Invincible escrita por Geovana Oliveira, Ana


Capítulo 5
Sonserina X Corvinal


Notas iniciais do capítulo

Olá...
Capítulo novo, espero que gostem.
Desculpem algum erro, boa leitura :3



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O mês de fevereiro se foi rapidamente e, quando o próximo mês chegou,
começaram os jogos de quadribol.
Malfoy dissera que nosso primeiro jogo seria dali a cerca de uma semana e
que teríamos que treinar bastante se quiséssemos vencer a Corvinal. Marquei de
encontrá-lo todas as tardes depois da aula, e muitas vezes, por causa disso, nos
atrasávamos para o jantar ou nem íamos.
Na sexta, quando já estávamos cansados, Malfoy desceu da vassoura e me
olhou sorrindo de canto.
— Excelente, Sophie. Quem diria que você poderia ser tão boa assim?
Desci da vassoura sorrindo e caminhei em direção a ele.
— Fazer o que? Não julgue um livro pela capa — disse dando de ombros.
Malfoy sorriu e então olhou para cima.
— Melhor irmos, se não vamos perder o jantar. — Concordei com a cabeça
e o acompanhei de volta ao Castelo.
Já estava escurecendo quando atravessamos as grandes portas da
entrada. Malfoy foi guardar as vassouras enquanto eu segui direto para o Salão
Principal, não havia tempo para um banho, então tive que ir com meu uniforme de
quadribol mesmo. Ao adentrar o Salão já cheio de alunos conversando e comendo,
voltei minha atenção à mesa da Sonserina, procurando meu lugar habitual com
Malfoy e os outros. Ao fazê-lo, não tive como conter uma cara de desgosto ao ver
Andrômeda sentada ao lado de Riddle.
— Vai passar a noite toda aí, parada? O que é essa cara? Até parece que
viu o diabo. — Malfoy chegou logo atrás e quase esbarrou em mim, parada ainda
na entrada. Olhei para ele e não pude deixar de sorrir.
— Acho que não ele, mas alguém próximo.
Malfoy deu uma boa olhada para a mesa da Sonserina como eu havia feito
e se deu conta do que eu dissera. Uma fileira de dentes brancos ficou à mostra
quando ele sorriu diante do meu comentário.
— Ah, Sophie. Você é mesmo terrível.
O braço musculoso e pesado de Abraxas entrelaçou meu pescoço e me
puxou para si, enquanto eu ouvia sua risada abafada. Ele me arrastou consigo até
a mesa onde Tom e os demais conversavam tranquilamente. Andrômeda até
parecia uma moça comportada ali. Apenas parecia. 
Avery foi o primeiro a notar que nos aproximávamos e acenou
discretamente, fazendo os outros nos olharem também, Andrômeda fez uma cara
de desgosto, como se tivesse chupado um limão bem azedo, e não pude deixar de
rir. Acho que Abraxas notou, já que seu sorriso se intensificou até que ele teve que
afundar seu rosto em meu pescoço para conter as risadas.

