Ela acordou assustada quando ouviu a voz e levantou a cabeça, vendo que estava em um restaurante e sentada numa mesa arrumada. Pelo visto era mais um sonho. Sua voz no telefone despertou uma vaga lembrança: um vulto estava sentado à frente dela e ele começou a conversar normalmente enquanto Frisk o encarava, tentando se lembrar de quem ele era.

?: ... Faz um bom tempo que você sumiu, imagino que você decidiu optar pela sua escolha.

Ela o via como se fosse alguém muito familiar e notou que sua voz estava triste. O vulto não estava olhando-a.

?: ... Eu sei como você se sentiu. Mas eu penso que... às vezes, é melhor ter aceitado o que foi dado a você. Antes de você ter ido embora, eu queria ter te perguntado isso antes. Mesmo com todos os amigos que você fez aqui, os laços que criou, a comida compartilhada com você e os lugares onde você passou... o que você esteve fazendo... realmente valeu a pena?”

As palavras dele fizeram-na relembrar seus amigos desde o início da jornada e o carinho compartilhado por eles, os elogios e o apoio, ela olhou para si mesma perplexa, se questionando por que ela os deixou.

?: Nah... esquece. Saiba que apesar disso tudo, nós apoiamos você. Imagino o quão duro foi passar por todos esses desafios... Eu me pergunto se você se lembra de ter passado por aqui e de como você nos protegeu. Todos estão eternamente gratos, mas infelizmente a guerra não acabou por aqui, todos estão dando seu melhor para não serem possuídos pelas trevas, mas nem sempre é possível evitar, sabe? ...”

Frisk: ... possuídos pelas trevas?

Imediatamente ela relembrou as garras que a puxaram pelo portão no sonho, da mesma forma, ela se lembrou dos monstros possuídos pelas trevas que viu no subsolo. Ela ficou estática e o restaurante desapareceu diante dela. Frisk se viu cercada dos monstros que ela temia, todos olhando fixamente para ela com seus olhos brilhantes, prontos para atacá-la. Ela sentia medo, mas ao mesmo tempo, ela não os temia. Ela não conseguia compreender, porém, em seu interior, uma sensação nostálgica encorajou-a, fazendo-a sentir que ela podia enfrenta-los.

Frisk: Por que eu não tenho medo deles? Que sentimento é esse?

?: ...Não desista onde estiver, ok? Eu espero que se lembre de quem você realmente foi para nós. E quando estiver enfrentando algum perigo, todos nós acreditamos em você, e não se esqueça de sempre acreditar em si mesmo.

Frisk: ... Devo acreditar em mim mesma...

Frisk imediatamente reviu as memórias de todos os seus amigos dizendo que acreditavam nela. Ela juntou as mãos em seu peito e um calor de dentro surgiu, dizendo as mesmas palavras quando ela despertou sua alma de guardiã e se transformou pela primeira vez.

“... acredite em você, tenha determinação!”

Aquelas palavras a encheram de coragem e ela deixou o sentimento de força de vontade dominá-la. Ela fechou os olhos quando os monstros estavam avançando contra ela e o tempo andou lentamente a partir dali. A luz dentro dela se revelou e iluminou de tal forma que cegou a todos ao redor. A sala se encheu de luz. Abrindo os olhos, ela estendeu a mão para cima e proclamou.

Frisk: Pelo poder da Determinação, eu ordeno as trevas que saiam!

Após dizer essas palavras, uma onda de luz saiu de seu corpo e disparou-se diante dos monstros, fazendo-os evaporarem. Ela foi banhada de luz e de repente, ela viu seu emblema materializar-se na frente dela.  Ao tocá-lo, ela relembrou todas as suas memórias até a ultima vez em que se viu lutando contra Flowey. Ela sabia, aquilo realmente não era um sonho. Apesar disso, ela se sentiu radiante de ter descoberto novamente seu propósito.
     Segurando seu emblema, sua luz aumentou de tal forma que a fez acordar. Frisk acordou e estava sentada na mesa. Ela reparou que estava segurando o brasão em uma mão e na mesa estava o telefone ligado com uma chamada perdida. Ela pegou seu celular e se lembrou da voz que falou ao telefone.

Frisk: ... Obrigada por se lembrar de mim.

