Nossa última chance - Tekila escrita por Débora Silva


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todas!!!



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O dia se foi assim como a semana e logo o dia de ano chegou e com todas as orações e preces eles entraram o ano com o pé direito e cheios de paz que eles sabiam que duraria pouco já que o encontro com Cristina se aproximava. Somente de imaginar que teria que estar novamente na frente daquela mulher Victória sentia todos seus nervos aflorarem e ela começava a ser ignorante e insuportável.

Mas Frederico sempre reafirmava que o amor dele era somente dela e com beijos e caricias conseguia domar a fúria dela. Depois da entrada do ano novo eles chegaram a cidade, deixaram as crianças em casa e seguiram para a casa de Cristina iriam resolver aquela situação logo para que pudessem viver em paz sem a sombra dela no meio deles... Victória estava nervosa e isso transparecia em seu rosto e não era isso que Frederico queria.

— Meu amor, se não estiver confortável podemos voltar outro dia. - segurou a mão dela parado na frente de uma casa.

Ela o olhou e suspirou não queria estar ali, mas também não o deixaria sozinho com aquela mulher que ele já tinha chamado até dormindo.

— Frederico, eu não vou permitir que fique junto a essa mulher sozinho! - ele teve que rir dos ciúmes dela.

— Não quero estar perto dela sem você! - se aproximou e beijou seus lábios. - Eu quero você bem e nosso bebê também! - tocou o ventre dela. - Aqui está tudo de mais importante pra mim! - a beijou novamente.

— Eu só quero que isso acabe! - o beijou novamente e se afastou. - Vamos logo!

Ela saiu do carro assim como ele e foram até a porta de mãos dadas, tocaram e aguardaram aquele momento que era tudo de pior que representava em uma vida estável como as deles. A porta se abriu e a pequena Maria foi quem abriu e sorriu para eles, Frederico podia sentir todo seu corpo tremer ela era a sua pequena Maria a menina que tinha deixado seu coração destruído com sua morte e agora estava ali linda e enorme.

Podia sentir tanto ódio de Cristina por privá-lo de cuidar de sua filha, se imaginava com ela como tinha cuidado de Maria e sabia que tinha perdido tudo de mais maravilhoso no crescimento de sua filha. 

— Olá! - Vick falou vendo como ele estava perdido em seus pensamentos e dor. - Sua mãe está? 

— Sim! - respondeu com um lindo sorriso. - Entre! - deu passagem a eles.

Victória entrou dada de mão com Frederico e pararam esperando para ver como iria proceder.

— Mãe, pai tem visita! - ela gritou na direção de onde certamente era a cozinha. 

"Pai" foi algo que deixou Frederico atordoado e Victória sentiu como ele apertou sua mão fazendo com que doesse e ela soltou com receio do que viria pela frente. Cristina veio junto ao marido e arregalou os olhos.

— O que está fazendo aqui? - berrou.

Frederico não se conteve e avançou nela a grudando pelo pescoço estava com tanto ódio que ela arregalou ainda mais os olhos segurando as mãos dele.

— Frederico... - Victória foi a ele com medo. - Solta ela! - tentava fazer com que ele entrasse em razão.

— Maldita desgraçada! 

O homem agarrou Frederico e o tirou de cima dela que o encarava sabia que as coisas não seriam fáceis naquela conversa e olhou a filha.

— Leve a daqui, Damian! 

— Eu, não vou te deixar com esse homem aqui sozinha! - falou soltando Frederico. - Não vou!

— Não vai ser você quem vai me impedir de matar essa maldita! - ele estava furioso e encarou aos dois.

— Vá embora daqui porque eu não quero nada de você! - falou com raiva pelo modo como ele a tinha segurado.

— Eu, não vou embora enquanto não me explicar porque mentiu que estava morta! - ele bufava como um animal.

— Leve ela para o quarto e volte! - falou para seu marido que pegou na mão da filha que foi mesmo a contra gosto querendo saber o que estava acontecendo. - Eu, não te devo satisfações, Frederico! 

Victória sabia que se ela começasse daquele modo aquela conversa, Frederico iria matá-la e tomando a frente encarou aquela mulher que era tão parecida com ela e foi inevitável não se lembrar do encontro com Diego em que ele as confundiu. Duas mulheres com as mesmas características, mas de personalidades totalmente diferente e propósitos também.

— Então vamos ligar para a polícia e dizer que tem uma morta que ressuscitou, sabe que falsidade ideológica é crime! - afrontou.

Cristina a olhou com raiva. 

— Quem é você? Essa conversa é entre mim e Frederico! - rosnou.

— Sou a mulher dele e prezo pelos interesses dele! - falou no mesmo tom que ela. - Ainda mais tendo uma criança no meio de tudo isso!

