Konoha High School - Nossa Geração escrita por taispetacular11


Capítulo 47
Sétimo andar, apartamento um




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 Tenten levantou e foi abrir a porta para que os garotos entrassem. Como era sexta feira eles não tinham preocupação em dormir cedo ou tarde. Eles carregavam diversos pacotes de salgadinhos e doces, e garrafas de refrigerante.
— Quando foi que compraram tudo isso? - Temari perguntou.
— Eu tenho meus contatos. - Shikamaru respondeu.
— O Naruto falou com o Jiraiya e ele comprou pra gente. - Sai explicou.
— Porra Sai, larga de ser linguarudo cara. - Kiba repreendeu o amigo.
 Sai apenas revirou os olhos.
— Tá legal, o que planejaram pra hoje? - Sakura perguntou.
 Os garotos se entreolharam e não falaram nada.
— Tá legal, qual é o motivo de tanta troca de olhar? - Temari perguntou.
— O que estão escondendo da gente? - Tenten perguntou diretamente pra Lee.
— Escondendo? O que? Nada? - Lee falava nervoso. - Não tem nada. De onde tirou isso?
 Gaara revirou os olhos e sorriu minimamente, Sai se segurava para não gargalhar, coisa que Naruto não estava nem aí e Shikamaru bateu na testa.
— Te peguei Lee. Você não sabe mentir. - Tenten sorriu vitoriosa. - Vai, pode contar tudo.
— Não tem o que contar. - Shikamaru falou.
— Ah tem, e se tem. - Temari falou. - Pode ir contando Lee.
 Lee olhou para os amigos preocupado se contava ou não. Mas não conseguiria mentir para Tenten, estava começando a ficar nervoso até que Neji tomou a fala.
— Era pra ser surpresa, mas já que o Lee não sabe guardar segredos... Eu conto, hoje faz um ano do baile de máscaras e nós queríamos comemorar isso, mas como não tinha como ser em baile decidimos juntar todo mundo e fazer uma sessão de filmes. 
— É hoje? - Sakura se perguntou. - Eu não lembro da data exata.
— Ah é hoje sim. - Shikamaru interveio. - Eu lembro.
— Tudo bem então. - Ino falou ainda desconfiada. - Que filme vamos ver?
— O que você quiser princesa. - Sai falou e Ino logo corou.
 Temari revirou os olhos e riu da amiga.
— Quero ver Simplesmente Acontece. - Ino disse.
— Ah não. - Sakura resmungou. - Você já viu esse filme um milhão de vezes e é sempre o mesmo chororo.
— E o que sugere então Testa de Marquise? - Ino perguntou.
— Eu não sei, tenho que pensar. Hina, o que você sugere? - Sakura perguntou para a amiga.
 Mas Hinata estava distraída com seus pensamentos sobre Naruto.
— Hinata? - Sakura tocou na menina que a encarou sem entender.
— Hã?
— Que filme sugere?
— Ah, eu gosto muito de Mamma Mia e faz um tempão que eu não vejo.
— Legal, é sobre o que? - Naruto perguntou e ela o encarou tristemente.
— É um musical só com músicas do ABBA. - Neji respondeu.
— Ai meu Deus. Eu adorei. - Ino falou animada. - Vamos ver esse.
... 
Eles haviam espalhados colchões pela sala inteira e se sentaram para comer e ver os filmes, porém assim que comeram, deitaram.
 Já passava da meia noite, viram Mamma Mia e em seguida A Origem, agora viam Meninas Malvadas, mas a maior parte dormia profundamente na sala. Hinata estava acordada e pensativa e percebeu que Naruto parecia acordado também.
— Naruto. - Ela chamou baixinho e ele a encarou.
— Hina...
— Posso conversar com você?
— Claro.
— Vamos sair da sala então, para não acordar os outros. - Ela falou sussurrando.
 Ela se levantou e foi em direção ao quarto, ele a seguiu. Ambos se sentaram no chão um de frente para o outro.
— Eai... O que me conta?
 Hinata batia os dedos um contra o outro nervosamente.
— Você não gosta do Toneri?
 Naruto encarou o chão.
— Eu não diria que não gosto dele, eu só sei lá... - Ele coçou a cabeça nervoso. - Aquela música que você fez foi pra quem?
Hinata ficou vermelha na hora, não sabia o que responder, queria enfiar a cara num buraco. Ela balançou a cabeça de um lado para o outro.
— Ninguém.
— Ninguém? - Ele repetiu franzindo as sobrancelhas.
— É, ninguém.
— Hum.