Ela se levantou da mesa e ficou olhando seu emblema, feliz por ter se lembrado de tudo. Enquanto admirava-o, ela notou uma fonte de luz que saiu da janela e alcançaram os olhos dela. Ela viu o sol nascendo no horizonte.

Frisk: Realmente... É maravilhoso o sol nascendo... Eu quero que tenham a chance de ver o que eu estou vendo agora... Eu devo terminar minha missão de libertar todos os monstros.

Ela segurou seu emblema e desejou pelos seus amigos voltar onde esteve antes de retornar à superfície, determinada a banir as trevas de uma vez do subsolo. O emblema atendeu ao seu pedido fervoroso e surgiu uma luz imensa que engoliu tudo onde ela estava.
      Voltando ao local, antes que Flowey tivesse a chance de atingi-la com seu disparo enquanto ela estava inconsciente, seu emblema emitiu uma luz forte, se expandindo e engolindo tudo ao redor. Flowey viu aquilo perplexo e sentiu-se engolido pela magia dela.

Flowey: MAS QUE MAGIA É ESSA? ...

Vendo aquela luz se aproximar, ele sentiu toda a sua força ser sugada por aquela luz esmagadora e Flowey gritou de agonia. A forma bizarra se dissipou através daquela magia e tudo estava coberto de luz. Aos poucos a luz desapareceu até a sala se tornar escura novamente.
     Frisk acordou sem saber onde ela estava. Olhando para si mesma, ela percebeu que continuava usando o mesmo traje de guardiã desde sua ultima luta. Quando ela olhou ao redor, ela viu uma quantidade mínima de luz que saía do alto e iluminava uma pequena flor adiante, com seu miolo abaixado. Frisk se aproximou daquela flor e o chamou.

Flowey: ...O que está fazendo? Acha que vai conseguir algo fazendo isso?

Frisk: Eu sei o que você quer.

Flowey: ... O que?

Ela segurou o brasão e continuou olhando-o, esperando que ele reagisse. Flowey levantou seu miolo para ver o que ela estava pretendendo fazer e ficou intrigado, achando que aquilo era um truque.

Flowey: O que você vai fazer? Vai mesmo usar seu poder secreto? Heh... Você não sabe do que sou capaz...

 Frisk: Ainda temos um acordo a cumprir. Sendo Deus ou não, eu não vou perder.

Após dizer isso, ela desejou usar sua magia para fazê-lo despertar sua verdadeira forma. Flowey viu aquela magia cerca-lo e o local novamente se encheu de luz. Flowey começou a rir macabramente enquanto sentia seus membros adquirirem uma forma totalmente diferente. Frisk não conseguiu ver o que estava acontecendo com ele e a luz estava tão intensa que ela fechou os olhos, temendo ser cegada pela luz que o cercou.
     Aos poucos, ela abriu os olhos e viu que o local estava totalmente escurecido novamente. Olhando ao redor, ela ouviu uma voz diferente. Frisk se virou para ver de onde saiu aquela voz e então, ela viu uma criatura de estatura baixa de pelagem branca. Ele usava um suéter longo, verde, com várias listras amarelas e uma calça marrom. Ele olhou para si mesmo e mexia seus braços, como se tivesse obtido controle de si depois de muito tempo.

?: Finalmente... Estava tão cansado de ser uma flor...

Frisk se aproximou para ver quem era aquela criatura e quando ele ouviu-a se aproximar, ele se virou, esboçando um sorriso, estando feliz de vê-la. Frisk se assustou mais ainda ao notar as feições daquela criatura, o filhote que ela viu se parecia com o casal real.

?: Você se lembra de mim? Sou eu... Seu melhor amigo...

Ela continuou parada, encarando-o, ela não sabia o que dizer. Se for quem ela realmente pensava, provavelmente ela estava sonhando outra vez, não tinha como Asriel estar vivo.

Frisk: “Isso... é outro sonho não é?”.

O filhote continuou olhando-a, esperando ela responder. Porém sua expressão começou a fechar-se quando viu que Frisk não dava nenhuma resposta. Ele olhou para baixo com um semblante de desapontamento.

?: ... Não me diga que se esqueceu da nossa promessa... Chara...

Frisk: ... O que?

