NO OUTRO DIA...

As oito em ponto lá estava ele parando seu carro em frente a casa dela estava ali para "tentar" conversar e quando desceu de seu carro quase que correu até a porta dela e bateu por três vezes seguidas e aguardou que ela viesse e passado alguns segundos ele bateu mais e ouviu a porta ser destrancada e quando foi aberta ele deu de cara com Lauro apenas de cueca coçando os olhos e ele sentiu seu coração disparar ali olhando para aquele homem "nu" em sua frente...

O choque foi tanto que até Lauro despertou sentindo uma dor horrível em sua cabeça e fechou mais a porta percebendo que não tinha aberto a porta de seu apartamento se sentia meio bêbado ainda e apenas olhou Victoriano em meio aquela claridade toda. Por outro lado Victoriano sentia o ódio e o medo dentro de seu corpo se revirar imaginando que Inês não tinha pensando neles dois e estava ali na cama com outro, mas como julgar se o "bosta mole" era ele em não lutar pelos dois.

Victoriano sentia tanta coisa que ele nem se quer conseguia falar alguma coisa a imagem de Lauro ali somente de cueca o perturbou tanto que ele apenas virou e saiu dali voltando para o carro, Lauro até tentou perguntar o que ele queria, mas ali o olhando ir suas desconfianças fizeram sentido e ele apenas fechou a porta e caminhou de volta para o quarto se sentia indignado por Victoriano mesmo saber de todo o passado de Inês ainda assim fazê-la de seu brinquedo".

A olhou adormecida na cama e sentou tocando seus cabelos era tão linda e tinha muito pela frente ainda para viver, mas se ficasse ali nas garras de Victoriano não poderia seguir em frente como a mulher digna que sempre tinha mostrado a ele e foi pensando nisso que ele resolveu sua vida e a dela e depois de beijar seus cabelos ele se levantou e foi tomar um banho precisava e muito e aproveitou que ela dormia.

Depois de pronto ele foi a cozinha e fez de um todo para que eles comecem e ligou para a farmácia e pediu remédio para os dois. Inês despertou com a cabeça fervendo e se moveu na cama tentando lembrar-se da noite anterior e se tocou levantando o lençol e percebeu que estava apenas de lingerie e se sentou sentindo ainda mais dor na cabeça e gemeu voltando a deitar. Lauro como se sentisse que ela tinha despertado foi até o quarto.

— Bom dia. - foi educado e ela se tapou e ele sentou na cama dando a água com gás e os comprimidos. - Toma vai te deixar nova novamente.

Inês se apoiou no braço e tomou o remédio e a água fazendo cara feia.

— Parece que um caminhão passou por mim! - levou a mão na cabeça dando o copo a ele e voltando a deitar. - O que fizemos? - falou com calma.

— Bom que eu saiba a gente somente dormiu! - ele sorriu de leve. - Inês, eu sei que não é um bom momento para falar disso, mas quero que me ouça e pense em tudo que irei te dizer.

Ela o olhou e apenas assentiu e ele começou a conversar com ela...

[...]

MAIS TARDE...

Inês chegou à empresa e pediu que a secretaria a anunciasse tinha ainda vestígios da noite anterior, mas mesmo assim precisava conversar com Victoriano que ao saber que ela estava ali permitiu a entrada dela de imediato e Inês caminhou até a sala dele respirando fundo e pedindo forças a Deus para que desse forças a ela e ela bateu e logo entrou cruzando seus olhos com os dele que não tinha expressão alguma ainda recordava Lauro de cueca em sua porta.

— Precisamos conversar! - fechou a porta e caminhou até o sofá deixando a bolsa e ele levantou-se e foi até ela.

— Sim, precisamos conversar! - foi firme e fez um gesto com a mão e os dois sentaram.

— Victoriano, eu sei que esteve em minha casa e que viu...

— Eu não quero saber o que aconteceu, Inês, você é livre! - falou com a voz carregada de ciúmes.

