A Profecia escrita por CohenHiraMi


Capítulo 6
Capítulo 5 - Crianças são Inocentes...


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como estão? Bem, demorei um pouco com esse capítulo porque quinta e sexta foram dias bem corridos pra mim. Só consegui parar pra escrever algo hoje depois das cinco. Nem parece que estou de férias... Enfim, esse capítulo ficou um pouco maior do que os capítulos postados até agora! Espero que vocês gostem e se divirtam! ♥



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Depois de um tempo, Tsubaki acordou. Estava com o corpo todo dolorido por conta dos ferimentos. Olhou para os lados, não reconhecendo onde estava. Começou a ficar desesperada e preocupada com as crianças. Será que estavam bem? Será que conseguiram fugir? Essas e várias outras perguntas corriam pela mente da moça.

Não demorou muito e as viu entrar correndo no cômodo, a abraçando aos prantos. Tsubaki ficou aliviada em saber que elas estavam bem, mas ainda estava intrigada. Que lugar era aquele? De quem era o quarto? Boruto, chorando muito, não conseguia conversar direito com a mãe.

— Onde estamos…? - A kunoichi perguntou, limpando as lágrimas de Boruto e Sarada.

— Mãe, achei que iria morrer! - O loiro exclamou chorando, ignorando a pergunta da moça.

— Ficamos muito assustados! Não queríamos perder você! - Sarada exclamou chorando também. Seus óculos estavam embaçados.

— Fiquem calmos, por favor… - Tsubaki pediu, acariciando a cabeça das crianças.

— Você acordou… - Uma voz masculina fez-se ouvir dentro do quarto. Parecia aliviado.

— Ahn… Devo deduzir que a casa é sua, certo? - A moça questionou, olhando para os lados.

— Sim. Assim que a encontrei, trouxe para cá para descansar. - Konohamaru explicou.

— Entendo… Obrigada. - Tsubaki respondeu, ainda olhando as crianças.

— Mãe, assim que conseguimos fugir, viemos pedir ajuda… - O loiro falou. Parecia um pouco mais calmo.

— Ainda bem que meu pai estava em casa… Senão, não saberia o que fazer…! - Sarada soluçou as palavras, tentando se acalmar.

— Mãe, a Sarada foi bem forte! Ela não chorou enquanto vocês não voltaram! E eu chorei pra caramba… - Boruto falou desanimado.

— Não faz mal chorar, Boruto. Se está assustado ou com vontade de chorar mesmo, pode o fazer sem culpa. Você também, minha querida… - Tsubaki falou, sorrindo para eles.

— É que… O Boruto estava precisando de mais força que eu… Então, me contive para ajudá-lo a se acalmar… Mas, eu estava assustada com tudo o que aconteceu… Pensei que iria perder vocês… - Sarada resmungava enquanto limpava seus óculos.

— Fique calma minha filha. O pior já passou. - Konohamaru falou, abaixando-se e abraçando sua filha.

— Muito obrigada por ter me ajudado!

A moça falou, depois de arregalar os olhos e perceber que ainda estava sentada na cama do ninja. Levantou-se rapidamente e fez uma reverência desajeitada. O moreno, que ainda estava abaixado com a filha nos braços, ergueu a cabeça para olhar Tsubaki. Achou engraçado o jeito desajeitado dela. Levantando-se, reverenciando-a também. Afinal, ela protegeu sua filha.

— Eu que preciso agradecer. Você protegeu minha filha, mesmo não nos conhecendo direito. O mínimo que pude fazer é te ajudar. - Konohamaru falou.

— N-não foi nada, é sério! Se acontecesse de novo, a protegeria novamente. Crianças não deveriam passar por essas maldades. - Tsubaki respondeu, erguendo seu tronco rapidamente em um jeito desajeitado.

— Minha mãe é a melhor! - O loiro pulou no colo dela, a abraçando.

— Isso é verdade…! Queria ter uma mãe assim… - Sarada resmungou baixo, mas não passou despercebido pelos dois adultos.

