A Latere escrita por KL, Juh11


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Juh: Antes de tudo, gostaria de pedir desculpas pelo atraso, esse mês foi bastante conturbado e cheio de reviravoltas. Eu acho que falo por mim e pela KL que prometemos compensar no futuro. Agradeço pelos comentários e juro que quando eu tiver tempo, responderei um por um com carinho. E, por último, aproveitem o capítulo, ele pode estar mais curto que os outros, mas foi feito de coração ♥

KL: Como a Juh disse, esse mês foi muito atribulado e cheio de reviravoltas hahaha Espero que vocês gostem do capitulo e logo que possível estaremos respondendo os comentários.


O desafio do mês era contar uma mentira.



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POV Temari

—Uma passagem aérea? - questionei irritada na sala dos pretores. - O acampamento não deveria gastar tanto dinheiro com uma missão aleatória. - vi meu pai com um semblante irritado, minha mãe colocou a mão em seu ombro e respondeu por ambos.

—Querida, Sasori disse que essa missão tinha certa urgência… - eu a interrompi antes que ela pudesse falar mais alguma coisa.

—Comprar uma passagem de um dia para o outro é loucura! Vocês não tinham que ter gastado tanto dinheiro numa missão dessas.

—Centuriã. - meu pai enrijeceu a voz e me chamou pelo posto, engoli em seco lembrando que falava com os dois pretores, a autoridade máxima no acampamento. - Você não deveria questionar os custos de sua missão, você estava no Senado quando aprovamos seu custeio com transporte.

—Que eu achei que fosse um ônibus! - exclamei e o vi revirar os olhos da mesma maneira que Gaara faz quando é contrariado.

—Querida. - minha mãe tomou a voz novamente, eu achava incrível essa capacidade dela de ter calma em todas as situações. Certamente eu havia puxado a personalidade de Rasa. -Um ônibus demoraria um dia e meio para chegar em Albuquerque, além de todos os riscos que você traria aos passageiros, quanto menos tempo você expor as pessoas ao seu redor, melhor para elas. - concordei com a cabeça, de fato não havia pensado nisso, pensei apenas no dinheiro que gastaram comigo e que poderiam ter usado para os materiais bélicos, mas como sempre, Karura pensara em tudo e em todos. -Além disso, seu tio Yashamaru conseguiu a passagem aérea de graça. E seu pai tem razão, você não deveria se preocupar com os custos da missão.

Revirei os olhos, mas me sentia menos culpada sabendo que meu tio havia nos ajudado. Yashamaru é irmão da minha mãe, então ele também nasceu na Cidade de Nova Roma e se alistou a legião. Apesar dele amar ser um legionário, Yashamaru também queria conhecer o mundo mortal além das missões, ele não conhecia outro estilo de vida sem ser o estilo romano, então aos 18 anos ele pediu aposentadoria e saiu do Acampamento. No mundo externo, ele acabou seguindo a vida militar também e se tornou oficial da Aeronáutica. Até onde eu sabia, ele estava a mais de seis meses incomunicável durante uma missão de paz no Haiti, mas aparentemente ele havia retornado e estava nos ajudando da maneira que podia.

~X~

—Como você está com essa missão? – perguntou Gaara enquanto dirigia o carro. O vento gelado que entrava pela janela bagunçava os cabelos vermelhos do caçula e mais uma vez me dei conta de como estávamos envelhecendo, Gaara dirigindo um carro para me levar a uma missão!

—Nervosa, ansiosa e um pouco receosa de deixar o acampamento. – confessei. Eu não era uma pessoa de me abrir muito, mas isso se tornava exceção quando eu estava entre meus irmãos. Recebi um soco, mais forte do que deveria, de Kankuro que estava sentado no banco traseiro.

—Não confia na gente, irmãzinha? – lhe lancei um olhar severo, mas desapareceu quando vi que ele estava sorrindo. Retribui lhe dando um tapa em sua cabeça.

—Deixa de ser idiota, Kankuro, claro que eu confio em vocês. Você acha que se não confiasse, deixaria a Terceira na supervisão de vocês dois?

