Scared & Lonely escrita por misskekebs


Capítulo 10
Perdão


Notas iniciais do capítulo

Demorei um dia a mais do previsto para postar mas está aí.
O capítulo está chato confesso, mas é importante para o desenvolvimento da história.
Boa Leitura!



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Ele sorri e seu dedo roça de leve em minha bochecha.

— Eu me lembro. – ele diz agora sério. – eu me lembro de tudo.

....

— O que? – lágrimas já transbordam meus olhos. – Não brinque comigo Kurt!

— Eu jamais faria uma brincadeira desse jeito com você. – ele diz agora sério. – Eu me lembro de tudo.

— Ai meu Deus! – eu deixo as lágrimas escorrerem por meu rosto.

— Hei! Não fica assim. – ele se senta de frente para mim pegando minha mão e limpando minhas lágrimas com a outra mão livre. – Obrigada Jane!

— Obrigada por quê? – eu pergunto confusa.

— Por causa de você eu consegui me lembrar. – ele diz sua mão deslizando pelo meu rosto e segurando minha nuca. – Você não vê que sem você eu não sou nada?

— E.. eu.. estou tão feliz e aliviada que você se lembra de mim e de tudo que vivemos. – eu falo o puxo para um abraço apertado e cheio de amor.

— Eu te amo, Jane!

— Eu também te amo, Kurt muito. – eu o aperto á mim como se ele fosse meu mundo todo, e ele é. – Me perdoa por tudo!

— Eu não tenho que te perdoar. – ele diz passando as mãos pelas minhas costas. – Você é que tem que me perdoar por tudo que eu causei.

— Precisamos conversar sobre isso. – eu falo agora me afastando de seus braços, me levantando e o puxando para sentar comigo no sofá. – Eu acho que peguei pesado com você, Kurt. Mas é que eu tinha acabado de saber que tenho uma filha e logo em seguida descubro que meu marido a pessoas que mais amo no mundo a matou, foi um baque pra mim. Mas quando aconteceu tudo isso com você eu tive tempo para pensar em tudo e percebi que você só queria me proteger.

— Isso é tudo que eu queria e quero, mas eu falhei com você. Eu jamais deveria ter escondido de você sobre a sua filha, por isso me perdoa meu amor, eu sinto mais do que posso falar. – os olhos dele mareiam e ele pega em minhas mãos e leva até os lábios depositando um beijo suave. – Eu te prometo nunca mais esconder nada de você.

— Mesmo que vá nos machucar? – eu pergunto.

— Sim, mesmo que doa na hora eu prefiro contar a verdade, a ver você tirando a sua aliança novamente e saindo por aquela porta. – ele diz sério.

— Eu prefiro mil vezes a verdade, Kurt. – eu falo. – Nós precisamos parar de querer proteger um ao outro de tudo, isso é impossível, sempre vai ter algo que vá nos magoar um dia, a vida é assim só temos que aceitá-la e vivê-la intensamente, por que não vamos viver para sempre, e eu quero viver intensamente com você todos os meus minutos e segundos, eu te amo demais.

— Eu te prometo que vamos viver intensamente, eu também te amo, agora me responda de uma vez. – ele diz olhando no fundo dos meus olhos. – Você me perdoa?

Ele fica ansioso esperando que eu responda, eu já sei minha resposta, mas como eu estava encarando seus olhos maravilhosos que mais parecem um oceano eu me distraí e demorei mais que o esperado.

— Você não consegue me perdoar não é? – ele fica triste. – Eu entendo Jane o que eu fiz é imperdoável.

— Kurt! – eu chamo sua atenção. – É claro que eu o perdôo, eu te amo e você não sabe o deserto que foi minha vida sem poder conversar com você, sem poder olhar em seus olhos, sem poder te abraçar, esses meses foram os piores da minha vida. – eu confesso.

— Eu não sei o que dizer me fogem as palavras, você é incrível. – ele se declara. 

