A Difícil Arte de Amar escrita por Isabelle


Capítulo 9
A Difícil Arte da Invisibilidade




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Capítulo 9-

                        A Difícil Arte da Invisibilidade

Harry e sua equipe finalmente conseguiram prender os últimos comensais a solta. Agora eles estavam bem trancados em Azkaban e muitos já com julgamento, prestes a serem beijados.  Tudo voltava ao normal.

Dois dias depois, Draco recebeu alta e decidiu ir para a mansão com Nick. Ele ainda não fazia feitiços. Mas, poderia andar livremente pelos jardins da mansão, mais apropriado para Nick que teria o carinho da avó. Nina não os acompanhou apesar da insistência de Draco. Preparou Nick que não estava com uma carinha boa diante  da novidade de Nina ficar, mas obedeceu a professora. Quando Draco foi se despedir da garota, Nina tirou uma corrente do pescoço, ela continha uma pequena chave.

- Acredito que isso é seu. – Ela disse sorrindo fracamente.

- Obrigado.

- Espero nunca mais vê-la. – Nina segurava suas lágrimas.

- Mas... – Draco estava confuso.

- Cada vez que você passar ela para mim significa que você corre perigo. E eu não quero que você nos deixe Draco. Agora vai! Seus pais o esperam ansiosamente.

Nina abraçou Nick e deu um passo para traz ficando ao lado da tia, enquanto Draco saia pela porta. Uma carruagem o aguardava nos portões de Hogwarts. Draco parou na porta e olhou para a garota de cabelos vermelhos. Tinha o semblante cansado e sombrio. Voltou-se e abraçou a garota a sua frente que aceitou o toque. Era reconfortante estar nos braços fortes do loiro. Assim que eles saíram, ela não escapou da tia.

- Por que em nome de Merlin não foi com ele? – Dryade não entendia.

- Ainda não tia. Ainda não é hora. E de mais a mais eu não sou da família e eles precisam de um momento familiar. Eu só iria atrapalhar. – Disse Nina saindo da sala da tia limpando uma lágrima para que a tia não visse seu sofrimento.

- Não senhora! Não vai fugir assim! – Dryade foi atrás dela. – O que há aqui? – Dryade a segurou pelos ombros forçando a garota a encará-la.

- Eu não sei tia, eu não sei...

Nina se jogou nos braços da tia, chorava agarrada a ela.

Ao contrário da sobrinha Dryade sabia bem o que era aquilo. Nina estava sim apaixonada pelos Malfoys. E isso não era uma novidade de toda ruim, seu quase afilhado era de uma personalidade difícil, mas sua sobrinha saberia dobrar a serpente.

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As aulas com Dryade, bem como a convivência entre as duas, melhorava a cada dia. Ela era uma aluna aplicada o que enchia a professora de poções de orgulho. Elas não se invadiam mais em busca de pensamentos.

- Sonhei com a Senhora ontem professora. Era passado, discutia com um homem. Ambos pareciam desesperados. Tive medo.

Dryade pareceu ficar mais pálida que o normal. E seus olhos mostraram uma tristeza profunda.

- Nunca aceitei bem a morte de Severus. Agora com esses sonhos que tenho desde o ano passado. Isso me consome. Mas seu sonho com certeza mostra nossas discussões durante a guerra. Eu queria que ele não voltasse mais quando o lorde o chamasse. O coisa-ruim estava cada vez mais desconfiado dele e eu temia por sua vida, com razão.

- Vamos tentar novamente tia? Controlo melhor meus poderes agora. Tenho certeza de que vou encontrá-lo.

- Não meu bem, ainda é perigoso. E não se fala mais nisso. – Dryade levantou-se para realmente encerrar a aula e o assunto.

Nina estava resoluta. Só havia um detalhe. Como pegar o pergaminho que vivia nas vestes da tia? Se ao menos pudesse ficar invisível...

oOo

Na Mansão Malfoy...

- Filho preciso conversar com você. – Pediu Narcissa formalmente.

- Sim mãe, o que há? – Draco voltou-se no corredor e adentrou o estúdio da mãe.

- Meu amor, sei o quanto se esforça para a adaptação do meu neto, mas creio que o pequenino está tremendamente triste. Seja lá o que for você precisa resolver isso meu bem.

- Sim mãe, a senhora tem toda a razão. A sobrinha da doutora Noxon é a responsável por essa tristeza. E eu não sei por que ela não veio conosco. – Disse Draco sinceramente para a mãe.

