O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos escrita por Waulom Amarante


Capítulo 28
Capítulo XXVIII: Ajña


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos
Shiva segue na sua missão no Mekai. Cipriano revela ao cavaleiro fatos da sua última batalha na Guerra Santa. Na casa de Câncer no Santuário Sage e Hakurei são contemplados por uma missão dentro da casa de Câncer, sobre a mesma batalha derradeira do Cavaleiro de Câncer da Guerra Santa anterior.
Kageboshi retorna ainda mais poderoso que antes e desta vez Shiva se encontra em apuros, nesse momento ele tocado pela visão de Sidarta, que dizem ter sido um antigo cavaleiro de Virgem que transcendeu, a alma dele havia sido invocada por Cipriano do Nirvana.
Sidarta ensina a Shiva uma nova técnica que cria tempo suficiente para Cipriano preparar as sementes da Mokurenji, agora vai depender de Shiva que elas possam se tornar a árvore mitológica.



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— As sementes da Mokurenji são divinas. Foram criadas por Démeter quando ela veio ao Inferno atrás da filha Pérsefone.

— Cipriano, qual o motivo exato de Démeter ter plantado essa árvore aqui?

— Não se sabe ao certo, conta-se por alguns Espectros, que foi uma forma de Démeter mostrar a Hades que Pérsefone nunca estaria aqui sozinha… outros dizem que foi uma afronta pois Démeter veio aqui justamente na época que Hades iniciou a forja das Sobrepeliz e plantou a árvore exatamente como uma forma de confrontar o Imperador e seu exército que poderia estar se levantando.

— Então ela plantou a Mokurenji como uma forma de vida no Mundo dos Mortos sendo opositora a tudo que aqui existe?

— Pode ser que seja isso…, mas o que importa para nós é que essas sementes só iram florescer com um Cosmo muito poderoso. Um cosmo que se equivale ao dos deuses.

— E esse Cosmo…

— Sim Shiva de Virgem esse cosmo é o seu.

— Mas Senhor Cipriano, o senhor detém o Oitavo Sentido, seu nível de força é muito maior que o meu.

— Sim…, mas o meu cosmo não é puro Shiva. Nós regidos pela constelação de Câncer, infelizmente temos uma ligação com o lado nefasto da existência.

— A ligação com o Yomotsu e o Mundo dos Mortos…

— Exatamente. Ao passo que os cavaleiros de Virgem sempre estão próximos da Iluminação. - o cavaleiro riu descontraído - Acredito que o exército de Athena precise desses tipos de extremo.

Naquele momento Shiva pareceu entender do que se tratava sua escolha pelo Grande Mestre.

Ele se postou em posição de lótus, as mãos posição de Dharmacakra Mudra.

Ohm!

Shiva começou a emanar seu poderoso cosmo para as sementes da Mokurenji, agora sob um amontoado de Terra.

Nesse mesmo momento Cipriano sentiu um cosmo poderoso crescendo em oposição ao de Shiva.

— Droga, como Virgem teve de voltar sua concentração para emanar seu cosmo para as sementes da Mokurenji, o Selo que prendia Kageboshi se desfez. Eu mesmo vou ter de lidar com aquele Monge maldito.

— Você não vai me impedir, Cavaleiro.

— Você não vai dar nem mais um passo, Kageboshi.

O Espectro deu uma gargalhada carregada de sarcasmo.

— E como pretende me impedir? Você não passa de uma alma penada, em contrapartida eu sou um espectro poderoso e estou recendo o poder de um deus.

— Então é realmente verdade? Como eu suspeitava na minha luta com Lune de Balron há dois séculos atrás. Existem outras divindades que estão ao lado de Hades nessa Guerra Santa e que não são de conhecimento do Exército de Athena.

Nesse momento a estrela sobre a testa do Espectro começou a brilhar ainda mais forte e seu cosmo ficou ainda mais pujante. Uma aura esmagadora cercou ambos os opositores e finalmente Cipriano se deparou com seu verdadeiro inimigo.

O moleque está muito concentrado; possivelmente sua própria cosmo energia e seu estado de elevação o impedem de sentir essa presença esmagadora.

— Então um humano com Arayashiki desperto? - perguntou a deidade.

— A quem eu me dirijo? - perguntou o canceriano sarcástico.

— Eu sou um dos deuses gêmeos. Porém não importa a você quem eu seja, sua alma será destruída neste local e logo após eu tomarei o corpo daquele cavaleiro e destruirei o Santuário por dentro!