Assustada com o que ouviu, ventos fortes surgiram ao redor, criando um tornado de fogo que começou a envolvê-lo. Ela se afastou do tornado de fogo, assustada e percebendo que Asriel havia mudado de forma. Ele cresceu e adquiriu dois chifres e olhos negros. Ele vestia uma túnica com uma estampa indêntica a da túnica de Toriel e possuía um colar de ouro com um relicário de coração. Ele estava imerso de aura negra e olhava para Frisk como se fosse sua presa.

Asriel: Eu sou o novo Deus da Hipermorte! Asriel Dreemur!

Após se transformar, todo o local ao redor é banhado de várias cores e formas giratórias, se tornando um espaço totalmente abstrato e irreconhecível. Frisk viu que não tinha chão naquele lugar e tentou se manter firme, focando apenas em Asriel. Naquele momento, ele começou a invocar estrelas cadentes do alto para acertar Frisk e dali, várias estrelas surgiram e caíram em alta velocidade. Não tinha como medir a capacidade de ataque de Asriel, ele aparentava ser imbatível. Frisk se esforçou para se desviar das estrelas cadentes, uma vez que estava cheia de determinação para enfrenta-lo. Ela sabia que havia algo errado quando Asriel a chamou pelo nome equivocado, mesmo assim, ela acreditava que conseguiria derrotá-lo.

Asriel: Esperei tanto tempo por isso! Junte-se a mim... Vamos criar um mundo novo e só nosso!

Frisk: ... Eu não sou quem você acha que sou.

Asriel: Do que está falando? Eu sei quem é você... Você prometeu que estaríamos juntos para sempre!

Ele disse isso com uma ponta de furor e desespero em sua voz. Ele se ergueu novamente e invocou raios de luz, dessa vez, ele não ia deixar que Frisk escapasse de seu ataque facilmente. Frisk continuou se desviando dos seus ataques e tentou anular de todas as maneiras possíveis os raios que vinham na direção dela, porém, os raios eram muito mais rápidos do que ela pensava. Ela acabou sendo atingida por vários raios pelo seu corpo e se sentiu cada vez mais fraca. Asriel viu o sucesso desse ataque e continuou falando com euforia.

Asriel: ... Falta tão pouco para eu finalmente apagar suas memórias! E a melhor parte? Faremos isso tudo outra vez! Por que você ama seus amigos e se importa com eles...

Frisk: “Não posso... eu não posso perder...”.

Frisk sentia sua determinação aumentar cada vez mais até ela estar convicta de que não iria ser derrotada. Fechando seu punho ao se levantar, ela voltou a encará-lo e viu-o invocar seu Chaos Buster. Ao mesmo tempo em que ele é carregado, Frisk invocou seu bastão e começou a se concentrar em sua magia. Ambos apontaram um para o outro e eles atiraram uma rajada de luz contra o outro. Ambas magias se chocaram e se empurraram com grande força até surgir um colapso. Frisk foi empurrada para trás e caiu no chão com grande impacto e Asriel aproximou-se dela, ele parecia intocado pelo dano.

Asriel: Não é maravilhoso? Sua Determinação... Esse poder que te permitiu chegar aqui... Também será a sua ruína!

Frisk: “Ele é muito mais forte do que imaginei...”

Asriel: ... Não pode desviar de mim para sempre! Eu sou o Deus da Hipermorte!

Após dizer isso com furor, ele ergueu suas mãos e fez surgirem duas espadas, uma em cada mão. Ao se equipar, ele voou para atacar Frisk. Ela se levantou rápido e ao vê-lo, ela segurou seu cajado firmemente e então, seu emblema fez com que o cajado se transformasse em um bastão maior, triplicando de tamanho. Ela olhou para aquele bastão e usou-o para bloquear seu movimento e golpe das espadas dele. Ambos se chocaram várias vezes e voaram para trás, logo depois, avançando repetidamente. Asriel estava vendo a insistência dela em lutar e começou a se sentir intrigado.

Asriel: ... Não pode manter seus sonhos e esperanças para sempre, Chara... Estamos perto de conseguir tudo o que queríamos...

Frisk: ... Eu não sou Chara!

Asriel: Por que está dizendo isso? Eu sei que você está aí. Pare de me deter e me deixe ganhar!

Após ouvir sua ultima frase, Frisk se sentiu assustada ao ouvir aquilo e não o compreendeu. Ela parou de se mexer e isso fez com que Asriel conseguisse atingi-la com suas espadas, fazendo-a cair ovamente para trás e deixando o bastão sair de suas mãos. Com seu ultimo esforço, ela se levantou com dificuldade e continuou encarando-o. Asriel continuou vendo sua insistência e ficou sem reação.