- Draco, Draco. Ela, bem como seu filho, descobriu que tem uma nova família e você quer separar a garota da tia? E você arrancou o meu neto da única segurança que ele conhecia! Vocês homens são insensíveis demais! Acho que é hora de você voltar para Hogwarts.

- Amo você mãe!

Draco saiu do estúdio da mãe e ganhou o corredor sul da mansão. Tinha pressa, foi para seu quarto, convocou um elfo e ordenou que arrumasse seus pertences e os pertences do seu filho, e os mandasse para seus aposentos em Hogwarts. Pegou Nick e se despediu da mãe, Lucius estava na empresa a essa hora. Depois mandaria uma coruja ao pai.

A carruagem chegou aos portões de Hogwarts à tardinha. Nick estava realmente feliz por voltar à escola e ver sua professora. Ninguém os aguardava, era uma surpresa, mas assim que Draco pisou na escola, Nina o sentiu.

- Tia ele está aqui... – Nina estava gelada.

- Ele quem meu bem? – Perguntou a tia distraidamente enquanto terminava uma poção.

- Draco está aqui tia!!! – Nina pulava pela sala sem a mínima noção de postura.

- E o que ainda está fazendo aqui nesta sala, vá ao encontro deles! Anda garota! – Dryade sorriu e voltou a sua poção.

Nina se deu conta da sua ansiedade, respirou fundo se concentrou e foi ao encontro dos Malfoys, bem mais calma. Encontrou pai e filho ainda no grande salão. O garotinho se soltou do pai e correu para Nina que o levantou alto e o abraçou, e encheu seu garotinho de beijos. Chegou perto de Draco e estendeu a mão para o garoto de olhos grises que também se continha com muito custo.

- Olá Senhorita Noxon... Tudo bem? – Draco estava meio constrangido.

- Tudo senhor Malfoy... – Nina ficou visivelmente desapontada e Draco percebeu.

- Olha... Nina eu... Nós... Eu e o Nick...

- Estamos com saudade senhorita Nina! – Nick salvou a cena e o dia.

- Sou obrigada a confessar! Mais um dia e minha tia teria que me levar até a mansão. – Nina disse sinceramente.

Os olhares se cruzaram e gritaram coisas que seus lábios não foram capazes de confessar, por hora era o suficiente. Nick no colo de Nina e Draco ao seu lado. Foram para as masmorras e Nina hesitou. Não poderia deixar a tia não naquele momento. Draco dominou a situação, lembrando-se das palavras de Narcissa.

- Compreendo que queira ficar com sua tia. Na verdade gostaria que ficasse com Nick. E afinal estou logo aqui do lado. Não é tão longe assim. O que acha?

- E-Eu acho ótimo! Quer dizer que vocês vieram pra ficar? Pensei que ficariam na mansão. – Nina estava surpresa.

- Mamãe tem uma percepção impar. Expulsou-nos da mansão. Se é que entende.

Nina entendeu bem. Draco sentiu sua falta e Nick também. Entraram nos aposentos de Dryade que já os aguardava. Draco cumprimentou a medibruxa formalmente.

oOo

A vida de Draco em Hogwarts voltou ao normal. Nick começou a freqüentar a escola com Lily Potter, estava sendo um difícil recomeço para o garoto. Nina e Draco estavam enfrentando todos os tipos de reclamações. A sorte de ambos é que a diretora da escola infantil era uma bruxa e atendia filhos de bruxos da cidade. A magia natural de Nick perdia o controle sempre com as discussões acaloradas com Lils. Os pais dos dois já não sabiam mais o que fazer. E o primeiro mês nem havia terminado.

Nina ainda pensava em como apanhar o pergaminho da tia, até o dia em que assistindo a uma aula de Hagrid ela soube sobre um animalzinho muito interessante.

- O seminviso é encontrado no Extremo Oriente, embora não seja fácil localizá-lo, porque pode se tornar invisível quando ameaçado. Disto decorre que só pode ser visto por bruxos treinados para sua captura. – Hagrid fez uma pausa, orgulhoso de ter um exemplar para a sua aula. – O seminviso é um animal herbívoro e pacífico, cuja aparência lembra a de um gracioso macaco com grandes olhos negros e tristes, em geral escondidos sob os pêlos da cabeça. O corpo inteiro é coberto por pêlos longos, finos e sedosos. Essa pelagem é muito valorizada para a fabricação de capas de invisibilidade. Por isso vocês não podem vê-los eles ficam invisíveis quando estão assustados. Mas acredito que esse aparecerá em breve. O trato com essa criatura exige conhecimento especializado do bruxo.

