O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos escrita por Waulom Amarante


Capítulo 16
Capítulo XVI: Selo das 108 Estrelas Malignas


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos: Hades finalmente cumpriu o ritual que vinha planejando desde que sua alma renasceu na Terra. O Imperador do Submundo estava pronto par ao seu primeiro passo na Guerra.



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O braço do jovem estava envolto em uma flama de energia dourada. Esticado, com a mão em riste como se fosse uma espada sobre um monte de rocha despedaçada. O menino de cabelos negros no meio das costas e olhos azul-violáceos ofegava e suor lhe escorria a resta.

Ainda não é o suficiente…

Repentinamente ele sentiu uma fisgada intensa no outro braço. Uma dor ardente que lhe percorreu a coluna, com a mão boa ele rasgou a manga da camisa expondo a marca que envolvia o braço; como uma formação helicoidal do ombro ao pulso o do garoto a marca parecia brilhar, mas tal brilho se apagou logo em seguida.

Droga…

 França

O garoto terminou de vestir a túnica escura, colocou sobre ela as ombreiras também escuras com detalhes em dourado.  Do pescoço pendia na altura do diafragma um cordão de pentagrama.

— Imperador Hades, agora que o senhor está apto a liderar seu exército podemos iniciar nossos planos para atacar o Santuário de Athena.

— Pandora, você está certa…

— Mas antes, meu senhor, precisamos terminar de romper o selo que aquela deusa maldita colocou sobre as 108 Estrelas Malignas. Com a vinda da sua alma para este mundo, o selo começou a se romper, mas somente o poder de vossa majestade poderia libertar o seu exército.

— Novamente está certa Pandora, as 108 Estrelas Malignas ouvem apenas o meu chamado, muitos dos Espectros mais fracos já se libertaram do selo, alguns poderosos e os meus três juízes também o que significa que meu poder não estava tão represado assim naquele corpo infante, mas é realmente a hora do mundo sentir o terror dos 108 Espectros.

O garoto ergueu um dos braços emanando uma energia violenta e macabra, seus olhos cintilaram num brilho rubro divino…

— Ouçam o chamado do seu senhor, brilhem novamente para trazer o terror sobre o mundo. Espalhem, como meus arautos, a boa nova de Hades: a morte. Despertem 108 Estrelas Malignas!

Da mão de Hades surgiram pontos de luz em tom de púrpura que se espalharam pelos céus.

Santuário - Grécia

A abóbada celeste sobre o santuário si tingiu em traços violetas que a atravessavam de oeste para leste.

— Esse poder…

— Senhorita Athena! - o Patriarca Itia veio às pressas ao encontro da deusa que segurava seu báculo diante de sua própria estátua e vislumbrava o céu macabro.

— É Hades, Senhor Itia, o primeiro passo do Deus dos Mortos foi dado.

Jamir

— Os Selo das 108 Estrelas Malignas… eu preciso manter o Selo protegido.

 

1 Quilômetro a Oste dos Cinco Picos Antigos - Terra Enclausurada


Naquele instante Brafmah se materializou diante daquele local lendário. Ao seu lado Krest também se materializou trajando a indumentária dourada e a capa a esvoaçar.

— Brafmah esse poder gigantesco se aproximando só pode significar que Hades deu seu primeiro passo.

— Temos de fazer de tudo para impedir que ele consiga quebrar o selo que ainda prende as Estrelas Malignas restantes. Ohm!

Os lúmens violáceos vinham como cometas em direção a Torre Amaldiçoada. Os dois cavaleiros elevaram seus cosmos criando uma barreira em torno da torre para impedir que o poder de Hades rompesse o Selo da torre.

— Brafmah! Krest!

— Athena não! - impediu o Patriarca - Brafmah e Krest são responsáveis pela proteção daquele lugar, eles estão fazendo o papel a que se propuseram.

— Eu não posso deixar que eles…

— Athena…

As lágrimas já cingiam os olhos da deusa.

— O… o que está acontecendo, meus poderes não conseguem alcançar?

