Avatar: A lenda de Mira - Livro 4 - Fogo escrita por Sah


Capítulo 31
Fogo e redenção




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Mira

 

Minha mente nunca esteve tão confusa. São muitas variáveis, muitos problemas, tudo pode simplesmente não servir para nada, mas também pode ser minha única chance.

Meelo se arruma com rapidez, limpando o rosto antes de me encarar. Em seu olhar, não consigo distinguir exatamente o que ele está sentindo, mas suspeito que seus pensamentos estejam voltados para Suni. Os meus também deveriam estar, mas, no fundo, me sinto culpada por não conseguir pensar em outra coisa.

— Ele disse que não tenho muito tempo. Duas horas... -- Meelo parece perdido em pensamentos, e eu posso sentir a tensão no ar.

Eu já sei o que ele pretende.

— Meelo, você precisa pensar melhor -- digo, surpreendendo-me com minhas próprias palavras. Eu me sinto estranha ao dizer isso, mas é a verdade.

Ele ri.

Mas não é uma risada de alegria, parece apenas um deboche.

— Me desculpa Mira, mas, você é a última pessoa para dizer isso. Você sabe que tudo isso é culpa sua.

Ele não está mentindo, mas ouvi-lo dizer me destrói um pouco mais.

— Às vezes eu penso, se não fôssemos amigos, nada disso teria acontecido. Suni e eu ainda estaríamos em Republic City, vivendo as nossas vidas. - Meelo continua desabafando toda a raiva que sente por causa dos problemas que eu trouxe para a sua vida.

Riku, que estava próximo e ouviu toda a conversa, não consegue mais se conter. Ele pega Meelo pelo colarinho e exige que ele pare. No entanto, Meelo apenas diz com amargura:

— Riku, você e Mira se merecem- Meelo diz com raiva, mas suas palavras também parecem carregar um profundo pesar.

— Nós nos merecemos, e pelo que eu te conheço, você nos merece também. -- Riku responde com intensidade.

Inicialmente, as palavras de Riku parecem não fazer sentido para mim, e eu não consigo entender completamente o que ele quer dizer com isso. No entanto, Meelo parece parar e refletir sobre essas palavras. Lágrimas começam a se formar em seu rosto.

— Eu sei. Eu mereço. É por isso que eu disse isso. Eu mereço o seu ódio Mira. Eu mereço até mais que você. Eu não esqueço que foi minha família que te trouxe para isso. E eu tinha esperanças, que você me abandonasse. Que não se preocupasse comigo, e assim eu poderia ir até Haru sem nenhum arrependimento.

A confissão dele me deixa sem palavras. Eu tenho que parar de ser tão egoísta. Eu não sou a única que me sinto desse jeito.

Assim o pedido do soldado martela na minha mente. Tenho que deixar de ser egoísta? Mesmo para salvar os meus amigos? Eu consigo ver o egoísmo dos dois lados da moeda. Serei egoísta em qualquer uma das decisões. Faço como Riku diz, deixo meus sentimentos fluírem, só que dessa vez não para a dobra.

Os ânimos de acalmam, sei que e temporário. Não tenho tempo. Meelo só tem duas horas, até que o efeito desse pó passe. Então eu vou para fora.

— Seja lá, qual for o seu nome. Eu quero fazer um acordo com você. -- Eu não falo em voz alta. Mas, ele aparece mesmo assim.

— Demorou mais do que eu pensei. Se eu tivesse tanto em jogo, eu não teria hesitado.

— Eu não tenho tempo, para matar quem quer que seja.

Ele fechou a cara.

— Mas, se você conseguir trazê-lo para o local certo, na hora certa. Algum acidente pode ocorrer.

Ele vira o rosto parece pensar.

— Não é o que eu estava pensando, mas, podemos chegar á um consenso.

— Não tenho como ir atrás dele. Tenho uma coisa para fazer amanhã. Acho que você sabe o que é.

— Há sim, essa coisa de só um pode coexistir, bla bla bla. -- Ele parece zombar de tudo o que eu sou. Seguro minha raiva. Penso nos meus amigos.

— Você, o trás até o local da minha luta, o resto. Ou eu ou o Haru faremos. É o melhor que posso oferecer.

Ele coloca os dedos no rosto. Parece pensar.

— Você quer um barco? O que você precisa?

Um barco, eu realmente preciso de um? Eu seria menos egoísta ou mais em tirar todos eles daqui?

— Eu preciso que você leve algumas pessoas daqui da capital. -- Penso em todos aqueles que me ajudaram. Penso no que sobrou da família do meu pai. Na minha tia...

Falo para ele o nome de algumas pessoas. Ele parece reconhecer alguns deles.

— Certo, não é difícil. Você quer que os leve para onde?

