The World Inside the Forest escrita por Creeper


Capítulo 1
O aviso foi dado.


Notas iniciais do capítulo

Oiiii! Tenham uma boa leitura! E sejam bem-vind@s, muahahaj



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—Lucy! -Wendy me chamou enquanto me balançava.

Saí de meus devaneios e encarei a garota sentada atrás de mim.

—O que foi? -bocejei.

—Veja! -Wendy apontou para o relógio pregado acima da lousa. -Falta apenas um minuto para as férias!

—E adeus nono ano... -comentei dando uma risada abafada.

—Iremos para o primeiro colegial ano que vem! Não está animada? -Wendy voltou a me balançar. -Soube que têm lindos garotos no colégio para o qual vamos!

Ri da empolgação da morena, voltei-me para frente e apoiei minha cabeça no vidro da janela.

Do lado de fora, as crianças brincavam no playground, animadas, cheias de vigor.

—Gostaria de ser feliz como elas... -sussurrei.

—Estão dispensados. Boas férias e continuem assíduos no novo colégio. -a professora anunciou.

Naquele momento todos começaram a gritar eufóricos, despediram-se colocando suas mochilas nos ombros e saíram correndo.

Apenas eu permaneci na sala de aula, olhando pela janela.

—Lucy? Não vai para casa aproveitar o primeiro dia de "liberdade"? -a professora aproximou-se e sorriu gentilmente.

Suspirei.

—É que...Eu adoro essa vista, adoro essa janela. Aposto que para onde eu vou não terá uma dessa... -expliquei.

—Gosta de observar os pequenos? -ela sentou-se na carteira que Wendy ocupará há pouco.

—Sim...Tão inocentes... -sorri de canto.

—A senhorita não tem irmãos, tem? -perguntou.

—Não, senhora, não tenho. Até gostaria... -comecei a guardar meu material. -Acho que é hora de ir. -falei a contra gosto.

—Bom, espero que se divirta nesse tempo livre. Sentirei saudades. -a professora bateu uma mão na outra e levantou-se.

—Digo o mesmo. -levantei-me e respirei fundo.

A professora foi até a frente da sala para apagar a lousa, decidi dar uma última olhada no playground, o qual não visitava desde o quinto ano.

Observei a Bety, o Marcos, a Jamily, a Gisele, o Felipe e todos seus outros amiguinhos, brincando de esconde-esconde.

Meu coração se acalmava ao ver a cena. Porém...Ele se apertou de um segundo para o outro.

Ao longe, atrás de uma gigantesca árvore crescida distante dos brinquedos, estava uma figura....

Com uma altura sobrehumana, braços que ultrapassavam os joelhos, mãos com dedos ósseos brancos, trajando um terno de gravata vermelha...

Eu não via seu rosto. Estava escondido atrás das folhas.

Engoli em seco, meu coração havia se acelerado e quase saltava pela boca.

Assustada e impulsiva, tentei tomar uma providência.

—P-Professora Monique! -gritei. -A-As crianças...As crianças...Precisa tirá-las de lá! -comecei a tremer.

—Qual o problema? -ela estranhou e se colocou ao meu lado.

—A-Ali! Uma criatura! Está a observar as crianças! -apontei para a árvore, desesperada.

A professora curvou-se e semi cerrou os olhos, parecia não enxergar.

—Lucy...Não há nada ali. Você deve estar cansada. -ela balançou a cabeça negativamente.

—M-Mas eu vi! -arregalei os olhos.

Empurrei a carteira violentamente e colei meu corpo na janela.

Havia sumido. Não estava mais lá.

"Como?! Eu vi! Parecia tão real!", abaixei a cabeça e cerrei os punhos.

—Lucy, quer que eu te leve para casa...? Você está pálida. -a professora ofereceu.

—Não, está tudo bem. -eu suava frio. -Adeus. -agarrei minha mochila e saí o mais depressa da sala.

Morávamos em uma cidade do interior, ela era pequena, porém cercada de vegetação.

Aonde você olhava, havia mato.

O ar fresco era bom de ser respirado e a brisa da manhã era ótima de ser sentida.

Normalmente eu voltava para casa devagar, para que pudesse apreciar a paisagem, entretanto naquele dia eu corri como nunca.

