No capitulo anterior...

―Fera! -Sakura o tocava no ombro. ―Por favor fale comigo! Por favor.

Sem conseguir obter nada em resposta, com muita dificuldade e com a ajuda de seu cavalo, Sakura volta ao castelo...

―――――x―――――

Naquela noite, Sakura resolveu ficar, não iria fugir, ela estava se sentindo culpada pelo estado da fera, então decidiu por ficar e cuidar de seus ferimentos, e mal percebeu quando cochilou, ao acordar no dia seguinte viu que a fera não estava mais deitada na cama e sim ela.

―Onde ele está Jiraya-san? - perguntou Sakura ao castiçal que estava próximo a cama.

―ah querida, ele foi se lavar. -disse ele sorrindo.

―ah sim, então vou ao meu quarto também.

Ao sair do quarto, deu de cara com a fera, e corou ao perceber que ele estava só de toalha, e deixe-me ressaltar que, por mais que ele de certa forma é um animal, isso não lhe tiraria seu charme, a fera tinha um belo corpo, cabeludo, mais ainda assim um belo corpo.

―ah, hum, bom dia. -Disse ela virando o rosto para que não visse suas bochechas vermelhas, mas foi tarde demais, ele tinha visto e decidiu descontrair um pouco, fugindo do seu feitio.

―BOM DIA SAKURA-CHAN. -Respondeu ele da maneira mais sedutora que conseguiu em seu estado atual, torcendo para funcionar.

Sakura percebeu o seu tom de voz, e notou que ele deu uma ênfase no “chan” fazendo eu coração palpitar, e seu rosto corar mais um pouco, havia funcionado.

“O que está acontecendo comigo? Oh kami-sama ajuda-me!” -pensou ela.

―OBRIGADO POR CUIDAR DOS MEU FERIMENTOS. -Ele se aproximou mais um pouco dela e se recostou no batente da porta.

―T-tudo-o b-bem. -Ela faz um barulho com a garganta tentando disfarçar a gagueira. ―Quer dizer... Não precisa me agradecer, foi culpa minha você ficar desse jeito.

―NÃO SE CULPE, SE EU NÃO TIVESSE AGIDO DA FORMA IDIOTA NAQUELA HORA, VOCÊ NÃO TERIA FUGIDO, DESCULPE-ME POR ISSO.

―Então. Hum. Você quer que eu faça os curativos de novo? -Ele a olha não entendendo o que ela queria dizer, “ela já não a havia feito isso?” pensou ele. ―Ah, q-quer di-dizer, bom, você acabou de tomar banho e-

―AH! CLARO. -Ele a encarou e viu que ela estava mais vermelha do que é possível. ― POR QUE NÃO FAZ AGORA?

―a-agora? Mas-

―SIM, E DEPOIS ENQUANTO ME VISTO, VOCÊ PODE IR SE LAVAR TAMBEM.

Sakura levanta a cabeça de imediato, esquecendo-se de seu rubor.

―Estou fedendo? -A fera lhe encara, achando linda sua expressão confusa e tímida.

―AH NÃO NÃO, VOCÊ ESTA MUITO CHEIROSA, SÉRIO... QUER DIZER, SEU CHEIRO É BOM, É QUE EU PENSEI QUE GOSTARIA DE RELEXAR UM POUCO.

―ah sim, claro. -Ela sorri sem graça e baixa sua cabeça novamente.

“Eu sou cheirosa?” -ela pensa.

“Que merda foi que eu disse! Que vergonha!” -pensou ele.

Eles seguem para dentro do quarto dele em um silencio constrangedor.

―Sente-se aqui. -Ela quebra o silencio, e enquanto ela limpava os ferimentos, não pode deixar de reparar o como ele era musculoso, não do jeito exagerado, era como se tudo nele fosse na medida exata, e ao passar o remédio no ferimento na barriga, ela acabou por ficar entre suas pernas, e nem sequer percebeu.

Porem isso não passou despercebido por ele, que acompanhava todos seus movimentos, e enquanto Sakura se concentrava em fazer um bom trabalho, ela foi ficando cada vez mais próxima dele, cuidando agora dos ferimentos do peito, e essa proximidade estava começando a se tornar mais e mais interessante a fera.