— Deixe minha filha fora disso! - quis avançar em Victória que apenas esperou pela afronta sem sair do lugar e Cristina parou bem próximo a ela. - Vocês, não deveriam estar aqui!

Victória não iria perder sua cabeça e a olhou de cima abaixo com desdém, seu maior trunfo era a calma e sabia que com gritaria não iria ganhar nada e sim perder a razão.

— Quem não deveria estar aqui é você! - Frederico falou bufando a puxando pelo braço a tirando de perto de Victória. 

— Me larga! - bateu na mão dele. - Eu, não estava mesmo aqui para você, Frederico, e queria continuar morta!

Frederico sentiu como um tiro no peito tinha amado tanto aquela mulher que estava em sua frente, mas não a reconhecia mais e não tinha nem se quer sombra da mulher boa e amorosa que tinha sido um dia em sua vida com ele. Sentiu que fraquejava e algo dentro de si se quebrou e os olhos se encheram de lágrimas, queria entender o que tinha feito de errado para merecer aquele castigo dela.

— O que eu fiz de errado com você? - a voz era embargada e o ódio deu lugar a tristeza.

— Me traiu, me jurou um falso amor e quase nos matou quando eu descobri de seu caso com Raquela! - destilou seu veneno e ele negou com a cabeça. - Acha pouco tudo isso?

— Eu nunca te trai e tão pouco jurei amor falso por você! - deixou a lágrima escorrer de seus olhos desestabilizando as duas naquela sala. - Como pode achar que eu tentaria matar sangue do meu sangue? Que tipo de homem você acha que eu sou? Eu te amava e você me deu a pior das dores quando eu acordei e ouvi do medico que você estava morta junto a minha filha! - gritou se afastando dela o nojo que sentia dela naquele momento era maior que tudo. - Eu sempre fui um homem descente para você e você me pagou se "matando". - fez aspas com a mão. - Eu achei mesmo que você fosse a mulher de minha vida e durante anos junto a minha menina venerei um retrato que sem duvidas não é essa mulher que está pintada aqui em minha frente. 

Victória apenas o ouvia deixando que ele descarregasse sua raiva e fechasse aquele circulo de sua vida ou não.

— Não vai me convencer com suas falsas palavras e aposto que está enganando essa mulher também pra depois tirar tudo que é dela!

— Eu, não vim aqui para que você acredite em mim ou não! - secou o rosto. - Vim atrás de respostas e você não sabe nada de minha vida com ela então não julgue quando não tem moral para isso! Você sabe o que é amar alguém de verdade? Quem deve estar enganando alguém aqui nesse momento é você que passou dez anos morta! - a raiva aflorou em sua voz. - Ele sabe que você é Cristina ou usa outro nome para encobrir sua sujeira? 

— Cale a boca e saia daqui! - berrou avançando nele que apenas a segurou pelos braços e jogou no sofá.

— Frederico... - Victória falou com medo. - Vamos embora daqui! - tocou o braço dele que olhava Cristina no sofá.

— Você vai me pagar pelo que fez e não pense que vou ficar longe de minha filha! - apontou o dedo para ela.

— Ela, não é sua filha! - ficou novamente de pé. - Ela nunca vai ser porque não precisa de um pai medíocre como você! 

Frederico perdeu as estribeiras e sentou o tapa em sua face a fazendo cair sentada no sofá.

— Quem é medíocre aqui é você! 

Damian que descia as escadas avançou em Frederico que o socou também perdendo a pouca razão que tinha e os socos rolaram para todo lado. Victória como pode o tirou de cima do homem e o afastou para longe.

— Eu vou acabar com sua vida e seu castelo de mentiras. - gritava sendo segurado por Victória e não avançava pensando em seu bebê.

— Se não conseguiu me achar uma vez agora será muito difícil! - falou com os olhos pegando fogo.

— Vamos embora daqui! - Victória pediu desesperada. - Por favor.

— Se prepara que você vai ter o seu, Cristina! 

— Eu estou esperando! - debochou mais sabia que se chamasse a policia ela estaria em maus lençóis.

Frederico saiu junto a Victória daquela casa e quando chegou ao lado de fora a agarrou abraçando estava tremendo.

— Você está bem? - olhou para ela nos olhos.

— Você bateu nela... - os lábios tremeram. - Frederico, assim você perde a razão em qualquer ação que vá tomar contra ela.

Ele respirou pesado sabia que ela tinha razão, mas naquele momento sentiu tanto ódio que nem pensou.

— Me perdoe, eu nunca fui agressivo, mas ela me fez perder a razão... - suspirou.

— Tudo bem vamos embora! - segurou a mão dele. - Vamos resolver tudo com Oscar!

Frederico olhou para a casa mais uma vez e o único que queria dali de dentro era sua filha e não iria desistir nunca...


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