Konoha High School - Nossa Geração escrita por taispetacular11


Capítulo 53
Coincidências




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Karin estava sentada em um banco perto da pequena floresta que havia dentro da escola. Tinha o olhar perdido e confuso, não sabia como deveria se sentir naquela situação.
 

Sabia que o que tinha com Sasuke era apenas um teatro para não levantar pistas sobre coisas maiores, mas a verdade era que ela queria que aquilo tudo fosse real.

 Que ele quisesse beija-la de verdade, que segurasse sua mão pelos corredores por vontade própria, que fizesse declarações pra ela... Mas isso nunca aconteceria, apesar de dizer que não, Sasuke nutria profundos sentimentos pela garota de cabelos rosa. E o que Karin poderia fazer quanto a isso? Nada.
 

Ela nunca seria a garota que bancava a ciumenta ou brigaria com outra menina por conta de um cara. Isso ia contra seus princípios, a vida era muito maior do que garotos.
 

Porém, ela ficava mal por isso, por Sasuke não gostar dela e ainda por cima trata-la mal, e se sentia culpada por continuar gostando dele. Toda vez que tentava se aproximar dele, ele recuava e dizia palavras que não eram tão legais.

— Sasuke. - Ela o chamou naquela mesma manhã.
 

Devido a praticamente metade do segundo ano ter ido para os jogos, os alunos do ano que haviam ficado na escola estavam tendo dias bem tranquilos, apenas com palestras e filmes educativos.


— Agora não Karin. - Foi o que ele falou sem nem parar para olha-la.
— Então quando?
— Não confunda as coisa. - Agora ele havia parado e se virou de frente para ela. - Sabe muito bem que não me aproximei de você por sentir algo.

 Ela mordeu o lábio inferior e assentiu levemente com a cabeça.


— Eu sei, mas somos amigos... - Ele riu irônico com aquilo não deixando ela terminar.
— Amigos? Eu me aproximei de vocês, porque vocês tem informações e contatos que eu nunca tive. E de você, principalmente, pelo fato de ter o mesmo sobrenome do meu melhor amigo. Não acha isso estranho?
— Eu sei onde você chegar e não pode ter certeza disso, pelo menos não ainda.
— Exatamente, não ainda. Mas eu te garanto que quando eu tiver, quando souber toda a verdade e tiver as provas, tudo vai vir a tona. E isso... - Ele apontou primeiro para ele e depois para ela. - Vai acabar.
— Porra Sasuke, é sério que vai realmente me tratar assim? Como se eu fosse algo para ser usado e jogar fora?
— Você sabia desde o início que isso não era real, não é culpa minha se se deixou envolver.
— Não, não é culpa sua, mas achei que pelo menos um vínculo de amizade tivesse sido criado. Entre nós, entre você e o Sui. Mas parece que eu me enganei, você é mais podre por dentro do que eu pensava. - A voz dela expressava chateação.
— Descobriu isso agora? - E a dele desdém.
— Não, mas eu sinto pena de você por isso, por ser assim. E eu espero que quando tudo isso acabar, Sakura ainda sinta algo por você, porque nós dois sabemos, que se ela não sentir, pra quem você vai correr.
 

E dizendo isso ela virou as costas e andou até se sentar no banco que estava até aquele momento.


— Karin. - Ela virou para trás ao ouvir uma voz masculina que conhecia muito bem, abrindo um sorriso fraco na mesma hora. - É a primeira vez que te vejo sorrir quando eu me aproximo.
— Idiota, sabe que não é bem assim.
— Ah, é sim.
 

Suigetsu falou se sentando ao lado dela. Ele era o melhor aluno de natação que a escola tinha e havia optado por não ir nos jogos, o motivo? Karin, mas ninguém mais além dele sabia disso.


— Eu vi você e Sasuke hoje mais cedo. Como você está? - Ele perguntou com um olhar preocupado.
— Até que bem. - Ela parou por alguns segundos e voltou a falar. - Eu me sinto confusa, porque ele me trata como se eu fosse uma ninguém pra ela e ainda assim meus sentimentos por ele continuam. Eu recebo olhares tortos pelo corredor por estar com ele, escuto comentários maldosos à meu respeito que me deixam mal, ele não faz nada e ainda assim eu ainda gosto dele. Isso não faz sentido.
— A vida não faz sentido, paixão menos ainda. É como diz aquele ditado: Você não escolhe por quem vai se apaixonar.
— Eu não sei se isso é um ditado, mas okay.
— Isso não importa. O que importa é que você não me bateu hoje ainda, como sempre costuma fazer quando me vê. - Ele disse em tom de piada.

