A Latere escrita por KL, Juh11


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Juh: Finalmente temos uma interação do nosso casal que não seja tão distante! Espero que vocês tenham gostado e estejam ansiosos para o que vem por aí. Que venha o desafio de junho! E obrigada por todos os comentário.

KL: Eu particularmente amei esse capitulo ♥ Espero que vocês gostam de ler tanto quanto eu gostei de escrever junto com a Ju!

Desafio do mês: Escolher uma imagem para inserir na trama. Escolhido a imagem 32 (link com imagens no grupo ShikaTema do face).



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POV Shikamaru

Acordei um pouco tonto sem entender muito bem o que aconteceu. Minha cabeça latejava na parte de trás. Lembro de estar lutando contra a Lâmia depois da minha tentativa fracassada de fugir do casamento. Acho que acabei delirando, porque lembro de ter visto a garota do aeroporto escondida no meio das grossas árvores da clareira e, depois, lembro de estar falando com ela sobre os casamentos de Asuma e do meu pai. Não fazia o menor sentido, talvez ela nem estivesse lá no bosque.

Mas afinal, o que fazia sentido para a vida de um semideus?

—Que bom que acordou, meu querido. - disse Lâmia se aproximando e apertando minhas bochechas. -Não tinha como ter casamento com o noivo inconsciente, não é mesmo? - arregalei os olhos e tentei me mexer, mas fui impedido pelas cordas que me prendiam. - Eu te perdoei pela sua tentativa de fuga, espero que você me perdoe por estar te mantendo preso. Prometo que vai ser rápido, te soltarei logo após o casamento. - ela abriu um sorriso feliz.

—Nós vamos casar… - engoli em seco antes de terminar a pergunta - Agora?

—Claro que não, bobinho. - ela deu uma risadinha. - Não seja tão apressado, temos que esperar minhas amigas chegarem, o que é um casamento sem festa? Agora, vou ir tirar o meu sono de beleza. - Lâmia deu um beijo estalado na minha bochecha e foi para um canto da caverna onde tinha algo parecido com um ninho.

Eu tinha certa curiosidade para saber quem seriam as amigas da Lâmia, ao mesmo tempo que eu preferiria não descobrir.

Ela coçou os olhos e, percebi com uma careta de nojo, os tirou das órbitas. Me lembrei de seu mito, onde Hera tinha a amaldiçoado para nunca mais fechar os olhos e Zeus, com pena, deu a ela a habilidade de tirar os olhos para descansá-los. Lâmia se acomodou no ninho, se enrolando como uma cobra e o silêncio se instalou na caverna, pareceu que ela tinha adormecido instantaneamente.

Fitei o local onde ela havia deixado seus olhos, uma caixa de madeira alta o suficiente para, felizmente, eu não conseguir vê-los, e pensei como tudo parecia fácil demais para uma fuga, se meus pés não estivessem presos com cordas a uma pedra. Suspirei derrotado ao constatar que os nós de Lâmia eram bons o suficiente para que eu não conseguisse soltá-los sozinho e não tinha nada ao meu alcance que me ajudasse a desfazê-los, a parca luminosidade do local, que era feita por algumas velas distribuídas aleatoriamente, não ajudava. Eu me encontrava numa situação problemática e esse era o momento perfeito para a frase de ajuda inesperada da profecia se cumprir.

Fiquei um bom tempo analisando o local, esperando que alguma idéia genial surgisse em minha mente, como geralmente acontecia, mas, aparentemente, a dor de cabeça que persistia, e agora eu tinha certeza ser, por conta de eu ter batido ela. Parecia estar inibindo meu cérebro de funcionar perfeitamente. Lâmia dormia profundamente, se mexendo as vezes, e eu me perguntava quanto tempo eu ainda tinha até que ela acordasse ou suas amigas monstruosas chegasse. Mesmo que eu conseguisse me soltar, eu estava sem armas. As chances estavam totalmente contra mim.

Foi quando ouvi uma pequena movimentação na entrada da caverna, e eu apenas supus ser a entrada, pois era de onde vinha um feixe de luz do dia, e achei que aquele era, definitivamente, meu fim. As amigas de Lâmia deviam ter chegado e eu ia ser forçado a casar ou morto por elas. Olhei para o local, esperando ver uma empousa, uma gigante ou, o que seria o pior dos meus tremores, uma górgona, mas meus olhos se arregalaram quando identificaram a figura nada monstruosa e até mesmo bonita da garota do aeroporto.