— Não seja presunçoso…

— O que pode fazer contra mim, cavaleiro sem armadura?

— E quem disse que eu estou sem armadura?

Nesse momento um brilho dourado descendeu dos céus em direção ao cavaleiro. No meio do caminho, se dividiu em brilhos menores e alvejaram o corpo de Cipriano.

— Eu sou Cipriano de Câncer, o Santo de Ouro que protege a quarta casa do Zodíaco!

ARMADURA DE OURO DE CÂNCER

— Então mesmo morto ainda mantém ligações com sua armadura? Mas isso não muda nada!

Ele ergueu os braços concentrando seu cosmo divino, o que fez com que uma esfera de energia surgisse sobre sua cabeça.

— Não é possível! Um poder tão gigantesco! - novamente o cavaleiro de Câncer olhou para trás preocupado com Shiva. - Eu vou proteger esse garoto custe o que custar…

Terrible Providence (Terrível Providência)!

Kahn!

A imagem que Cipriano viu a sua frente não era de Shiva, mas de seu velho companheiro de batalha…

— Brafmah?! Como? Eu não…

— Você não me chamou, Ciprinao, meu amigo, mas o cosmo do meu discípulo me trouxe até aqui, preciso de ajuda…

— Com muito prazer…

Ele elevou o cosmo e chamou pelas almas que se concentraram na palma da sua mão como uma esfera que cresceu velozmente.

Sekishiki Konsō Ha (Hecatombe dos Espíritos)!

Tenma Kōfuku!

A combinação das técnicas dos dois cavaleiros conseguiu rivalizar com a técnica divina.

— Malditos humanos, como ousam rivalizar o poder de um deus?!

— Thanatos, deus da morte. Por muito tempo Itia, Krest e eu, suspeitamos que Hades não estivesse sozinho em sua empreitada. Porém nunca conseguimos identificar a identidade dos deuses que seguiam o Imperador dos Mortos em sua empreitada contra Athena.

— Brafmah, essa é uma oportunidade única que temos de vencer um dos deuses que reforçam os exércitos de Hades…

— Você tem razão Cipriano…

— Vocês irão me vencer? Eu vou dizer apenas uma coisa… nós, os deuses gêmeos, continuaremos ocultos e só interviremos na guerra quando for necessário. Enquanto o Santuário de Athena não souber de nossa existência, a morte os acometerá sem que se quer percebam…

— Nós enviaremos a Itia as informações de sua presença…

— Vocês ainda não se deram conta? Acabou…

Tartaros Phobia (Fobia do Tártaro)!

Um portal obscuro se abriu atrás de Thanatos, de onde emergiram almas funestas que se espalharam em grande velocidade pelo entorno dos Cavaleiros.

— O que são esses espíritos? São diferentes de tudo que eu já invoquei anteriormente.

— Essas almas são almas daqueles de quem eu ceifei a vida pessoalmente, almas que findam seladas no Tártaro vagando em eterno tormento. Uma pena nenhum de vocês poder fazer muito, pois na condição de almas qualquer ataque destrutivo seria fatal também para vocês.

Nesse instante as almas de Cipriano e Brafmah começaram a ser arrastadas para o portal…

— Adeus cavaleiros…

— Brafmah…

— Cipriano… não há escolha nesse momento… perderemos a comunicação com Itia, mas é a única forma de impedir que algo pior aconteça com Shiva…
Sekhishiki Tamashī Hōkai (Colapso da Alma)!

As almas de ambos os cavaleiros desapareceram no buraco negro.

— Humanos insolentes… Kageboshi!

— Sim, Senhor Thanatos.

— Acabe com esse cavaleiro.

O Monge que até então atuava como receptáculo de Thanatos, caminhou lentamente em direção ao virginiano que seguia emanando seu poderoso cosmo. O mantra “Ohm” era repetido pelo cavaleiro seguidamente.
Quando o broto da Mokurenji emergiu da terra o cavaleiro despertou, como emerso de um mergulho.

— Onde está Cipriano e porque eu senti a presença do meu mestre aqui?

Quando Shiva deu por si Kageboshi estava perto demais. Porém o espectro simplesmente paralisou.

— Que poder é esse?

— Ajña, o Terceiro Olho…


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Notas finais do capítulo

Na próxima semana:
Capítulo XXIX: Decisão



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