Sentia-me observada.

☆☆☆

—Que tal irmos até a floresta? -Wendy sugeriu freiando sua bicicleta.

—Podemos tentar encontrar nossa antiga casa na árvore! -Tales sorriu.

—Verdade! E a gente pode ir até o lago nadar. -Ema falou empolgada.

—O que você acha, Lucy? -Wendy me olhou.

Eu estava estática em cima de minha bicicleta, sentindo arrepios percorrem meu corpo.

—Acho melhor não... -encolhi os ombros. -Nem trouxemos roupa de banho e...Já está quase escurecendo.

—Tudo bem, vocês podem nadar de sutiã! -Tales sorriu malicioso.

Minhas bochechas e as de Ema ficaram salpicadas de vermelho.

—Pare de dar em cima das minhas amigas, pervertido! -Wendy deu um peteleco na testa do irmão.

—Ai! Eu não fiz nada! -ele devolveu o peteleco.

—E além do mais, a floresta é aberta, mesmo que fique tarde, saberemos o caminho... -Ema sorriu para mim.

—Vamos! Será divertido! -Wendy disse.

Eu não estava com uma sensação boa, meu estômago embrulhava-se só de pensar em ingressar na mata.

—Me lembrei que...Tenho que lavar a louça para minha mãe. -engoli em seco e voltei os pés aos pedais.

—Aff, Lucy! -Tales revirou os olhos. -Tá, então. -começou a pedalar até a entrada da floresta.

—Tchau, Lucy! -Ema se despediu sem graça e pedalou atrás do garoto.

—Nos vemos amanhã. -Wendy suspirou. -Se cuida. -acenou e fez o mesmo que os outros.

Os observei largarem suas bicicletas e correrem para dentro da mata, se perdendo entre as árvores, podia escutar seus gritos de animações e suas risadas escandolosas mesmo sem vê-los.

"Acho que estão seguros.", pensei receosa.

Regressei para minha casa, eu não estava me sentindo muito bem.

Minha mãe estava na sala assistindo novela, não havia louça para lavar.

Fui até meu quarto e lá me tranquei.
Liguei meu computador e troquei de roupa.

Meus olhos se prenderam a tela após digitar um nome na barra de pesquisa.

—Slender Man. -sussurrei abismada encarando as imagens.

As imagens que representavam a mesma criatura que eu havia visto atrás da árvore.

Eu sabia quem ele era, só não conseguia crer que ele existia. Para mim ele era apenas uma creepypasta, uma invenção para um concurso de fotografias.

Em choque, tateei minha mão pela mesinha e abri uma gaveta, baguncei tudo que havia lá dentro para que pudesse encontrar uma folha de caderno.

Na folha havia um desenho, cujo estava eu segurando um dos tentáculos de Slender em um bosque.

A gravata dele e dois corações em minha assinatura haviam sido pintados com sangue. Meu sangue.

—Não pode ser... -engoli em seco.

Eu já havia sido uma "seguidora" do Slender Man. Porém fui perdendo o interesse e deixei a fixação morrer.

Joguei a folha no chão e tirei da gaveta um caderno, o qual continha mais desenhos do Slender e anotações.

"Não é possível! Ele só pode vir se eu tiver o invocado! E eu não fiz isso!", massageei as têmporas.

Levantei-me, mas logo voltei a me sentar por causa da tontura repentina.

Fechei os olhos com força e curvei meu corpo, deixando a cabeça entre as pernas.

Eu não ouvia meus pensamentos. Só conseguia escutar sussurros, sussurros e mais sussurros...

Era pertubador.

Tentei gritar de agonia, entretanto era como se eu não pudesse abrir a boca.

"Lucy! Me ajude!"

Arregalei os olhos. Aquela era a voz da...Ema.

"Lucy! Eu estou com medo!"

"Lucy! Por que você não veio conosco?!"

"Lucy, você sabia da criatura! Por que não nos avisou?!"

"Lucy, ele tem tentáculos..."

"Lucy!"

"Lucy!"

Falhei miseravelmente ao tentar gritar. Apalpei meu rosto e tive pavor quando não senti meus lábios.

O lugar aonde estiverá minha boca agora era só pele.

Por isso não era capaz de gritar.