Eu fechei os olhos e balancei a cabeça, sem acreditar que eu estava delirando novamente, e isso rendeu-me uma nova pontada de dor. O que diabos tinha nesse feitiço de Lâmia? Abri os olhos de novo, mas a garota continuava me encarando com uma expressão de estranhamento. Eu abri a boca para falar, mas ela fez um gesto de silêncio, apontando Lâmia que dormia e revirando os olhos, como se eu fosse burro e ela estivesse me explicando o óbvio. Eu fiquei quieto, a obedecendo inconscientemente. Ela avançou devagar, pé ante pé, notei, uma análise rápida, que ela trazia algo amarrado em suas costas, mas não parecia ser uma espada, e arregalei mais meus olhos ao ver meu tubo de desenho em seu ombro.

Ela chegou até onde Lâmia estava deitada e parou por um momento. A mulher cobra não se mexeu, ressonando baixinho, e ela se abaixou, fazendo uma careta ao pegar a caixa com os olhos, eu a imitei, aquilo era mesmo nojento. Ela deu um passo para trás, sem dar as costas para o monstro, que se mexeu, levantando o corpo. Meu sangue gelou, a garota estacou no lugar, os olhos se arregalando e ficando branca, mas Lâmia não tinha acordado, apenas mudava de posição na cama/ninho, eu suspirei aliviado e pude ver que, mesmo sem fazer barulho, a garota também. Ela se afastou mais alguns passos antes de pegar um pano dentro de seu bolso e com uma nova careta de nojo pegar os olhos dentro da caixa, enrolando eles e devolvendo para seu bolso. Ela largou a caixa no chão, deu uma olhada para Lâmia e veio em minha direção.

Novamente, fez sinal para eu permanecer calado enquanto tirava do bolso de seu casaco um canivete suíço. Ela se abaixou, cortando primeiro as cordas que me prendiam a pedra, numa decisão sábia para se precisássemos correr, e depois veio para as cordas que prendiam meu tronco. Enquanto ela cortava apressadamente, o corpo perto do meu o suficiente para sentir seu calor e o cheiro que desprendia dela, sua mão esbarrou na minha ao puxar as cordas e eu me dei conta que aquilo não era um delírio da minha mente.

—Quem é você? -perguntei baixo, mas o som ressoou de leve pela caverna.

—Fique quieto. -ela mandou sussurrado. -Você é idiota? Vai acordá-la!

Eu queria argumentar, mas sabia que ela tinha razão. Terminamos de me livrar das cordas e ela me passou meu tubo de desenho, comprovação que eu também não a tinha imaginado no bosque e que ela provavelmente me seguiu até ali, e nos fitamos um segundo antes de ela virar as costas duramente e fazer um sinal para eu segui-la.

Uma brisa repentina invadiu a caverna e fez um arrepio percorrer meu corpo. A garota do aeroporto pareceu não se abalar, algumas velas apagaram, tornando o caminho já mal iluminado ainda mais difícil de enxergar. Demos mais alguns passos, um tanto inseguros e eu me envergonho em dizer que tropecei, pelo que me pareceu a décima vez naquele dia, fazendo um tremendo barulho. Consegui ver de relance a caixa que havia sido deixada no meio do caminho pela garota e olhei para ela, que fazia uma careta.

—Quem está aí? -a voz de Lâmia soou, um tanto sonolenta -Medusa, é você?

O nome de uma das inimigas de minha mãe fez outro arrepio percorrer minha espinha e eu quis sair correndo, pois tudo que eu não queria ou precisava era encontrar com um monstro como esse no meu caminho. A garota do aeroporto pareceu pensar a mesma coisa, pois ela agarrou a manga do meu casaco e puxou, começando a correr para fora e eu a segui, sem nem mesmo pensar muito.

—Shikamaru? -escutei a voz de Lâmia chamando, mas não parei de correr, a mão da garota ainda segurava minha manga -Cadê meus olhos? VOLTE AQUI MEDUSA, VOCÊ SEMPRE QUIS ROUBAR MEUS NAMORADOS!