Asriel: Vejo que você quer voltar atrás... Quer saber? Eu não ligo mais para destruir esse mundo, nós ficaremos aqui lutando por toda a eternidade!

Ele fez suas espadas desaparecer e dessa vez, ele se encheu de luz e se transformou em uma cabeça de dragão, com feições que lembravam o mesmo rosto. Ele abriu sua mandíbula e começou a distorcer o espaço, sugando tudo ao seu redor. Sua força era imensa e Frisk usou todas as suas forças para se defender daquele buraco negro, porém, aquilo foi insuficiente, o buraco negro que Asriel criou sugou-a e ela ficou presa em outra dimensão naquele espaço.
      Quando ela abriu os olhos para ver onde estava, ela viu Asriel de outra forma, ele tinha garras em suas mãos, asas etéreas brilhando em várias cores e possuía uma esfera brilhante no meio do peito. O mesmo rosto dele estava escancarado com dentes afiados e ele olhava-a como se estivesse prestes a conseguir o que queria. Frisk notou que o espaço estava vazio e escuro novamente, sem as luzes e cores por todos os lados, não havia mais nada a não ser ele e Frisk.

Asriel: Enfrente meu verdadeiro poder!

Ele estendeu suas mãos e invocou vários cometas de luz que voaram na direção dela. Vendo os cometas alcançarem-na, Frisk tentou se mexer, mas ela estava presa naquele espaço. Antes que os cometas se chocassem contra ela, Frisk fechou os olhos e sentiu seu emblema emitir uma luz poderosa que preencheu todo o lugar onde eles estavam. Ela viu Asriel desaparecer naquela luz com o mesmo semblante de euforia.
    Depois que o brilho havia cessado Frisk não entendeu o que havia acontecido, ela estava parada no mesmo lugar encarando Asriel e ele não mudou sua expressão quando a viu ali.

Asriel: Esse poder impediu sua morte... Quanto mais você o usa, mais seus amigos se esquecem de você!

Novamente, ele invocou mais cometas que a alcançaram rapidamente, Frisk novamente implorou por ajuda e seu emblema novamente emitiu aquela mesma luz, evitando que ela morresse novamente, todo o lugar se encheu de luz e depois disso, Frisk começou a se sentir esgotada. Sua magia estava acabando e Asriel observou-a com satisfação, vendo que ela estava prestes a desistir.

Asriel: Isso mesmo! Eu sinto sua Determinação acabar... Suas esperanças e sonhos estão te deixando... Em breve ninguém mais se lembrará das suas ações, nem mesmo você se lembrará de ter chegado até aqui... MORRA!

Frisk: “... Eu não posso desistir... o que eu faço?”

Ele estava prestes a levantar sua mão e invocar mais cometas quando viu Frisk reagir. Ela começou a se libertar daquele espaço que a manteve presa e se levantou. Mesmo fatigada, ela não deixou sua fraqueza vencer, ela levantou sua cabeça e encarou-o novamente.

Frisk: Eu não vou desistir... Farei de tudo para salvar a todos... Por isso, eu lutarei com você até o final.

Asriel se sentiu perplexo ao ouví-la e reagir dessa forma, tal que ele voltou a encará-la com desespero.

Asriel: ... Pare de lutar contra mim, eu não vou te perder de novo...

Frisk: Eu não vou perder mais ninguém.

Sua determinação de ver seus amigos aumentou a tal ponto que ela sentiu algo dentro de si. Ela dirigiu sua oração com fé e vontade, implorando para ver novamente seus amigos e ajudarem-na. Asriel voltou a invocar ainda mais cometas para impedí-la de fazer algo.

Frisk: Por todos os monstros que contam comigo, eu imploro...

Antes que ela continuasse, os cometas alcançaram-na e atingiram-na com seu poder, causando um grande colapso de energia. Frisk só conseguia gritar de pavor ao sentir aquela dor inexpressível que a fez cair no espaço. No meio do vazio, ela não conseguia sentir mais nada, seu corpo estava paralisado e ela só conseguia pensar que estava prestes a deixar aquele lugar. Lágrimas brotaram de seus olhos e ela viu que nunca mais iria ver seus amigos novamente, de ter seu sonho realizado de alcançarem a superfície. Ela apenas queria vê-los antes de partir, aqueles que a ajudaram a chegar até ali, aqueles em quem ela confiou com sua alma e que puderam mudar sua vida. Sem eles, ela não seria nada. Com seu ultimo esforço, ela levantou seu braço lentamente e orou com todas as suas forças, pedindo que a vissem.