 Ficaram em um silêncio constrangedor até Naruto perguntar.
— O que você sente pelo Toneri?
— Que? Ele é meu amigo.
— Mas ele não quer ser só seu amigo. - Naruto a encarava profundamente.
— Claro que quer.
— Não quer não. 
 Hinata estava nervosa, Naruto ia se aproximando cada vez mais do rosto dela.
— Hinata, lembra na noite do baile de máscaras?
 Ela assentiu com a cabeça.
— Nós dançamos juntos. Mas na época eu não fazia ideia, fui descobrir um tempo depois. - Hinata estava com os olhos arregalados e a boca semi aberta. - Você é tão legal comigo, na verdade é legal com todo mundo. E você me dava toda a atenção até o Toneri chegar. - Naruto respirou fundo. - Quando ele chegou e passou a receber toda sua atenção...
— Ele não recebe toda a minha atenção. - Hinata interrompeu o loiro.
— Não? - Ele perguntou.
— Não...
— Hum, mas continuando... Quando você começou a dar atenção pra ele eu senti uma coisa estranha, era como se eu tivesse te perdendo. E eu ficava mal, as vezes ainda fico. Ele é tão inteligente e você fica tão empolgada com as coisas que ele fala, e eu sou um zero a esquerda.
— Você não é um zero a esquerda. Eu gosto de conversar com você, você me faz rir.
— Faço né? - Ele falou sorrindo com aquilo.
— Sim, você faz todo mundo rir, é engraçado. E você também é inteligente.
— Não como o Toneri. - Naruto falou tristemente.
— Ele é inteligente para algumas coisas, e você para outras. - Ela o olhou firmemente torcendo para não ficar vermelha. - Eu nunca vou te trocar por ele e nem por ninguém.
— Sério? - Ele perguntou e ela assentiu com a cabeça. - É bom saber disso. Agora vem aqui pra eu te dar um abraço...
...
 Shino havia levado seu notebook para o apartamento das meninas, o plano era fazer o programa funcionar ali e descobrir em qual dos apartamentos estaria a jogadora e após isso perguntar para as meninas se sabiam quem eram as moradoras do lugar.
 Era um plano meio confuso, mas Shino torcia para que desse certo. Ele havia ficado acordado jogando o tempo inteiro torcendo para que Wind Green aparecesse online, mas até então nada dela.
 Já havia jogado diversas partidas e estava começando a achar que ela não logaria naquela noite. Mas ele pensou isso cedo demais, pois cinco minutos depois ela apareceu online e ele colocou o programa para rodar.
 Ele havia feito algumas atualizações no programa, que agora funcionava semelhante a um GPS.  
 Poucos minutos depois uma localização foi mostrada, e pelos cálculos dele a garota estaria no sexto ou sétimo andar. Ele teria de andar até lá para ver, mas se fosse com o notebook chamaria muita atenção, ele já ia começar a se repreender mentalmente por não ter o programa instalado no celular quando Shikamaru apareceu ao lado dele.
— Toma, eu instalei no meu celular como uma versão teste. - Shikamaru entregou seu celular para Shino. - Espero que funcione.
— Vai funcionar enquanto ela estiver conectada.
— Ok, farei com que ela fique conectada.
 Shikamaru falou pegando o notebook e se colocando a jogar. A verdade era que nunca havia entrado naquele jogo, mas sabia que envolvia bastante estratégia e Shikamaru era incrivelmente bom com estratégia. Shino sabia disso e por isso não pensou duas vezes e saiu para o corredor.
 Decidiu que seria mais seguro ir de escada. A cada passo que dava se sentia mais nervoso, queria descobrir logo quem era essa garota. Não aguentava mais imaginar os mais diversos rostos e não ter certeza de nenhum.
 Ele foi até o sétimo andar e descobriu que era o apartamento de número um, não parecia ter nenhuma luz acessa, mas como eles mesmo já havia jogado diversas vezes no escuro deduziu que fosse isso.
 Pensou em bater na porta, mas desistiu, o que diria afinal? "Oi sou Shino, o cara que joga com você e que fez um programa pra descobrir quem você era". A garota morreria de medo se ouvisse uma coisa dessas.
 Ele então deu meia volta e voltou para o apartamento das meninas. Ao chegar lá, Shikamaru ainda jogava.
— Descobriu? - Shikamaru ergueu os olhos assim que o viu entrando.
— Sétimo andar apartamento número um.
— O que tem nesse apartamento? - A voz de Sakura foi ouvida e os dois garotos se entreolharam nervosos. A garota se levantou e parou na frente deles.
