Heart and Soldier escrita por Sapphirah


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Queda


Notas iniciais do capítulo

Depois de um bom tempo, decidi trazer minha história para o Fanfiction.net, que até então eu desconhecia sua existência. -q

Espero que gostem da história. :3



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“Era uma vez... No reino humano, havia um rei que governava seu povo com sabedoria, todos o admiravam pela forma que ele governava, ele criou uma aliança com os monstros e permitiu que eles andassem livremente pelos dois reinos. As duas raças viviam pacificamente. Um dia, o rei concebeu um filho, na noite em que ele nasceu o céu se encheu de estrelas, sendo um sinal que ele seria o escolhido a receber o artefato divino. A herança que os magos guardavam estava prestes a chegar a seu reino e entregá-lo ao escolhido. Ansioso, o rei recebeu os magos e o povo festejou a chegada de um milagre.
       Ao chegar a seus aposentos, os magos olharam para a criança e se entreolharam intrigados, eles previram uma maldição que chegaria a esse lugar se o filho do rei recebesse a herança. Por conta disso, eles decidiram não entregar o presente. Sem entender, O rei entrou em desespero e implorou aos magos que entregassem o presente. Eles recusaram seu pedido e deixaram o lugar em busca de outro herdeiro.
      Atravessando o reino dos monstros, eles encontraram uma família que acabara de conceber um filhote. Ouvindo o choro da criança, eles entraram na casa para conhecê-la e viram um semblante de pureza e luz nos olhos dela. Encantados, eles profetizaram que o filhote será o próximo “monstro chefe”, tendo a promessa de que seria o novo governante. Um espião ouviu a declaração dos magos e retornou para contar ao rei o acontecido. Ouvindo-o, o rei pensou que os magos deram o artefato a um monstro. Cego de ira, o rei quebrou a aliança, declarando guerra aos monstros. Um massacre dominou o reino e os humanos venceram a guerra. Eles expulsaram os monstros de seu reino, exilandos-os dentro do monte.
       Vendo essa situação desesperadora, os magos viram que não havia uma alma pura e determinada a herdar o artefato e decidiram escondê-lo até o real herdeiro surgir. Acima do monte onde os monstros foram exilados, os magos selaram-no através de uma barreira mágica. Eles também decidiram selar suas almas para proteger o artefato e guiar quem viesse a ser o escolhido. Anos se passaram... Aqueles que ouviram a história tentaram escalar o monte, mas nunca retornaram.”

Essa é a história de Frisk, uma garota terminando o ensino fundamental, quatorze anos. Todos os dias ela vivia uma rotina imutável: passa oito horas na escola e o resto do dia trancada no quarto, era uma monotonia. Ela tinha uma vida solitária, porém ela dava o seu melhor nas notas da escola e queria ser uma ótima profissional, mesmo não tendo ideia do que trabalhar. Pessoas ao redor dela notavam como ela se esforçava e não havia pessoas interessadas para conversar com ela, outras a debochavam por não ser igual aos outros. Frisk tinha um bom coração, porém não compartilhava seus gostos e nem sabia como iniciar uma amizade. Ouvir tal discriminação fazia ela se distanciar mais e perder a confiança em si mesma.
       Após a aula, o professor estava entregando as provas corrigidas aos alunos, por alguma razão ele deixou Frisk por último e ela se adiantou quando ela a chamou, recebendo a prova, ele olhou para Frisk satisfeito, ela tirou mais uma nota alta.

Professor: Parabéns!

Frisk: Obrigada.

Professor: Mas não foi por isso que te chamei, posso te dar um conselho de adulto?

Ela pensou que iria receber mais um incentivo para falar com as pessoas, coisa que ela ouviu várias vezes, porém a essa altura Frisk já não se importava mais de ouvir a mesma coisa. Ela respondeu afirmativamente.

Professor: Honestamente fico feliz que você se esforce tanto, mas me preocupo em ver você fechada demais, há pessoas boas afora, tenho certeza que se você se abrisse mais, você pode fazer boas amizades.

Frisk: Não sei bem como fazer isso...

Professor: Vejamos, você vai à excursão de amanhã? Você pode começar dizendo “olá” pra quem você vê.

Frisk: ... Posso tentar.