— Qual a graça? — Riddle perguntou meio ranzinza, de cara fechada.
— Nenhuma. — respondi secamente, batendo no peito de Malfoy. Ele se
recompôs, agora todo vermelho, e se afastou.
— Nenhuma, cara. Só estávamos rindo porque Sophie me contou algo
engraçado, nada de mais. — Malfoy sentou-se ao lado de Tom e encarou
Andrômeda, sentada à esquerda desse.
— Desde quando você  janta conosco, querida? — ele disse com um tom
de voz provocativo. Levei a mão à boca, segurando o riso, e me sentei ao seu lado
servindo-me de suco de abóbora.
— Desde o início dessa semana, querido — Andrômeda respondeu com
aquele tom debochante de sempre, rindo de canto. Ela pegou sua taça e a levou à
boca, tomando um grande gole de seu conteúdo.
— Você teria percebido se não estivesse a semana toda ocupado com a
Sophie — sua voz assumiu um tom de desgosto, e ela torceu o nariz, me
encarando de canto de olho. Revirei os olhos e voltei minha atenção ao banquete
posto a mesa, a comida parecia mais interessante do que a conversa entre os dois
loiros oxigenados ao meu lado. Enchi meu prato com um pouco de tudo que eu
achara bom ou agradável, levando em conta tanto a aparência quanto o cheiro.
— Malfoy, você pode me passar as batatas? — perguntei erguendo meus
olhos da comida para fitar o loiro, contudo, todos os olhos do nosso pequeno grupo
me encararam. Malfoy estava em choque, Andrômeda, incrédula, Riddle e Avery
sorriam de canto, enquanto Dolohov parecia petrificado em seu lugar, sem sequer
piscar.
— O que? — perguntei, sentindo minhas bochechas arderem de leve. O
olhar deles estava me deixando sem jeito. — O que?! — perguntei de novo,
batendo no ombro de Malfoy, que engoliu em seco e se recompôs, assim como os
outros. Ele tomou um gole de suco enquanto me encarava de canto.
— Nada, é só que... — Repousou a taça sobre a mesa e me encarou, sem
jeito. — Você vai comer tudo isso? — Ele pigarreou, batendo em seu peito ao fingir
uma leve tosse. Olhei para meu prato e só aí percebi que havia colocado mais
comida que o necessário. Foi minha vez de arregalar os olhos e ficar
envergonhada. Sorri de canto e afundei meu rosto no ombro de Abraxas,
choramingando baixinho.
— Não vou comer tudo isso.
Abraxas soltou um riso nasal e balançou a cabeça.
— Você com certeza está com a cabeça nas nuvens, baixinha. — Ele sorriu
e pegou uma garfo.
— Vamos ver o que posso fazer.
O observei rindo e concordei com a cabeça, vendo-o dar uma garfada na
comida em meu prato.
— Bom? — perguntei com o queixo apoiado em seu ombro. Abraxas
concordou enquanto mastigav,a fazendo uma cara engraçada de satisfação. Ele

deu outra garfada na comida e a trouxe em minha direção, como as mães fazem
com seus filhos mais novos. Olhei para esse meio sem jeito. Ele insistiu
novamente rindo.
— Você precisa experimentar isso...
E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, minha boca foi preenchida
com algo delicioso que eu nunca comera antes.
— Por Merlin, vocês estão me dando indigestão — a voz de Andrômeda me
vez voltar à realidade. Afastei-me de Malfoy e olhei para ela, rindo.
— Talvez seja o seu próprio veneno fazendo isso com você — disse antes
que pudesse me dar conta do que estava falando. Todos me olharam meio
incrédulos, exceto Riddle. Ele estava quieto agora, estranho. Olhava para sua
comida com total atenção, como se não houvesse ninguém ao seu redor. Inclinei a
cabeça para o lado para o observar melhor.
— Tom, aconteceu algo? — perguntei baixinho, fazendo todos olharem
para o moreno em silêncio. Tom ergueu seus olhos e me encarou por alguns
instantes sem dizer nada, até que seus lábios se curvaram em um sorriso de
canto.
— Não, Sophie — seu tom de voz era frio, e ele me encarou de forma
estranha, como se estivesse bravo.
— Bravo? — disse sem desviar meus olhos dos seus.
— Isso importa? — Sua testa se franziu, e ele balançou a cabeça, dando
um riso nasal. —Terminei. — Riddle se levantou rapidamente.
— Acho que se eu não me importasse, eu não teria perguntado, senhor —
voltei a ser formal com ele, não valia a pena. A maioria de minhas conversas com
Tom nos últimos dias acabavam assim, uma leve discussão e cada um para o seu
canto. Levantei-me também. — Não, fui eu quem terminei aqui. — Olhei para
Riddle, irritada, e passei pelo mesmo, fazendo questão de esbarrar em seu ombro
levemente.
— Sophie — o ouvi sussurrar entre dentes enquanto a mão do mesmo
segurava meu braço com força e me puxava para si. — O que está fazendo? —
sussurrou para que apenas nós dois ouvíssemos.
— Eu? Não sou eu quem está te machucando aqui. — disse exasperada,
segurando sua mão com força. Ele olhou para os meus dedos sobre os seus e
refletiu em silêncio. — Arrancará meu braço antes de soltar, Riddle? — perguntei
um pouco mais alto, tentando fazê-lo voltar a si. Ele ergueu seus olhos e me
soltou.
— Pare de brincar comigo assim.
Franzi  a testa, confusa, e dei um riso de deboche.
— Brincar? Não faço ideia do que está insinuando. Só me faça um favor,
nunca mais toque em mim — disse, dando um leve empurrão no ombro dele.
Novamente o moreno me segurou com força, desta vez pelo pulso, quase o
torcendo.