—Papai não confia. – o moreno respondeu num tom chateado.

Preferi ficar quieta, até hoje não entendia direito porque Kankuro e meu pai ainda não tinham se acertado depois de três anos. Por mais vergonhoso que fosse para Rasa ter um filho recusando o comando de uma das Coortes, Kankuro permanecera leal à legião e era talentoso em montar marionetes de combate e armadilhas criativas. Tenho certeza que Gaara havia revirado os olhos por baixo dos óculos escuros.

—Deixa de drama, Kankuro. – meu irmão mais novo se pronunciou em meu lugar. –Papai confiou em você para assumir o lugar de Temari enquanto ela estiver fora, vocês já deveriam ter se resolvido.

—Ele não confiou em mim, a Tema confiou em mim e ele só teve que aceitar, e eu tenho certeza que mamãe trabalhou para que isso acontecesse. – Kankuro respondeu novamente e dessa vez fui eu quem revirei os olhos.

A situação entre os dois havia virado uma bola de neve. Três anos atrás, os dois centuriões da nossa coorte se aposentaram e foram para Nova Roma fazer faculdade, então nos reunimos e fizeram uma votação para quem deveria assumir o posto que estava vazio. Os dois nomes mais indicados foram o meu e o de Kankuro, eu já tinha quatro anos completos no acampamento e participava com frequência das sessões do Senado, e meu irmão não era muito diferente, mas a verdadeira paixão dele era passar o dia nas forjas dos Akasunas aprendendo a aprimorar suas marionetes com a senhora Chiyo, avó de Sasori.

Eu assumi a liderança feliz em ter subido na hierarquia, mas Kankuro não queria tamanha responsabilidade e abdicou do posto, mesmo permanecendo na legião. Rasa ficou irritado e envergonhado, oras, o que era um legionário que não aspirava a uma promoção? Como castigo a Kankuro, meu pai indicou Gaara para ocupar o outro lugar de centurião, mesmo que ele só tivesse a um ano efetivamente na legião, seria um aviso constante da covardia de Kankuro. Ele foi bem recebido, pois apesar da idade de 13 anos na época, Gaara havia saído do probatio com apenas um mês de legião ao salvar de um monstro duas crianças que haviam escapado da cidade e ido para fora das fronteiras.

Desde então, meu pai e Kankuro não se falaram mais, sempre que meu irmão precisava reportagem algo a pretoria, ele ia direto até nossa mãe e toda vez que ele tinha alguma ideia em uma sessão do Senado, Rasa simplesmente ignorava. E não era só isso, diversos boatos maldosos começaram a correr entre os romanos por conta disso, inclusive um de que Kankuro não seria filho biológico do meu pai.

—Chegamos. – disse Gaara interrompendo meus pensamentos e estacionando o carro em frente ao portão de embarque.

Ele ligou o pisca-alerta e descemos do carro, Kankuro tirou minha mochila do porta-malas e nós três nos entreolhamos.

—Bom, não podemos ficar muito tempo aqui ou podemos acabar sendo multados. – Gaara começou a falar, a voz um pouco trêmula que só poderia ser percebida por quem o conhecesse bem.

—Sim. – respondi colocando a mochila nas costas.

—Se cuida, irmã. – falou Kankuro colocando um gorro roxo na minha cabeça, normalmente eu reclamaria de uma atitude dessas, mas sei que dessa vez, era apenas uma maneira de Kankuro demonstrar carinho.

—Fico apreensivo de você estar indo sozinha, mas uma missão é uma missão e sei que você vai se sair bem. – Gaara disse apoiando sua mão em meu ombro. –Você trouxe a carta de recomendação?

—Sim, a profecia diz sobre encontrar seu igual, imagino que seja sobre encontrar algum legionário aposentado. – respondi, a carta de recomendação do acampamento apresentava legionários em missão oficial, o que significava que antigos membros do acampamento poderiam atestar a veracidade da sua missão e lhe ajudar, era claro que eu não havia esquecido.

—Eu tenho certeza que os deuses irão te ajudar. – Kankuro disse e eu puxei os dois para um abraço.

