Em comparação à sua irmã gêmea, Aislan era mais reservado e silencioso. Não espalhava sua luz como Fátima fazia. Seu brilho não era inquieto ou selvagem.

Seu sorriso era mais discreto e contido, mas não menos belo.

Aislan era uma criança criativa. Gostava de dividir com Fátima suas inúmeras ideias e fantasias. Havia nele um brilho sonhador e único que não poderia ser apagado.

Sua luz era discreta e contida, porém resistente. Íntegra. Se tudo ao seu redor desmoronasse e desaparecesse subitamente, ele continuaria brilhante, persistente, ainda que sozinho na escuridão.

Sua risada podia não ser a explosão de estrelas que era a de sua irmã. Mas sua risada cintilava como a estrela mais brilhante no céu noturno.

Ele possuía aquele tipo de luz capaz de guiar aqueles que se perderam no escuro, como um farol.

Ele não possuía o brilho de mil estrelas, mas sua única estrela lhe bastava.