— Pare de fazer isso comigo — ele disse outra vez, deixando-me
desorientada.
— Fazer isso o que? — perguntei sem entender. Em resposta, Riddle virou
meu pulso com mais força. Abraxas teve que intervir, empurrando Tom levemente
para trás.
— Cara, já chega. Todos estão olhando.
Dei uma rápida olhada em volta, vendo o Salão todo nos encarar. Acariciei
meu pulso, agora vermelho.
— Sophie, vamos jantar. Você precisa ter energia para o jogo de amanhã
—Abraxas sugeriu, ainda segurando Tom, talvez para se certificar de que ele não
me agarraria novamente. Neguei com a cabeça.
— Ah, deixe ela ser anoréxica, Malfoy. Talvez assim ela morra cedo e nos
poupe — Andrômeda se pôs de pé e passou por mim, sorrindo após esse
comentário. Tive uma vontade imensa de fazê-la cair ou algo do tipo, mas Malfoy
me encarava de uma forma que dizia claramente que eu deveria ignorar.
— Ah, não se preocupe, Andrômeda. Morda a própria língua e talvez nós
iremos ao seu funeral antes do Natal. — Dei uma piscadela travessa, que a fez
cerrar os punhos. — Agora, se me dão licença. Amanhã será um grande dia. Vejo
vocês no campo.
Fiz um rápido aceno e me retirei do Salão Principal às pressas. Eu havia
perdido a paciência e meu humor se tornara ruim, então, assim que adentrei as
masmorras, fui para o dormitório tomar um banho a fim de esfriar a cabeça.
Naquela noite, fui para a cama mais cedo tentando ter um melhor descanso para o
jogo do dia seguinte.
Quando a manha finalmente chegou, eu estava melhor do que na noite
anterior. Encontrava-me ansiosa pela primeira partida, Malfoy dissera que no ano
passado Sonserina havia perdido por pouco da Corvinal e que, com um pouco
mais de esforço, poderíamos ganhar desta vez. Dissera ainda que eu seria sua
arma secreta, já que a maioria achava que eu era péssima no quadribol. Tolinhos.
Assim que fiz minha higiene matinal e vesti meu uniforme, fui ao Salão
Principal tomar o café. Os alunos estavam animados. Encontrei um grupo de
apostas gerenciado por alguns alunos da Sonserina, eles apostavam alto em quem
ganharia naquele ano, e todos pareciam animados com a ideia de que a Corvinal
ganharia novamente. Sorri de canto com a ingenuidade deles e segui meu
caminho. Assim que atravessei a porta, vi Malfoy e os outros sentados
conversando. Andrômeda estava novamente ao lado de Tom, e aquilo de certa
forma me incomodava. 
— Bom dia, Sophie. Preparada para o jogo de hoje? — ouvi a voz de
Charles e me virei para encontrá-lo parado a poucos metros atrás de mim,
vestindo o uniforme masculino de quadribol da Sonserina.
— Bom dia. Mais do que preparada — disse, sorrindo confiantemente.

— Excelente. Sonserina está em boas mãos este ano. —Ele se aproximou
sorrindo e parou ao meu lado, olhando para Riddle e os outros. — Não vai se 
sentar com eles? — perguntou confuso, me encarando de forma interrogativa.
— Não hoje. O que acha de tomarmos café juntos? — sugeri, dando um
tapinha em seu peito.
— Como nos velhos tempos. Até te deixo esfriar minha bebida, se quiser,
igualzinho você fazia. — Adler deu uma gargalhada, daquelas em que a pessoa
inclina a cabeça para trás e realmente sorri.
— Só fiz isso uma vez, e porque você parecia cansado demais até para
isso. — Sorri, agarrando seu braço e o puxando em direção à mesa. Vamos tomar
café — disse animadamente, o arrastando para o mais longe possível do grupinho
de víboras venenosas. Abraxas acenou exageradamente, como ele sempre fazia
para chamar atenção, contudo ignorei, fingindo não ver enquanto sorria para
Charles.
— Seus amigos estão te chamando — ele sussurrou, servindo-se de um
bolinho.
— Mas o único amigo que me importa agora está bem aqui na minha frente,
então não tenho por que sair daqui. — Dei um riso de canto que fez Adler me olhar
com um brilho nos olhos.
— Você é incrível, Sophie.
Senti minhas bochechas arderem, eu nunca soube como reagir aos elogios
de Charles.
— Ah... Faço o meu melhor. — Dei de ombros sorrindo e voltei minha
atenção à comida, complemente faminta e desesperada para tomar meu café.
Assim que Charles terminou sua refeição e se levantou, eu o segui para
fora do Salão. O jogo seria em pouco tempo, e precisávamos nos preparar.
Pegamos nossas vassouras e fomos nos encontrar com o resto do time reunido no
campo. As torres do estavam quase lotadas de alunos das quatro casas prontos
para assistir ao jogo, e num canto pude ver todos os professores reunidos,
sentados e conversando entre si. Abraxas estava numa extremidade do campo
dando instruções diretas a alguns jogadores. Nos aproximamos deles
rapidamente.
— Ainda bem que chegaram, estava começando a achar que não viriam —
ele disse meio ranzinza, olhando para Charles, que apenas sorriu de canto,
achando graça.
— Acha que iríamos perder isso?
Ambos sorriam sem desviar o olhar um do outro.
— Preparem-se... O jogo vai começar.
Todos concordamos e subimos em nossas vassouras, dando um impulso e
tomando distância do chão. Em poucos minutos, Sonserina e Corvinal
encontravam-se em posição, já no ar. Os alunos ao redor vibravam com aquilo.
Dei uma outra olhada ao redor, procurando algo, até que meus olhos pousaram