— Eu não sou uma vagabunda que deita com um num dia e no outro esta com outro! Eu não sou isso! - se levantou. - Eu também não sou amante... Por isso estou aqui!

Victoriano sentiu o coração disparar.

— Eu não te quero para amante, mas Diana está grávida e sabe que eu tenho uma mulher! - Inês sentiu as mãos tremerem.

— Mas isso não vai fazer com que você a deixe, não é?

Victoriano passou a mão no cabelo e respirou fundo era um covarde e não conseguia fazer aquilo com Diana grávida de um filho dele e ele a olhou nos olhos e Inês sofreu mais uma vez porque a certeza que tinha visto nos olhos dele no dia anterior tinha sumido ali.

— Me perdoe... - e ele aproximou dela e tocou em seu rosto. - Me perdoe por ser um covarde e não poder te dar o que merece! - juntou sua testa na dela. - Eu não consigo e você merece um homem melhor que eu... Lauro é um homem melhor que eu.

Inês o olhou ali nos olhos e chorou estava tão quebrada por dentro que o melhor era aceitar a proposta de Lauro e pensando assim ela disse tocando o rosto dele.

— Eu vou embora! - Victoriano ofegou no mesmo momento.

— O que? - o desespero de não vê-la tomou conta dele.

— Eu não vou conseguir continuar aqui perto de você, sentindo seu cheiro e não poder tocar, eu amo você, mas você não me pertence e por isso eu vou trabalhar com Lauro longe daqui! - se afastou dele.

Victoriano iria recriminar, mas não podia não tinha direitos sobre ela e ficar ali para ser amante dele não era o certo e ele apenas suspirou e voltou a se aproximar tocando os braços dela.

— Eu só quero que você seja feliz! - os olhos dela se encheram de lágrimas.

— Só precisava de você ao meu lado, mas não podemos e não devemos! - tocou o rosto dele e disse com o coração rasgado. - Eu te amo!

Victoriano a puxou para ele a beijou na boca é claro que Inês não se negou e o beijou de volta com a mesma paixão que ele dava a ela, mas logo ela o soltou ou o momento se tornaria ainda mais difícil. Inês pegou sua bolsa e o olhou mais uma vez e se foi deixando um Victoriano destruído porque ele a amava só não tinha coragem de dizer e a condição dos dois não permitia que eles fossem um do outro ou seria a covardia dele?

Inês se despediu na recepção e ao apertar o botão para chamar o elevador ele se abriu revelando Diana Maria que sorriu ao ver sua amiga e saiu a abraçando forte e Inês sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto e disse ali naquele abraço.

— Me perdoe! Perdoe-me por não ser quem deveria ser em sua vida! - Diana nada entendeu e a soltou.

— O que foi? - a olhou com ternura. - O que está acontecendo? Andamos tão distante, Inês. - cobrou a atenção de sua amiga e Inês abaixou a cabeça.

— Me perdoe. - voltou os olhos a ela. - Eu estou indo embora do país com Lauro. - Diana sorriu era amiga dela e a queria feliz.

— Meu Deus, então é serio mesmo? - a abraçou de novo. - Eu fico triste por perder minha amiga, mas muito feliz por você refazer sua vida! - sorriu para ela e segurou em suas mãos.

— Obrigada, você sempre foi uma pessoa maravilhosa e eu não te mereço como amiga e quero que seja muito feliz com esse novo bebê e sua família. - sorriu de leve. - Da um beijo nas meninas por mim eu vou hoje a noite nem vai dar tempo de falar com elas.

— Pode deixar que eu falo com elas sim, mas não se esqueça de ligar pra gente sempre!

— Eu não vou! - abraçou Diana mais uma vez. - Me perdoe por tudo! - falou mais uma vez e a soltou caminhando para o elevador e entrou no mesmo que se abriu e ela olhou Diana ali sorrindo para ela e a porta se fechou era o começo de novos tempos para ela...

[...]

TEMPOS DEPOIS...