Era hora de ir.

~X~

O vôo foi tranquilo, apesar de eu ter ficado um pouco incomodada em passar duas horas e meia trancada dentro de um avião. Talvez eu devesse ter tentado dormir, mas minha cabeça estava tão cheia de pensamentos que parecia que eu nunca conseguiria relaxar.

Apesar do dia ensolarado e com poucas nuvens, o vento frio entrava pelas janelas cortando minha pele. Ajeitei minha touca de modo a proteger minhas orelhas e agradeci silenciosamente a Kankuro por não ter me permitido esquecê-la.

Eu não havia despachado minha bagagem, era apenas uma mochila e seu tamanho e peso estavam de acordo com os padrões estipulados pela companhia aérea. Era um alívio não ter que me enfiar no meio das outras pessoas para conseguir pegar a mala.

Certo, eu tinha tudo o que precisava na mochila, desde medicamentos até uma espada, apenas me faltava um mapa local para chegar ao lugar desejado. Reparei que uma das alças da minha mochila estava desajustada e comecei a acertá-la enquanto andava em direção a livraria. Sem querer, acabei esbarrando em alguém.

—Desculpe. – dissemos ao mesmo tempo, a voz era grossa e ao mesmo tempo arrastada. Eu iria completar dizendo que a culpa era inteiramente minha por não estar olhando para frente, mas acabei não o fazendo.

Pela voz, eu pensaria que o garoto a minha frente era mais velho, mas ele parecia regular idade com Gaara. Ele usava um casaco verde escuro e, assim como eu, carregava uma grande mochila nas costas. Será que iria acampar? Eu o encarei com curiosidade, ninguém havia lhe contado que acampamentos naquela região eram perigosos e que coisas inexplicáveis aconteciam com mortais?

Ele tinha cabelos negros com alguns fios soltos do rabo de cavalo, e o lado esquerdo do seu rosto estava levemente amassado, denunciando que seu sono havia sido interrompido pelo pouso do seu avião. Quem o olhasse agora com os olhos semicerrados e sonolentos poderia dizer que ele estava desinteressado em tudo ao redor, mas algo me dizia que esse não era o caso, era como se ele estivesse analisando ao seu redor de maneira discreta.

Percebi meu rosto esquentar ao perceber que ele me encarava, e vi que ele mesmo estava corado. Quanta bobagem, Temari! Me repreendi mentalmente. Ficar corada por conta de um esbarrão com um moleque de dezesseis anos? Me apressei e sai dali antes que ele falasse qualquer outra coisa, ou pior, eu mesma falasse.

~X~

Eu tinha que admitir: se tinha algo que eu não gostava de fazer, era trilha. Era monótono, cansativo e demorado. Como alguém pode andar no meio do mato apenas por diversão? Eu não gostava da calmaria, preferia bem mais enfrentar monstros ou organizar a parte burocrática do que ficar seguindo um caminho sujo de terra por um dia inteiro. Para piorar, a umidade do lugar fazia minhas botas escorregarem pelo caminho.

Caminhei por cerca de duas horas e parei para descansar quando me vi diante de dois caminhos diferentes. Acabei decidindo que seria melhor descansar e avaliar o mapa com calma, tudo o que menos queria era me perder e andar mais. Minha mãe havia sugerido que eu fosse até onde ficava o antigo quartel general da Guerra contra Gaia, que talvez lá eu encontrasse mais alguma dica sobre a missão. Para a minha alegria, ele era posicionado no alto de uma das montanhas.

Retomei a trilha e optei por seguir pela direita, o sol indicava já ser quase quatro da tarde e eu sabia que não conseguiria chegar antes do anoitecer. Caminharia até o crepúsculo e, depois, armaria o acampamento. Essa seria a hora perfeita para minha ajuda inesperada aparecer, apesar de eu não atrair tantos monstros quanto os semideuses de primeira geração, eu ainda os atraia e é sempre bom ter alguém que faça a vigília enquanto você dorme, um dos motivos de missões em geral só serem realizadas por três membros.