sobre eles, Tom e uma outra garota da Sonserina que eu não conhecia, sentados
lado a lado conversando animadamente. Desviei o olhar, suspirando, e voltei a
minha atenção ao meio do campo, onde a professora de quadribol agora se
encontrava, explicando as regras do jogo. Todos escutavam com atenção, por fim,
quando ela terminou, apitou, jogando a Goles para cima, e a partida começou.
Malfoy pegou a Goles antes que o jogador da Corvinal pudesse reagir, deu
a volta em meio aos alunos enquanto estes brigavam pela bola. Sobrevoei acima
dos outros e me concentrei em achar o Pomo de Ouro. O apanhador da Corvinal
fazia o mesmo, analisando tudo ao redor.
— Sophie!
Ouvi Charles gritar e me virei para olhar, vendo-o apontando para algo um
pouco abaixo de mim. Olhando nessa direção, percebi algo dourado zarpando pelo
ar às pressas. Ao me dar conta de que era o Pomo, inclinei-me para baixo
rapidamente; o outro apanhador vinha em minha direção, e eu precisava agir
rápido.
Pendi para a frente, indo de encontro ao chão à toda velocidade. O Pomo
se encontrava a poucos palmos de distância de mim, então estiquei a mão para
agarrá-lo, mas me escapou por entre os dedos. Estava quase me chocando com o
chão, quando inclinei a vassoura com força bem a tempo de evitar uma colisão
dolorosa. O apanhador da Corvinal fez o mesmo e. agora próximo de mim, me
empurrou para o lado, fazendo-me perder um pouco do equilíbrio.
O pomo fez uma curva, e nós o seguimos. Estávamos subindo quando um
Balaço veio em nossa direção, mas eu pude me abaixar a tempo de desviar e
seguir. Sonserina e Corvinal jogavam com tudo, ninguém ali parecia querer perder.
Por uma fração de segundos, perdemos o Pomo de vista, o que nos deixou
confusos. Tive que parar no meio da partida e procurar novamente.
— Pare de brincar, Blanche — gritou uma Andrômeda irritada, em cima de
mim.
— Cale a boca — gritei, sem paciência para sua ignorância naquele
momento.
Andrômeda agarrou a Goles quando um aluno da Corvinal tentou passar
para seu companheiro de casa e saiu em disparada até os aros. Olhei em volta,
desesperada. Eu também não queria perder. Encontrei Abraxas numa disputa
acirrada  da Goles com o Capitão do time adversário, um empurrava o outro e,
entre eles, uma bolinha dourada fazia zigue-zagues, desviando de seus corpos.
Dei um riso de canto e voei até lá. Desviei de ambos e segui adiante,
mergulhando. Novamente o Pomo estava indo em direção ao chão, então estiquei
minha mão e o agarrei. Inclinei a vassoura novamente e ouvi um grito de
desespero vindo da torcida. Olhei para cima bem a tempo de ver um Balaço atingir
a vassoura de Abraxas, partindo-a ao meio. Um loiro inconsciente agora caía com
tudo em direção ao campo.
— SOPHIE BLANCHE PEGOU O POMO DE OURO. SONSERINA
VENCEU! —escutei o árbitro urrar antes de perder o equilíbrio e desmaiar, devido ao choque.


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