No fundo da alma escrita por RosaDWeasley


Capítulo 4
Hermione Jean Granger


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura mores!

:)



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Hermione era filha de Otávio Granger e Anastásia Granger, os pais de Hermione haviam se conhecido na faculdade, para ser mais exato no projeto de música. Otavio estudava administração, mas tinha aptidão por música e cantava muito bem e Ana (como preferia ser chamada) estudava enfermagem, e era dançarina, ela tinha 19 e ele 22 anos. Estudavam na melhor universidade do interior do Rio de Janeiro, Ana era pobre, sua família era do Rio e morava em uma das comunidades de lá, ela não conhecia o pai, considerava como pai, o pai de sua irmã mais nova fruto do segundo relacionamento da sua mãe, que acabou se separando também; morava com a mãe, a avó e a irmãzinha na favela, a vida era dura, elas não tinham condições de mantê-la naquela faculdade, por isso ela trabalhava como garçonete em uma lanchonete, para poder estar ali e sua mãe conseguir cuidar de sua irmã e de sua avó, já era um milagre ela ter conseguido entrar naquela faculdade, era extremamente inteligente, mas sabia bem da sua realidade e pedia a Deus força para poder continuar.  Eles se apaixonaram rápido, Otavio escondeu quem era por medo de perde-la, ele era filho de Adolf Granger, inglês que havia fundado com o pai as Empresas Granger que anos depois se tornaria uma renomada multinacional e Clarice, filha de uma brasileira e um francês, estavam morando no Brasil a pedido dela, pois queria que o filho conhecesse mais do próprio país. Contudo, eles não esperavam que a vida iria dar aquela reviravolta tremenda, Ana e Otávio se apaixonaram quase que imediatamente e apenas três meses de namoro, Ana estava gravida, em uma viagem a Londres no final da gravidez, Hermione nasceu, 20 dias antes do previsto. Não é difícil imaginar como foi conturbado, tanto a vida deles quanto o relacionamento, pois se casaram apenas 5 anos depois do nascimento da filha. Ana foi obrigada pela mãe a deixar a filha com ela, para que pudesse continuar estudando, durante os 3 primeiros anos de vida Hermione foi criada pela avó e tia, mas os avós paternos ajudavam em tudo que podiam, depois que Ana terminou a faculdade, arrumou um emprego a noite para poder cuidar da filha em tempo integral durante o dia. Hermione teve uma infância feliz, a família estava sempre presente e lhe foi dado a oportunidade de uma educação excepcional; fazia balé, natação,  inglês, francês, canto e piano e viajava sempre que podia.

Otavio tinha uma irmã, um ano mais nova que ele, fruto de um relacionamento extraconjugal do pai depois que ele nasceu, como sua mãe sempre dizia, “no pior momento da minha vida, na nossa pior briga, seu pai me deixou”, se relacionou com uma linda prostituta ruiva que morreu quando Madelaine, sua irmã, nasceu e foi deixada na porta da mansão dos Grangers na França, tamanho foi o susto de sua mãe quando viu aquele bebê e leu a carta que dizia que aquela linda garotinha ruiva de olhos azuis era filha de seu marido que o colocou para fora de casa. Ela demorou para perdoá-lo, mas aceitou rápido a menina e a criou como sua. Otavio e Madelaine não guardavam ressentimento do pai, mas colocavam a mãe em um pedestal por tanta coragem.

 Assim como Otávio, Madelaine tinha aptidão para música, participou do projeto da faculdade e virou grande amiga de Ana, porém namorava um belo ruivo alto e forte que conheceu pelo irmão, Carlos, engravidou um pouco antes de Ana, diferente da cunhada ela se casou meses após descobrir a gravidez, terminou a faculdade de Biologia, mas não seguiu na profissão, quis formar a família, teria tempo para si mesma mais tarde, para a surpresa de todos e desespero da mais nova avó da família que queria cuidar de todos, as primas, nasceram no mesmo dia, à noite e com apenas alguns minutos de diferença, separadas apenas pela distância, Hermione nas em Londres e a Marry na França, elas foram criadas como irmãs.

Hermione e Marrie eram muito amigas, muitos as chamavam de gêmeas, mas só pelo fato de estarem sempre grudadas, porque no físico e na personalidade, não se pareciam em nada. Hermione era uma menina doce, mas de gênio forte e muito justa, curiosa por natureza, amava livros e conseguia lidar muito bem com a solidão e a carência que somente quem é filho único é capaz de entender. Marry era descrita pela prima como iluminada, extrovertida, engraçada e divertida, amava a família e os irmãos, apesar de viver em pé de guerra com eles, sempre cercada de amigos, totalmente regida pelo emocional, ela encontrou na prima uma melhor amiga e confidente que teve que aprender a viver sem, tamanha a distância e diferentes rumos que a suas vidas tomaram.

Madelaine diferente de Ana, teve mais filhos, uma escadinha de oito lindos ruivos dos olhos azuis, sim, Hermione tinha o privilégio de conhecer duas famílias tão diferentes e tão parecidas. A maior diferença entre as duas, era que Molly teve vários filhos desejando uma menina e Madelaine só queria uma família grande mesmo, Ana brincava a chamando de gesta 7 (porque havia engravidado 7 vezes), ela tentou diversas vezes engravidar depois que se casou, mas a endometriose não a deixou e acabou se dedicando integralmente a única filha.

Coisas estranhas aconteciam quando Hermione ficava brava ou triste e ela era a única que via as fadas na floresta atrás do castelo dos avós na França (na verdade era uma mansão que quando crianças os fazia pensar que era um castelo e acabaram sempre chamando a casa dos avós de castelo), seus primos a chamavam de maluca, pois havia uma das fadas que brincava com ela, o que a fazia ficar triste e brincar com a fada as escondidas.

Quando decidiu que seguiria Harry, teve que “rebolar” para o avô e o pai transferirem a sede das empresas Granger de Londres para Seattle e tirar os avós da França, contou com Marry nessa luta, e contou tudo que estava acontecendo para ela. A prima era a única que sabia que Hermione não havia voltado para Hogwarts, e também pingava regularmente poções do esquecimento nas bebidas de toda a família, para que se esquecessem dela e da vida na Inglaterra.

Todas as noites Marie rezava e dormia chorando, suplicando a Deus que a guerra bruxa acabasse e sua prima voltasse para casa sã e salva. Ela sabia que Hermione deixaria suas coisas na casa dos Weasley’s e que se comunicaria com ela por números desconhecidos, por telefone ou roubando celulares de trouxas (que ela devolvia logo após é claro), a primeira mensagem que recebeu da prima foi “fomos atacados no casamento, estamos escondidos e sozinhos, começou, se chegas a notícia de que morri, conte toda a verdade, seja forte, eu amo você”, Marry achou que enlouqueceria, as outras mensagens eram curtas e sempre que conseguia Hermione fazia ligações curtas e monólogas para a prima, sempre dizendo a mesma coisas; “estou viva”, “a guerra não acabou”, “estamos bem”, “seja forte, continue, estou viva”. Marie chorava como uma criança toda a vez que recebia uma mensagem, aquilo era uma tortura para ela, fazer com que a família esquecesse alguém, era uma tortura saber que Hermione estava em perigo e ela que era uma garota tão alegre e divertida, foi se tornando introspectiva e triste. Quando ouviu seu celular tocar naquela noite e viu a foto de Hermione no visor do celular indicando que a mesma estava ligando do próprio celular sentiu o coração saltar no peito, aquilo era um sinal, havia acabado.


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Notas finais do capítulo

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