Asriel, vendo que havia conseguido derrotá-la, ele expressou sua euforia veemente, proclamando aos céus sua vitória. Logo, dentro de si, ele sentiu algo se movendo intensamente, querendo sair de dentro dele. Sua energia se movia cada vez mais intensamente e ele não pôde controla-la por muito tempo. Por um momento, ele pensou que havia deixado escapar seus sentimentos, porém, ele viu um pequeno grupo de almas coloridas escaparem de dentro e isso fez com que ele perdesse grande parte de sua força. Asriel olhou estático para aquelas almas e elas alcançaram Frisk, girando ao redor dela.

Asriel: ... O que você fez?

As almas começaram a dançar ao redor dela, imergindo-a de magia que a fez recuperar sua força e vitalidade instantaneamente. Frisk abriu os olhos assustada e se levantou, vendo aquelas almas voando. Logo, elas começaram a pousar ao seu lado e cada alma adquiriu uma miragem de sua verdadeira forma. Frisk viu seus amigos novamente e sentiu emocionada de vê-los ali do seu lado, ela se lembrava deles e eles a lembravam, eles estavam alegres em vê-la, dando apoio a ela. Cada um se aproximou e colocou a mão no ombro de Frisk e ela não entendeu o que estava acontecendo. Todos fecharam os olhos e disseram em uma única voz.

“Pela crença que nós temos na guardiã da Determinação, convergimos nossos poderes!”

Após dizerem isso, Frisk sentiu uma energia enorme crescendo dentro dela, algo totalmente diferente e poderoso estava emergindo. Ela recebeu toda a energia de seus amigos e seu emblema recebeu uma nova aura de luz. Suas forças aumentaram e ela estendeu seu bastão para cima e ela notou que o bastão se transformou em um longo cajado com um cristal de estrela na base superior. Suas vestes se transformaram em um vestido coberto de aura branca e asas surgiram em suas costas.

Ela abriu os olhos e viu Asriel, completamente chocado. Ele não estava acreditando no que viu, e ela se viu surpresa com aquele poder diante dela.

Asriel: Não pode ser... esse poder...

Frisk: ...esse é o poder do Artefato?

Perplexo, Asriel tremeu e começou a gritar de agonia, temendo que não pudesse fazer mais nada para detê-la.

Asriel: ... NÃO! EU ESTAVA TÃO PERTO DE VENCER... PARE DE LUTAR E ME DEIXE GANHAR!

Ele concentrou desesperadamente toda a sua magia para acertá-la de uma vez. Quando Frisk o viu tentando detê-la, ela segurou o cajado e este criou um escudo de luz, protegendo-a e seus amigos ao redor dela, bloqueando o ataque dele. Asriel viu que seu ataque estava sendo inútil e forçou-o ainda mais, estando em total desespero. O escudo criado pelo artefato continuou protegendo eles.

Asriel: ... Para... PARAAAAAAAAAA...

O rojão de luz que ele emitiu foi intenso, porém de nada adiantou, o escudo conseguiu protege-la de todas as formas e ele sentiu suas forças acabarem rapidamente. Ao cessar sua magia, ele desistiu de atacá-la, não resistindo e começando a chorar, se sentindo culpado. O escudo de luz que envolveu Frisk e seus amigos se dissipou e com ele, as almas ao redor de Frisk desapareceram, retornando para Asriel. Frisk ainda mantinha a aura do poder do artefato com ela e ela viu Asriel caído e frustrado, chorando amargamente. Frisk não conseguiu deixar de se sentir triste por ele, ela desejou ajudá-lo e sentindo que poderia fazer mais alguma coisa, ela se aproximou dele e estendeu sua mão, tocando sua testa. Seu emblema reagiu e emitiu uma aura que o acalmou, ao mesmo tempo, ela sentiu ser puxada por seu poder até cair em outro cenário, ela olhou assustada para todos os lados e não soube dizer onde estava agora.