“como ela pode ser tão linda, parece um anjo de cabelos rosados” pensava ela observando cada traço do rosto dela, e em um certo momento Sakura coloca seu joelho entre as pernas dele, o apoiando no banco em que ele estava, e a coloca sua mão em seu peitos, para ter melhor acesso aos ferimentos do rosto dele.

A fera mal respirava, a olhando de tão perto, ele tinha medo que ela percebesse como estava, saísse de perto dele, e para prolongar mais o momento, ele mal se mexia.

Ela estava tão concentrava no seu serviço que não sentiu a mão dele em sua cintura, a ajudando ficar mais próxima do seu rosto, e lhe dando equilíbrio.

 Ele estava extasiado com a proximidade deles, com o rosto dela tão próximo que podia sentir seu hálito, ele estava perdido nos belos lábios rosados,  porem como tudo tem um  fim, ele acordou do torpor em que estava quando percebeu que Sakura o olhava sem ao menos piscar, ele temia uma reação brusca dela, porem nada veio, ela por apenas um instante o olhou nos olhos.

“Foi por estes olhos que eu me apaixonei...” -Pensou Sakura por um instante. “O que eu estou pensando?” - Ela piscou saindo dos seus pensamentos.

―Acho que já está bom. -Disse ela se afastando dele. ―Mais tarde, antes de dormi, eu os limpo de novo.

Sakura fez menção de sair do quarto, porem a fera que estava confuso com sua reação a impede.

―SAKURA... ALGUM PROBLEMA? EU FIZ ALGO QUE TE CHATEOU? ME DESCULPE POR- começou a falar, mais foi interrompido.

―Não, não foi nada, eu só estou um pouco cansada, quero tomar um banho. -Ela responde sem olha-lo, ela estava muito corada, porém não estava tão nervosa como antes, e isso fez  a fera se sentir confusa pelo que estava acontecendo ali, mas ele temia que se prolongasse ali, acabaria por terminar brigando com ela, e isso ele não queria, ainda mais por que agora ele estava determinado a conquistá-la.

―CERTO, MAS DEÇA DEPOIS PARA ALMOÇARMOS JUNTOS, DEIXAREI QUE DESCANSE AGORA. -Sakura assente com a cabeça e sai do quarto.

A fera esta com medo que Sakura se afastasse dele, mas não pode deixar de sorrir ao lembrar de como estavam tão próximos, que com um simples movimento e eles podiam ate se beijar, o seu coração estava batendo tão forte, que ate doía, mas ele se sentia tão feliz.

―Querida, seu banho já está pronto. -Disse Tsunade, o guarda roupa.

―Obrigada Tsunade-sama.

Sakura estava se sentindo confusa, sem entender o turbilhão de sentimentos que estava sentindo.

―Algum problema querida? -Perguntou Tsunade.

―Eu não sei, eu estou confusa, não sei o que pensar. -Sakura decidiu desabafar com a Tsunade, ela se sentia segura e feliz na presença dela.

―Em relação ao mestre? Você tem sentimento por ele, minha querida?

 ―Pra ser sincera, acho que sim, e pode parecer loucura, mas sinto como se eu já estivesse amado ele, mas não tem como, eu não o conheço... -disse ela encarando a água em sua banheira. ―Não é?

―Querida, em nossas vidas tem mistérios que nós mesmos desconhecemos, acredito que tudo se revelará no seu devido tempo, não adianta se preocupar com o desconhecido, certo?

Sakura pensa nas palavras dela, e após um certo tempo responde.

―Tem razão, vou me preocupar quando chegar a hora.

Após o banho, Sakura tinha intenção de dormir, mas resolveu ir na biblioteca até que chegasse a hora do almoço.

―Aqui é tão lindo! -Não cansava de admirar, havia tantos livros que ela queria ler, mas estava indecisa por qual começar. ―Qual devo ler... um conto talvez?

―QUE TAL “TALVEZ AS ESTRELAS TOMEM SUA TRISTEZA”? -Sakura que havia subido na escada para ficar mais perto dos livros, se desequilibra e só não cai ao chão por que a fera a pegou no colo antes.

