— Eu te prometi que nunca mais sairia sem te dar um beijo e estou cumprindo! - beijou os lábios dela. - Eu te amo e não canso de dizer você me faz o homem mais feliz do mundo mais uma vez! - abaixou beijando sua barriga. - Oi meu amor, papai está aqui para te amar todos os dias... - beijou mais sorrindo era tão maravilhosa aquela sensação de vida ali dentro que ele nem conseguia se controlar diante daquele sentimento de amor. - Papai te ama tanto meu filho.

— Ele sabe que é amado ou ela né! - eles sorriram e ouviram os gritos das crianças. - Temos uma tropa para cuidar agora! - riram e ele levantou beijando mais uma vez sua boca e correram para os filhos para terem mais um dia maravilhoso.

Inês e Victoriano brincaram como loucos com os filhos e a pequena Constança nem se quer teve mais os vestígios da febre, ela sorria e hora ou outra disputava a atenção dos dois com Alejandro que era um ciumento quando se tratava dos pais. Cassandra e Diana também receberam e deram toda a atenção aos menores e aos pais e no fim da tarde no meio do lanche eles contaram que eles teriam mais um irmão e foi a maior festa para elas que entendiam já, os menores apenas comemoraram porque as irmãs estavam comemorando mais ainda não entendiam muito bem o que aquilo significava.

Depois de comer, os pequenos ficaram molinhos e antes que eles pagassem no sono os levaram para o banho assim como as meninas também foram, Victoriano e Inês cuidaram dos menores e depois de uma mamadeira de leite eles dois adormeceram ali no meio da cama deles. Era a realização de qualquer família ver que os filhos dormiam de exaustão por brigarem sem parar e eles sorriam em cumplicidade trocando um beijo e foram ver as meninas.

Cuidaram e deram atenção a elas que pediram para ver um filme com os dois aproveitando que os menores dormiam e eles apenas tomaram um banho e foram para a sala ficar com as duas que se agarraram neles e começaram a ver um filme de comédia onde a risada foi solta. Victoriano as olhava com um sorriso bobo no rosto e agradecia a Deus por aquela chance de poder estar ao lado deles, tinham feito tudo errado no começo, mas a segunda chance estava ali e eles tinham abraçado com firmeza e seguiam seus dias fazendo o certo e se amando cada dia mais.

Inês o olhou e sorriu para o sorriso dele e segurou em sua mão, se aproximou com calma e beijou seus lábios, era um dia de muitas lembranças, mas ela queria esquecer a parte ruim e seguir em frente com as lembranças boas e era isso que iria trabalhar em seu coração. Ela estava grávida novamente de seu amor e somente isso importava para que a felicidade fosse completa, o passado deveria ficar onde estava e apenas o presente deveria ser escrito para ser lembrado com amor e felicidade.

— Eu te amo!!! - se declarou mais uma vez a ela com um lindo sorriso.

— Eu também te amo muito!! - deram mais um beijo e as meninas declaram que eles não estavam assistindo e eles sorriram agarrando mais elas e voltaram ao filme deixando que aquele dia terminasse cheio de amor...

[...]

ALGUNS MESES DEPOIS...

Inês estava linda com sua barriga de sete meses, era consentida por todos de sua casa, menos por Alejandro que era ciumento e não gostava nada de ter a mãe com aquela barriga toda e não podendo dar o colo que ele tanto amava ficar. Ela o compreendia e sempre dava a ele todo carinho do mundo e o pegava no colo sentada no sofá, mas a barriga não facilitava o contato o que o fazia chorar ciumento e ela tratava de conversar com ele muito e dar todo amor que tinha em seu peito.

Victoriano nos últimos meses se dividiu entre a família e o trabalho, era uma longa jornada já que eles moravam longe da empresa por ela não querer invadir o espaço de Diana ou até mesmo a encontrar pela cidade como tinha sido no primeiro ano de casamento. Inês não queria impor sua presença a ela sabendo que mesmo com a trégua ainda existia a mágoa da traição e assim eles moravam longe de tudo e de todos, mas a rotina estava se tornando pesada para ele que tinha que ir e vir todos os dias gastando uma ou mais muitas vezes para poder chegar em casa.