Senti as lágrimas quentes do desespero rolarem por minha face.

"LUCY!"

O último grito veio acompanhado de um som de porta sendo aberta bruscamente.

—Lucy! Entre no carro! -era mamãe, assustada.

Ergui a cabeça e a encarei, ainda chorando, porém alguns murmúrios e soluços saíam de minha boca.

—M-Minha boca... -gaguejei tocando meus lábios.

—Lucy! Não podemos perder tempo! -mamãe veio até mim e me puxou para fora do quarto.

—O que houve?! -perguntei com a voz rouca, meu coração batia intensamente

—Ema desapareceu! Eu e os outros pais vamos fazer uma busca! Onde você a viu pela última vez? -mamãe carregava uma expressão de desespero enquanto abria a porta da caminhonete.

Senti um aperto no peito.

—E-Ema o que...? -sussurrei pasma.

—Entre depressa! -mamãe colocou a chave na ignição.

Eu estava paralisada. A Ema, minha amiga Ema, desaparecida?

—LUCY! -ela gritou apertando a buzina.

Saí de meu transe e entrei no carro, batendo a porta com força e colocando o cinto imediatamente.

—E-Eu... -respirei fundo, estava ofegante. -A vi e-entrando na floresta. -encarava a paisagem que ia sendo deixada para trás conforme nos aproximavámos da casa da vítima.

Haviam diversos carros de pais estacionados na frente da casa e apenas uma viatura. As bicicletas de Wendy e Tales estavam jogadas na calçada.

—Senhora, entenda, só podemos iniciar as buscas após 24 horas de desaparecimento. -o policial tentava acalmar a senhora Helena.

—Não! Vocês tem que começar agora! Moramos em um fim de mundo minúsculo, o que custa fazer algumas rondas?! -Helena gritava juntando as mãos sobre o peito.

—Senhora, talvez ela tenha fugido para a casa de um namoradinho ou ido se encontrar com outros amigos. -o outro policial falou.

—Todos os pais de seus amigos estão aqui e todos alegaram que não a viram em suas casas! -Wendy se intrometeu.

—Quieta, garota. -o policial cuspiu no chão. -Senhora, não podemos fazer nada. Tenha uma boa noite. -andou até sua viatura.

Tales tentou ir atrás dele de punhos cerrados, porém seu pai o segurou.

Eu continuava dentro da caminhonete, em choque. O sol estava se pondo, em breve anoiteceria e seria ainda mais perigoso.

—Olha ali! -Tales apontou para mim. -Lucy! -correu em minha direção.

—Lucy! A E-Ema... -Wendy abriu a porta do passageiro e tentou me puxar para fora, entretanto fiquei sufocada pelo cinto.

—A Ema...Estávamos brincando de esconde-esconde e a ouvimos gritar. Rondamos toda a parte permitida da floresta. -Tales explicou, os olhos arregalados e o suor pingando.

—E não encontramos nada. -Wendy se debruçou sobre mim para tirar meu cinto.

—C-Céus... -eu estava gelada de medo. Saí do carro e abracei meus amigos.

Ouvi Wendy chorar baixinho em meu ouvido.

Nossos colegas se juntaram a nós e começamos a juntar pistas.

Enquanto isso, alguns pais iniciaram uma ronda, outros foram fazer perguntas aos vizinhos e o resto ficou tentando acalmar a Helena.

—Ela não comentou nada sobre estar namorando. -Felicia cruzou os braços.

—E ela não estaria zoando com nossa cara até uma hora dessas. -Igor arqueou uma sobrancelha. -Ela já teria desistido e voltado para casa.

—E se formos até a floresta para conferir? -Tony sugeriu.

Eu apenas fiquei quieta, escutando.

Só conseguia pensar no pior...

Lembrava-me dos sussurros, dos gritos.

—Vocês acham que existem estupradores na floresta? -Sabrina perguntou encolhendo os ombros.

—Ou um psicopata. -Kale murmurou.

—Iremos ter o mesmo fim que ela se irmos! -Felicia apontou.

—Deixe de ser medrosa! -Diane ergueu o tom da voz.

Respirei fundo e me levantei do toco que estava sentada.