―você me assustou! -Disse ela nervosa por esta nos braços dele. ―Pode me colocar no chão agora. -Disse ela sem graça.

―AH SIM, CLARO. -Ficaram uns minutos em silêncio, ate que ele falasse novamente. ―ESSE LIVRO. -disse ele pegando o livro que havia falado a pouco minutos atrás. ―TENHO CERTEZA QUE VOCÊ IRA GOSTAR.

―Sério? É sobre o que? - indagou o olhando.

― É UMA COLEÇÃO DE POESIAS.

―Serio? Não sabia que você gostava de poesia...

―EU GOSTO APENAS DESSE LIVRO, UMA PESSOA ESPECIAL AMAVA AS POESIAS DELE. -Ao dizer isso a fera sentiu uma profunda tristeza em seu coração.

―Pessoa? Posso perguntar quem? -Sakura sentiu um aperto em seu coração, ao ouvi-lo dizer isso.

―PARA SER SINCERO, NÃO ME LEMBRO QUEM, DESCULPE, MAS EM TROCA DESSA REPOSTA, LHE DIREI UMA DAS MINHAS FAVORITAS. -Ao ouvir isso, Sakura se sentiu triste, porem ela resolveu deixar para lá, não adianta sofrer por algo, que nem ao menos sabe.

―Qual? -Ela disse em expectativa.

Desde que ele fora amaldiçoado, ele não lembrava de muita coisa da sua vida antes da maldição, mas ele sentia que tinha alguém, ou teve alguém em sua vida que fora muito importante, mas ele não conseguia se lembra quem, não importa o quando tentasse, não se lembrava, nem ele e nem ninguém de seu castelo.

A fera as vezes costumava pensar se isso também era parte de seu castigo, não se lembrar, apenas sentir uma angustia terrível, sem simplesmente se lembrar o por que se de sentir assim.

―CHAMA-SE “FÍSICA DO AMOR” —Disse antes de prosseguir.

 “O tamanho da massa não é proporcional ao volume.

A menina, tão pequena como uma flor de Sakura*, uma menina que se move como uma pétala, está me puxando para ela com mais força que sua massa.

Assim, como a maça de Newton, eu rolei em sua direção implacavelmente ate eu cair sobre ela, com um baque.

Meu coração continua saltando... Entre o céu e a terra.

Era meu primeiro amor.”

Enquanto ele recitava a poesia, ela sem perceber derramou uma lagrima, e sentiu-se terrivelmente triste, aquela poesia era tão familiar que chegava a ser angustiante, e antes que a fera percebesse algo, ela tratou de limpar o rosto.

Após ele recitar o a poesia, eles passaram a manhã toda conversando e mal viram o tempo passar, até que o Relógio kakashi os chamasse para o almoço, que foi pela primeira vez em anos ali no castelo, foi o mais animado, a fera e a Sakura, conversam e riam, trocam experiências e histórias.

Mas tarde naquele mesmo dia, Sakura teve a ideia de sair no jardim, e por ter nevado muito de noite, estava todo branco, então eis que veio uma ideia na mente de Sakura.

―Toma essa! -Disse ela de repente, acertando a fera com uma bola de neve. ―Declaro agora uma guerra! -Disse sorrindo, enquanto a fera parecia confusa com a situação.

―O QUE? -Disse ele confuso.

―Bomba! -Sakura não dava trégua. ―É uma guerra de bolas de neve! Não fica ai parado! -Ela disse e lhe acerta mais uma, então enquanto ela se preparava para mais, foi pega de surpresa pela fera.

―AH, VOCÊ DISSE GUERRA, NÃO É?  - Ele estava com uma bola enorme e sorria tão maleficamente, que Sakura quase chorou, porem antes que ele acertasse, em um momento de total desespero de ser atingida por aquilo, Sakura corre em sua direção, e de alguma maneira inexplicável, o desequilibra, fazendo assim a fera cair com aquela bola de neve gigantesca sobre si.

Porem como nem tudo é flores, ele a puxa para cair junto a ele, o que arrancou boas gargalhadas de ambos, e assim o dia passou sem que eles houvessem brigado nenhuma vez.

Eles foram dormir naquele dia, após Sakura cuidar dos machucados da fera, cada qual com um sorriso no rosto...