O que eu não sabia era que pedir para uma ajuda aparecer, significaria que eu seria a ajuda de outra pessoa.

Eu seguia por uma área aberta, ladeando um bosque suspeito. Não havia necessidade de adentrar entre as árvores, mas me parecia uma boa ideia para me esconder caso fosse necessário. Eu sabia que era perfeitamente plausível encontrar monstros vivendo naquela região. E nem sempre o confronto com os monstros era a melhor opção, era sempre bom ter um plano B.

E minha decisão se mostrou assertiva quando escutei uma movimentação a frente.  Corri para dentro do bosque o mais rápido que consegui. O melhor a se fazer era me esconder até que seja lá o que fosse saísse dali, ou realmente viesse para cima de mim e me atacasse.

Então eu o vi correndo a colina, tropeçando e caindo de cara no chão. Meus olhos se arregalaram em choque. Era o garoto com quem eu havia tombado no aeroporto. E ele estava sendo perseguido por uma mulher que andava muito estranho. Senti um cheiro acre e franzi o cenho, não entendendo o que estava acontecendo. A mulher não parecia normal, mas monstros costumavam ignorar mortais a maior parte do tempo.

A mulher o atacou e eu tive a confirmação que era um monstro. Metade uma mulher, metade uma cobra. Eu me preparei para intervir e o ajudar, mas no momento que eu dei o primeiro passo para fora do bosque, o garoto projetou um escudo e uma espada caiu em sua mão, ele conseguiu se proteger sozinho.

Novamente meus olhos se arregalaram. O rapaz preguiçoso também era um semideus! Mas eu não me lembrava de já o ter visto no acampamento e sua idade já era avançada para ser um recém recruta de Lupa...

—Você me iludiu! - a mulher-cobra grunhiu. Revirei os olhos, como alguns monstros eram dramáticos. O que ela pensava que iria conseguir com um garoto de dezesseis anos?

—Me desculpe. - ouvi a voz arrastada e grossa dele, havia ali um tom de ironia? - O problema não é você, sou eu. - me segurei para não rir, aquilo era uma DR?

—É O QUE TODOS DIZEM! - ela berrou e avançou para o ataque novamente.

Observei um tanto atônita a maneira quase desleixada que o garoto lutava. Ele foi acertado duas vezes pela cauda da mulher antes de perceber que tinha que se defender disso também. Revirei os olhos quando ele finalmente aparou a chicotada, mas um movimento estranho, como se a lâmina de bronze não fosse o suficiente para penetrar as escamas da cauda.

Apesar disso, o moreno até que lutava bem, mesmo eu não reconhecendo a forma de luta dele como sendo de nenhuma das legiões, não parecia ser nada romano. Ele era obviamente treinado para a batalha, mas parecia muito menos disciplinado do que um legionário de sua idade deveria ser. Ele fez uma manobra inteligente, enganando ela e fazendo as posições se inverterem, ele ficou de frente para o bosque. A cauda dela bateu no escudo dele com força, o som reverberou pela floresta, ele avançou com a espada e ela desviou com um pouco de dificuldade, não parecia ser um monstro acostumado com batalhas, mas foi esperta o suficiente para usar seu giro para atacar com a cauda, o garoto se desviou por pouco e atacou com rapidez na altura das costelas, a cauda de cobra encontrou a lâmina e a segurou, puxando-o e fazendo-o se desequilibrar.

Eu avancei um passo nesse momento, pronta para intervir, mas acabei pisando em um galho seco que fez barulho demais. Amaldiçoei minha sorte, porém o monstro parecia furioso demais com o garoto para me notar. Contudo, o garoto parecia atento a tudo e subiu os olhos rapidamente, encontrando os meus por um segundo e fazendo-me estacar no lugar. A atenção dele voltou para a luta, onde a mulher o atacava com suas garras agora e eu fiquei parada novamente, observando, até perceber que estava totalmente visível e que se a mulher virasse apenas um centímetro sua visão periférica me veria ali, me embrenhei de volta entre os galhos do arbusto e os olhos do garoto novamente encontraram os meus. Os dele estavam arregalados e os meus o imitaram, desviando dos dele e o alertando da cauda do monstro que vinha em sua direção.