—E se não tiver sido nem um estrupador e nem um psicopata? -tive coragem para falar. -E se talvez tiver sido... -engoli em seco. -O...S-Slender?

Todos voltaram a atenção para mim.

—Aquele mano alto de cara branca que você apresentou na aula? -Tony arqueou uma sobrancelha.

Assenti constrangida.

—Ele não existe, Lucy. -Tales revirou os olhos e afundou o rosto nas mãos.

—É claro que existe! Eu o vi! -arregalei os olhos.

—Você está cansada, Lucy. -Wendy passou o braço por meus ombros. -Melhor você entrar...

—Não! Não estou cansada! Sei que o vi na árvore do playground, há alguns dias. -falei sentindo minhas pernas fraquejarem.

Todos se entreolharam com desdém.

—Isso daqui é coisa séria, não temos tempo para as suas historinhas de terror. -Diane cerrou os dentes.

—Vamos. -Sabrina colocou seus patins.

—Quem quiser, nos siga. -Tony subiu em seu skate e colocou seu capacete.

Tales se levantou, pronto para pegar sua bicicleta, entretanto Diane o parou:

—É melhor você ficar aqui cuidando da sua amiguinha.

Tales olhou de mim para ela, insatisfeito.

—Vem, Wendy! -Tony a chamou.

—Caso ela volte, vão nos avisar na floresta, okay? -Wendy sussurrou para nós dois e saiu correndo para pegar sua bicicleta.

—Tales, posso pegar a sua emprestada? -Felicia apontou para a bicicleta do garoto, ele assentiu de mau gosto.

—Slender Man? -Kale me olhou com deboche. -Pfff! Teria acreditado mais se dissesse que viu o Jeff... -riu colocando seu skate debaixo do braço e correndo ao encontro de seus amigos.

Pisquei os olhos várias vezes e deixei meu corpo cair sobre o toco podre.

Ninguém acreditava em mim.

O céu negro já nos abraçava e as luzes amarelas dos postes não eram suficientemente luminosas.

Eu estava acabada.

—Tsc, que droga. -Tales sentou-se na grama. -Tomara que a Ema esteja bem... -sussurrou.

—Tales, você também não acredita em mim?! -o encarei fixamente.

—Sinto muito, Lucy, mas o Slender é só invenção. -Tales mordeu o lábio inferior.

Suspirei decepcionada e encolhi os ombros.

Meu cabelo estava grudado em meu rosto por causa das lágrimas discretas que ainda caíam.

Eu podia sentir o medo de Ema. Ela não estava bem.

—Por que não prende seu cabelo? -Tales sugeriu me olhando de soslaio. -Ele é o que tem de mais chamativo em você, não é mesmo? -sorriu tirando do pulso uma pulseira trançada.

—Acho que sim. -limpei meus olhos.

Meu cabelo era escuro, liso e caía sobre minhas costas até a cintura.

—Uma vez o Mark disse que eu não era nada sem minha cabeleira. -funguei.

—Ele era um idiota. -Tales bufou. -Aqui, use isso para amarrar... -me entregou sua pulseira.

Prendi o cabelo.

—Me conta sobre esse lance de ter visto o Slender. -Tales suspirou e começou a arrancar a grama da terra.

Engoli em seco e juntei as mãos trêmulas entre as pernas.

—Foi assim...

☆☆☆

Havia se passado uma hora, alguns pais voltaram para a casa de Helena, dizendo que não encontraram nada, mas logo voltaram a fazer mais uma ronda.

Os nossos colegas também voltaram, com expressões cansadas e decepcionadas, além de estarem sujos de terra e com arranhões.

—O que aconteceu? -a mãe da Felicia perguntou.

Todos se entreolharam e ficaram mudos.

—Entramos mais a fundo na floresta. As árvores são mais rentes, nos machucados nos gravetos. -Wendy tomou a palavra.

—Isso foi perigoso! -ela mandou um olhar severo para a filha. -De qualquer modo, vamos para casa, Felicia, seu pai já deve ter chegado do trabalho.

—Tchau, gente... -Felicia acenou de maneira triste.

—Como foi lá...? -perguntei hesitante.

—Nenhum sinal dela. Nenhuma pista. -Tony balançou a cabeça negativamente.