— E você é o homem da minha vida! Eu quase enlouqueci sem você, eu juro. –eu falo sério.

— Então? Estamos bem? – ele pergunta sorrindo.

— Sim! Eu entendi que tudo que você fez foi por amor, estamos bem. – eu respondo.

Ele me puxa para um abraço e eu aconchego minha cabeça em seu peito ouvindo as batidas de seu coração que agora estavam batendo um pouco mais rápido. Ele deposita um beijo em minha cabeça e fica afagando meus cabelos. Perdi a noção do tempo e não percebi quanto tempo ficamos ali abraçados em silêncio somente curtindo um ao outro.

— Jane! – ele me chama. – E a Avery? Você e ela se acertaram?

— É. – eu sorrio com o a pergunta. – Ela me fez muita companhia no hospital, passou algumas noites com você pra eu vir trocar de roupa, nos aproximamos um pouco.

— Um pouco? O que houve? Não conversaram sobre nada?

— Sim conversamos bastante, mas ela ainda não me aceita.

— Tudo no seu tempo Jane, ela vai te aceitar eu sei disso. – ele diz confiante.

— Por incrível que pareça eu estou tranqüila quanto á isso, eu prefiro tê-la perto de mim, vamos dar o tempo que ela precisa. – eu falo. – Ela se preocupa muito com você, Kurt.

— Sério? – ele pergunta surpreso.

— Sim, quando eu contei pra ela o que aconteceu ela fez questão de ir ao hospital imediatamente, ela te visitava todos os dias. – eu disse sorrindo. – Acho que ela te vê como um pai.

— Acho que ela fez tudo isso por você, Jane. – ele diz. – Sei que ela gosta de mim, mas acho que dada as circunstância ela estava lá por você e não por mim.

— Você acha? – eu pergunto pensativa. – Eu não tinha parado para pensar nisso. Mas realmente acho que ela te vê como um pai.

— Isso seria maravilhoso, Jane quero muito ser um pai para Avery. –ele diz sério.

— Eu quero muito também, você é um pai maravilhoso, olhe para Bethany ela é louca por você.

— E eu louco por ela também. – ele sorri. – Logo estaremos todos juntos em uma reunião de família.

— Eu quero muito isso, muito.

— E vai ter, só temos que ter paciência Avery é adolescente e sabe como eles são não é. – ele gargalha. – Terríveis.

— Sim, sei bem. – eu sorrio junto.

— Vamos voltar para a cama? – ele pergunta.

— Você já está se sentindo bem?

— Sim, a dor de cabeça já passou você é o meu remédio. –ele diz puxando meu rosto par beijar meus lábios.

— Bom saber. – eu passo minha língua pelo seu lábio inferior e dou uma leve mordida.

— Vamos para o quarto logo, preciso fazer amor com minha esposa novamente. – ele sorri e aperta minha cintura com um pouco mais de força.

— Estou aqui, pode fazer amor comigo onde você quiser. – eu sorrio entre os beijos.

— Mas você disse que não posso me esforçar.

— É verdade, neste caso nada de esforço. Vamos dormir hoje você já se esforçou demais.

— O que? – ele pergunta estupefato.  – Não podemos fazer só mais uma vez? Eu prometo que não me esforço muito.

— Hum deixa eu pensar. – eu coloco o dedo na boca e viro o rosto pensativa. – Sim! Mas só mais uma vez.

— Vamos! Vamos! – ele se levanta apressado me puxando em direção ao quarto.

Voltamos para o quarto fizemos amor mais uma vez, finalmente o cansaço nos venceu e dormimos colados um no outro. Eu não me sentia tão bem assim há muito tempo.

(...)

Acordei com a claridade incomodando meus olhos e sozinha na cama, me espreguicei coloquei meu roupão e fui direção á cozinha onde Kurt estava preparando o café.

— Bom dia! – ele disse colocando uma caneca de café em cima do balcão pra mim.