Impossível levá-los para fora da União do fogo, então pelo menos, levar o mais distante que puder.

— Huali. -- Penso da cidade que estivemos no último mês. Apesar do tempo ser imprevisível, ainda e melhor que estar aqui.

— Seria melhor levá-los no trem da madrugada.

— Não. Eu pedi um barco e os leve mais rápido que conseguir. E se eu fosse você levaria quem você se importa também.

— E seus amigos? achei que você queria tirá-los daqui.

— Se eu fizer isso, vencer ou perder amanhã. Eles nunca irão me perdoar. Sei que é outro gesto egoísta. Mas, vou precisar deles.

— Tanto faz. -- Temos um acordo?

Ele estendeu a mão para mim.

Eu retribuo, e selamos o acordo.

— Sei que vocês avatares, normalmente tem palavra. Então eu vou esperar que você cumpra sua parte do acordo, afinal, eu ainda saberei onde estará todas essas pessoas que você se importa. -- Ele falou em tom de ameaça.

Ele estava se virando, quando parece lembrar de algo.

Ele estende a mão e me entrega o mesmo pacote que entregou ao Meelo.

— Para caso precise de uma ajuda.

Eu aceito. Não tenho muito o que pensar. Qualquer ajuda será util.

Quando ele desaparece, percebo que alguém estava ouvindo toda a nossa conversa.

— Riku. -- Eu falo o seu nome.

Ele sai de trás de uma pilastra.

— Não me julgue por isso, tenho que me agarrar a qualquer opção. -- Eu falo na minha defesa.

— Eu não faria isso. O que me irritou foi ele te ameaçar. Com quem ele acha que está falando? -- Ele parece querer dizer mais alguma coisa. Mas, prefere se conter.

Nos olhamos por alguns minutos sem dizer nada. Eu sorrio para ele. Não estar sozinha é um sentimento muito bom.

Apesar de tudo, de tudo mesmo que aconteceu, conhecer Riku, Meelo, Suni e até o Sina, foi a melhor coisa que tudo isso trouxe. E é por isso, por egoísmo da minha parte, eu quero, não, eu preciso da ajuda deles.

— Certo. Então vamos planejar, uma maneira de salvar Suni, e derrotar o Haru.

Falar essas palavras, fez minha mente ficar um pouco mais leve. Ter um objetivo no final das contas é realmente o que eu preciso.

— Por mim, iriamos lá agora. Pegaríamos Suni, e eu mesmo acabaria com aquele Haru. Mas, não sou eu que estou no comando. Seja qual for o seu plano, eu irei seguir.

— Obrigada. -- Eu só consigo agradecê-lo.

Ele se aproxima de mim devagar. Até ficar bem próximo. Seus olhos estão me encarando.

— Talvez, eu não tenha outra chance. -- Ele diz tirando uma mecha do meu cabelo da frente. -- Talvez seja um erro. — Talvez você me odeie depois... -- Ele continua.

Meu coração está disparado, meu rosto está queimando. Quando ele toca o meu queixo eu sei o que está por vir. Esse garoto, eu não consigo raciocinar. Mas quando os lábios dele finalmente tocam os meus. Sinto o seu calor, muito mais quente do que eu. Ele e calmo, paciente, mas sinto que está se contendo, está se esforçando para não estragar tudo. Quando ele se afasta vejo medo. Pela primeira vez um medo genuíno. Então eu o pego pela nuca e o beijo novamente. Quero que ele saiba, quero que ele entenda que eu quero retribuir todos os seus sentimentos em relação a mim. Que eu sinto o mesmo, ou mais do que meu coração consegue suportar. Agora, parece que tenho muito mais a perder.

Ele não diz nada quando nos afastamos. Mas, vejo um pequeno sorriso se formar. Ele não precisa dizer nada. Mas, eu quero dizer:

— Isso, quando tudo se resolver falamos melhor sobre isso. -- Eu acabo gaguejando.

Ele apenas acena com a cabeça. E entramos na casa novamente.

 

Sina

 

Espionagem não é minha habilidade preferida. Porém me escondo quando eu vejo o momento dos dois. Mira e Riku. Eles podem parecer semelhantes, mas quando você trabalha com os dois é possível ver diferenças gritantes. E é por isso que eu acho que os dois se completam de certa forma.

Talvez seja o único, ou mesmo o último momento para colocar nossos sentimentos a mostra. Por isso espero que os dois entrem, antes de abordá-los.

— Mira. -- Eu a chamo. -- Seja o que acontecer amanhã. Seja qual for o seu plano ou suas decisões, eu vou segui-la. Posso aconselhá-la, mas sua decisão será a final. -- Falo com convicção.

Ela parece um pouco surpresa. O rubor que estava em seu rosto, desaparece rapidamente, e eu consigo ver um pouco de tristeza no seu olhar.