— Algum problema, meu senhor? - perguntou Pandora ao lado de Hades.

— Por algum motivo há um poder fazendo frente ao meu cosmo, o impedindo de chegar até a Torre Amaldiçoada.

O poder divino do Imperador dos Mortos o fez enxergar a Terra dos Enclausurados cuja construção em pedra emergia em meio ao mar verde da mata. A torre estava envolta de um pilar de energia dourada que impedia do poder de Hades tocar a construção.

— Santos!

— Senhor Hades…?

— Santos de Athena, malditos cavaleiro estão usando a própria cosmo energia para impor uma barreira ao meu cosmo… quem são esses insetos para acreditar que podem por um único segundo impedir que eu, Hades, o Deus dos Mortos, faça o que eu desejo?!

Nesse momento os olhos do deus funesto cintilaram como duas pedras preciosas de rubi. O cosmo dele se tornou tão grandioso como se pudesse engolir a própria terra.

As ondas de energia púrpura pareceram ficar ainda maiores e mais intensas. E atingiram com toda pujança a barreira dourada que se erguia no entorno da construção maldita.

Os antigos cavaleiros viram quando a barreira se trincou como vidro e sofria drasticamente a pressão da energia de um Deus.

— Brafmah! - disse Krest - Não temos como segurar devemos ceder…

— Krest esse era o meu dever, a minha hora como Santo já chegou ao seu apogeu… a nova geração já está pronta junto de Itia. O Papel que as estrelas me deram foi cumprido.

— Espere… Brafmah… você veio até aqui com seu corpo verdadeiro?!

Krest sabia que Brafmah não se movimentava fisicamente desde o fim da Guerra Santa anterior.

— Se você está aqui fisicamente significa que aceitou ao seu destino… - um sorriso pairou tímido no rosto do aquariano - Brafmah, foi uma honra poder defender a humanidade ao seu lado.

O antigo cavaleiro de Virgem apenas sorriu. Diante de sua imagem fora entre ele e a barreira que já se estilhaçava, surgiu a imagem de Itia ao lado de Athena.

— Brafmah…

— Itia, já estamos velhos, nosso tempo ao lado de Athena, já passou, nosso legado já está nas mãos da próxima geração. Esta era minha missão.

— Brafmah, obrigado por sua fidelidade todos esses anos. - disse Athena.

A projeção do Grande Mestre e de Athena desapareceu, assim como a de Krest.

— Hades, eu posso ser apenas um ser humano, mas garanto que os humanos têm o poder de criar milagres!

A barreira finalmente se estilhaçou e a energia de Hades atingiu a torre. Quando as luzes púrpuras emergiram em várias direções o cavaleiro de Virgem usou sua técnica suprema para manter o máximo de Estrelas Malignas aprisionadas.

Rikudo Rinne (Ciclo das Seis Existências)!

— Esse maldito cavaleiro está aprisionando as almas das Estrelas Malignas, num ciclo do Samsara! Morra seu cavaleiro desgraçado.

 Hades criou uma esfera obscura na palma da mão que desapareceu em seguida.

A esfera de energia se materializou em torno de Brafmah e se concentrou na direção do velho.

Ao atingi-lo uma quantidade de sangue imensa saiu da sua boca. Ele deu uma risada.

— Com minhas últimas forças eu selei um quarto das Estrelas Malignas. Seu exército está defasado Hades. Eu irei em paz em direção a morte.

Um pilar de cor violeta explodiu em torno de Brafmah.

— Mestre Brafmah! - Shiva sentiu o desaparecimento do cosmo do metres.

— Sage…

— Hakurei…

— Esse cosmo…

— Mestre Brafmah…


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Notas finais do capítulo

Na próxima semana:
Capítulo XVII: Momento de Hesitação
Com a libertação das Estrelas Malignas o mundo começa a sofrer. Amigos passam a ser inimigos de lados opostos de uma Guerra Santa.
Uma Estrela Maligna desperta e um novo Cavaleiro de Ouro surge ao mesmo tempo.



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