Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 23
Prisão.


Notas iniciais do capítulo

Pode um delegado mexicano arrastar alguém dos eua para o méxico? não. mas em um Universo alternativo pode sim.



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Era como se seu corpo estivesse desconectado do resto do mundo. Ela ainda estava tonta e fraca por causa dos medicamentos. Ela tinha medo de acordar e estar de volta ao quarto do hotel ou em algum lugar diferente.

Suas mãos estavam formigando com um peso sobre elas. Ela tentou mover a mão, porém sentiu algo afiado colocado em cima dela com um esparadrapo.

Ela respirou fundo quando a pessoa que estava com ela se mexeu e sentiu que ela a estava olhando.

— Baby girl. – Derek falou quando a viu acordada. – Está tudo bem.

— Derek. – Ela falou fracamente. – Você me encontrou.

— Demorou quatro dias, porém eu te achei. – Ele beijou o topo de Penelope. – Não gaste suas energias agora bebe.

— Onde Esther está? – Ela perguntou sobre a filha.

— Em um avião com minha mãe a caminho. – Derek segurou a mão dela. – Precisamos que você relaxe.

— E o Mr. Scratch? – Ela queria saber. – Pegaram ele?

— Não conseguimos localizar. – Derek estava decepcionado.

— Entendi. – Ela suspirou. – Como eu vim parar aqui?

— Do que você se lembra? – Derek tinha medo de ela não lembrar.

— A floresta e de algo duro na cabeça. – Ela tinha lágrimas nos olhos.

— Eu encontrei você caída na floresta e te trouxe para cá. – Derek disse com orgulho de si mesmo. – Eu e a equipe fizemos uma busca grande por você, doçura.

— Obrigado, Hot Stuff. – Ela aproximou a cara de Derek e a beijou. – Eu sempre vou te amar.

Eles estavam com a mão um do outro quando dois delegados surgiram no quarto. Sem esperarem um convite formal, eles entraram.

 Penelope Morgan? - Um deles perguntou.

— Sim. – Ela estava confusa sobre aquilo.

— Detetive Marco Gutierrez. Polícia de Matamorros. – O homem mostrou o distintivo. – Você está presa pelo assassinato de Nadie Ramos. Nós temos autoridade para deter você e levar até Matamorros.

— Derek. – Ela ficou assustada. – Eu não fiz isso.

Marco puxou Penelope da cama e arrancou a IV da mão com violência.

— Ela está em recuperação. – Derek foi jogado na parede. – Penelope! Penelope!

— Derek. – Ela gritou de volta. – Chama o Hotch, por favor, Derek chama o Hotch.

— Cala a boca. – Marco a arrastou pelos corredores. – Você não vai se safar.

— Derek. – Eles passaram por JJ e Reid. – Eu não fiz nada. Me solta. Não.

Reid soltou o livro que estava lendo e correu para ajudar. Sendo obrigado a se afastar de Penelope e JJ com lágrimas em ver a amiga ser arrastada. Reid tirou o telefone e ligou para Hotch.

— Senta aí. – Marco a algemou na viatura. – Facilite as coisas. Se não calar a boca eu vou te sedar.

— Me solta seu animal. – Ela cuspiu no delegado. – Você não tem o direito de fazer isso.

— Você está me obrigando a isso. – Marco tirou o sedativo da garrafinha e carregou a seringa. – Vai colaborar e ficar quieta ou vou ter que colocar isso em você?

— Eu sou inocente. – Ela tentou se soltar. – Eu sou uma agente federal.

— Eu sei exatamente quem você é, senhorita Garcia. – Ele colocou a agulha no braço dela. – E já que não está colaborando eu vou fazer isso. – Ele despejou o líquido nela.

— Eu matei ninguém. – Ela balbuciou enquanto lutava para ficar acordada.

— É o que todos dizem. – Ele bateu a porta viatura e saiu do hospital.

Derek olhava para cena a sua frente e não podia fazer nada enquanto guardas o seguravam para ele não avançar.

— Onde está Hotch? – Derek gritou, não com seus colegas, porém consigo mesmo. – Ela é inocente.

Reid estava caminhando de um lado para o outro sem saber o que fazer a seguir.

— Como provar que ela não é a culpada? – JJ não entendia a dinâmica da polícia.  

— Até que consigamos provar eles vão ter acusado ela. – Reid falou.

— Então o que? – Derek estava ainda mais nervoso. – Ficamos assistindo enquanto esse cara a leva para uma cadeia, fraca do estado que ela está quando deveria ficar em recuperação?

— Se ela sobreviver a viagem até o México por causa da concussão. – Reid observou. – Ela vai chegar tonta, cansada e provavelmente vai desmaiar na cela. As condições da cadeia de Matamorros são horríveis, sem contar os presos.

— Ok Reid. – Derek não conseguiria ouvir mais nada. – Não me faça ficar pior do que eu estou. Algum de vocês sabe do que ele estava falando? Assassinato?

— Mr. Scratch ficou com ela por quatro dias. – Reid observou. – Depois que você foi baleado eles sumiram. Matamorros não é basicamente perto, porém se ele tiver acesso a um avião ou jato, eles podem ter feito um bate volta.

Hotch chegou com um Rossi abalado.

— Está tudo bem, Rossi? – Reid perguntou.

Rossi vomitou no canteiro da entrada.

— Alguns problemas de velocidade. – Ele respondeu. – Dada as circunstâncias.

— O que diabos aconteceu aqui? – Hotch perguntou. – Ele disse que Penelope matou alguém?

Ninguém respondeu, entretanto ele sabia.