— Sobre Hina... -- Eu finalmente falo sobre isso.

Seus olhos me encaram, consigo ver as lágrimas se formando. É um assunto difícil, nem eu mesmo quero falar sobre isso, mas eu preciso.

— Não foi sua culpa. -- Ela estava lá porque queria.

Eu pensei e repensei sobre isso. Eu sei que iremos nos culpar pelo resto das nossas vidas. Pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Porém para essa dor cicatrizar, precisamos ir em direção a cura. E falar sobre isso parece ser o primeiro passo.

— Ela estava lá porque queria, -- Eu repito. -- Porém a única pessoa culpada é Haru. Ela não foi a única a perder a vida aquele dia. Várias e várias pessoas também morreram.

Eu tento parecer mais frio do que deveria. Conter as emoções e minha especialidade.

— Mas, se eu tivesse .... -- Eu a interrompo.

— Não dá para prever. Assim como eu e você, ela queria traçar o próprio destino. Ficar com esses ressentimentos contra você mesma, só vai piorar as coisas. Estou longe de ser um especialista nessas coisas espirituais. Mas, ficar remoendo essa culpa, só irá te prejudicar. Hina não gostaria disso.

 

Mira

Ela suspira e se aproxima de mim. Ele me abraça com ternura. Sinto uma sensação familiar, um cheiro de canela e de biscoitos recém-casados. Pela sua família ter uma fábrica de doces, Hina sempre teve esse cheiro. Por um segundo, eu juro, quando nos afastamos, eu vi Hina ali, no lugar do seu irmão. Quando me dou conta as lágrimas já estão caindo E naquele momento eu me sinto livre desse ressentimento.

— Obrigada Hina. E me desculpe. -- Eu digo sem perceber.

Sina não diz nada, mas parece compartilhar do mesmo sentimento. Parece que eu me sinto pronta. Finalmente vou colocar um ponto final nisso tudo.

Suni

Estou presa, linhas escuras passam por todo o meu corpo. Eu não consigo falar, eu não consigo me mexer sozinha, ou mesmo controlar o que eu faço. Mas, eu vejo tudo, que ocorre a minha volta. Eu também compartilho sensações com ele. Haru. Ele está concentrado, sinto ele com alguns receios. Sinto a dúvida pairar sobre ele diversas vezes. E lá no fundo, bem no fundo existe algo parecido com medo. Um medo estranho, um medo que eu nunca havia sentido. Quero correr dali, me esconder. As vezes esse medo se intensifica, parece falar comigo. Faz o meu corpo tremer inconscientemente.

Infelizmente é tudo que eu consigo sentir. Ver Meelo, me fez relembrar alguns sentimentos passados, mas como um sopro, eles se dissolveram no ar, e só sobrou os sentimentos do Haru. Porém, eu tentei lutar, de verdade eu tentei. Meelo, ele é importante eu sei disso, eu lembro disso. E é nisso que tento me firmar. Lutar contra esse controle. E as vezes o sinto ruir, as vezes parece que ele só se fortalece. É difícil, dói tentar me libertar, mas mesmo não sentindo muitas coisas, eu sei que eu sou a Suni, e eu me lembro da minha essência.

 

Venon Varrick

 

Minha posição me trás alguns benefícios, porém agora parece que nada está me ajudando. tentei falar com Lokin, mas ele apenas me ignorou. Resolvi vir até seu quartel-general, e até nisso ele está me evitando.

— Eu já disse que preciso falar com ele -- Eu digo para o homem que me impede de continuar.

— Eu falei que ele não pode te atender. -- Ele me fala novamente.

Eu começo a perder a compostura.

— Avise que sou eu. Avise que o Avatar precisa dele.

Eu vejo o homem conter uma risada.

O pessoal desse lugar foi meio que educado a acreditar só no que o governo diz, é até engraçado em ver um homem que está lutando contra o general atual ainda crer na educação que ele recebeu no passado

Eu suspiro, minha paciência está acabando.

Então resolvo usar minha única barganha. O nome Varrick tem um valor, e é nisso que coloco minhas chances.

— Então diga a ele que posso ajudar, que tenho algo que ele quer. O homem levanta a sobrancelha, parece curioso.

Ele tira um comunicador do bolso, e fala com alguém, não parece ser Lokin.

— Você pode aguardar? -- Ele diz simplesmente.

Tempo, talvez o recurso mais escasso no momento, porém eu apenas concordo.

Em 10 minutos sou chamado para entrar. E em mais 30 estou de frente para Lokin, ele parece ter ganhado alguns anos de idade nos últimos dias. Parece cansado.

— O que você tem para mim. -- É o que ele diz quando me vê.

