim— Somos do FBI, e viemos aqui por causa da morte de sua amiga, Beatriz Cruz— ela pareceu um pouco surpresa ao ver que estava diante de dois agentes do FBI— Podemos entrar?— ela abriu espaço e disse
— Ah, claro, fiquem a vontade. Não comentaram muita coisa sobre ela comigo, sabem? Não me deixaram ler os jornais nem nada do tipo, será poderiam me dizer se...se...— a garota parecia que ia se desmanchar em lágrimas, mas não ousou derramar uma só— Desculpe, eu preciso ir ao banheiro— disse e se virou, nos deixando sentados no sofá encarando suas costas. Quando voltou seus cabelos não estavam mais soltos e sim amarrados em um coque despojado.
— Hã...April, não? — ela assentiu e se sentou— Você e a Beatriz eram muito próximas?— ela assentiu com os olhos cheios de lágrimas, mas as reprimiu fechando fortemente os olhos— E como ela era?— ela ergueu uma sobrancelha, sem entender
— Sabe, era uma pessoa difícil? Tinha um temperamento difícil? Alguém que quisesse fazê-la mal...?— falei encarando-a
— Querem saber se ela tinha inimigos?— assentimos— Não...ela era muito doce, sabem? Todos a adoravam! Era realmente popular.
— Foi você que a encontrou não?— ela assentiu— e onde ela estava?
— Na cozinha— respondeu olhando para os pés— Ela estava tão...machucada— falou nos encarando novamente nos olhos— acharam o assassino?— perguntou ansiosa, o que nos fez erguer uma sobrancelha
— Assassino?— perguntei calmo— April, o legista disse que a causa da morte foi insuficiência cardíaca.— Sam me olhou em forma de rependimento
— O que?— seus olhos se encheram novamente de agua— Não! Não! Eu disse a eles!— a garota dessa vez não conseguira conter as lágrimas, se levantara e praticamente gritava— Eu disse a ele! Eles...Por que não...? Eles acham que eu sou louca, não é?!
— April! April! Por favor se acalme! Dean vá pegar um copo de água para ela!— Sam agora abraçava a garota, que arfava nos braços de Sam— Por favor se sente.— falou colocando a garota de volta ao sofá, Dean a água!— Quando me levantei para ir à cozinha a garota disse
— Não, tudo bem, obrigada, já estou melhor- enxugou rapidamente os olhos e se recompôs, Sam não parava de encara-lá como se a garota fosse quebrar ou começar a chorar novamente.
— April, você disse que disse a eles, o que disse a eles?— perguntei e me sentei, ela me encarou incrédula
— Eles não lhe contaram?!— perguntou e balançamos a cabeça negativamente— Na noite do assassinato dela, eu vi alguém ao lado de seu corpo.
—Como assim?— perguntou Sam depressa— pode nos contar apartar do momento em que chegou em casa?— ela assentiu
— Bom, eu cheguei em casa e fui a cozinhar comer algo, estava morrendo de fome, estava voltando da residência, Bia havia voltado horas antes. Quando entrei na cozinha, vi o corpo nu de Bia esticado no chão e alguém estava agachado ao lado dela, quando a...coisa percebeu minha presença simplesmente se transformou em fumaça, e então acho que o resto vocês já sabem.
— Você sentiu cheiro de enxofre?— perguntei depressa
— Enxofre? — perguntou sem entender— Não...acho que não...
— A temperatura caiu?— perguntei assim que ela respondeu
— Não...— respondeu nervosa olhando para Sam— Na verdade acho que ficou mais quente...
— Mais quente?— perguntou Sam, que logo depois da garota assentir me encarou por alguns instantes— Bom April, espero que não tenhamos atrapalhado você em nada, mas precisamos ir agora.
— Ah, claro, claro, eu acompanho vocês até a porta.— levantamos e fomos em direção a porta, ela a abriu— Por favor se souberem de algo podem me contar?
— Claro! Pode deixar!— falei
— Obrigada, então até mais!— disse e fechou a porta. Caminhamos até o carro em silêncio e quando alcançamos o mesmo, Sam olhou para a janela da garota e abriu a porta
— Elas tinham um caso.
— O que?
— Elas tinham um caso
— Como sabe disso?— perguntei colocando o sinto, Sam fez o mesmo
— O jeito em que ela falou sobre Beatriz, não era o de uma simples amiga— ergui uma sobrancelha
— Tá bom, ajeita o retrovisor para mim csi— ele me encarou por alguns instantes e então ajeitou— Ótimo, agora vamos ver o que os outros conseguiram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Supernatural - After all" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.