Scared & Lonely escrita por misskekebs


Capítulo 3
Sofia Davis


Notas iniciais do capítulo

Espero que não fiquem entediados com esse capítulo, tentei deixá-lo interessante mas vamos ver o que vocês acham. (Desculpem qualquer erro ortográfico)
Boa leitura.



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Meus olhos arregalam e eu aperto sua mão na minha, o que será que Roman aprontou pra nos machucar desta vez?

 

— Isso quer dizer que, Roman vai usá-la para nos atingir. – Sussurro.

— Sim, provavelmente ele deve ter encontrado ela. Roman é capaz de tudo. – Ele diz mirando nossas mãos coladas.

Faço o mesmo movimente que ele e observo nossas mãos juntas, me permito ficar assim por mais alguns segundo antes de pigarrear e descolar nossas mãos me levantando em seguida. Meu telefone vibra no meu bolso e me apresso em atender, era Patterson, devia querer saber se o encontrei.

— Oi, Patterson.

— Jane! Você o encontrou? – Ela pergunta apressadamente.

— Sim, o encontrei. Ele está bem. – Do outro lado da linda escuto Patterson soltar o ar pesado.

— Então? Ele falou o que a frase significa? – Ela pergunta em seguida.

— Sim, ele disse. Estamos voltando, quando chegarmos aí conversamos melhor pode ser? – Pergunto.

— Tudo bem, esperamos por vocês. – Ela diz e desliga.

O caminho de volta para o SIOC foi silencioso e constrangedor, eu o observava pelo canto dos olhos e ele estava sempre olhando pra frente, aquilo me incomodou por que mesmo na nossa situação difícil, ele sempre puxou assunto comigo e agora estava calado demais, isso me preocupa.

— Kurt, você está bem? – Pergunto me virando um pouco de lado pra observá-lo melhor.

— Não. – Ele disse seco.

— Você pode falar comigo, você sabe. – O encorajo.           

— Minha cabeça está fervendo Jane, minha mãe foi embora á muitos anos. Abandonou-nos, e agora Roman vai desenterrar esse passado que pra mim já estava morto. Isso está me corroendo por dentro, eu não suporto mais esses jogos. – Ele desabafa.

Aquilo acabou comigo, ver Kurt sofrendo me feriu ainda mais. Roman é meu irmão, tentei fazer tudo que tinha ao meu alcance para trazê-lo para perto de mim, para fazê-lo mudar de atitudes. Mas ele mesmo assim escolheu Shepherd, escolheu nos prejudicar com seu ódio e rancor. Essa situação tem que ter um fim.

 - Me desculpe. – Digo de coração.

— Jane, você não tem culpa de nada disso que está acontecendo, Roman tem.

— Eu sei, eu sei. Mas ele é meu irmão, e antes da minha memória ser apagada eu compactuava com tudo. Eu era como ele Kurt. – Desabafo triste.

— Você teve a oportunidade de mudar e mudou já seu irmão teve a oportunidade e jogou fora. – Ele diz.

— Me sinto culpada por ele ser assim, por deixar Shepherd nos manipular. – Uma lágrima escorre por meu rosto.

— Você mudou e isso é o que importa, eu me casei com você e não com a Remi, sei que pode soar egoísta da minha parte, mas eu agradeço á Deus todos os dias por você ter apagado sua memória e ter sido enviada á mim, acontecer isso me trouxe a oportunidade de amar, e ser amado de verdade. Trouxe-me uma esposa maravilhosa ao qual eu me puno todos os dias por ter magoado profundamente. – Ele desabafa.

(...)

Chegamos no SIOC e todos estavam ansiosos por nossa espera.

— Porque demoraram tanto? – Patterson pergunta aborrecida.

— Não demoramos você que está curiosa demais. – Kurt responde.

— Está mesmo, depois que falou com a Jane ela ficou andando de um lado pro outro, e falando sozinha. – Tasha diz.

— Okay, vamos ao que interessa. – Reade interrompe. – Afinal o que isso quer dizer Weller? – Reade fala apontando pra frase congelada na tela.

— Bem, não é tão complicado de entender Reade. Minha mãe me falava isso todas as noites de eu dormir. – Kurt diz um pouco aborrecido.

— Como assim? Isso quer dizer que Roman deu um jeito de usar sua mãe contra você? – Tasha pergunta.