 Ela o encarou fazendo uma cara de surpresa para disfarçar o riso que queria dar.


— Não é minha culpa se você é a pessoa mais irritante desse mundo e por isso eu te bato. - Ela falou cutucando ele de leve.
— Mas admita, foi isso que fez com que a gente ficasse amigos. - Ele falou sorrindo de lado.
— O que fez com que ficássemos amigos foi você estar sempre por perto, nos meus piores e melhores dia. - Ela falou sorrindo ao lembrar de momentos dos dois. - Eu fico feliz por...
— KARIN. - Suigetsu deu um berro impedindo que ela continuasse.
— Ai meu Deus, o que foi? - Ela perguntou preocupada.
— É isso.
— Isso o que criatura?
— Sabe... Eu sempre achei que era pura coincidência ou destino nós estarmos sempre no mesmo lugar, mas não. O destino não é tão bom assim, e não existe tanta coincidência no mundo. - Ele falava rápido e gesticulando de maneira agitada.
— Primeiro, mais devagar. Segundo, aonde você tá querendo chegar? - Ela perguntou tentou seguir o raciocínio dele.
— Seguinte, pensa comigo. Você é orfã e tava sempre indo de família em família, orfanato em orfanato e acabava sempre mudando de cidade, não passando mais de dois anos em um mesmo local.
— Sim, mas é porque eu ia pra uma família e era inviável voltar pro orfanato anterior sendo que havia um mais vazio e mais perto...
— Não acho que seja isso, mas enfim. Toda vez que você se mudava, meus pais inventavam de se mudar também e o mais incrível e estranho é que era sempre pro mesmo lugar que você. Eu ficava feliz na época, por poder encontrar minha amiguinha e eu sempre achei que era coincidência, mas agora parando pra pensar...
— É estranho. - Ela falou completando a frase dele.
— Sim.
— Mas o que você está sugerindo?
— Eu não sei, mas to achando que talvez meus pais tenham alguma relação com você.
— Mas o Orochimaru disse...
— Karin, esquece o que o Orochimaru disse e pensa nos fatos. Não pode ser coincidência que a gente estivesse no mesmo lugar mesmo com você se mudando tanto. Acho que a sua história é bem maior do que a gente achava.
...

 Naruto andava pelos corredores da escola que estava hospedado em Suna. Era incrível o tamanho daquele lugar, se ele já havia ficado surpreso com o tamanho de Konoha High School, Elite conseguia se superar.

 Era bem maior e mais luxuosa, porém os alunos pareciam ser bem mais metido e menos legais do que eram em sua escola.

 Ele se lembrava das duas escola que havia frequentado antes de ir para Konoha. Foi na primeira, que ia do maternal ao quinto ano, que conheceu Sasuke, Shikamaru, Kiba e Chouji.
 

Era uma escola pequena e um tanto quanto caída, ele nunca entendeu o motivo de Sasuke frequentar aquela escola, já que o garoto vinha de família com dinheiro, mas também não ligava muito pra isso, pois se o Uchiha não tivesse ido para a mesma escola que ele, talvez eles não tivessem se tornado melhores amigos.
 

O loiro não teve uma vida fácil, foi criado pelo avô que estava sempre trabalhando e não podia dar tanta atenção como ele queria, além de também nunca responder as perguntas que Naruto fazia sobre os pais. O loiro nem sabia mais como eles tinham morrido, já que uma hora era em um acidente de carro, outra em um de avião, não sabia mais no que acreditar, então só deixou quieto.

 Alguns anos depois, Konohamaru chegou para dividir a pouca atenção que Naruto recebia do avô. Mas foi bom, porque ele passou a ter com quem brincar e interagir durante os longos períodos que o avô trabalhava.

 A mãe de Konohamaru havia morrido durante o parto, e o pai desapareceu misteriosamente dois anos depois do nascimento do menino. Como nunca mais reapareceu foi dado como morto, mas o menino pareceu nunca se importar muito com isso. Assim como Naruto, que apesar de ter uma curiosidade sabia que nada poderia ser feito, então preferia apenas deixar quieto.
 

