Scared & Lonely escrita por misskekebs


Capítulo 18
De olhos abertos


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores.

Já está virando rotina eu vir aqui e me desculpar pelo atraso então DESCULPE!
eu ando muito ocupada com os afazeres do meu trabalho e chego em casa exausta e sem criatividade, então esses dias a inspiração surgiu e corri pra escrever.

Enfim, vou deixar vocês lerem..

Beijos... enjoy!



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Jane acorda e sente como se tivesse levado uma surra, sua cabeça dói e seu corpo está pesado. Ela tenta se mexer, mas os braços de Kurt a apertavam gentilmente. Tentando processar em sua mente os acontecimentos da noite passada, lembra-se de ter ido tomar banho e da forte tortura que fez tudo apagar. Também se lembra de Kurt cuidando dela, levando sopa na cama, do quanto ele foi carinhoso e gentil. Como sempre, jeito Kurt Weller de ser, sempre responsável e protetor. Porém por mais que ele esteja sendo maravilhoso, ela não consegue esquecer as imagens que Nas mostrou durante seu cativeiro e tortura: lembrar-se daquela foto do marido aos beijos com sua algoz arrastava Jane para um pesadelo do qual ela não conseguia sair. No fundo do seu coração ela sabe que tudo foi armação da paquistanesa, um ingrediente a mais na sua tortura, algo capaz de quebra-la. Mas sua mente tem uma briga constante entre a razão e a emoção. Será que por algum momento ele duvidou dela? Será que a viu apenas como uma terrorista incapaz de amá-lo? Será que, mesmo ludibriado por Nas, ele gostou daquele beijo e ainda nutria algum sentimento pela agente da ASN? Agora, deitada na cama com os braços dele a sua volta e lembrando-se de tudo que ele fez e faz por ela, seu coração implora para que ela o escute e deixe para trás as intrigas que Nas provocou. Tudo o que ela quer e precisa é perdoá-lo para poder viver plenamente o que sentem um pelo outro. Não. Não é só a emoção que a impele a isso. A razão também grita que ela saiba que ele não fez nada de errado.

A respiração dele está quente em seu pescoço, causando arrepios na sua espinha. Seu coração começa a acelerar e seu fôlego a faltar.  A saudade de seus beijos e de seu toque bate forte, ela puxa o ar com mais força e ele se mexe. Jane percebe que ele está acordando quando ele coloca a mão debaixo de sua blusa acariciando com o polegar sua barriga lisa. O desejo de estar com o seu corpo encaixado ao dele é forte então ela decide que está na hora de escutar seu coração. Fechando os olhos com força, ela se vira de frente pra ele. Ainda com os olhos cerrados ela estende a mão para o seu rosto tentando perceber do toque como ele se sente se está sério ou sorrindo. Kurt entende o que ela estava fazendo e a deixa prosseguir. Ela acaricia seu rosto ainda com os olhos cerrados e ele com a mão dentro de sua blusa passeia pelas suas costas seguindo o caminho de sua espinha para cima e para baixo. Era incrível como seu toque era capaz de despertar tanto desejo ao mesmo tempo em que fortalecia sua tranquilidade dissipando toda insegurança.

Ela cria coragem e abre os olhos devagar, quando o faz o que ela vê a deixa ainda mais apaixonada e entregue. Os olhos dele brilham e ele está sorrindo sua feição apaixonada a deixa sem fôlego, como ela pôde duvidar do amor e da fidelidade deste homem? Agora a culpa a consome mais ainda. Como pôde duvidar deste homem que só a protege, que enfrenta a tudo e todos por ela, que desistiria de sua própria felicidade pela dela? A visão de Jane começa a ficar embaçada pelas lágrimas que estão ameaçando em sair. Kurt franze a testa e sua feição muda de apaixonado para preocupado.

— Jane, você está bem? O que há de errado? – ele pergunta se apavorando com a possibilidade dela estar sentindo dor.

— E.. eu.. me perdoa, Kurt! – ela engasga com as palavras e a enxurrada de lágrimas finalmente sai.

— Hei, hei! Não chore, por favor! – ele pede.

 

Ela o abraça desajeitado depositando sua cabeça em seu peito.

 

— E..eu fui tão idiota, tão cega pelos ciúmes. – ela confessa ainda chorando.

Ele respira fundo entendendo o motivo das lágrimas.

— Está tudo bem, Jane, podemos conversar depois descanse mais um pouco. – ele diz um pouco mais relaxado e aliviado por ela ter caído em si.

— Não! Eu não quero descansar, eu quero te pedir desculpas pelas minhas tolices, por tentar te afastar, por não ter dar ouvidos, agora tudo veio à tona na minha mente eu estava cega pelos ciúmes e pela dor da tortura. Como eu pude sequer duvidar do seu amor por mim?

— Ela entrou na sua mente, Jane, e conseguiu o que queria: fazer você duvidar de mim e abalar nosso relacionamento. Seu corpo havia sido levado ao limite pela tortura, mas você estava com a mente aberta e ela jogou a seta na hora certa, eu entendo.

