Nilo odiava acordar cedo.

Sua família sempre tivera o péssimo habito de se levantar junto com o nascer do sol, ele preferia dormir mais sempre que possível, mas naquele dia começaria seu novo emprego, sua salvação e de seus pais e irmãos, Nilo se tornaria um pirata.

— Voltarei em um mês e finalmente não precisaremos nos preocupar com dinheiro.

Ele havia conseguido o trabalho na taberna onde trabalhava, O capitão recrutava marujos e sem pensar duas vezes, se inscreveu na tripulação. De início seus pais não aprovaram, mas após contar sobre as vastas riquezas que ele possivelmente traria para casa, de repente, Nilo virou sua galinha dos ovos de ouro.

— Tenho que ir, prometam que vão se cuidar e não esqueçam que sempre estarei com vocês.

Apesar de ser frio, ele amava sua família mais do que qualquer coisa no mundo e faria de tudo pelo bem-estar de todos. Eles o abraçaram rapidamente e se despediram, Nilo sem olhar para trás entrou no grande navio que logo partiria dali.

Dentre todos os trabalhos que havia feito em seus 21 anos, este com certeza era o mais perigoso. Ele não sentia medo, uma dose de adrenalina percorria pelo seu corpo, o instigando a seguir em frente. E sem pensar duas vezes, se lançou ao desconhecido.

Os dias se passaram lentamente, dentre suas tarefas estavam vigiar as velas e o cordame e manter todo o convés limpo, ele continuou sua pesada rotina por mais uns dias até que atrancaram em um pequeno vilarejo: Estava na hora do seu primeiro desafio.

Nilo já pegava uma espada com outro marinheiro quando o capitão o repreendeu:

— Você não sabe empunhar uma espada, tem certeza que consegue saquear desta maneira? –Me questionou.

Ele tinha um ponto, não teve muito tempo para aprender a manejar armas em seu tempo no navio, em uma luta corporal ele levaria vantagem, mas espadas? Nem pensar.

— Não senhor – disse sinceramente.

Ele ordenou que os demais fossem ao ataque e me pediu que ficasse no navio.

— Meus marujos devem saber se defender, saque a espada, irei lhe ensinar.

Nilo engoliu em seco, uma luta um tanto injusta ele pensou, mas sem demora empunhou sua espada para o capitão que observando bem é apenas alguns anos mais velho que ele. E então começaram a luta, Nilo rapidamente foi desarmado e tiveram de recomeçar várias e várias vezes até que progredisse um pouco. Ele questionava os motivos do capitão querer ensiná-lo mas manteve-se calado, uma outra pergunta estava presa em sua garganta e não podendo esperar mais perguntou:

— Qual é o seu nome?

— Pode me chamar de Markos – Disse o capitão sorrindo maliciosamente.