OoOoOoOoOoOoOo

Temari POV

Saímos da caverna escutando Lâmia gritar a nossas costas. Parei abruptamente e o puxei para onde estavam nossas coisas. Ele me lançou um olhar surpreso e agradecido, mas não deixei tempo para conversas e começamos a descer a montanha com pressa. Por mais que Lâmia estivesse cega, ela ainda era perigosa e ainda havia o risco de suas amigas aparecerem. Tenho certeza que assim como eu, ele não está afim de enfrentar a Medusa em pessoa. Ou em monstro.

A descida parecia nunca acabar, mas finalmente conseguimos chegar a uma parte menos íngreme que nos permitia andar. A passos rápidos, continuamos sem conversar. O sol já se escondia e tudo começava a ficar escuro a nossa volta. Eu tinha uma lanterna na bolsa, mas temia que isso pudesse chamar atenção indesejada, porém, não iríamos conseguir continuar no escuro e precisávamos achar um abrigo para descansar e nos abrigar do frio, que estava ficando cada minuto pior.

Fiz sinal para ele parar e ele entendeu prontamente. Nós dois estávamos um pouco ofegantes e trocamos um olhar antes de eu tirar a mochila das costas e me abaixar, puxando a lanterna de dentro dela.

—Ah! -ele exclamou. -Boa ideia.

Eu dei de ombro e a acendi, o feixe de luz iluminou nossa frente, tornando nosso caminho mais fácil. Voltamos a andar, dessa vez sem tanta pressa, já tendo dado uma boa distância do covil da Lâmia.

—Podemos falar agora? -ele perguntou com uma pontada de ironia.

—Visto que não estamos correndo risco de vida, podemos sim. -respondi no mesmo tom.

—Obrigada. -ele disse e dessa vez não havia nenhuma ironia na voz, me virei para olha-lo, com uma sobrancelha arqueada e ele deu de ombro. -Você salvou minha vida.

Desviei o olhar, um pouco constrangida com o agradecimento que não me era muito comum.

—De nada. -respondi -Eu te devia isso, te distrai na sua luta com ela.

—Você estava lá mesmo… -ele murmurou -Eu pensei que estava delirando.

Não pude deixar de rir de como o que ele falava soava estranho.

—Você costuma delirar bastante com garotas, Shikamaru? -perguntei com ironia.

Mesmo com a iluminação baixa pude notar que ele corou. Ri novamente.

—Que problemático. -ele resmungou -E como sabe meu nome?

—Escutei Lâmia te chamar. -dei de ombro como se fosse óbvio.

—Ah, verdade. -ele respondeu e eu estava começando a achar que ele era um pouco lerdo. - Shikamaru Nara. -ele deu o nome inteiro -Eu não sei o seu nome.

—Temari Sabaku. -respondi -Centuriã da Terceira Coorte. E você? Não me recordo de você do Acampamento.

Shikamaru estacou e eu demorei um momento para perceber isso, andando mais dois passos. Quando notei, me virei para encará-lo de frente e pude notar que ele empalideceu um pouco, os olhos me fitavam, agora totalmente interessados e analíticos.

O silêncio prevaleceu, por o que pareceu uma eternidade, até que um estalo ocorreu em minha mente. Eu nunca havia o visto no Acampamento Júpiter. Ele não tinha uma maneira coordenada e militarizada de lutar, apesar de saber o que fazer. Lâmia tinha se referido a rainha dos deuses como “Hera”.

—Você é um graecus. -eu disse, apertando os dentes.

Ele assentiu. Minha cabeça girou, eu já não entendia mais nada. A profecia afirmava que eu ia encontrar meu igual e me mandava um… Graecus? Não, só podia ser outra pessoa e Shikamaru havia caído sem motivo algum no meu caminho. Ao mesmo tempo, nada na vida de um semideus costumava ser por acaso. Pelo menos a parte sobre traição podia fazer algum sentido agora. Suspirei, eu não podia deixar minha linha de pensamento tender por esse lado. Eu tinha dado o benefício da dúvida a eles, antes mesmo de aceitar essa missão, mas ainda me sentia um pouco indignada de saber que meu companheiro nessa missão não era uma pessoa treinada pelas linhas romanas e que eu não podia depositar minha inteira confiança.

Ele fez uma careta.

—Me chame apenas de Shikamaru, sei o quanto graecus pode soar negativo para vocês.