— Óbvio não é Tasha, a tatuagem estava no corpo de Jane. – Patterson diz sarcasticamente.

— Eu sei, mas fico pensando o que será que a mãe do Weller fez de tão grave, pra ser colocada nas tatuagens. – Tasha diz pensativa.

— Eu só espero que não tenhamos que prendê-la. – Reade diz olhando pra Kurt, que desviou o olhar do dele.

— Não acho que a mãe dele seja nenhuma bandida ou uma má pessoa. – Eu falo pela primeira vez desde que voltamos.

— Eu realmente não queria encontrar com ela. – Kurt diz passando as mãos no rosto em sinal de cansaço emocional. – Ela nos abandonou, éramos crianças e crianças precisam dos pais. Mesmo que ela estivesse tendo problemas com meu pai, podia simplesmente ter se divorciado dele. Mas ela optou pela solução mais fácil, nos deixar sem olhar pra trás.

 - Afinal, Weller qual é o nome da sua mãe? – Reade pergunta.

Kurt respira fundo antes de responder.

— Elena. – Ele diz seco.

— É um bonito nome, eu já sabia. – Patterson diz.

— Patterson, você achou alguma coisa? – Eu pergunto.

— Sim! Enquanto vocês estavam fora, eu não estava somente falando sozinha, eu estava trabalhando. – Patterson responde olhando pra Tasha e revirando os olhos.

— Okay, o que você achou? – Reade pergunta cruzando os braços no peito e olhando pra tela.

Todos nós viramos de frente pra tela para prestar atenção, e percebo que Kurt está com o semblante abatido e triste.

— Na verdade, estou um pouco surpresa por que foi fácil demais. – Patterson diz mexendo em seu Ipad. – Eu joguei o nome da sua mãe no banco de dados do FBI, CIA, NSA e a encontrei. Mas o que encontrei não é nada bom.

— Não esperava menos. – Kurt diz irônico. – Pra uma mulher que tem coragem de abandonar os filhos o que vier pela frente é lucro. – Nem meu pai era boa coisa, vivia bêbado pela casa, eu e Sarah que tínhamos que cuidar dele, enfim pode continuar Patterson.

— Continuando. – Patterson diz. – Elena Weller foi presa há vinte e cinco anos, foram determinados trinta anos de prisão, mas com cinco anos de pena cumpridos ela fugiu.

— Espera! – Kurt interrompe. – Ela foi presa por quê?

— E.. ela. – Patterson gagueja. – Ela se envolveu com um magnata rico, com três meses de envolvimento ela roubou a fortuna dele e o matou á sangue frio na frente da filha de dez anos.

— Meu Deus! – Eu fico boquiaberta com a descoberta.

— Tem mais. – Patterson diz engolindo seco. – Em seguida ela matou a filha dele.

— Como é possível que um monstro desses seja a minha mãe. – Kurt diz horrorizado e ele deixa escapar uma lágrima. – O que foi que eu fiz pra Deus me punir desse jeito? O que?

— Calma, Kurt! Não fica assim. – Eu falo tocando em seu braço.

— Weller, você quer que eu pare? – Patterson pergunta preocupada.

— Não! – Ele diz com a voz embargada. – Eu quero saber de tudo.

— Okay. – Patterson volta a mexer em seu Ipad e coloca uma série de imagens na tela. – Essas fotos foram tiradas á quatro anos atrás em Barcelona. – Patterson aponta para a tela.  – Fui um pouco mais á fundo na investigação e descobri que agora se chama Sofia Davis, e o mais importante. – Patterson mexe em seu Ipad novamente e joga mais uma imagem na tela. – Ela e Shepherd se conheciam.

Assim que olhei pra tela gelei, eu conhecia aquele rosto eu já tinha convivido com aquela mulher antes, quando eu era Remi, quando eu era manipulada por Shepherd. Fui tomada por uma série de lembranças, conversas no escritório de Shepherd, uma lembrança em especial me deixa com medo, é quando Sofia está apontando uma arma pra Shepherd e rindo como uma louca.

Flashback ON

— Você achou o que? Que ia me roubar e ia ficar por isso mesmo? – Elena/Sofia diz com raiva. – Você sabe o que eu tive que fazer pra ter essa fortuna? Tudo bem que eu até que gostei de me livrar daquele magnata nojento e da filha porca dele. Mas depois disso não matei ninguém, não gosto de sujar as mãos, mas quando se trata do meu dinheiro eu faço tudo. Se eu tiver que te matar, EU VOU.