Naquele dia ele chegou mais tarde que o normal, era por volta das onze da noite e ela ainda estava acordada o esperando, estava preocupada por sua demora e o esperava na cama. Ele entrou em casa e deixou suas coisas no sofá sentindo a exaustão tomar conta de todo seu corpo, foi a cozinha e procurou algo para comer e seu prato estava ali pronto para ele desfrutar quando chegasse e ele sorriu pela atenção dela.

Ele esquentou e sentou-se à mesa para comer, comeu tão rápido que ao final suspirou pela fome que estava, tomou um copo de suco e ainda beliscou um pedaço de bolo que tinha na geladeira e por fim subiu para o quarto sentindo as coisas doer. Ao entrar no quarto pensou que ela estaria dormindo, mas ela estava deitada de lado vendo TV e o encarou assim que a porta se abriu.

— Ainda acordada, meu amor?! - fechou a porta e foi até ela dando um beijinho em seus lábios.

— Você demorou e eu já estava preocupada!!! - tocou o rosto dele. - Já comeu? - ele assentiu.

— Sim, estava com muita fome e achei que estivesse dormindo e por isso comi antes de subir. - falou com calma e sentou na cama suspirando pela fisgada que sentiu nas costas.

— Você está bem? - perguntou preocupada pela expressão dele.

— Estou exausto... - a olhou. - Está cada dia mais cansativo ter que ir e voltar do trabalho!! - falou a verdade.

— Você quer voltar a viver na cidade? - perguntou com calma.

— Seria muito bom viver próximo à empresa e agora que você está no fim da gravidez seria melhor que estivesse perto de mim... - falou com calma tocando a barriga dela. - Imagina demorar uma hora pra chegar aqui quando nossa filha nascer!!!

Inês tocou a mão dele que estava sobre sua barriga e deu razão a ele, era melhor mesmo que estivesse por perto e não o queria com aquela exaustão que se via nítido em seu rosto. Ela o queria bem e se era preciso voltar para que a rotina fosse menos pesada, ela o faria por ele.

— Podemos nos mudar essa semana então!! - falou.

— Amor, eu sei que você não quer estar lá, mas é o melhor pra gente e também tem Rosa que pode nos ajudar com a bebê quando nascer e com Alejandro também. - abaixou e beijou a barriga dela onde a filha tinha chutado. - Minha filha vá dormir!! - falou brincando enquanto sorria pelos chutes que sentia.

— Ela só dorme quando você deita com a gente. - sorriu com calma. - E sobre a mudança, eu faço qualquer coisa para que você esteja bem e menos preocupado. Essa rotina está mesmo muito cansativa e você quase não consegue ficar em casa nos últimos meses por estar longe. - não era uma cobrança.

— Obrigada por entender morenita!!! - sorriu e foi a ela beijando seus lábios, mas gemeu sentindo dor nas costas. - Estou velho e preciso de um bom banho quente. - falou sorrindo e ela o acompanhou.

— Vá tomar seu banho que te esperamos aqui!!! - sorriu dando mais um beijinho nele que se levantou indo para o banheiro.

Ela voltou sua atenção para a televisão e esperou por seu amor, se eles precisavam voltar para que a rotina fosse menos pesada assim seria mesmo sentindo que era melhor estar longe daquelas lembranças ruim. Também seria mais fácil dele estar perto das filhas e as veria todos os dias se assim desejasse, Victoriano demorou bastante no banho deixando que a água quente amortecesse suas dores e por fim saiu se enxugando com a toalha.

Saiu do banheiro nu e ela sorriu para o jeito dele que não aguentou e também sorriu de volta para ela. Ele foi para a cama e deixou a toalha sobre a cadeira e se enfiou debaixo das cobertas a beijando na boca com todo seu amor, Inês o agarrou e acariciou o corpo quente que sentia e suspirou em seus braços.