— Ouvimos um barulho estranho, e Shino foi ver de onde vinha. - Shikamaru começou explicando. - Era de lá.
— Corta essa Shikamaru. - Sakura falou. - Eu sei que não é isso, assim como sei que hoje não faz um ano do baile. Então pode falar a verdade.
— Mas essa é a verdade ué.
— Não, não é. Eu não sei exatamente o que nem porque estão escondendo. Mas eu garanto que tem ligação com esse jogo. - Ela falou apontando pro jogo.
— Tem razão. - Shino respondeu.
— Eu sabia que estavam mentindo aquela hora que falaram do baile. Mas o que exatamente estão escondendo?
— Descobrimos que o tal jogador misterioso, na verdade é uma jogadora misteriosa e acabamos de descobrir que ela mora no sétimo andar, apartamento número um. Sabe quem mora lá? - Shikamaru perguntou.
— Não, mas não deve ser difícil de descobrir. - Sakura falou dando de ombros. - Agora, uma pergunta, por que esconder isso da gente?
— Eu não sei, não se da para entender a mente masculina. - Shikamaru falou.
— Cara, você vive chamando a Temari de problemática, mas pra mim o problemático é você.
...
 Grande parte dos professores estavam reunidos na casa de Kurenai para um jantar, ninguém sabia exatamente do motivo do jantar, mas a verdade era que não ligavam, gostavam de ter esse tempo juntos longe dos muros da escola.
 Tsunade já estava em sua terceira garrafa de vinho, e Jiraiya ao seu lado fazia diversas piadas para ver a loira rindo. 
 Kakashi estava ao lado de Gai, mas o professor de física havia sido trocado pela nova bibliotecária, Day. E com isso, tentava disfarçar o isolamento mexendo no celular, mas talvez nem precisasse disfarçar já que seus pensamentos estavam bem longe dali.
 Iruka estava numa conversa animada com Genma que palitava os dentes. E Izumo e Kotetsu, dois melhores amigo de infância, falavam animados sobre a grande estreia de Vingadores: Ultimato.
Asuma ajudou Kurenai a trazer dois pratos enormes de lasanha para que os amigos se servissem. A mulher também pegou refrigerantes e outra garrafa de vinho, já que Tsunade havia tomado posse da que estava na mesa.
 Comeram, riram e conversaram como bons amigos fazem. Trabalhavam juntos há muito tempo, e apesar de Jiraiya e Tsunade terem dado aula para todos os outros presentes isso não influenciou na amizade.
 Day que era a mais recente trabalhadora da escola conseguiu se enturmar rapidamente no grupo. Até porque Gai parecia extremamente interessado na mulher.
— Muito bem pessoal. Eu trouxe vocês aqui essa noite para dar uma notícia. - Kurenai anunciou. - Duas, na verdade. - Ela falou olhando apaixonadamente para Asuma.
 Todos sorriram, já desconfiavam o que seria. Afinal, sabiam do romance não tão secreto de Kurenai e Asuma.
— Asuma e eu vamos nos casar. - Ela falou animada e todos começaram a se levantar e a dar parabéns. 
 Kurenai e Asuma agradeciam a todas as felicitações.
— Tem mais. - Kurenai falou sorrindo radiante. - Estamos esperando um bebê.
— Ai meu Deus. - Day gritou e deu um pulo indo animada na direção de Kurenai dar um abraço apertado na professora.
— Vamos brindar a essas notícias maravilhosas. - Tsunade pegou a taça de vinho mais animada do que nunca.
— Eu não posso beber Tsunade, faz mal para o bebê. - Kurenai falou passando gentilmente a mão na própria barriga.
— Bobagem, vinho não faz mal a ninguém.
— Tudo bem Tsunade, acho que chega de vinho pra você hoje. - Jiraiya falou pegando a garrada da mão da amiga.
— Okay, eu queria mesmo tomar um pouco de saquê. - Tsunade falou sorridente.
— Acho que chega de bebidas por hoje senhora Tsunade. - Iruka informou. - Qualquer bebida.
— Mas eu sou uma mulher crescida e estou bem. Estou sóbria. - Tsunade soluçou ao fim da fala e todos caíram na risada. - Não riam, eu estou bem.
— Tudo bem, mas está na hora de ir. Eu te dou uma carona. - Jiraiya disse.
— Eu posso dirigir meu próprio carro.
 Tsunade resmungou, mas não adiantou Jiraiya já a puxava delicadamente pelo braço em direção a saída. Se despediram rapidamente e foram embora.


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