Ele não percebeu a tempo e foi acertado em cheio no rosto com força. Meu coração disparou, a espada dele voou e ele foi ao chão, grunhiu de dor. A mulher cobra se aproximou dele.

—Você partiu meu coração, Shikamaru. –consegui escutar a mulher cobra resmungar enquanto o garoto tentava se levantar, sem sucesso. –Mas eu o perdoo. Vamos ser um casal feliz.

Ela o colocou no ombro como um saco de batata e eu me dei conta de como ela era forte e fiquei impressionada por o garoto ter aguentado muito bem os golpes. Ela começou a se afastar com ele, e eu me senti estúpida por um momento. Eu podia fazer algo, eu podia ajudá-lo. Eu devia ajudá-lo, afinal, se não fosse por mim ali ele não teria se distraído e sido derrotado!

A mulher cobra continuou se afastando e eu comecei a pensar em um plano. Eu não era da terceira coorte e melhor estrategista da legião a toa, eu ia conseguir tirar o garoto... Shikamaru, ela tinha dito o nome dele, era Shikamaru. É, eu iria tirar Shikamaru dessa!

OoOoOoOoOoOoOoOo

Segui a mulher cobra por quase uma hora de caminhada, tomando todo o cuidado para que ela não me notasse. Ela falava alto, como se Shikamaru, que continuava desacordado, pudesse ouvi-la. Ela falava sobre casamento, filhos e como Hera iria deixá-los em paz. Era uma monólogo muito esquisito e senti dó do rapaz por ter acabado naquela situação com um monstro louco querendo casar com ele, mas já sabia também quem ela era. Haviam muitas mulheres ao qual Júpiter se engraçou e Juno amaldiçoou, mas poucas que ela havia transformado em cobra depois de matar os filhos decorrentes do relacionamento do marido.

Lâmia começou a seguir por uma trilha mais íngreme que subia uma montanha e logo eu estava tendo que escalar, não esperava que cauda de cobra fosse propícia para isso, mas era. O peso extra da minha bagagem e da do garoto que eu havia recolhido, o escudo e a espada que tinham voltado a ser o tubo de desenho, tornava minha subida mais complicada. Pelo menos, ela não parecia muito esperta e não deu indícios de me notar em nenhum momento.

Ela parou depois de quase quinze minutos de escalada, chegando em uma encosta estreita, e se enfiou em uma abertura nas rochas. Parei por um momento, mordendo o lábio inferior. O sol começava a se pôr e não teríamos mais muito tempo de luz. Espiei para dentro da fenda e tudo era muito escuro depois do que parecia uma curva, mas eu não tinha certeza. Resolvi que o melhor era deixar a bagagem ali e seguir apenas com minhas armas. Depois de deixar tudo em um canto, achei melhor levar o tubo de desenho de Shikamaru também, podia precisar de ajuda em uma luta, isso se ele despertasse.

Adentrei a abertura com cuidado, apurando os ouvidos. Respirei fundo sem fazer barulho, sentindo aquele mesmo odor acre adentrar minhas narinas. Avancei alguns passos, o odor ficou mais forte.

Era a confirmação que eu precisava: Aquele era o covil de Lâmia.


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Notas finais do capítulo

Centuriã - oficial do exército romano

Coorte - unidade militar romana

Hera - deusa grega do casamento; esposa e irmã de Zeus. Forma romana: Juno
Juno - Equivale romano de Hera

Júpiter - rei romano dos deuses; também chamado de Júpiter Optimus Maximus (o melhor e maior). Forma grega: Zeus.

Lâmia - rainha da Líbia amaldiçoada por Hera

Legião - a principal unidade do exército romano, consistindo em tropas de infantaria e cavalaria.
Legionário - membro de uma legião

Lupa - loba romana sagrada que amamentou os gêmeos abandonados Rômulo e Remo

Pretor - pessoa eleita para magistrado e comandante do exército romano
Probatio - período de experiência para novos recrutas de uma legião



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