—Eu não pensava que minha ajuda de encontrar um igual fosse ser tão… Diferente. - eu suspirei. Nunca havia passado pela minha cabeça a ajuda de um semideus grego, o acampamento deles era longe demais e estávamos tão acostumados a receber ajuda de antigos legionários… Ainda assim, era melhor do que nada e o garoto não lutava tão mal. -Bom, já está escuro. Pelo menos, por essa noite, acho que devemos deixar nossas diferenças de lado. - eu esperava uma resposta positiva, nem que fosse apenas um aceno com a cabeça, mas esses gregos eram lerdos demais e Shikamaru demorou uns cinco minutos até falar algo que eu pudesse distinguir.

—Você falou encontrar seu igual? - bufei com o comentário óbvio. Cinco minutos inteiros para uma pergunta besta dessas, papai tinha razão sobre os guerreiros deles serem inferiores. -Você recebeu uma profecia?

Ou não. Agora foi minha vez de engolir em seco. Como ele sabia da profecia? Os boatos de um espião grego na legião eram mesmo reais? Peguei meu canivete no bolso.

—Como você sabe da profecia? - eu não tinha intenção de ataca-lo, apenas intimida-lo o suficiente para descobrir o que eles andavam espionando do nosso acampamento.

—E-eu recebi uma profecia que tinha esse mesmo trecho. - eu notei que ele estava um pouco assustado, mas ainda assim continuou falando. - ”O herói solitário, criança da deusa da guerra / Deve seguir um caminho já trilhado e encontrar seu igual…”. - por alguns segundos, fiquei impressionada dele saber o trecho da profecia e ele se aproveitou disso. -É a mesma, não é? Consigo ver pelo seu rosto.

Eu não abaixei a guarda, se eles realmente tinham um espião em nosso acampamento, é claro que ele poderia ter acesso a profecia. Mas se ele estivesse falando mesmo a verdade, Febo deve estar brincando com os dois acampamentos.

—Como posso saber que você realmente recebeu a profecia do oráculo ou se não está apenas repetindo o que um espião te passou? - perguntei ríspida.

Ele me encarou, parecendo procurar uma resposta para aquilo. Por fim, ele suspirou derrotado.

—Olha... Eu não tenho como provar nada pra você. –ele respondeu –Mas também não tenho motivos para confiar. Temos motivos o suficiente para achar que houve uma traição pelo lado de vocês.

—Nosso lado? –perguntei indignada –Tudo indica que vocês estão manipulando monstros para atacar nosso acampamento e nós...!

—Manipulando monstros? –ele perguntou franzindo o cenho. –Vocês também estão sob ataque? Por Zeus...

Eu o encarei, decidindo se podia confiar nele. Eu não sabia. A profecia falava em traição e eu não tinha ideia de onde ela viria, mas dizia que Shikamaru era meu igual. Eu não conseguia entender como aquele garoto com cara de preguiça, mas com olhos tão interessantes, podia ser meu igual. Havia tanta coisa girando em minha cabeça, mas no meu coração, que minha mãe tanto dizia que eu devia ouvir mais, pois era muito racional, dizia que Shikamaru era confiável e nós iriamos fazer a diferença unidos.

Eu decidi confiar em minha mãe, ela nunca errava.

—Sim. –respondi e baixei o canivete, guardando de volta no bolso–Acham que é culpa de vocês.

Shikamaru me analisou, parecia tentar tomar uma decisão, parecia fazer a mesma reflexão que eu. E quando ele suspirou, seus ombros caíram e ele adquiriu uma postura quase relaxada, eu soube que tínhamos chegado a um consenso.

—Nossa barreira sofreu um envenenamento depois que vocês deixaram o acampamento. –ele contou e eu levantei as duas sobrancelhas, surpresa –Alguns acham que foi uma vingança por conta do legionário que morreu. Outros, que foi um plano traçado já a algum tempo por vocês. Tsunade deu o benefício da dúvida e me mandou em missão para tentar resolver isso.

—Estão tentando jogar um acampamento contra o outro. –um estalo surgiu em minha mente e eu murmurei.

—Sim. –ele respondeu. –Eu tinha pensado nessa possibilidade. –ele suspirou –Olha, estou cansado. Minha cabeça dói, eu acho que bati quando cai e... Um monstro quase forçou-me a casar com ele. O que acha da gente descansar essa noite, uma trégua, e nós decidimos melhor o que fazer amanhã?

Eu tive vontade de rir da cara desolada que ele fazia ao se referir a Lâmia, mas me contive. Assenti.

—Coma um pedaço de ambrosia. –mandei, já fuçando minha mochila –Eu tenho aqui em algum lugar...