— Bom dia, e obrigada! – pego a caneca e tomo um pouco de café. – Você está se sentindo bem?

— Estou ótimo.

— Sem dor de cabeça?

— Estou bem, Jane sem dor de cabeça. – ele diz. – Melhor impossível.

— Então acho que agora você está realmente bem, já se lembra de tudo.

— Agora sei o que você passa Jane. – ele diz. – Com essa coisa toda de ZIP.

— É, o pior pra mim é não conseguir lembrar muita coisa da minha filha.

— Na hora certa você vai lembrar. – ele diz e acaricia minha mão.

— Eu sei, no momento não estou preocupada com isso. – eu sorrio pra ele e acaricio sua mão também. – Agora minha filha está aqui e você já está bem.

— Fico feliz que você e Avery estejam se dando bem.

— Não como eu queria, mas um passo de cada vez não é?

— Sim, o importante é que ela esteja por perto.

— Falando nisso temos que ir ao NYO, Avery terá uma sessão com o psicólogo e eu falei pra ela que estaria lá.

Uma hora mais tarde chegamos ao NYO e Avery já estava lá esperando por mim. Assim que ela vê Kurt ela sorri corre e o abraça, fico feliz em saber ver que os dois se dão bem apesar de tudo.

— Você está bem? – ela pergunta pra ele. – Jane me mandou uma mensagem contando que você passou mal ontem a noite e que se lembra de tudo.

— Sim, estou ótimo. – ele responde e beija o topo de sua cabeça.

— Hei! Eu estou aqui também. – eu chamo a atenção dos dois.

— Desculpa! Oi Jane. – ela o solta e me cumprimenta.

Minha garganta dá um nó, queria muito um abraço da minha filha, mas entendo que ela ainda não deve estar preparada.

— Sua mãe me disse que você ficou algumas vezes comigo no hospital, obrigada Avery. – ele agradece.

— Não foi nada de mais, depois de tudo que eu fiz isso é o mínimo que eu podia fazer por você. – ela diz com sinceridade. – Eu gosto de você Kurt, você é leal.

Ela olha pra mim e sorri.

— Por que diz isso? – ele pergunta confuso.

— Andei pensando em tudo o que aconteceu desde que te conheci em Berlim. – ela diz. – Você estava lá procurando por sua esposa e não desistiu por nada, e eu tramando com o meu tio que obviamente está ferido por Jane não ter ficado ao seu lado.

— Avery eu... – eu tento falar, mas ela não deixa.

— Não Jane! Eu preciso falar. – ela diz séria. – Eu deixei meu tio me manipular e causei um mal enorme, me fingi de morta e prejudiquei o relacionamento de vocês, por isso me perdoa Jane.

— Não precisa se desculpar Avery, nós entendemos. – ele diz a puxando para mais um abraço.

Eu fico ali observando os dois e meus olhos mareiam minha filha me pedindo perdão por ter me feito mal, mas ela não tem culpa de nada Roman a usou para me atingir.

— Não se preocupe com isso Avery, Kurt e eu já nos acertamos Roman não conseguiu nos separar. – ela estava chorando ainda agarrada ao abraço de Kurt, ela me encara e sorri.

— Eu realmente sinto muito Jane, eu não sou uma má pessoa.

— Eu sei que não é eu posso ver isso em você. – eu falo.

— Avery, está acontecendo alguma coisa? – ele pergunta.

— Não, eu só queria me desculpar com vocês, deixei Roman me usar.

— São águas passadas ok? – ele diz.

— Ok. – ela diz.

— Tudo o que me importa é que você esteja bem Avery, o que Roman fez já ficou pra trás. – eu falo.

— Eu estou bem, eu tenho vocês não é?

— É claro que tem, sempre! – eu falo e acaricio seu ombro.

Avery entrou na sala do psicólogo e eu e Kurt ficamos ao lado de fora esperando até que ela saísse, decidimos convidá-la para almoçar conosco e começarmos a viver como uma família.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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