— Não! Não! Pare de querer justificar o meu erro! Eu duvidei de você, do seu amor depois de tudo que você fez e faz por mim... eu só peço a Deus que você possa me perdoar algum dia porque eu mesma não consigo.

— Jane, olhe pra mim! – ele pede, e ela levanta o rosto cautelosamente encarando seus olhos. – Eu te amo mais que tudo, é claro que eu te perdoo.

— Eu te amo muito, Kurt, me perdoa. – ela diz.

— Quando uma pessoa ama alguém como eu te amo, ela perdoa, Jane. Você conseguiu me perdoar por omitir que você tinha uma filha, não foi? Não foi um erro qualquer que eu cometi... Bem, não estou querendo comparar, mas acho que isso se encaixou bem no que eu estou tentando te dizer. Eu te amo, e nada neste mundo vai mudar o que sinto.

Ele acaricia seu rosto com a ponta dos dedos e desce o polegar até os lábios dela e os contorna, decidindo não esperar mais e saciar sua vontade ele deposita um beijo suave e cheio de sentimentos em seus lábios. Ela faminta por suas carícias logo trata de aprofundar o beijo passando a língua pelos lábios dele que automaticamente abre espaço pra ela. Ele a puxa para colar seu corpo mais ao dele passeando com as suas mãos pelas costas dela e descendo pelas pernas cobertas pela calça de moletom confortável que ela usava. Ela sorri e puxa sua nuca para aprofundar mais o beijo.

— Eu senti muito sua falta, tanto que doía.  – ela sussurra mordendo de leve seu lábio inferior causando arrepios na espinha dele.

— Eu também senti muito sua falta. Eu te amo, Jane, mais do que posso dizer. – ele diz.

 

 

A cabeça de Jane da uma pontada e ela tenta disfarçar a sua cara de dor, mas Kurt percebe imediatamente que algo estava errado.

 

— O que há de errado? - ele afasta seu rosto para encarar seus olhos.

—  Nada! - ela mente.

— Odeio quando você faz isso. - ele confessa

— Isso o que?

— Finge que está tudo bem, que não esta sentindo dor só para não me deixar preocupado. - Ele diz. - Acontece que você dizendo isso me deixa no limite da preocupação.

 

Ela respira fundo e encara seus olhos.

 

 - Estou com dor de cabeça, mas está tudo bem vou tomar um analgésico.

 

Ele procura seu celular para verificar a hora já passava das 09:30 da manhã eles tinham dormindo demais e perdido a hora dela tomar a medicação para as dores.

 

— Perdemos a hora de você tomar seus analgésicos. - ele diz levemente irritado. -  esqueci-me de ativar o alarme.

— Está tudo bem, Kurt não está tão forte a dor. - ela sorri pra ele o tranquilizando.

— Vou preparar nosso café da manhã não saia da cama. - ele está saindo quando ela o puxa de volta e o abraça forte enroscando as pernas na dele.

— Fica mais um pouco comigo na cama. - ela pede.

 

Ele sorri satisfeito.

 

— Tudo bem, só mais um pouco. - ele diz. - Você precisa se alimentar para tomar as medicações, você precisa se curar.

— Eu estou bem, Kurt!

— Você é muito teimosa. - ele sorri. - eu sei que não está bem, mas vai ficar eu vou cuidar de você.

— Eu sei que vai, você é o melhor.

 

Passados alguns minutos ele escuta o ronco alto do estômago de Jane e gargalha.

 

—Tem alguém com fome. - ele sorri pra ela que revira os olhos.

— Droga! Queria ficar aqui abraçadinha com você.

— Vou prepara nosso café e podemos tomar aqui mesmo, depois podemos ficar abraçados quanto tempo você quiser.

— Okay, mas não demora. - ela diz.

— Vinte minutos e estou de volta prometo. - ele sai da cama e indo em direção á porta.

— Vou cronometrar. - ela sorri pra ele que pisca pra ela de volta.

 

Vinte e cinco minutos depois ele volta ao quarto com uma bandeja.

 

— Você está cinco minutos atrasado. - ela provoca.

— Desculpe, eu estava preparando seu sanduíche de peito de peru no capricho como você gosta.

— Então está mais que perdoado.

Ele ajeita a bandeja na cama e eles tomam o café da manhã conversando e se admirando. Alguns minutos mais tarde eles terminam o café e Jane se joga de volta na cama de barriga pra cima e fica observando, Kurt que se levantou para colocar a bandeja no móvel.

— Agora podemos voltar a ficar abraçadinhos na cama? – ela sorri.

— Você ainda precisa tomar seus analgésicos. – ele se aproxima da escrivaninha pegando o copo de água e a oferecendo junto com os comprimidos.

— Okay, okay. – ela toma o remédio fazendo careta.

— Agora podemos ficar abraçadinhos. – ele se junta á ela na cama.

— Você sabe onde fica o melhor lugar do mundo? – ela pergunta.

— Não tenho nem ideia. – ele diz confuso.

— Seus braços. 

 

Ela beija seu pescoço e se aconchega mais em seus braços fechando os olhos e aproveitando o breve momento de paz.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, até a próxima!



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