No dia seguinte, a fera acordou certo, estava radiante, o que era totalmente estranho para todos no castelo, estava gentil, prestativo, até mesmo sorridente e brincalhão, o que mesmo sendo estranho, todos sabiam que isso tinha haver com a Sakura.

Ao acordar Sakura se arruma é levada ao jardim, onde ela com muita surpresa encontra uma linda mesa preparada para o café da manhã, e mais surpresa fica ao saber que tudo havia sido preparado pela fera.

―BOM DIA BELA DAMA. -Ele lhe faz um gracejo e estende a mão, para que pudesse guia-la ate seu lugar na mesa. ―AQUI POR FAVOR. -diz puxando a cadeira para que ela se sentasse.

―Obrigada belo cavaleiro. -Diz ela sorrindo para ele.

Eles estavam em um lugar que Sakura ainda não tinha visto, era como uma cúpula, as paredes eram de vidro, e incrivelmente não estava frio ali, apesar de toda a neve ao redor. Tudo estava perfeito, tinha uma singela decoração em cada espaço do lugar.

―O QUE ACHOU? -Pergunta ele ansioso.

―Está tudo perfeito, a comida esta deliciosa. -Responde ela sorrindo, o que faz o coração dele querer saltar pela boca.

―ISSO ME ALEGRA BELA DAMA. -Sakura estava totalmente encantada, ela se sentia em um conto de fadas agora.

Eles terminaram de comer em silencio, um silencio confortável.

―QUE TAL UMA VOLTA? QUERO LHE MOSTRAR ALGO. -Diz ele e lhe oferece o braço.

―Claro. -Ela coloca um de seus braços no dele e assim seguiram para uma outra parte do jardim.

―ESSA AQUI ERA UMA LINDA ARVORE DE CEREJEIRA, QUANDO ESTA NA PRIMAVERA, ELA FICA LINDA.

“Será que é daqui que meu pai pegou aquela linda flor?” – pensa ela.

―VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO SE É DAQUI QUE AQUELA FOR QUE VOCÊ TRAZ CONSIGO VEIO, NÃO É?

Sakura se sobressalta, “eu falei ao invés de pensar? Ou ele lia pensamentos agora, e como ele poderia saber as flor?”

―NÃO SE PREOCUPE. -Ele sorri. ―AINDA NÃO SOU CAPAZ DE LER DE SEUS PENSAMENTOS, NO PRIMEIRO DIA EM QUE DORMIU AQUI, EU VI A FLOR QUE VOCÊ TROUXE.

―Ah certo, ela foi tirada daqui?

―SIM. -Ele fez uma pausa, ele sabia que ela não tocaria no assunto, mas ele tinha que se esclarecer e lhe pedir desculpas. ―EU FIQUEI FURIOSO POR SEU PAI TER PEGO SEM A MINHA PERMISSÃO, ESSA ARVORE É ESPECIAL PARA MIM, ASSIM COMO A POESIA, ENTENDE? MAS O QUE EU QUERO DIZER É... -Ele fica de frente para ela, e pega em suas mãos e a faz olhar para si, ele queria que ela visse que ele estava sendo sincero.

―ME PERDOE SAKURA PELO MEU COMPORTAMENTO COM O SEU PAI, PELA FORMA QUE O TRATEI, NÃO HÁ DESCUPLAS PARA QUE EU FIZ A ELE E A VOCÊ TAMBÉM, MAS AINDA ASSIM LHE DESEJO PEDIR PERDÃO.

Sakura o olha bem nos olhos, e vê que ele realmente estava sendo sincero e estava arrependido, e como ela tinha um bom coração.

―Eu lhe perdoo belo cavaleiro, -Disse ela transmitindo a ele sua sinceridade, e isso o fez querer abraça-la e ele o faz em total impulso.

―Oh! -exclama ela, surpresa pela ação, mas no final ela solta uma gargalhada quando sente ser levantada do chão, e na empolgação ao ouvi-la gargalhar, ele a rodopia em seus braços algumas vezes fazendo ela rir mais ainda, antes de desce-la no chão, Sakura nesse momento sentiu feliz por estar com ele.