— Q-querida, já falei que não ligo que me chame de mãe, certo? - Tsubaki falou, abaixando-se na altura da morena com o filho no colo ainda.

— Mas eu queria morar com a mãe e o pai… - Sarada respondeu, cruzando os braços e fazendo bico.

— S-Sarada, isso é impossível por agora. Acabamos de nos conhecer. - O ninja gaguejou sem graça.

— T-tem razão! D-duas pessoas precisam se conhecer muito bem antes de começarem a ter qualquer tipo de relacionamento! - Tsubaki exclamou em meio aos gaguejos. Estava com o rosto um pouco corado com a situação.

— Mas… Eu e a Sarada nos conhecemos ontem e já somos amigos! Isso não funciona com os adultos também? - Boruto perguntou, entortando um pouco o pescoço.

— B-bom… Com os adultos a coisa é um pouco diferente, meu filho… - A kunoichi respondeu.

— Diferente como? - Boruto quis saber. Sarada estava prestando atenção na resposta da mulher a sua frente.

— Ahn… - A mulher não soube mais o que argumentar. Estava ficando em apuros contra duas crianças.

— Crianças, vamos deixar Tsubaki se recuperar melhor, ok? Podem ir brincar enquanto converso com ela? - Konohamaru falou, sorrindo um pouco.

— Ok… Mais tarde voltamos mãe! - Os dois falaram, saindo correndo para fora do quarto.

— Tudo bem! Tomem cuidado! - Tsubaki respondeu, vendo as crianças saírem correndo do quarto.

Konohamaru e Tsubaki ficaram sozinhos no quarto. O silêncio estava um pouco incômodo. A kunoichi estava um pouco corada com a situação em que se encontrava. As crianças fizeram uma boa pergunta. Por que com os adultos tudo parece ser tão complicado? Konohamaru viu Tsubaki encarando o chão ainda de pé. Percebeu que aquela pergunta a incomodou um pouco. Não a conhecia muito bem, mas sabia que se tratava disso. Aquilo o tinha incomodado um pouco também.

Olhou a moça por mais um tempo. Percebeu que não tinha tratado os ferimentos dela ainda. Saiu do quarto e foi pegar um remédio em um dos armários da cozinha. Voltou para o quarto e, pegando uma das mãos da kunoichi, começou um diálogo.

— Seus ferimentos ainda estão abertos. Trouxe um medicamento para cicatrizá-los um pouco mais rápido. - O ninja falou, colocando o frasco na mão de Tsubaki.

— M-muito obrigada…! Estava tão preocupada com as crianças, que nem vi o meu estado… Eu sou deprimente mesmo. - A kunoichi falou, segurando o frasco.

— Não diga isso. Se não fosse por você, o que acha que aconteceria com aquelas crianças? - Konohamaru falou, ainda segurando a mão da mulher.

— Provavelmente teriam conseguido escapar também. No fim, acabei dando trabalho à você. Me desculpe por isso. - Tsubaki respondeu, apertando um pouco o frasco, demonstrando frustração.

— Não vou aceitar você se depreciando assim. Você fez tudo o que pode. Não se culpe assim. Se eu fui te ajudar, é porque simpatizei com você. - O ninja falou.

— Ok… Prometo que irei voltar a treinar. Irei ficar forte para protegê-los. - Tsubaki falou, erguendo a cabeça. Em seu olhar, havia a determinação de alguém que iria cumprir com sua palavra.

Konohamaru ficou olhando para aqueles olhos por um tempo. Isso o lembrou de quando era criança. Tinha aqueles mesmos olhos. Olhos de quem não irá desistir enquanto não conseguir o que quer. Sorriu um pouco e repousou a outra mão na cabeça da kunoichi.

— Sei que irá conseguir. - Falou por fim.

— … - Por algum motivo, aquilo fez o coração da moça palpitar um pouco mais forte. Percebendo isso, acabou arregalando os olhos.