— Em outro momento eu não deixaria passa e você assim nu, mas estou tão pesada que me mover daqui pra cima de você não vai ser possível. - falou rindo e respirando forte pelo beijo.

— Meu amor, se eu não estivesse tão quebrado com toda certeza te faria minha aqui e agora em qualquer posição confortável para você, mas no momento não serei uma boa companhia. - falou verdadeiro agarrado nela enquanto olhava em seus olhos.

Ela acariciou seu rosto de deu um monte de selinhos em sua boca e o cheirou.

— Vamos descansar que amanhã resolvemos essa pendência!! - falou com um sorriso safado no rosto e ele a beijou novamente.

Victoriano e Inês se beijarem mais uma quantas vezes e depois dela desligar a televisão, deitou em seu peito ajustando a barriga a seu corpo e assim eles pegaram rapidamente no sono...

[...]

UMA SEMANA DEPOIS...

Inês e Victoriano chegaram a seu antigo lar e tudo estava preparado para eles dois, tinham contratado uma empresa que cuidou de tudo inclusive da mudança deles que tinha chegado no dia anterior e já estava tudo arrumado para eles. Inês olhava a paisagem da janela sem saber o que a esperava novamente ali naquele lugar e ele percebendo como ela estava aflita segurou em sua mão beijando.

— Nós vamos continuar a ser feliz e nada vai mudar!! - falou com certeza.

— Há tanto tempo eu não a vejo... - se referia a Diana.

— Já se passaram dois anos e ela está totalmente diferente e se vocês chegarem a se encontrar você vai poder constatar isso. - falou com calma. - Ela está feliz e Vicente é um bom homem e o amor dela agora. - beijou novamente sua mão parando o carro. - Vai dar tudo certo!!

Inês o olhou e deu um meio sorriso acariciando a barriga com a filha chutando e em fração de segundos eles sentiram o impacto de um carro batendo atrás dele e Inês perdeu o ar e a cor com o que sentiu... Victoriano que tinha tirado seu cinto para descer do carro bateu com a cabeça de encontro ao volante e de imediato foi o airbag tanto do lado dele como no de Inês que sentiu a pressão em sua barriga.

Victoriano sentiu tudo rodar com aquele impacto em seu carro e Alejandro no banco de trás começou a chorar e Inês estava paralisada sem reação alguma aquele choque que sentiu e apenas segurava em sua barriga com total desespero. Ele quando conseguiu focar sua visão saiu do carro de imediato e foi para o outro lado tirando o filho do carro e o vendo se estava machucado mais ele somente chorava assustado e Rosa saiu de casa desesperada e ele deu o filho a ela que o segurou mesmo ele não querendo ficar com ela pelo susto.

Abriu a porta de Inês e a segurou pelo rosto a fazendo olhá-lo, mas ela nada disse apenas respirava pesado e ele a tirou dali já ouvindo as sirenes da polícia. A sentou no chão e ela gemeu sentindo por fim dor no pé da barriga.

— Você está bem? - estava desnorteado também, mas sua preocupação era maior.

Ela respirou fundo e pode ouvir mais choro.

— Victoriano, tem criança no outro carro... - falou com a voz embargada e era como uma súplica para que ele visse e ajudasse as pessoas que estavam no outro carro. - Você precisa... - segurou a mão na barriga.

— Você precisa de mim... - falou nervoso.

— Eu estou bem, vá logo!!! - respirou fundo e ele ficou de pé e foi até o outro carro.

Quando se aproximou da janela do passageiro se desesperou ao ver quem ali estava e com desespero total abriu a porta de trás e tirou sua filha dali que tinha um pequeno corte na testa pelo impacto. Constança se agarrou a ele chorando desesperadamente e ele olhou quem conduzia o volante e seu coração ficou ainda mais acelerado.

— Diana...