Professor: Eu sei que é chato ouvir esses conselhos, eu também já fui assim que nem você. Mas algo aconteceu na minha vida que me ensinou a ser receptivo com quem eu encontro e isso me fez querer ser melhor para as pessoas que eu estimo. Acredite, uma amizade faz muita diferença na vida de alguém.

Frisk só pensava em ir embora naquele momento, não era fácil pra ela se abrir com uma pessoa qualquer e isso a incomodava. Ela somente agradeceu o professor e se retirou logo em seguida, pois já estava anoitecendo. No caminho para casa, ela começou a refletir sobre sua vida, Frisk não se sentia motivada, sua vida era a mesma durante esses anos todos e nada mudou, ela começou a se perguntar se realmente havia algo capaz de mudar sua vida.
       Chegando em casa, ela foi até a sala cumprimentar seus tios, porém ela viu-os ocupados demais para respondê-la. Depois de jantar, ela dirigiu-se ao seu quarto e decidiu assistir anime em seu computador antes de dormir. Ela gostava de ver animes colegiais e ficção científica e seu gênero favorito eram garotas mágicas. Toda vez que ela assistia, ela se sentia mergulhada nesse universo e sempre desejou entrar dentro dele. Sabendo que a excursão era amanhã, ela se perguntou se havia algum objeto mágico perdido que ela pudesse encontrar e der a ela poderes para ajudar alguém ou um grupo de pessoas em perigo, defendendo-os com o poder do amor e a justiça. Mesmo não tendo coragem o bastante para encarar o perigo, ela pensava que isso era muito melhor que a vida medíocre que tinha. Quando viu o relógio marcar duas da manhã, ela foi dormir.
    Minutos se passaram e Frisk ouviu uma voz sussurrando baixo. Ela abriu os olhos e tentou reconhecer o lugar de onde se ouvia a voz. Frisk percebeu que estava em uma sala com pouca luz, diante dela havia um portão com dois pilares ao lado, acima havia um desenho de uma figura: embaixo tinham três triângulos e acima deles, um círculo com asas, era um anjo. Novamente, a voz sussurrou mais claramente.

"O lamento de todos clama em uníssono, o céu ouve e repete seu nome... Você é a esperança dos monstros e humanos."

Após ouvir a voz, Frisk se depara com várias vozes chamando do outro lado do portão, clamando por ajuda. Ela começou a sentir medo,ela não tinha ideia do que estava acontecendo do outro lado do portão. Ela ficou parada, olhando o portão, assustada. Mas ela começou a sentir um impulso, ela deveria abrir o portão. Um sentimento de grande força de vontade apareceu e a voz falou com ela novamente.

Tenha DETERMINAÇÃO...

Ela se aproximou e empurrou o portão, um rojão de luz surgiu do outro lado, iluminando o local. De repente, mãos escuras apareceram de dentro do portão e agarraram-na, puxando para dentro. Frisk gritou e tentou lutar contra as garras, mas em vão, as garras conseguiram puxá-la e arrastar ela para dentro e o portão fechou-se lentamente até se trancar. Frisk imediatamente abriu os olhos e se sentou rapidamente, assustada, isso tinha sido um pesadelo. Ela nunca tinha sonhado algo assim antes, ela estava respirando ofegantemente e estava tensa pelo que viu.

Frisk: “... o que foi isso?”