— O que aconteceu? - Konohamaru questionou, olhando para o rosto de Tsubaki.

— N-nada! O-olha, muito obrigada pelo remédio! Irei usá-lo agora, ok? P-pode me deixar sozinha, por favor? - A moça retrucou rapidamente. Estava um pouco mais corada.

— Te deixar sozinha? Não quer ajuda? - Konohamaru perguntou.

— O-olha… Eu até aceitaria ajuda, mas… Tem lugares que não vai dar para você ver. - Tsubaki respondeu desajeitada.

— E-entendo. Se precisar de ajuda, é só chamar. - Konohamaru respondeu, entendendo a situação. Corou um pouco com aquilo tudo.

O ninja se aproximou da porta e ouviu passinhos apressados se distanciando do local. Suspirou fundo e abriu a porta, saindo do cômodo. Seu dia foi cansativo, mas teria que tomar conta das crianças e da mulher em seu quarto.

Foi até a sala e encontrou a filha fingindo brincar de esconde esconde com Boruto. Viu Sarada falando números aleatórios enquanto o loiro estava escondido atrás do sofá. Achou a cena fofa, mas teria que dar bronca neles. Não deviam estar bisbilhotando o que os adultos faziam.

— Boruto, Sarada, venham aqui. - Konohamaru os chamou seriamente.

— O-o que foi papa? - Sarada questionou, se aproximando do pai.

— O que fizemos? - Boruto indagou, tentando fazer cara de inocente.

— Vocês sabem o que fizeram. O que estavam fazendo perto da porta do meu quarto? - O ninja questionou, cruzando os braços.

— Droga. - O loiro reclamou.

— Eu falei que era uma má ideia, baka! - Sarada exclamou irritada.

— Eu não sabia que seu pai era mágico! - Boruto retrucou, erguendo os braços para cima.

— Mágico? Que mágico, seu louco! Ele é um ninja, sabe fazer essas coisas! - Sarada falou alto.

— Ninjas são mágicos? - Boruto perguntou, levando o dedo indicador pra perto dos lábios.

— Crianças… - Konohamaru chamou, vendo os dois discutirem.

— Claro que não! Eles só percebem sua presença, nada além disso! - Sarada respondeu irritada.

— Ué, mas mágicos não fazem isso? - O loiro indagou. Parecia bem confuso.

— Hey… - O ninja chamou novamente. Quando é que isso virou uma briga?

— Mágicos são diferentes! Ninjas são bem mais fortes! - A morena respondeu.

— Fortes como? - Boruto questionou.

— … - Konohamaru estava perdendo a paciência.

— Fortes do tipo… Ah, não sei explicar! Pergunte ao meu papa! - A morena exclamou. Não tinha mais argumentos para discutir com Boruto.

— Hey pai da Sarada! Me explica isso? - O loiro pediu, olhando para o moreno. - Opa… - Falou um pouco assustado. Konohamaru estava com a feição mais séria que o normal.

— É agora que a bronca vem… - Sarada resmungou, batendo com uma de suas mãozinhas na própria testa.

— Eu estava bravo por vocês estarem espiando atrás da porta. Agora, estou bravo por terem me ignorado até agora. - Konohamaru falou seriamente.

— D-desculpe papa… Não vamos mais fazer isso… - A morena respondeu.

— Desculpe… Não foi a nossa intenção… - O loiro respondeu também.

— Olha, não quero mais que façam isso. Não quero que se metam em assuntos de adultos, ok? Isso pode ser perigoso. - O ninja continuava com o mesmo tom sério.

— Ué… Mas, aquela conversa não foi perigosa. O senhor só estava animando minha mãe. - Boruto retrucou confuso.

— É! E depois, só ia ajudá-la com os ferimentos! O que isso tem demais? - Sarada questionou.

— O-olhem, não quero que fiquem bisbilhotando quando estou conversando com algum adulto sozinho, ok? Pode ser algo sério. - Konohamaru respondeu rapidamente, tentando manter a compostura.