— Você poderia ter arranjado um lugar melhor -- Eu me limito a dizer. Esse quartel general está caindo aos pedaços, até para os padrões desse país. As paredes nunca foram sequer pintadas, o chão ainda está sem piso, e o sistema elétrico está de dar pena.

Ele não tem paciência, reage com uma careta a minhas palavras.

— Eu não tenho tempo.

— Há, sabe, isso também é algo precioso para mim. Mas, eu ainda tive que te esperar não é mesmo?

Ele coloca as mãos sobre a cabeça, posso sentir o clima esquentar rapidamente.

— Vocês dobradores de fogo são assim temperamentais de natureza? -- Eu pergunto quase o óbvio para provocá-lo.

Ele respira fundo parece considerar minha morte por alguns segundos, mas parece saber que sem minha ajuda, essa revolução está fadada ao fracasso.

— Haru quer você presente amanhã na luta dele contra a garota. --Eu simplesmente digo.

Ele parece não acreditar nas minhas palavras.

— Você fez todo esse estardalhaço por isso. Tenho coisas melhores a fazer.

— Eu também -- Eu cochicho -- Porém não posso demonstrar que aquilo não é importante. -- Então eu uso minha segunda tática.

— O Avatar disse que vai te ajudar. Ele vai te ajudar a tomar esse país. -- Eu minto.

Porém ele não parece acreditar muito.

— Se não acredita em mim. Pelo menos, eu dou a minha palavra que vou te ajudar. Sabe, eu tenho algumas reservas preciosas de adrenalina em pó. Sei que é algo que você procura.

Agora ele parece me ouvir.

Adrenalina em pó foi um projeto fracassado das indústrias Varrick, porém há quase uma década, esse fracasso é importado em lotes para esse país. A preço de ouro, e a cada ano mais escasso, é uma excelente moeda de troca.

— Reservas? Onde?

— Como se eu fosse dizer assim meu amigo.

A matéria prima é cara e escassa, produzida em fábricas escondidas nas geleiras das nações do norte. Foi considerada ilegal por ser levemente viciante, além de causar alguns efeitos colaterais nenhum pouco agradáveis. Minha família fez muito dinheiro nos últimos anos com isso. Apesar do falso moralismo, meus irmãos ficaram felizes com o lucro que isso nos trouxe. Claro até me traírem. Só eu sei como acessar essas reservas.

— O que você quer em troca? Meus recursos estão se esvaindo como água no deserto. Mas, se esperar, quando eu chegar ao poder...

Eu levantei o braço. Como se eu mesmo me importasse.

— Eu fiz um pedido, não fiz? Eu preciso que você vá lá amanhã. Eu te darei exclusividade sobre as reservas.

— Você me consegue algumas gramas para amanhã?

— Claro. -- Eu minto.

— Certo, só me dizer o local e o horário.

— Só esteja preparado, atenda o comunicador quando eu ligar.

Assim que eu saí de lá, eu tomei outro caminho. Subindo até o vulcão, eu tinha outra pessoa para fazer um negócio. Espero que vantajoso para mim, é claro. Rapidamente eu estava me tornando cada vez mais parecido com o meu pai.

 

Mira

 

Descansar parecia ser a única coisa plausível a se fazer. Mas, com o tempo passando eu podia ver Meelo aos poucos voltando ao estado que estava. Seus olhos vidrados, ficaram cada vez mais baixos, e eu podia notar que ele estava contendo toda a dor que sentia.

— Você está bem? -- Eu perguntei preocupada.

— Sabe, eu até queria mentir para você, mas, acho que isso só atrapalharia. O que aquele homem me deu é energizante, me senti revigorado, porém, a cada minuto que passa a sensação vai embora, e a dor se intensifica.

Eu olho com pesar para ele, eu sabia que não era uma boa solução, ainda mais com o tempo que temos.

— Por isso eu queria ir logo atrás dela. Enquanto tenho forças para isso.

Eu sabia que isso não era possivel. Se ele fosse, provavelmente seria morto, por ela.

— Mas, eu vou aguentar, não serei impulsivo como antes. -- Ele completou, o que me aliviou.

Meelo se sentou na posição de lotus, fechou os olhos e tentou meditar. É a maneira dele aguentar.

Eu também precisava de um pouco disso. Talvez Korra, ou qualquer um possa me dar eu fiz o mesmo que ele, mesmo que desajeitada, meus pés não ficavam na mesma posição. Mas, me lembrei de quando estava no templo do ar, e Jinora me ajudou. Eu tentei pensar naquilo. E assim me concentrar.

 

Eu esperei Korra aparecer, mas um sensação diferente veio até mim. Um calor, quase que insuportável brotou do meu peito, e um dragão totalmente feito de fogo surgiu na minha frente .

Ele não dizia nada, mas a sensação foi aos poucos ficando familiar, tal qual o espirito da água, eu estava de frente para o espiríto do fogo.


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