―Então belo cavaleiro, pode me soltar agora. -Diz ela em gracejo, fazendo ele perceber que ainda estava abraçado a ela. Ele se sentia tão pleno com ela em seus braços, que não queria solta-la mais.

―DESCULPE. -Ele sorri sem graça.

E a partir dali eles passaram o dia assim, conversando, dando gargalhadas, brincando, ambos se sentiam felizes juntos, que mal perceberam como estavam próximos, cada vez com mais intimidade com o outro, ambos já se sentiam a vontade um com outro.

Mas tarde após a janta, a fera pede que a Sakura leia algo para ele, porem Sakura estava muito feliz, tanto que resolveu cantar uma música para ele.

―UMA MÚSICA? -Pergunta a fera.

―Sim, ela é minha favorita, você leu uma poesia especial, então eu lhe darei algo especial hoje. -Disse ela sorrindo docemente, ao ver da Sakura, ao ler a poesia, algo que jamais imaginaria vindo dele, ele se abriu para ela, contou algo íntimo, especial e significativo, ele estava deixando-a entrar, então ela faria o mesmo, partir daquele momento ela o deixaria entrar.

Então ela começou...

 

Oh, toda vez que eu te vejo
Quando vejo seus olhos
Meu coração continua tremendo
Você é meu destino
A única pessoa que eu quero
Proteger ate o fim do mundo

Sakura havia se sentado na cadeira e a fera ao seu lado, mas no chão, ela cantava com os olhos fechados, então a fera aproveitou para olha-la com mais atenção.

“Como é bela, es tão perfeita” -Pensou

 

Quando você olha para mim
Quando você sorri para mim
Parece que meu coração vai parar
O que devo fazer?
É realmente difícil para eu controlar
Durante todo o dia eu penso em você
Nós andamos em círculos por um longo tempo
Mas, mesmo que seja agora, eu estou bem

Sakura estava cantando com todo seu coração, essa música era especial para ela, pois de alguma forma era algo que a fazia lembrar de um grande amor, mas ela não se lembrava quem era, mas de algum modo ela sentia que podia ser a fera.

A Fera sentia que esta música os definia, era o que ele estava sentindo por ela agora, ele estava a amando.

 

Não me deixe
Mesmo que o nosso futuro seja incerto
Você irá acreditar e esperar por mim? Oh, apenas você
Eu já disse que
Você é o meu tudo? Você é meu destino
A única pessoa que eu quero
Proteger até o fim do mundo

 

... Seus olhos, seu sorriso
Mesmo o seu perfume...

“Os seus Olhos... Desde a primeira vez que vi seu sorriso, que senti o seu perfume, eu soube, soube que a amaria novamente, esse era meu destino...” esse pensamento não saia da sua cabeça, a fera não se lembrava de nada antes da maldição, mas as vezes tinha pensamentos ou reações estranhas quando via algo familiar, assim como todos do castelo.

Nós estamos sempre juntos,
Eu te amo...

E olhando para ela, ele agora tinha certeza de que ela havia feito parte de sua vida antes da maldição. “Ela não se lembra de mim por que fui transformado em um monstro? Será que se ela visse como eu era antes se lembraria?”, esses pensamentos também lhe atormentavam.

Após Sakura terminar de cantar, ela permaneceu de olhos fechados, então se aproveitando da situação, a fera coloca a cabeça em seu colo, em total ato de ousadia, porem que não foi repudiado por ela.

Ela se recosta no sofá para obter mais conforto, e ao concluir, com a mesma ousadia dele, ela começa a acariciar seus cabelos, ou pelos no caso, e sem perceber, a fera ronrona ao sentir suas pequenas mãos em si, Sakura sorri silenciosamente da sua reação, porém não passou por despercebida por ele, que retribui o gesto.

 E daquele jeito ficaram silenciosamente aproveitando um a companhia do outro, não havia necessidade de palavras, não mais, ambos já sentiam, já sabiam o quanto estavam ligados, e não fugiriam mais desse sentimento.

Assim ambos adormeceram, um acalentando o outro, nos seus rostos estava estampado um belo sorriso, e a felicidade no seus corações, um torcia que dali em diante tudo desse certo, e outro que o que quer que tenha acontecido no passado, não atrapalhasse o futuro deles juntos...