Matamorros, México...

Uma viagem de quatro horas foi a diversão do delgado e dos dois policiais que vieram ao seu encontro. Penelope estava dormindo, algemada ao banco enquanto os homens riam de histórias qualquer. Ela recebia a cada uma hora outra dose.

Agora ela estava acordando lentamente, jogada na cela da prisão suja, em cima de um banco de madeira que fazia suas costas doer e vestida ainda com a roupa do hospital.

— Pelo menos é um conjunto fechado. – Ela pensou sobre o conjunto de calça e camisa.  

O hospital em que ela estava havia abolido o uso de vestido hospital, trazendo um conceito das roupas de strippers para o mundo médico.

Ela andou até a grade, poupando esforços ao máximo. Ela deveria estar em um hospital e não em uma cela de prisão mexicana. Inferno, ela nem se lembrava de matar e muito menos de conhecer tal Nadie Ramos.

— Eu poderia ver um médico, por favor? – Ela tentou em inglês.

Não recebendo uma resposta ela precisava de algumas palavras do curso básico em espanhol que ela teve.

— ¿Podría ver a un médico, por favor? – Ela conseguiu lembrar.

— Los estadounidenses no tienen derecho a médicos. – Ele respondeu um espanhol. – Americanos não tem direito a médicos aqui. – Ele repetiu em inglês.

— Porque eu fui mandada para cá? – Ela falou quando viu que o policial falava inglês.

— Talvez seja porque o crime foi aqui. – Ele estava sem paciência.

— Eu não matei essa garota. – Ela bateu na grade, chateada e com suas tonturas aumentando. – Deus, eu nem consigo ficar em pé.

— Deveria ter pensado nisso antes de matar aquela garota. – Ele pegou o relatório e abriu na frente dela. – Seus cabelos, seu DNA, suas roupas. Exatamente tudo que liga você a aquela garota.

— Não pode ser verdade. – Ela deu um passo ao banco, porém ela não estava vendo direito.

Caindo no chão com força, ela acabou batendo a cabeça no chão de laje da cela mexicana.

Foi nesse momento que Derek e a equipe, composta por Hotchner, Rossi, Jack Garrett e Matt Simmons e Derek apareceram. Hotch e Jack forçaram o delegado a abrir a cela enquanto Derek e Matt correram para ajudar Penelope.

— Baby girl. – Derek a virou para ele. – Sou eu meu anjo.

Derek sentiu fraqueza nas pernas ao ver o jeito que eles a haviam deixado. 

— Vamos levar ela para atendimento. – Jack praticamente ordenou para o delegado mexicano. – Não vamos deixar ela desse jeito.

— Porque dar tratamento privilegiado a uma criminosa? – O delegado zombou. – Ela pode ser tratada aqui mesmo.

— Acha que ela tem condições de ficar longe de um hospital? – Rossi se meteu no meio. – Ela estava se recuperando de uma concussão grave e você a arrastou.

— Ela é uma cidadã americana. Sem contar que ela é agente do governo. – Hotch completou. – Ela vem com a gente. Vamos levar ela para um hospital adequado.

— E se ela não resistir eu mesmo vou processar o governo mexicano por negligência com uma agente americana. – Matt falou. – Precisamos levar ela agora garotos.

— Baby girl. – Derek chorava no chão, com Penelope no colo. – Eu sinto tanto por isso.

Ela não respondeu. Passando a mão pelos fios loiros dela, ele a sentiu respirar com dificuldade.

— Precisamos levar ela para o hospital agora. – Derek gritou. – A pulsação dela está fraca demais.

— Abra caminho. – Rossi se colocou na frente do delegado.

Ele abriu caminho e Derek praticamente atropelou ele no processo. A ajeitando na SUV enquanto Matt segurava a porta, ele se sentiu doente ao ver o estado que ela estava.

— Deixa que eu dirijo Derek. – Matt pediu. – Fique com ela.

— Não precisa pedir duas vezes, Matt. – Derek se ajeitou na traseira da SUV e Matt pisou fundo no acelerador.

Ele ligou as sirenes para conseguir chegar mais rápido.

— Eu estou aqui, meu amor. – Derek derramava lágrimas e acariciava a bochecha de Penelope.

Matt dirigiu até o primeiro hospital que conseguiu encontrar. Ajudando a tirar Garcia do carro, Derek a pegou nos braços e a levou para a emergência.

— Ajuda. – Matt gritou. – Precisamos de ajuda aqui.

Ele olhou para as enfermeiras que o olharam como se ele fosse um louco.

— Necesitamos ayuda aquí. – Matt disse em espanhol.

As enfermeiras finalmente compreendendo o que os homens precisavam, trouxeram uma maca e Derek com muito amor colocou Penelope na maca. Distintivo em mãos, ele pediu a Matt que intercedesse por ele em espanhol para que ele pudesse ficar ao lado dela.

Ao ser permitido, ele jurou que nunca iria deixar o lado dela. Ele a levaria de volta para Washington assim que conseguisse uma transferência com um juiz.

Não era como se ela fosse ficar bem agora. Não tão cedo. Ela precisou ser colocada na unidade intensiva por causa da nova concussão. Derek não sairia de lá.

Finalmente depois do que parecia ter sido um dia inteiro, que na verdade foi apenas duas horas, eles conseguiram uma transferência médica para Washington em um jato UTI.

Porém essa era a única notícia boa. Ela deveria ser detida depois que se recuperasse, cabendo a BAU se concentrar em provar a inocência dela.

Eles poderiam lutar com isso depois.


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