— Eu sei bem do que você é capaz, Elena. – Shepherd diz seca com as mãos no bolso da calça.

Elena/Sofia arregala os olhos e abre a boca pra falar, mas não sai nenhuma palavra.

— Sei o que você está pensando, como eu sei o seu nome? Eu sempre sei de tudo, tenho olhos em todos os lugares. – Shepherd diz serenamente. – Sei também que tem dois filhos, Kurt e Sarah não é mesmo? – Shepherd pergunta.

— Não me chame de, Elena! – Elena/Sofia trinca os dentes. – E eu não tenho filhos, eles estão mortos pra mim.

— Que espécie de pessoa é você? – Shepherd diz sarcasticamente. – Abandonar os filhos por causa de dinheiro.

— Não muito diferente de você pode apostar. – Elena/Sofia cospe as palavras olhando pra mim. – Sua filha é uma terrorista como você.

— Não fale mal da minha Remi ou você vai se arrepender. – Shepherd diz com raiva. – Acho melhor você superar essa perda da sua fortuna e ir embora de uma vez.

— Eu quero meu dinheiro de volta, Shepherd. – Elena/Sofia diz sem paciência.

— Ele nunca foi seu querida, então não pode exigir nada de mim. – Shepherd dá as costas e sai andando em direção á porta do escritório.

Eu estou perto das duas observando a discussão e percebo quando Elena/Sofia se prepara para atirar em Shepherd. Meu instinto de proteger minha mãe fala alto e parto pra cima dela, a derrubando no chão. Pensei que ela fosse uma velha despreparada, mas ela me surpreendeu vindo pra cima de mim e lutando comigo de igual pra igual. Dei uma rasteira nela e chutei seu rosto com força a deixando desacordada.

Pedi para que os capangas a levasse para um lugar desabitado e a deixasse lá, somente com a bolsa dos documentos.


Flashback OFF

Escuto uma voz de fundo me chamando, era a voz de Kurt.

— Jane! Você está bem? – Ele pergunta aflito. – Você está pálida.

— E.. eu lembrei de algo. – Sussurro meio tonta.

— O que você lembrou? – Ele pergunta preocupado.

Todos estão olhando pra mim ansiosos para ouvir.

— Eu me lembrei da sua mãe, Kurt! – Eu digo o encarando, meus olhos se enchem se lágrimas e minha voz embarga. – Eu me lembro dela ameaçando Shepherd com uma arma pedindo à fortuna que Shepherd roubou dela de volta, lembro dela pronta para matar Shepherd e nós... nós...

— Vocês o que? – Patterson pergunta aflita.

— Nós lutamos, e ela lutava muito bem. Eu acabei dando uma rasteira nela e a feri. Ela ficou desacordada, logo depois mandei se livrarem dela e nunca mais a vi. – Limpo minhas lágrimas e abaixo a cabeça envergonhada.

— Está tudo bem, Jane! – Tasha diz vindo em minha direção e tocando em meu ombro.

— Não está nada bem, Tasha. – Eu falo triste. – Quantas coisas horríveis eu fiz.

— Pare! Não se culpe pela pessoa que você era no passado Jane. Eu só me importo com a pessoa que você é agora. – Ele diz sem olhar pra mim. – Shepherd te manipulou á vida toda, isso é culpa dela.

Neste momento o computador de Patterson começa a piscar a tela, ela imediatamente aperta algumas teclas pra conferi o que era aquilo.

— Pessoal, achei uma coisa. – Ela diz afobada.

 - O que? – Reade pergunta.

— Meu aplicativo de busca está apitando como louco, eu o programei para encontrar qualquer imagem ou informação sobre Elena Weller. – Ela diz. – Ele achou, vamos ver o que é.

Fixamos nossos olhos na tela e aparece uma imagem recente de Elena, de uma semana atrás andando pela Time Square no centro de New York. Kurt segura minha mão com força e aperta os olhos.

— A encontramos. – Tasha diz olhando pra nós dois. – Ela está aqui.

— Tem alguma coisa errada. – Eu digo apertando a mão de Kurt de volta.


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Notas finais do capítulo

Se gostou me deixa seu comentário vou ficar muito feliz em lê-lo e respondê-lo.

Beijos keke.



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