—Não precisa, eu tenho. –ele respondeu. –Tenho uma barraca também, podemos armar, está frio demais para dormir ao relento e não acho seguro acender uma fogueira com Lâmia e suas amigas soltas por aí. –eu assenti

—Armamos a barraca e eu fico com o primeiro turno de vigília. – ele determinou.

—Eu fico, é o mínimo que posso fazer depois de você ter me salvado de um casamento com uma monstra louca.

Soltei uma risada pelo nariz, não me contendo, mas neguei.

—Ainda não confio em você o suficiente para isso.

—Vai ter que confiar, não temos muita escolha hoje. –ele deu de ombro. –Mas se te conforta, te juro pelo Estige que não pretendo te fazer mal algum.

Um raio cortou a noite, selando o juramento do garoto.

—Certo. –resmunguei ainda um tanto contrariada. A ideia não me agradava, deixar minha vida na mão de um desconhecido, ainda mais de um grego, mas era o que tinha para hoje. E, independentemente da origem, um juramento pelo Estige não podia ser quebrado.

Nós andamos mais alguns minutos até acharmos um lugar apropriado para montar a barraca, meio escondido entre algumas árvores altas. Shikamaru tirou a mochila das costas e removeu a barraca de sua amarração. Começamos a monta-la em silêncio, era uma barraca pequena e terminamos rápido. Tirei meu saco de dormir de dentro da minha mochila e Shikamaru se envolveu em um cobertor.

Nesse momento, uma dúvida surgiu em minha mente a respeito da profecia: Ela falava especificamente de uma criança da deusa da guerra. Eu era neta de Belona, a deusa romana da guerra, mas não havia um correspondente grego para ela. O único outro deus da guerra era Marte, Ares para Shikamaru, mas a profecia era especifica ao gênero feminino.

—Shikamaru. –chamei, sem conseguir me conter, antes de entrar na barraca.

—Hum? –ele me olhou com um olhar cansado, mastigava um pedaço de ambrosia.

—Quem é seu pai olimpiano? –perguntei.

Ele franziu o cenho, como se minha pergunta não fizesse muito sentido, mas responde logo depois:

—Athena. – e tirou um colar de contas com quatro contas e um pingente de coruja de dentro da blusa.


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Notas finais do capítulo

Glossário
Acampamento Júpiter - campo de treinamento para semideuses romanos, localizado entre as Oakland Hills e as Berkeley Hills, na Califórnia
Acampamento Meio-Sangue - campo de treinamento para semideuses gregos, localizado em Long Island, Nova York
ambrosia - doce divino que tem poder de cura em semideuses, desde que consumido moderadamente. Mortal para mortais.
Athena -deusa grega da sabedoria e da guerra justa. Forma romana: Minerva, tendo sido destituída do cargo de deusa da guerra, sendo somente da sabedoria.
Belona - deusa romana da guerra, sem correspondente grego
Centuriã - oficial do exército romano
Coorte - unidade militar romana
Empousa - são monstros conhecidas por se alimentar de sangue de homens e são a base dos vampiros modernos.
Estige - rio do mundo inferior que quem se molha em suas aguas se torna invulnerável. Uma promessa pelo rio Estige é o voto mais sagrado que pode ser feito, sem os deuses podem quebrar uma promessa feita em seu nome.
Febo - deus romano do sol, da profecia, da música e da cura; filho de Júpiter e gêmeo de Diana. Forma grega: Apolo
Górgonas - Três irmãs amaldiçoadas pela deusa Athena. Tem cobras no lugar dos cabelos e transformam quam olha em seus olhos empedra.
Graecus - "grego", "estrangeiro". Usado pelos semideuses romanos de forma pejorativa para se referir aos semideuses gregos.
Hera - deusa grega do casamento; esposa e irmã de Zeus. Forma romana: Juno
Júpiter - rei romano dos deuses; também chamado de Júpiter Optimus Maximus (o melhor e maior). Forma grega: Zeus.
Lâmia - rainha da Líbia amaldiçoada por Hera
Legião - a principal unidade do exército romano, consistindo em tropas de infantaria e cavalaria.
Legionário - membro de uma legião
Marte - deus romano da guerra. Forma grega: Ares
Medusa -Mais famosa das górgonas, inimiga declarada de Athena.
Zeus - rei dos deuses gregos; deus dos céus e dos raios. Forma romana: Júpiter.



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