Quando ela se acalmou, ela deitou-se novamente mesmo sem sono e começou a refletir sobre seu sonho até amanhecer. Era uma manhã de sexta-feira e Frisk tinha uma excursão para ir junto com outros colegas da escola para fazer um passeio perto do Monte Ebbot. Após seu desjejum, ela saiu de casa e foi até a escola esperar a viagem. Ela levaria uma hora e Frisk decidiu cochilar um pouco dentro do ônibus, cansada por não ter dormido direito na ultima noite. Chegando ao local, todos se reuniram fora do ônibus e eles tiveram que ouvir as instruções antes de começar. Os professores disseram que era necessário que todos andassem juntos. Frisk mal estava prestando atenção, ela continuava cansada e iria tentar se juntar aos seus colegas, e ainda, estava muito quente afora e ela sentia sede. Esperando as explicações terminarem, ela pegou seu celular e ficou olhando sua rede social e suas postagens. Enquanto todos andavam, Frisk continuava entretida no celular, sem se dar conta que havia pegado um atalho, indo a um desvio. Depois de alguns minutos andando, Frisk parou de olhar no seu celular e percebeu que havia se distanciado dos outros. Olhando por todos os lados, ela tentou encontrar o caminho de volta, mas ela não sabia nem por onde tinha chegado ali. Frisk começou a se desesperar, temendo não conseguir voltar para casa. Logo ela parou e respirou fundo para se acalmar e decidiu procurar o caminho de volta.
        Enquanto andava, Frisk notou uma fonte de luz que pairava a frente, curiosamente. Surpresa, Frisk esperava que isso fosse apenas um sonho, mas ela estava assustada e também, curiosa demais para pensar nisso. Ver aquela luz flutuando mudou completamente o dia dela. Ela decidiu se aproximar da luz lentamente e a mesma começou a se distanciar dela, parece que ela queria mostrar alguma coisa ou algum caminho. Antes de seguir a luz, Frisk olhou para todos os lados se certificando de que ninguém a descobriria. Ela pensou que se escolhesse seguir a luz, isso seria muito mais interessante.
      Em seu caminho, a floresta estava ficando densa e escura, a luz continuou iluminando o caminho mais claramente e Frisk continuou seguindo-a. A luz estava levando-a longe até perto do Monte Ebbot. Frisk continuou andando por vários minutos e a frente, ela percebeu que teria que escalar algumas rochas para alcançá-la.
      Com o tempo, ela estava ficando cansada de escalar, mas ela continuou persistindo, ela não iria desistir tão facilmente. Após subir uma ultima escada de rochas, ela parou e respirou ofegantemente, aliviada de ter conseguido escalar o muro. Mais a frente, ela encontrou um caminho entre as árvores. A luz ficou flutuando, esperando Frisk conseguir alcança-la e ela flutuou até o final desse caminho. Após chegar ao final dele, a luz desapareceu e Frisk chegou até ali para ver adiante. Havia um portão entre dois pilares e um desenho acima dele, era o mesmo anjo e os mesmos triângulos.
     Frisk percebeu que era o mesmo portão que seu sonho havia lhe mostrado. Ela olhou aquilo amedrontada, ela não esperava que tudo aquilo era real. Ela começou a sentir medo e angustia, temendo que houvesse garras do outro lado esperando para agarrarem-na adentro novamente. Ela não tinha coragem o bastante para abrir o portão e deu alguns passos atrás, decidindo ir embora desse lugar. Frisk não tinha ideia de como ela iria voltar a se reunir com seus colegas e nem tinha ideia de como eles iriam achá-la.
      Antes que ela recuasse, a luz novamente apareceu para ela. Dessa vez, a luz ficou rodando ao redor dela para fazê-la se acalmar. Frisk sentiu a pequena luz dando-lhe paz e forças, ela estendeu suas mãos e a luz pousou nelas, como se ela estivesse segurando a luz. Um sentimento de segurança surgiu, fazendo sua determinação aumentar. Mesmo não entendendo porque ela estava aqui, ela sentiu que a luz estará ao lado dela a qualquer momento. A luz começou a flutuar novamente e Frisk se aproximou do portão, com determinação suficiente, ela o empurrou.
      Um rojão de luz surgiu do outro lado do portão e ventos colidiram-na até cessarem. Frisk notou que dentro era uma caverna com quase nada de luz. Quando ela entrou, a luz acompanhou-a, iluminando a caverna. Andando alguns passos à frente, ela notou um abismo no chão á frente, envolto com várias vinhas secas e velhas ao redor. Imediatamente a luz entrou no abismo, descendo completamente atédesaparecer. Ela não sabia se deveria cair ali ou se deveria procurar outro caminho que a fizesse descer. Ela ficou parada, olhando o abismo por alguns minutos e tentando juntar coragem, mas no final, ela decidiu se virar e seguir outro caminho.
      Quando ela se virou, uma das vinhas se enroscou em seu tornozelo, fazendo-a perder o equilíbrio e ela estava prestes a cair no abismo. Frisk não teve chance alguma de se segurar nas rochas antes e acabou caindo dentro dele, gritando. Ela começou a ter falta de ar durante a queda e desmaiou antes de colidir contra o chão.


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