— Tudo bem… Apesar de que… Não entendi nada. - O loiro respondeu confuso.

— Adultos são complicados. Vamos continuar brincando? - Sarada questionou.

— Vamos sim! - Boruto respondeu alegre.

Ambos voltaram a brincar. Konohamaru apenas suspirou. Resolveu sentar-se no sofá e esperar Tsubaki terminar seus curativos.

Não demorou muito para ela aparecer. Reparando bem, os ferimentos só não foram sérios por milagre. A moça estava toda cortada. Olhando a moça, com os pensamentos distantes, não percebeu que ela chegava cada vez mais perto.

Quando chegou ao sofá, Tsubaki olhava Konohamaru com dúvida nos olhos. O que o ninja encarava tanto nela? Começou a ficar desesperada e começou a olhar para seu corpo também.

— O-o que aconteceu? Tem alguma coisa em mim? - Tsubaki questionou, procurando sabe-se lá o que em seu corpo.

— N-não é nada. Conseguiu passar o remédio nos ferimentos? - Konohamaru perguntou, encarando o chão.

— Consegui! Ardeu um pouco, mas foi suportável. - A kunoichi respondeu sorrindo.

— Que bom… - O ninja respondeu, sorrindo um pouco.

— Puxa, olha a hora! Já está tarde… Vou pra casa agora, ok? Amanhã você vai levar a Sarada de novo? - Tsubaki indagou, se levantando do sofá.

— Já é de noite. É perigoso vocês irem sozinhos para casa. - Konohamaru falou, encostando suas costas no encosto do sofá.

— Mas precisamos ir pra casa. Não quero dar mais trabalho à você. - A moça respondeu seriamente.

— Não deu trabalho nenhum. Podem ficar. Sarada vai gostar de ter companhia. - Konohamaru falou, olhando a moça novamente.

— E aquele papo de que com os adultos não funciona assim? - A kunoichi indagou.

— Bom, podemos fazer algumas coisas que nossos filhos sugerem de vez em quando, não podemos? - O ninja retrucou, agora estava olhando as crianças.

— Isso não vai te incomodar…? - Tsubaki questionou mais uma vez. Não gostava de incomodar os outros.

— Claro que não. Fui eu quem sugeriu isso. Acha mesmo que iria sugerir algo que me incomodasse? - Konohamaru indagou, sorrindo para Tsubaki.

— T-tudo bem… Desculpe por isso… - A moça respondeu, sentando-se no sofá novamente.

— Não precisa pedir desculpas. Já que nossos filhos viraram amigos, podemos começar assim também, não é? - Konohamaru sugeriu, enquanto via Boruto e Sarada brincando com alguns blocos de lego da garota.

— É sim… Afinal, não somos mais estranhos… - A moça respondeu, sorrindo para o ninja.

— Papa, estou com fome! - Sarada falou alto, interrompendo a conversa deles.

— Eu também! O dia hoje foi agitado! Quero comer alguma coisa! - Boruto falou alto também.

— Bom, já que vamos ficar, deixe-me fazer a janta então, ok? - Tsubaki sugeriu, piscando um dos olhos para Konohamaru.

— Irei aceitar a sugestão. Falando nisso, obrigado pelo almoço que fez pra mim. Estava muito bom. - Konohamaru falou, sorrindo um pouco.

— D-de nada! Que bom que gostou! - A moça exclamou feliz e, logo em seguida, rumou para a cozinha.

Boruto e Sarada apenas observavam a cena. Eles tinham apenas quatro anos de idade, mas conseguiam sacar algumas coisas já. Resolveram entre si que iriam observar mais um pouco os pais, antes de armarem algum plano para juntarem os dois.


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Notas finais do capítulo

E então, mereço reviews? Por favor, não deixem de comentar, ok? Isso me ajuda a saber se estão gostando, se preciso melhorar, se preciso mudar algo, se está bom do jeito que está... Então, ajudem essa escritora a melhorar cada vez mais, ok? ♥



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