—Argh! Não encontraram nada?! -Tales se levantou, irritado. -Vamos voltar e dessa vez, deixem-me ir!

—Já está muito tarde, é realmente perigoso. -Sabrina comentou.

—Aonde está a Diane...? -Kale perguntou olhando ao redor.

Arregalamos os olhos, assustados.

—DIANE! -Sabrina gritou e começou a andar ao redor da casa.

—DIANE?! -Wendy fez o mesmo.

Começamos a procurar pela garota, quando de repente ela apareceu caída no quintal.

—Diane! -Tony se ajoelhou ao lado dela e começou a tatear seu corpo. -Sem ferimentos graves. -nos avisou.

—Meça o pulso dela! -Tales mandou.

—Não! Ouça o coração! -Kale se ajoelhou ao lado da garota.

—Me ajude a virá-la, com cuidado... -Tony tentou mudá-la de posição.

Eles foram capazes de deixá-la de barriga para cima, Diane estava tossindo e segurava firmemente contra o peito um tênis laranja.

Cobri a boca, horrorizada.

Dei as costas e agachei-me, pois estava com tontura novamente.

—E-Esse tênis horroroso... -Tales sussurrou com a voz embargada. -É da Ema, meu Deus, é dela...! -se afastou de Diane.

Vi Tales correr para dentro da casa.

—Diane, onde encontrou isso?! -Kale questionou. -ONDE?! -a balançou.

—Na área leste da floresta, entre as árvores. -Diane explicou fechando os olhos, parecia estar com dor.

☆☆☆

Todos os adultos dirigiram-se até a floresta e deixaram os adolescentes na casa de Helena.

Eles levaram o cachorro do Tony, o qual era treinado para farejar.

—Deus, que ela esteja a salvo! -Sabrina estava a rezar em um canto da sala.

Eu estava cuidando dos arranhões dos outros, os limpando e colocando curativos.

—Wendy, você está queimando de febre. -sussurrei colocando a mão em sua testa.

—Não importa. -Wendy olhou para cima. -Você pode me dar um biscoito, por favor? Meu estômago dói.

Andei até a mesa de centro que estava cheia de biscoitos, torradas, chá e café.

Bastou eu sentir o cheiro do biscoito e tive ânsia de vômito.

—Argh. -deixei o biscoito cair no chão para cobrir a boca, comecei a babar, deixando a saliva escorrer por entre os dedos.

Foi quando a porta se abriu e Helena adentrou a casa chorando descontroladamente.

Fechei os olhos forçadamente, esperando pela má notícia.

Imaginei que ela diria algo do tipo: "Encontramos os órgãos de Ema dentro de um saco pendurado em uma árvore.".

Mas não foi isso que eu escutei.

—EMA! GRAÇAS A DEUS ELA ESTÁ VIVA! -Wendy gritou histericamente.

Abri os olhos, surpresa.

Ema estava coberta com um pano, completamente imunda e desarrumada, no colo de seu pai, desacordada.

Meu coração acalmou-se pois eu podia ver seu peito subindo e descendo.

—E-Ema... -sussurrei encarando a garota de cabelos ruivos e pele sardenta. -EMA! -meus olhos voltaram a se encher de água.

Sabrina me abraçou, ela estava a chorar também. Tales se juntou ao abraço acompanhado de Kale e ao final, todos estávamos abraçados, chorando iguais bebês.

—Ela está bem?! Aonde a encontraram?! -Wendy perguntou preocupada.

—Ela está com a perna quebrada. -sua mãe explicou, soluçando de tanto chorar. -Rex a encontrou dentro de um buraco extremamente fundo. -sorriu de orelha a orelha enquanto enxugava o rosto com um lenço.

Suspirei aliviada.

—Viu? Nada de Slender. -Tales piscou para mim.

Sabia que ele não havia dito aquilo para debochar de mim, mas mesmo assim eu me senti uma idiota.

Comecei a duvidar se realmente havia visto o Slender naquele dia atrás da árvore.

Naquele momento, a única coisa que importava era que Ema havia voltado para casa em segurança.


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Notas finais do capítulo

Acabou! Gostaram?! Comentem o que acharam '3' !
Até o próximo capítulo!
Bjs.
??”☆Creeper.



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