Mas se lembrava de um dia em que o avô havia dito que ele havia herdado a aparência do pai, e o jeito da mãe, com exceção do fato de ser desligado, isso havia herdado do pai também. Naruto sorriu com aquilo, feliz em saber que tinha bastante dos pais em si.


— Naruto. - O garoto olhou para trás ao ouvir uma voz fina o chamando.
— Hinata. - Falou abrindo um sorriso. - Como você está?
— Bem. - Ela falou bocejando. - Com um pouco de sono.
— Eu percebi. - Ele falou rindo e ela fez o mesmo.
— É que os treinos estão sendo pesados.
— Imagino, eu nunca te imaginei como líder de torcida.
— É, nem eu. Mas a Ino pediu tão empolgada e sabe eu não podia dizer não. Ela e as meninas são tudo pra mim, eu nunca havia tido amigas até entrar em KHS.
— Isso é legal, fico feliz por você. Por ter se encontrado.
— Eu também. - Ela falou sorrindo tímida, agradecia por não gaguejar mais perto dele e conseguir ter uma conversa normal e fluída. - Mas e você? Como está?
— Eu tô bem, temos treinado bastante também. Eu vou competir no basquete e no futebol.
— Que ótimo, vou estar lá torcendo por você.
— Eu sei, e por isso sei que não vou perder. Tô certo. - Ele falou mostrando o polegar em sinal de positivo fazendo ela abrir um sorriso enorme. - Que foi? Por que tá me olhando assim? - Ele perguntou incomodado mas ao mesmo tempo se sentindo confortável com o olhar de Hinata sobre si.
— Assim como? - Ela perguntou.
— Ah sei lá, eu não sei explicar, mas de um jeito diferente. Acho que você nunca tinha me olhado assim antes.
 

Mas sim, ela tinha. Hinata vivia olhando para ele daquele jeito, um olhar de fascínio, interesse e paixão, porém Naruto era desatento demais para notar.


— Bem... - Ela falou tocando um dedo indicador no outro. - É que eu acho que você fica fofo fazendo esse sinal de positivo e falando "tô certo". -

Ela falou olhando para baixo e adquirindo uma coloração avermelhada no rosto.


— Aaahh que bom, e você fica fofa fazendo isso que está fazendo agora. - Ele olhou pra ela sorrindo de lado. - Na verdade, você é fofa sempre. Tipo, da vontade de te abraçar e não soltar nunca mais.

 Ele falou abraçando-a fortemente. Por ser alto, e Hinata a mais baixa das meninas, a cabeça dele durante o abraço ficou bem em cima da dela. Quem visse a cena de fora acharia que ele eram um casal de namorados.
 

Hinata havia ficado surpresa com a atitude, mas havia gostado. Se sentia bem com Naruto, ele era alegre e tão alto astral que contagiava a todos e deixava qualquer dia ruim com cara de bom.
 

Ela se sentia acolhida e confortável dentro daquele abraço, e assim como ele tinha vontade de não solta-la nunca mais, ela tinha vontade de não sair daquele abraço nunca mais.
 

O garoto loiro andava se sentindo confuso com relação aos seus sentimentos nos últimos tempos. Havia passado boa parte do ano anterior com um crush muito forte em Sakura, e era óbvio que ainda se importava muito com ela, mas já começava a desconfiar que seus sentimentos pela garota de cabelos rosas eram apenas fraternais e talvez sempre tivessem sido assim, ele que havia misturado as coisas. Afinal, ela era bonita e legal, ambos se tornaram amigos, mas não passava disso e nem passaria.
 

Mas com Hinata era diferente, eles se tornaram amigos logo de cara e ele sempre a achou bonita. Porém, agora toda vez que ela se aproximava seu coração batia de forma diferente e ele via que ela não era só bonita, mas sim linda, meiga, gentil, legal. Ele queria estar o máximo de tempo possível com ela e não entendia direito esses sentimentos, só sabia que naquele momento queria aproveitar aquele abraço o máximo possível.


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Notas finais do capítulo

Eaí o que acharam? Qual será a história da Karin? E esses sentimentos que o Naruto está sentindo pela Hinata, será que ele vai se tocar do que é?

Espero que tenham gostado, e que vejam a Karin com novos olhos...



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