Nina deixou a aula de Hagrid e foi direto para a biblioteca. Nick estava na escola então teria tempo para saber onde conseguir uma. Ficou triste, não poderia comprar uma, só existiam duas no mundo uma era de Harry. Não se deu por vencida. Foi até Harry, não fazia a mínima idéia do que diria ao auror. A verdade não era uma opção. Não poderia escancarar a vida da tia a todos. Quando chegou a sala do auror depois dos cumprimentos, sentiu que aquilo não daria certo.

- Harry, eu sei que você tem uma capa de invisibilidade... – Nina foi dizendo a queima roupa.

- Sim eu tenho. – Harry não entendeu bem onde a bruxa queria chegar com a afirmação, mas esperou.

- Poderia me emprestar por um dia ou dois? – Nina tentou.

- Se me contar para o que ela vai servir... Não, acho que nem se você me contar. Mas posso te ajudar.

- Preciso salvar alguém...

- Meu Merlin isto não está cheirando bem, o que você está querendo aprontar? – Perguntou Harry preocupado.

- Nada de errado posso te adiantar. Olha... Desculpe, eu não posso. Obrigada mesmo assim. – Nina levantou-se e foi até a porta.

- Nina! Estarei em Hogwarts amanhã com Lils para o jogo entre a Ravenclaw e Gryffindor. Posso deixar minhas coisas em seus aposentos? – Harry disse despreocupadamente.

- Claro Harry! Será um prazer!

Nina saiu de lá com a certeza de que Harry a deixaria usar a capa durante o jogo. A tia estaria corrigindo as lições de casa em sua sala, sua capa estaria dependurada no cabide a pouca distância dela. Então deveria ser mais que precisa. E rápida! Harry não ficaria com as duas crianças por muito tempo. E Nick era sua responsabilidade.

Esperar pelo dia seguinte foi um caos. Nunca imaginou que pudesse ficar tão ansiosa por algo. Mas Harry chegou na hora marcada e Nina combinou de encontrar com eles na arquibancada em poucos minutos. Assim que fechou a porta revirou as coisas de Harry, e sim a capa estava ali, como ela havia imaginado. Respirou fundo cobriu-se com a capa de frente ao espelho do seu quarto. Ficou espantada com a falta de sua imagem no espelho. Apressou-se e foi para a sala da tia, que nesse momento estava bem concentrada no que fazia. Dryade parou por um instante a leitura dos pergaminhos, pressentindo que não estava só, mas voltou-se para os deveres logo em seguida quando constatou que não havia ninguém na sala. Nina por sua vez, foi rápida trocou os pergaminhos. Ela havia feito um pergaminho parecido para que a tia não sentisse falta dele nas vestes. Saiu rápido do escritório e voltou aos seus aposentos. Colocou a capa no lugar e correu em direção ao campo de quadribol.

Harry apenas sussurrou: - Espero não me arrepender disso nunca!

- Não vai Harry, não vai. Te devo uma! – Nina disse no mesmo tom de voz com o rosto voltado para as vassouras que voavam acima dela.

Aquele dia custou terminar. Draco parecia não querer ir embora, sua tia não chegava da reunião com os outros professores. Nick se recusava a dormir. Tudo parecia conspirar contra ela e tinha Draco querendo entrar em seus pensamentos e ela não poderia permitir; isso nunca! Por fim Draco se despediu, Nick dormiu e ela se trancou em seu quarto.

Respirou fundo pegou o pergaminho, só que dessa vez leu o feitiço em voz alta. Em segundos estava de volta ao quarto que havia encontrado Severus na primeira vez. Foi para o corredor, subiu as escadas e encontrou-se em uma cozinha ampla, arrumada, porém sem sinais de uso há muito tempo, atravessou o cômodo e saiu em um pequeno corredor que terminava em um amplo hall de entrada. O local parecia abandonado, pode ver um grande brasão preso a uma das paredes, parecia Slytherin, com algumas particularidades. Viu um elfo doméstico se aproximando dela. Demorou a entender que ele podia vê-la ali. Correu para fora do local, quando ganhou o exterior olhou para trás. Era um imóvel grande, dois andares, duas torres. Correu pelos jardins abandonados e se encaminhou para um portão que estava entreaberto, saiu por ele olhou para traz novamente, para ver se era seguida. Pode ler o nome Lestrange no portão antes de ser acertada pelo elfo que a perseguia.


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Notas finais do capítulo

N/A: Agradeço a todos que estão lendo! Para os tímidos, gostaria muito de saber o que estão achando da história, nós autores vivemos nesse caso “A Difícil Arte de Adivinhar”, então deixa seu comentário, faça um autor feliz!!!



Jinhos da Belle



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